CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO. Aula Ministrada pelo Prof. Rogério Martir. (Aula 08-19/09/2018)

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO. Aula Ministrada pelo Prof. Rogério Martir (Aula 08-19/09/2018) EMPREGADOR / GRUPO ECONÔMICO / TERCEIRIZAÇÃO Empregador: Vide art. 2º da CLT. Para a CLT empregador é a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Ainda, complementa a norma celetista, que se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. O empregador é aquele que contrata o trabalhador aos seus serviços de forma remunerada, e tendo em contrapartida deste a prestação de trabalho. O empregador pode ser pessoa física ou pessoa jurídica. Características do empregador. Admitir: contratação de pessoas qualificadas para executarem os serviços. Assalariar: o empregador que admite deve pagar o salário respectivo ao empregado pelos serviços prestados. Dirigir: o empregador deve controlar e administrar a prestação de serviços dos empregados. (Sempre assume o risco do negócio e não pode se passar esse risco ao empregado. Exemplo: tem que pagar salário todo mês tendo lucro ou não). Empregador tem direito a dor ordens, de forma inteligente e urbanizada sempre. As pessoas jurídicas de direito privado estão dispostas no artigo 44 do Código Civil. São assim denominadas, pois as relações e interesses são particulares, não tendo o Estado interesse direto na relação político-econômica. ou filantrópico. De tal modo, tais serão constituídas para um objetivo específico seja ele lucrativo, 1

2 Vale ressaltar que as pessoas jurídicas de direito privado adquirem a personalidade jurídica a partir do registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial ou Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. Ganhando, assim, de fato, personalidade jurídica. Vejamos as espécies de pessoas jurídica de direito privado: 1. Fundação: não consiste em uma união patrimonial, formando uma universalidade de bens. Constitui-se por estatuto social, decorrente de um ato de vontade de seu fundador em vida ou após sua morte. Por meio de escritura pública. Fundação Roberto marinho e Instituição Xuxa Mengel O objeto social, necessariamente, terá fins filantrópicos, de modo que se a atividade resultar em lucro, este deverá ser convertido para a própria fundação, sendo vedada a mudança do objeto social da fundação depois de constituída. Ademais, a fundação será monitorada por um Promotor de Justiça de Patrimônio e Fundação MP, sendo que os administradores terão responsabilidade civil, administrativa e penal. Por fim, cumpre ressaltar que a fundação não está sujeita à falência e sim à intervenção se pública, ou à insolvência se privada. 2. Associação: a associação consiste na união de duas ou mais pessoas, por meio de um estatuto social, para a realização de um fim moral, social, cultural ou esportivo, mediante contribuição mensal para a manutenção da atividade. Sem fins lucrativos. Exemplo: AASP Associação dos advogados do estado de São Paulo. 3. Entidade religiosa: constitui-se por estatuto social e não possui fins lucrativos. A contribuição, para manutenção, em regra, dá-se pelo dízimo não é tributado. Importante lembrar o que dispõe o 1º do artigo 44 do Código Civil: são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 4. Partido político: constitui-se por meio de estatuto social, devendo, também, ser registrado no TRE e TSE. Não tem fins lucrativos e a contribuição, para manutenção, vem, em regra, dos candidatos. Leis especiais de organização. Podendo para tanto sofrer ações trabalhistas, pois podem contratar empregados. 2

