Aula 00 LINDB Curso: Direito Civil p/ Delegado da PF Professores: Wangney Ilco e Dicler Forestieri

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1 Aula 00 LINDB Curso: Direito Civil p/ Delegado da PF Professores: Wangney Ilco e Dicler Forestieri

2 PÓS-EDITAL!!! Temos edital na praça!!! Olá pessoal! Tudo beleza? Sejam bem-vindos ao nosso: Curso de Direito CIVIL p/ Delegado da Polícia Federal APRESENTAÇÃO Este curso está conforme o EDITAL de 14/06/2018. Banca CESPE! Pois bem, O Direito Civil é um mundo!. Esta é uma frase que nós, concurseiros, costumamos ouvir. De fato, é mesmo! Infinitas situações em nosso cotidiano, enquanto ser social, se sujeitam ao regime jurídico civil. Desde o nosso nascimento até a nossa morte. Então, a nossa matéria é imensa, com toda a certeza. No entanto, é necessário o seu estudo, tendo em vista o desejo de obter a aprovação para um excelente cargo público. Assim, o diferencial do presente curso de Direito Civil é a objetividade e a facilidade na assimilação da matéria, por meio de muitos esquemas gráficos, tabelas e etc. A linguagem do curso pretende ser a mais próxima possível de uma aula presencial: solta, objetiva, leve; sem expressões difíceis, como encontramos nos livros e, principalmente, utilizando muitos recursos gráficos e esquematizações para facilitar a assimilação do Direito Civil. Afinal, o objetivo do curso é a aprovação; é ensinar a marcar o X na alternativa correta e partir pro abraço. Beleza? Obs.: Esta aula aborda a recente Lei nº /18, sancionada em 25/04/2018. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 2 de 72

3 Sumário Curso de Direito Civil p/ Delegado da PF Apresentação dos professores... 4 Informações sobre o curso Conteúdo e cronograma das aulas Históricos das provas Metodologia utilizada Legislação aplicável Análise do Edital Suporte Considerações Iniciais Leis naturais x leis jurídicas Direito Objetivo x Direito Subjetivo Fontes do Direito Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Vigência e Eficácia da Norma Revogação da Norma Conflito de Normas no Tempo Preenchimento da Lacuna Jurídica Princípio da Obrigatoriedade Conflitos de Norma no Espaço Critérios de Hermenêutica Jurídica Estatuto de Direito Internacional Privado Lei nº /18: segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público Questões Propostas Questões propostas comentadas Gabarito 72 Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 3 de 72

4 Apresentação dos professores Me chamo Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso em 1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos como Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce vida de concurseiro. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do Estado do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz, por absoluta perda de foco e por problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na praça. Fiz alguns ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos, esquemas, mapas-mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente! Desde então, final de 2009, me tornei Professor de Direito Empresarial e Direito Civil tendo lecionado em alguns dos principais cursos preparatórios do país, dentre eles o Exponencial Concursos (meus cursos de empresarial). No momento, estou cursando Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO. Me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente ministro aulas presenciais e a distância de Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária Municipal em diversos cursos do Brasil e ocupo o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP no concurso de 2006 e entrei em exercício no ano Antes deste concurso também exerci o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado da Paraíba (ICMS-PB concurso em 2006) e fui oficial da Marinha do Brasil durante doze anos e meio; além de ter sido aprovado em 6o lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS ). Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e recentemente fui aprovado em 16º lugar no TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) e em 2º lugar no TCM-RJ em 2016 (Conselheiro Substituto), cargo que exerço atualmente. Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de lhe dizer qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias é feita a vida de um concurseiro, pois também fiquei reprovado em outros onze concursos. Ou seja, creio que também sei o que não deve ser feito para ser reprovado. Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de questões comentadas de Direito Civil, um da banca CESPE/UnB e outro da Fundação Carlos Chagas. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 4 de 72

5 Informações sobre o curso 1-Conteúdo e cronograma das aulas Pois bem, com base no edital do último concurso, o nosso curso para Delegado da PF terá o seguinte cronograma: Aula Conteúdo 00 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 01 Pessoa natural 02 Pessoa jurídica, personalidade, domicílio, residência. 03 Bens, diferentes cargos de bens. 04 Fatos jurídicos, negócios jurídicos. 05 Prescrição e decadência 06 Responsabilidade civil, teoria da culpa e do risco. 07 Posse. Classificação, aquisição, efeitos e perda. Propriedade: aquisição e perda da propriedade, direito real sobre coisa alheia. 08 Direito real sobre coisa alheia EXTRA Provas Delegado PF/CESPE comentadas Outras Questões. *Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no site do Exponencial. **Alguns assuntos do programa de Direito Civil são tratados em Direito Empresarial. Assim, solicitamos e recomendamos acessar AQUI para verificar o programa de Direito Empresarial. 2-Históricos das provas Analisemos abaixo as provas recentes CESPE por assunto: Assunto ABIN 2018 Analista BACEN 2013 Delegado da PF 2013 LINDB 2 1 Pessoa natural 1 1 Direito das coisas 1 Ato, fato e negócio jurídico Direito de Família 1 1 Responsabilidade civil 1 Prescrição e decadência 1 Prova 1 Pessoa Jurídica 1 Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 5 de 72

6 3-Metodologia utilizada Abrangeremos de modo aprofundado os aspectos mais relevantes de cada tópico do conteúdo exigido, evitando-se, porém, discussões doutrinárias desnecessárias. Para otimizar seu aprendizado, nosso curso será ESQUEMATIZADO assim: Acreditamos que essa composição seja importante para o aprofundamento, tendo como propósito uma preparação completa e integral, visando um excelente desempenho em prova. Além de abordar a teoria, comentaremos cerca de 380 questões. Todas as questões inseridas nas aulas serão devidamente comentadas, de modo a não deixar dúvidas. Desse modo, este curso será completo. Ele foi elaborado visando ser sua única fonte de estudos de Direito Civil. 4-Legislação aplicável A base do nosso curso será o Código Civil (Lei de 10 de janeiro de 2002), a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei de 4 de setembro de 1942), a Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre Direito Civil e a melhor doutrina nacional. 5-Análise do Edital Há algum tempo, as questões de Direito Civil limitavam-se a cobrar a letra da lei. Com isso, bastava que os alunos decorassem os artigos mais cobrados para conseguir uma boa pontuação. Entretanto, a característica da decoreba sofreu diversas mudanças e, atualmente, as questões costumam cobrar a aplicação dos conceitos em pequenos casos práticos apresentados. Analisando o conteúdo do seu edital, tenha certeza que conseguiremos lhe passar o conteúdo necessário para uma excelente prova. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 6 de 72

7 6-Suporte Nosso estudo não se limita apenas à apresentação das aulas ao longo do curso. É natural surgirem dúvidas. Por isso, estarei sempre à disposição para responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula. Todos têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua dificuldade. No mais, esperamos contar com a presença de vocês neste curso de maneira otimista e compromissada, para que possamos caminhar juntos, de mãos dadas, rumo à aprovação. Tenho certeza que com ESFORÇO, DISCIPLINA e ORGANIZAÇÃO chegaremos lá. Força na remada! Pois bem, vamos ao que interessa! Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito. (Martin Luther King Jr.) DICA DE ESTUDOS: Acessem nossos SIMULADOS totalmente direcionados aos cargos desejados, bem como nosso SISTEMA DE QUESTÕES ON LINE. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 7 de 72