3 5. Sociedade: consiste na união de duas ou mais pessoas, por meio de um contrato ou estatuto social, no qual os sócios se obrigam a contribuir, reciprocamente, à título de investimento, com bens ou serviços, visa o exercício de atividade econômica, havendo por finalidade a partilha dos resultados ao final do exercício social. Logo, a sociedade é uma associação de esforços, de pessoas na busca do lucro a ser partilhado entre os participantes. 6. Eireli: a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no País, nos termos do artigo 980-A do Código Civil. Vale ressaltar que a jurisprudência tem entendido que a Eireli pode ser constituído tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. Na economia atual, é comum a existência de empresas que atuam conjuntamente, de forma organizada, com o intuito de aumentar os seus ganhos. Essa atuação pode configurar o grupo econômico, causando repercussões quanto à responsabilidade por verbas trabalhistas. Porém, existe entendimento no sentido de que a caracterização de grupo econômico provoca outras repercussões na relação de emprego. O grupo econômico trabalhista é constituído pela reunião de empresas que atuam conjuntamente na economia, com finalidade lucrativa. Ao contrário do que ocorre no direito empresarial, não se exige, na seara laboral, qualquer formalidade para caracterização da coligação entre empresas, até mesmo com base no princípio da primazia da realidade, que é tão caro ao Direito do Trabalho. Por outro lado, o grupo econômico também não é forma de incorporação de uma empresa por outra, sendo certo que os entes integrantes da coligação permanecem com personalidades jurídicas e patrimônio distintos, embora, para fins trabalhistas, possam ser chamados à responsabilidade pelos empregados contratados pelas empresas integrantes do grupo. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada um das subordinadas (art. 2º, 2º, CLT). 3

4 A Lei nº 435/1937 estabeleceu a figura do grupo econômico, com fundamento na necessidade de garantir o credor trabalhista, prevendo responsabilidade solidária entre as empresas integrantes e ressalvando, de forma expressa, que o alcance do instituto seria apenas na seara laboral. Posteriormente, a CLT, em seu art. 2º, 2º, manteve a responsabilidade solidária entre todas empresas integrantes do grupo econômico, permitindo fossem demandadas pelo empregado quanto a eventuais créditos inadimplidos decorrentes da relação de emprego.. O pressuposto para a formação do grupo econômico é a aglutinação de empresas, ainda que para exploração de atividades econômicas diversas, mantendo cada uma sua personalidade jurídica própria. Grupo econômico horizontal Empresa A - indústria, produz matéria prima Empresa B - montagem dos produtos Empresa C prestação de serviço onde vende os produtos Empresa D transporte entrega os produtos Cada letra e uma empresa com vida própria cnpj e nome. de cima para baixo. Vertical. Empresa H Sócia marmorizaria H controla todas as empresas, comando Todo grupo é responsável pelo pagamento das verbas rescisórias. A doutrina distingue o grupo econômico formado por subordinação (grupo vertical) e aquele oriundo da coordenação entre os entes envolvidos (grupo horizontal). O grupo econômico vertical encontra-se previsto na originária redação do art. 2º, 2º, da CLT, que estabelece requisitos mais rígidos para o reconhecimento do conglomerado empresarial: exige que as empresas envolvidas estejam ligadas por laço de direção, controle ou administração. No entanto, há quem defenda que a subordinação e controle podem ser meramente potenciais, dispensada a demonstração do seu efetivo exercício pela empresa 4

5 líder, o grupo econômico estaria configurado também sob a forma de empresas coordenadas, o denominado grupo econômico horizontal, que não pressupõe a existência de subordinação entre os entes envolvidos. A doutrina, de um modo geral, já há algum tempo acata a configuração do grupo econômico por coordenação, inclusive com a utilização de fundamento legal por analogia, o art. 3º da Lei 5.889/73, que trata do trabalho rural e, em seu parágrafo 2º, admite a formação de grupo econômico mesmo diante de empresas que conservam sua autonomia, não estando subordinadas a nenhuma empresa líder. A Lei /2017 promoveu alteração na redação do art. 2º, 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, que passou a prever: 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Manteve os contornos gerais do grupo econômico tradicionalmente previsto na CLT, mas inseriu uma nova possibilidade de aplicação: admitiu, de forma, expressa, a formação de grupo econômico mesmo que as empresas integrantes guardem cada uma sua autonomia. A ressalva inserida pela Reforma Trabalhista, conquanto sutil, trouxe o reconhecimento legislativo do grupo econômico horizontal, formado quando as empresas dele integrantes agem sob coordenação, mantendo cada qual sua autonomia. No particular, andou bem o legislador, estendendo aos empregados celetistas a disciplina que já constava da lei do trabalho rural, de modo a aumentar a proteção do trabalhador, garantindo-lhe meios de satisfação do crédito trabalhista. A partir da vigência da Lei /2017, o grupo econômico por coordenação passa a ser uma realidade também para os empregados celetistas, com impacto na jurisprudência trabalhista, que terá respaldo legal para reconhecimento do grupo econômico horizontal. 5