8 Aula 00 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro-LINDB. 1- Considerações Iniciais Inicialmente, devemos fazer uma introdução que abrange não somente o Direito Civil, mas todo o Direito. São assuntos que costumamos ver no início da faculdade de Direito. É verdade que são assuntos pouco cobrados em prova, de forma isolada. E, em relação a nossa área, isso não é diferente. Porém, é uma introdução necessária sim para o bom andamento do curso e também porque alguns termos que veremos a seguir podem ser usados em questões de outros assuntos, ok? Então, vamos seguir! 1.1- Leis naturais x leis jurídicas Vamos começar nosso trabalho com o estudo da lei. Inicialmente, é interessante perceber que quando falamos em lei, estamos nos referindo ao conjunto de normas e regras jurídicas, e não às leis naturais. Mas, qual é a diferença entre as leis naturais e as leis jurídicas? As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual reina o chamado princípio da causalidade. Isso significa que cada causa produz determinado efeito, e isso independe de ação humana. Podemos citar, como exemplo, a lei da gravidade. As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras de conduta, que funcionam como diretivas para ação. Nesse caso, podemos citar o princípio da imputabilidade, pois quando um indivíduo pratica uma conduta prevista em lei como crime ou contravenção, a ele deve ser imputada determinada consequência prevista em lei. No nosso estudo, quando nos referirmos à lei, estaremos tratando das leis jurídicas Direito Objetivo x Direito Subjetivo Outra diferenciação que precisamos fazer é com relação ao Direito objetivo e o Direito Subjetivo. Vejamos: Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 8 de 72

9 Portanto, o Direito objetivo e o Direito subjetivo estão intimamente ligados, representando conceitos distintos. Ressalta-se que há uma corrente doutrinária que considera que o Direito subjetivo é a faculdade de agir do indivíduo conforme os seus interesses. Mas há outra corrente que entende que essa faculdade de agir não é o Direito subjetivo em si, mas está contido nele, pois a faculdade de agir seria algo inerente ao ser humano e, portanto, estaria inserido no campo natural. A faculdade humana, por esta corrente, seria anterior ao Direito. Beleza? 1. (ESPP/Juiz do Trabalho-TRT-9ªR/2012) Considerando a teoria do Direito Civil acerca das locuções "direito objetivo" e "direito subjetivo", assinale a alternativa incorreta: a) O direito subjetivo associa-se à noção de "facultas agendi". b) Visto como um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula, temos o "direito subjetivo". c) Direito subjetivo é a prerrogativa de invocação da norma jurídica, pelo titular, na defesa do seu interesse. d) Visto sob o ângulo subjetivo, o direito é o interesse juridicamente tutelado (Ihering). e) 0 direito objetivo refere-se a um conjunto de regras que impõem à conduta humana certa direção ou limite. Ele descreve condutas obrigatórias e comina sanções pelo comportamento diverso dessa descrição Comentários Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 9 de 72

10 Letra b incorreta. Na verdade, o conceito expresso na letra b qualifica o Direito objetivo e não o subjetivo. As demais alternativas estão perfeitamente corretas, representando os conceitos e características do Direito objetivo e do Direito subjetivo. Gabarito1: B 1.3- Fontes do Direito As Fontes do Direito representam a origem, bem como o meio de expressão das normas jurídicas. Podemos observar duas formas de classificar as Fontes do Direito: Nas fontes formais, a lei é a principal delas, enquanto as demais são consideradas fontes acessórias. A outra classificação prevista é a seguinte: 1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito As normas jurídicas estão na base de um ordenamento jurídico. Elas estabelecem as regras de conduta e comportamento da sociedade, sendo uma imposição do Estado, o qual possui a responsabilidade de aplicar as penalidades prevista quando infringidas. Reflete também os preceitos, os mandamentos e os valores do ordenamento jurídico. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 10 de 72

11 Em algumas ocasiões, a norma jurídica é utilizada como sinônimo de lei. Assim sendo, é importante atentar que a palavra lei (ou norma jurídica) pode ser utilizada em dois sentidos: amplo ( lato sensu ) e estrito ( stricto sensu ). Em sentido amplo (norma jurídica), a palavra lei abrange não apenas as leis emanadas pelo Poder Legislativo, mas também outros normativos, como por exemplo, os decretos e os regulamentos. Outro exemplo, seria o caso da Medida Provisória, que em situações de urgência e relevância, é fruto do Poder Executivo e tem força de lei. Embora não seja lei em sentido estrito, a medida provisória é lei em sentido amplo. A lei em sentido amplo também é conhecida como lei em sentido material, pois apesar de não ser uma norma jurídica que seguiu a formalidade legislativa, é uma norma em sua essência, em seu conteúdo. Em sentido estrito, a lei precisaria ser introduzida no ordenamento jurídico somente pelo Poder Legislativo, por meio de atos legislativos formais. Por isso, a lei sem sentido estrito também é conhecida como lei em sentido formal. 2. (FCC/Procurador-AL-SP/2010) Em relação às Fontes do Direito Objetivo, considere: I. Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio de atos competentes. II. Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem os meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações. III. Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei, pois muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não conhece. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I b) I e II. c) II. d) II e III. e) III. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 11 de 72

12 Comentários Letra d. I Incorreta. Esta definição é de legislação (lei) stricto sensu, onde a norma é formada por meio dos órgãos competentes (poder legislativo). II Correta. Refere-se à norma jurídica no que tange ao seu conteúdo, determinando direitos e obrigações. III Correta. Os costumes são uma das fontes do direito é uma fonte formal ou direta ou imediata. Sendo assim, os costumes são empregados no preenchimento das lacunas deixadas pela lei, nos termos do art. 4º da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB): Art. 4 o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito2: D 1.5- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Bem, pessoal, esta aula vai girar em torno da chamada Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42), cuja sigla que adotaremos é a LINDB, ok? Anteriormente, conhecíamos a LINDB como Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), porém a Lei nº /10 alterou o Decreto-Lei em sua ementa; mudou-se de LICC para LINDB. Pura formalidade! É o que menos importa para a nossa prova. Na verdade, apesar da LINDB ser tratada didaticamente como uma norma de introdução ao Direito Civil, na prática é uma lei autônoma aplicada também aos demais ramos do Direito daí a razão para a mudança de nomenclatura. A LINDB, portanto, deve ser tratada como uma lei que regulamenta outras leis e normas, sendo por isso conhecida pela expressão lex legum sobredireito, superdireito, lei das leis, norma sobre as normas. Logo, a LINDB possui de início duas características principais: CONJUNTO DE NORMAS SOBRE NORMAS e APLICABILIDADE A TODOS OS RAMOS DO DIREITO. As principais características da LINDB são: - Ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo chamada de lei das leis (lex legum); - Ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste diploma legal contém normas de sobredireito. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 12 de 72

13 Abaixo, podemos observar onde o D. Civil insere-se no Direito: Interesses do Estado Relações entre particulares No mais, dessa forma, a LINDB vai tratar dos seguintes pontos: 3. (CESPE/Delegado de Polícia-AL/2012) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito. Comentários O item está Certo. A LINDB é considerada uma norma de sobredireito, pois é um conjunto de normas sobre normas, que atinge não apenas o direito privado, mas também o direito público, possuindo aplicação nos diversos ramos do direito. Gabarito3: Certo Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 13 de 72

14 Sabendo que a lei é o objeto de estudo da LINDB, vale a pena enumerarmos as suas características: Características das LEIS Generalidade ou Impessoalidade Obrigatoriedade e imperatividade Permanência ou persistência Autorizante A LEI objetiva atingir todas as pessoas que se encontrem na mesma situação jurídica. Ela não é personalíssima. Não é dirigida especificamente a um indivíduo; mas, à coletividade. A exceção é a lei formal ou singular, que se aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para dar pensão a uma pessoa pública que esteja passando dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo com forma de lei. O descumprimento da lei autoriza a aplicação de uma sanção A lei não se esgota em uma única aplicação. Se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indenização por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das normas sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e danos. Pois bem, segundo sua força obrigatória, as leis podem ser: 1- Lei Cogente ou Injuntiva: é a lei de ordem pública. É a que não pode ser modificada pela vontade das partes e, nem mesmo, pelo juiz. São imperativas ou proibitivas. a) lei cogente imperativa: é a que ordena um certo comportamento. Por exemplo, o comerciante não pode escolher para qual cliente vender a mercadoria; Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 14 de 72