6 Importante destacar que a Reforma Trabalhista não substituiu o grupo vertical pelo grupo horizontal. O que houve foi uma ampliação do instituto: além do tradicional grupo econômico formado por subordinação (controle, direção ou administração) a uma empresa líder, também será possível o reconhecimento do grupo econômico entre empresas que não possuam qualquer relação hierárquica, conquanto estejam coligadas no desenvolvimento de sua atividade econômica. Aliás, um outro aspecto que poderia gerar dúvidas ao operador do direito diz respeito à supressão, no dispositivo mencionado, da expressão atividade econômica, além das referências aos grupos industrial e comercial. Tais supressões não afetam o requisito básico para a configuração do grupo econômico: que os entes envolvidos exerçam atividade econômica, conforme se depreende da própria expressão grupo econômico utilizada pela nova lei. Ademais, a lei prevê que o grupo será formado por empresas, definição que também pressupõe o exercício de atividade econômica. A Lei /2017 também inovou ao incluir no art. 2º da CLT o parágrafo terceiro, prevendo: Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. À primeira vista, a lei nova parece restringir o alcance do grupo econômico, com efeito deletério à garantia que ele proporciona ao trabalhador. No entanto, trata-se, novamente, de hipótese de assimilação, pelo legislador reformista, de tese que já era encampada pela jurisprudência pátria. O fato de duas ou mais empresas possuírem sócios em comum não as torna, necessariamente, integrantes do mesmo grupo econômico, embora esse seja um elemento indiciário, um sintoma normalmente presente em empresas coligadas. Tal posicionamento era mais simples sob a égide da lei antiga, que exigia a subordinação entre as empresas. A pedra de toque para a configuração do grupo econômico era a presença de administração, controle ou direção de uma empresa sobre a outra, independentemente de haver sócios em comum. 6

7 No entanto, com a alteração procedida pela Reforma, o grupo horizontal passa a ser reconhecido pela ordem jurídica, pelo que surge o seguinte questionamento: se agora a subordinação não é mais requisito essencial, se a mera identidade de sócios não forma grupo econômico, quais seriam os elementos caracterizadores de tal coligação empresarial? A própria lei responde, ao exigir a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Apesar da suposta completude legal, tem-se que o preenchimento da antiga lacuna legislativa deu-se através de conceitos jurídicos indeterminados, ou seja, expressões vagas e imprecisas cuja dimensão e significado serão dados pelo intérprete. Grupo econômico, em oposição à mera identidade de sócios: a demonstração de interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Como se vê, pela utilização de conjunção aditiva e adoção de expressão no plural ( necessárias ), intentou o legislador estabelecer três requisitos cumulativos para a configuração do grupo econômico. Na prática, a nova exigência legal restringe a caracterização do grupo econômico, excluindo as empresas com sócios comuns que não atuam de forma conjunta, bem como empresas meramente parceiras e até mesmo as franquias, que são objeto de longa controvérsia na jurisprudência. No entanto, aqui novamente a lei apenas reafirmou o que já prevalecia na jurisprudência e até mesmo em setores da doutrina pátria. A integração e comunhão de interesses está presente quando a empresa tem finalidades próximas, relacionadas, a exemplo do que se vê em grupos envolvendo empresas jornalísticas na TV, rádio e imprensa escrita. Os interesses são comuns e estão integrados, tanto assim que acabam se valendo muitas vezes de fontes comuns e até mesmo dos mesmos profissionais. A atuação conjunta é figura muito próxima do que acima delineado e diz respeito à atividade econômica das empresas envolvidas. Assim, quando um banco institui uma empresa de seguros e outra de previdência privadas, produtos que serão comercializados dentro do seu próprio estabelecimento e pelos seus empregados, tem-se a atuação conjunta e também a comunhão de interesses. 7