15 b) lei cogente proibitiva: é a que veda certo comportamento. Por exemplo, o Código Civil proíbe a doação universal, isto é, a doação de todos os bens sem que haja reserva do mínimo para sobreviver. 2- Leis Supletivas ou Permissivas: são as leis dispositivas, isto é, leis que protegem interesses particulares. Podem ser modificadas pela vontade das partes. É o caso da maioria das leis que disciplinam os contratos, em regra. Por fim, a Lei de efeito concreto é a que produz efeitos imediatos. Como exemplo temos uma lei que proíbe certa atividade. É a lei que por si só já produz o efeito desejado. Tal classificação é importante principalmente no que tange ao mandado de segurança. Em regra, não se pode impetrar mandado de segurança contra lei em tese, porém, se for lei de efeito concreto, cabe mandado de segurança. Também cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal admite o controle de constitucionalidade quando a lei for de efeitos concretos. Esta lei de efeito concreto se assemelha aos atos administrativos, cujos efeitos são imediatos. 2- Vigência e Eficácia da Norma O art. 1 o, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica: Portanto, em regra geral, a vigência da lei ocorre após 45 dias contados a partir de sua publicação. Esse é o chamado sistema simultâneo ou sincrônico, pois determinou um prazo único para a obrigatoriedade da lei em todo o país. 45 dias Publicação Vigência Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 15 de 72

16 Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor. 4. (CESPE/Auxiliar Judiciário/TJ-AC/2012) Com base na Lei de Introdução às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir. A vigência da norma começa com sua promulgação. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 1 da LINDB, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Portanto, o prazo é de 45 dias e deve ser contado a partir da publicação e não da promulgação da lei. Gabarito4: Errado A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai desde o início da sua obrigatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada (segundo José Afonso da Silva) de acordo com a dependência de outras normas, podem ser: a) Normas de eficácia plena quando a eficácia é imediatamente concretizada; b) Normas de eficácia limitada quando a eficácia depende de uma outra norma; e c) Normas de eficácia contida quando a eficácia pode ser restringida por outra norma. É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência), mas tenha eficácia (produza efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o Direito Penal e analisar o art. 3 o do Código Penal que trata da aplicação da lei penal quando esta for excepcional ou temporária: Lei excepcional ou temporária Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 16 de 72

17 - Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo. - Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia, etc. Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada (perder a vigência), continuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja, ocorrendo um crime durante a vigência de uma lei excepcional ou temporária, mesmo após a lei não mais estar em vigor (falta de vigência), ela deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia). Ultra-atividade julgamento CRIME Vigência da lei temporária ou excepcional EFICÁCIA Continuando o estudo do art. 1 o da LIDB, temos que: Art. 1 o da LIDB - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 1 o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 2 o Revogado [...]. O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte forma: 1) Edição; 2) Processo Legislativo; 3) Sanção do Presidente da República; 4) Publicação, e; 5) Vigência. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 17 de 72

18 As fases de edição e do processo legislativo são estudadas pelo Direito Constitucional. Aqui começaremos o estudo na fase da sanção. Após a lei ser sancionada, deve haver a sua publicação para que as pessoas tomem conhecimento do seu conteúdo; e, consequentemente, o diploma legal irá adquirir vigência (validade) estando apto a produzir efeitos. Entretanto, o nascimento da lei se dá com a promulgação. PROMULGAÇÃO PUBLICAÇÃO Não podemos confundir a promulgação com a publicação, apesar de ambas constituírem fases essenciais da eficácia da lei. A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos básicos: a) reconhece os fatos e atos geradores da lei; b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais. A promulgação das leis compete ao Presidente da República, conforme prevê o art. 66, 7 o da Constituição Federal. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas decorrido da sanção ou da superação do veto. Neste último caso, se o Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Presidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do Senado, em prazo idêntico. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos 3º e 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 18 de 72

19 A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação da lei aos seus destinatários. É condição de vigência e eficácia da lei. Em resumo: Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema. Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis: 1) Lei com vacatio legis expressa: é a lei de grande repercussão, que, de acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar nº 95/98, tem expressa disposição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida em lei determinando que a lei "entra em vigor um ano depois de publicada". Art. 8º da LC 95/98 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão. 2) Lei com vacatio legis tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio da lei, entra em vigor no país 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial. 3) Lei sem vacatio legis : é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal. Segue esquema gráfico: Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 19 de 72

20 edição sanção publicação vigência Incluído na contagem do prazo de vacatio no país (45 dias) vacatio legis salvo disposição em contrário obrigatoriedade Incluído na contagem do prazo de vacatio no estrangeiro (3 meses) Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, ainda não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova não entrar em vigor ela não será obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serão plenamente válidos. A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8 o, 1 o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo. Art. 8 o, 1 o da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabelecendo prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor em qual dia? No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no dia subsequente (17 de janeiro). Seque quadro: Contagem do dia do mês 3- Contagem do vacatio DIA vigência no dia seguinte Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 20 de 72

21 O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis. 5. (FCC/AJAJ/ TRT 6ª Região/2012) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia, depois de oficialmente publicada, em: a) três meses. b) noventa dias. c) um mês. d) trinta dias. e) quarenta e cinco dias. Comentários Letra a. Conforme 1 do artigo 1 da LINDB, nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Gabarito5: A Finalizando o estudo do art. 1 o da LINDB temos: Art. 1 o da LIDB [...]. 3 o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 4 o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de interpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma: 1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores problemas; 2) correção no período de vacatio legis : a norma poderá ser corrigida; no entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o texto corrigido; Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 21 de 72

22 3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida mediante uma nova norma de igual conteúdo. Segue esquema gráfico: 1) correção sem maiores problemas 2) novo prazo de vacatio legis 3) lei nova edição sanção publicação vigência vacatio legis obrigatoriedade Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de vacatio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida. 3- Revogação da Norma É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica a perda da vigência da norma, e sim, a perda de sua efetividade. ser: Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode 1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou 2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada. Através do art. 2 o, caput, da LIDB, o legislador expressou o Princípio da Continuidade. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 22 de 72

23 Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por prazo indeterminado, excetuando-se as leis com vigência temporária, que possuem data certa para morrer (perder a vigência). A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma, para que ocorra o fim de sua vigência, não é necessária outra lei. Basta que transcorra o lapso temporal de um ano. Tendo como base legal o art. 2 o, 1 o da LINDB, existem duas formas de revogação de uma lei antiga por uma lei nova. Art. 2 o 1 o da LIDB - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. São elas: 1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que estão sendo por ela revogados. 2) Revogação tácita ou indireta: se subdivide em dois tipos. - Revogação tácita por incompatibilidade; e - Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma matéria tratada por uma lei anterior). Então, temos: Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 23 de 72

24 6. (CESPE/Analista/Área Advocacia/SERPRO/2013) A respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. Considerar-se-á revogada uma lei até então vigente quando uma lei nova, aprovada segundo as regras do processo legislativo, passar a regulamentar inteiramente a mesma matéria de que tratava a lei anterior, ainda que a lei nova não o declare expressamente. Comentários O item está certo. Quando a lei nova regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, sem declarar expressamente a revogação, ocorre a chamada revogação tácita. Conforme 1 do artigo 2, a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Gabarito6: Certo Sobre a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação à LC 95/98 que ficou da seguinte forma: Art. 9 o da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. Ou seja, através do dispositivo legal acima, o legislador não deve mais se valer daquela vaga expressão revogam-se as disposições em contrário. O art. 2 o, 2 o da LINDB consagra o princípio da conciliação. De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação. Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação. 7. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2013) Julgue os itens a seguir, com fundamento na Lei de Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 24 de 72

25 Introdução ao Código Civil Brasileiro e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após cinco anos de vigência de lei especial sobre determinada matéria, foi editada nova lei contemplando disposições gerais acerca do mesmo tema. Nessa situação, a edição da lei mais recente, a qual estabelece disposições gerais, revoga a lei anterior especial. Comentários O item está Errado. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior, conforme 2 do artigo 2 da LINDB. Gabarito7: Errado Já o art. 2 o, 3 o da LINDB dispõe sobre a repristinação. Art. 2 o, 3 o da LINDB - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Por meio da sua leitura, concluímos que a regra é a não-restauração da norma, ou seja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa não-restauração de normas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor. Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma nova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vigência, desde que em sua totalidade. A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação: revogação revogação A B C LEI REVOGADA LEI REVOGADORA REPRISTINAÇÃO (disposição expressa) Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 25 de 72