8 Muitas vezes o grupo econômico também é utilizado como forma de desmembramento da atividade produtiva. Assim, atividades que poderiam ser desenvolvidas por uma empresa única são descentralizadas, através da criação de outras pessoas jurídicas, como forma de melhor gerir o trabalho. Exemplo disso ocorre quando uma empresa que vende móveis de fabricação própria resolve criar uma outra empresa, apenas para comercializar seus produtos, reservando para si apenas a tarefa de produzi-los. Apesar das personalidades jurídicas distintas, as empresas atuam com diversos empregados em comum, voltados ao mesmo interesse (venda dos móveis produzidos), no mesmo estabelecimento. Tais elementos demonstram a comunhão e integração de interesses, além da atuação conjunta. Por outro lado, se duas empresas, embora possuindo o mesmo sócio, atuam em atividades econômicas completamente distintas, sob direção totalmente diversa, sem que haja qualquer compartilhamento de clientes, estabelecimento ou produtos, não se tem, a princípio, a configuração do grupo econômico. Cuidados posso ter sociedade com 3 empresas por exemplo e não ser grupo econômico, para ser grupo econômico tem que ter interligações entre empresas. A mera identidade de sócios não caracteriza, tem que ter interesse e atuação conjunta das empresas. A reforma trabalhista afasta a relação de solidariedade e coordenação para exigir a prova da existência de hierarquia e de participação societária. Nesse elastério, não mais bastará a mera identidade de sócios para a configuração do grupo econômico, de modo que para a responsabilização de terceira empresa, deve-se provar a participação desta na empresa devedora, como a assunção de custos, movimentação financeira, utilização de serviços, etc. Convém, nessa toada, lembrar que o ônus probatório recairá sobre o reclamante, dificultando sobremaneira o reconhecimento da responsabilidade de terceiras empresas para a satisfação do crédito trabalhista. Se o empregador e a empresa A eu tenho que executar o A primeiro mais se o A não pagar o restante responde solidariamente, Na inicial trabalhista não preciso colocar todos no polo, podemos chamar na execução. Grupo econômico de direito e o que escrevemos ate agora. Mais também temos o grupo econômico de fato. 8

9 O grupo econômico de fato é aquele existente entre sociedades que estão relacionadas em decorrência da participação que uma possui no capital social das outras, sem que haja, todavia, um acordo sobre sua organização formal, administrativa e obrigacional. Por inexistir regulamentação quanto à organização formal do grupo, às sociedades dele integrantes deve ser conferido tratamento jurídico autônomo, como se agissem de forma isolada. Na inicial trabalhista e bom colocar todos no polo, mais e um grupo de fato não tem documentação tem que se provar. Terceirização é a transferência feita pela contratante (tomadora) da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução (art. 4º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei /2017). Admite-se de forma expressa a terceirização de forma ampla, ou seja, de quaisquer das atividades da contratante (tomadora), inclusive de sua atividade principal. Logo, fica superada a distinção entre atividades-fim e atividades-meio, anteriormente adotada pela jurisprudência, como se observa na Súmula 331, item III, do TST. Entende-se que a intermediação de mão de obra não é admita, por resultar em fraude ao vínculo de emprego com o efetivo empregador (art. 9º da CLT) e em violação ao valor social do trabalho (art. 1º, inciso IV, da CF), o qual não pode ser tratado como mercadoria. Desse modo, a terceirização deve envolver a prestação de serviços e não o fornecimento de trabalhadores por meio de empresa interposta. Portanto, defende-se o entendimento de que os referidos serviços, na terceirização, devem ter certa especialidade. Isso é confirmado pelo art. 5º-B da Lei 6.019/1974, incluído pela Lei /2017, no sentido de que o contrato de prestação de serviços deve conter: qualificação das partes; especificação do serviço a ser prestado; prazo para realização do serviço, quando for o caso; valor. A empresa prestadora de serviços (contratada) é considerada a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. A empresa prestadora de serviços a terceiros, assim, não pode ser pessoa física, nem empresário individual, devendo ser necessariamente pessoa jurídica. 9

10 A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante (art. 4º-A, 2º, da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017). Os requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros são previstos no art. 4º-B, incluído pela Lei /2017. Na terceirização, a contratante pode estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado (art. 5º-A, 4º, da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017). Essa previsão tem caráter meramente facultativo, diversamente da mencionada determinação cogente relativa ao trabalho temporário (art. 9º, 2º, da Lei 6.019/1974). Entretanto, de acordo com o art. 4º-C da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017, são asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A da Lei 6.019/1974, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I relativas a: alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; direito de utilizar os serviços de transporte; atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir; II sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. Contratante e contratada podem estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos no art. 4º-C da Lei 6.019/1974. Trata-se de mera faculdade no caso de terceirização, diversamente da previsão imperativa quanto ao trabalhador temporário (art. 12, a, da Lei 6.019/1974). 10