26 Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei C, a Lei A irá ressuscitar? Ou seja, irá ocorrer a repristinação? Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o renascimento da Lei A, então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua morta. Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de vacatio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida. 8. (VUNESP/Auditor Fiscal Tributário Municipal/Prefeitura de São José do Rio Preto-SP/2014) A repristinação consiste: a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias. b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de inconstitucionalidade, por controle concentrado. c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível. d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito. e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência, sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal. Comentários Letra e. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Conforme 3 o do artigo 2º da LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação, quando houver expressa disposição legal. Gabarito8: E 4- Conflito de Normas no Tempo O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios: Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 26 de 72

27 disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior; princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga. Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo com a produção de efeitos, temos que eles podem ser: a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem seus efeitos produzidos na vigência daquela lei. b) Futuros: são os que ainda não foram gerados. c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei anterior e não produziram todos os seus efeitos nela. Ex.: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início deste ano entrou em vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro. Analisando o art. 6 o da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 27 de 72

28 Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil de ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito básico: Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação celebrado durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine. Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir aquele que já está aposentado. Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 28 de 72

29 Apesar de não ser cabível recurso, a coisa julgada pode ser questionada por meio de ação rescisória (não é um recurso), conforme prevê o art. 966 do Novo Código de Processo Civil: Art A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. Também é possível vislumbrar o princípio da irretroatividade no art. 5º, XXXVI da Constituição Federal. Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Em resumo: Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 29 de 72

30 Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. A antinomia pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma antinomia real a solução é a revogação da norma conflitante. Entretanto, quando se tratar de uma antinomia aparente, para a verificação de revogação das normas e solução de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a seguir, devem ser utilizados: CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE 1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em verificar qual das normas é superior, independentemente da data de vigência das duas normas (exemplo: um regulamento não poderá revogar uma lei ainda que entre em vigor após esta); 2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas gerais não podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e instituída em norma especial, e; 3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar em vigor posteriormente irá revogar a norma anterior que estava em vigor. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 30 de 72

31 ORDEM Curso de Direito Civil p/ Delegado da PF Prevalecem as leis de hierarquia superior Prevalecem as leis especiais em relação às gerais Prevalecem as leis novas em relação às anteriores Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e o hierárquico é o mais forte de todos. 5- Preenchimento da Lacuna Jurídica Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da jurisdição obrigatória, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando uma determinada situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4 o da LINDB: MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 31 de 72

32 Se você está se perguntando sobre a equidade, veja a observação a seguir: OBSERVAÇÃO SOBRE A EQUIDADE!!!! - Apesar do art. 4 o da LINDB não mencionar expressamente a equidade, alguns doutrinadores entendem que ela pode funcionar como último mecanismo para integração do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência de lei, da inviabilidade da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito, e, prevendo a lei a possibilidade do uso da equidade, o magistrado, para fazer valer o princípio da indeclinabilidade de jurisdição pode utilizá-la. É o que se depreende do art. 140 do Novo Código de Processo Civil (NCPC). Art O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. - Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a equidade uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na LINDB, pois a afirmativa estará errada. 9. (CESPE/TJAA/TJ-SE/2014) No que se refere aos dispositivos da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e à vigência, aplicação, interpretação e integração das leis, julgue o seguinte item. Conforme previsão expressa da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, nas hipóteses de omissão legislativa, serão aplicados a analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. Comentários O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista na LINDB nas hipóteses de omissão legislativa. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito9: Errado ANALOGIA é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 32 de 72