11 Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada (prestadora) em número igual ou superior a 20% dos empregados da contratante (tomadora), esta pode disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes (art. 4º-C, 2º, da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017). Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal (art. 5º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei /2017). Portanto, reitera-se a previsão de que a contratante (tomadora) pode terceirizar quaisquer de suas atividades, inclusive a sua atividade principal, perdendo relevância a diferenciação entre atividades-fim e atividades-meio. É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços (art. 5º-A, 1º, acrescentado pela Lei /2017). Os serviços contratados podem ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes (art. 5º-A, 2º, incluído pela Lei /2017). É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato (art. 5º-A, 3º, incluído pela Lei /2017). A empresa contratante (tomadora) é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços (como já se previa na Súmula 331, itens IV e VI, do TST), e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei 8.212/1991 (art. 5º-A, 5º, incluído pela Lei /2017). Ainda quanto ao tema, o Supremo Tribunal Federal fixou a seguinte tese de repercussão geral: O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 11

12 pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, 1º, da Lei nº 8.666/93 (Pleno, RE /DF, DJe ). Não pode figurar como contratada (prestadora), a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos 18 meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados (art. 5º-C da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017). Procura-se evitar a fraude por meio da chamada pejotização, ou seja, a contratação de empregados sob a forma de pessoa jurídica. Entretanto, após o referido prazo de 18 meses, é justamente isso o que pode acabar acontecendo, gerando fraude ao vínculo de emprego, o que é vedado pelo art. 9º da CLT. O art. 5º-D da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei /2017, por sua vez, dispõe que o empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de 18 meses, contados a partir da demissão do empregado. Trata-se, na realidade, da despedida do empregado por certa empresa, não se admitindo que ele passe a prestar serviço para esta, no referido período, mas como empregado de empresa prestadora, ou seja, como terceirizado. Após o referido prazo, entretanto, essa substituição de empregados diretos por terceirizados pode acabar acontecendo na empresa, que deixa de ser empregadora e passa a ser apenas tomadora (contratante). Alguns juristas conceituam a quarteirização como sendo a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. Trata-se do gerenciamento por parte de uma empresa quarteirizadora, de todas as atividades, serviços e fornecimentos de uma empresa e que podem ser terceirizados, empregando para isto, além de sua própria equipe e banco de dados, parceiros especializados que atuam em cada um dos setores. Após o surgimento da quarteirização como ferramenta de gestão dos contratos terceirizados, algumas distorções aconteceram quanto a elaboração e aceitação de seu conceito, em um primeiro momento. 12

13 Como se pode observar na definição acima entendia-se a quarteirização apenas como uma evolução da terceirização. Porém, com o incremento desta prática tendeu-se definila como uma técnica complementar de gerenciamento. Os contratos terceirizados passam a ser geridos por uma terceira empresa especializada, um profissional autônomo ou até mesmo um profissional da própria organização destinado apenas para este fim, de forma que a organização possa concentrar esforços em sua atividade principal. Essa tendência pode ser constatada em definições mais atuais que dizem ser a quarteirização um termo criado para designar a delegação a um terceiro especialista da gestão da administração das relações com os demais terceiros. Define-se a quarteirização como a contratação de uma empresa terceira, que tem como finalidade coordenar, com maior qualidade, todos os contratos de terceirizados existentes. Ressaltando que além da melhoria na gestão, o desgaste entre a contratante e terceiros fica minimizado pela presença desta gestora, formando um colchão para absorver parte dos problemas. A quarteirização é a delegação da gestão administrativa das relações com os demais prestadores de serviços (terceiros, parceiros, fornecedores) temporários num determinado projeto (ou de uma carteira de projetos) a uma terceira empresa especializada. Dúvidas estou à disposição. Bons Estudos!!! Prof.ª. Filomena Oliveira. 13

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