33 concretamente apresentado à apreciação jurisdicional (a que se denomina anomia falta de norma). A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris). Vejamos: a) Analogia legal (legis) aplica-se ao caso omisso uma lei que regula caso semelhante; b) Analogia jurídica (júris) aplica-se ao caso omisso um conjunto de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso concreto. ANALOGIA LEGAL UMA NORMA ANALOGIA JURÍDICA CONJUNTO DE NORMAS O COSTUME é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei escrita sobre a norma consuetudinária. Os costumes distinguem-se em: 1) Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de certos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume a solução do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina. Ex.: art. 569, II do CC: O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar 2) Costume contra legem ou negativo é o que contraria a lei. Provoca divergência na doutrina e pode ser de dois tipos: o o Consuetudo abrogatória espécie de costume contra legem que se caracteriza por ser uma prática contrária às normas legais. Desuetudo espécie de costume contra legem que consiste na falta de efetividade da norma legal não revogada formalmente. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 33 de 72

34 Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-se dentro da maior confiança, verbalmente. Nos termos do art. 227, único do CC, qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal (verbal) é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito. Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários mínimos) de gado no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois deveriam ser celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas são celebrados verbalmente, contrariando a lei. 3) Costume praeter legem ou integrativo é o que supre a ausência ou lacuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está citado no art. 4 o da LIDB. Ex.: o costume de emitir cheque cheque pré-datado. Tal conduta não possui regulamentação legal. São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade e obrigatoriedade. O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constância na realização do ato, não implicando sanção), moralidade e obrigatoriedade. CARACTERÍSTICAS DOS COSTUMES - CONTINUIDADE - DIUTURNIDADE - OBRIGATORIEDADE PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO são postulados que estão implícita ou explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princípios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica. 6- Princípio da Obrigatoriedade Ninguém pode deixar de cumprir a lei, conhecendo-a ou não. Esse conceito representa o princípio da obrigatoriedade expresso no art. 3º da LINDB. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 34 de 72

35 Há quem diga que não se trata de um princípio absoluto, pois entende ser uma exceção o art. 8º da Lei de Contravenções Penais. Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. 7- Conflitos de Norma no Espaço Pela LINDB (arts. 7 o a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado. Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade). Desta forma, pelo fato do princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras: 1) Não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. 2) Não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF. Nos quadros a seguir, apresentaremos exemplos de aplicação da territorialidade e da própria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos da LINDB: TERRITORIALIDADE Art. 8 o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 35 de 72

36 Art. 9 o Art. 11 Art. 13 Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Portanto, percebemos que nos arts. 8º, 9º, 11 e 13 deve-se utilizar a lei do país em que se originar a relação jurídica. EXTRATERRITORIALIDADE Art. 7 o Art. 10 Art. 12 Art. 17 A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Já nos arts. 7º, 10, 12 e 17, é possível a utilização de uma lei diferente da original. Tendo o art. 7º como exemplo, no que tange à capacidade, mesmo que na Argentina uma pessoa adquira capacidade plena aos 16 anos, no Brasil essa pessoa será considerada incapaz, pois aqui a capacidade plena só é adquirida aos 18 anos, em regra. 8- Critérios de Hermenêutica Jurídica Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da linguagem jurídica. Serve para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do intérprete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é chamada exegese. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 36 de 72

37 Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na primeira, a lei não regula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei regula, mas não é cristalina e precisa. Quando a lei não permite a exata compreensão da ordem, faz-se necessário o seu exercício interpretativo buscando alcançar o seu real sentido. Veja o esquema gráfico a seguir: INTEGRAÇÃO INTERPRETAÇÃO NÃO HÁ LEI HÁ UMA LEI DÚBIA A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu alcance e seu sentido é a hermenêutica. Com base no art. 5 o da LINDB, ao utilizar os mecanismos de integração para o preenchimento da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve buscar a estabilidade social desejada. Art. 5 o da LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Dentre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as seguintes listadas nos quadros da página seguinte. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 37 de 72

38 9- Estatuto de Direito Internacional Privado A partir do art. 7.º, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por alguns denominada de Estatuto de Direito Internacional Privado, versa Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 38 de 72

39 sobre temas como conflitos de jurisdição, critérios para solucionar problemas de qualificação, efeitos de atos realizados em outros países, condições de estrangeiros e eficácia internacional de posições jurídicas legitimamente adquiridas em certo país com possíveis reconhecimento e exercício em outro. Tal assunto costuma ser cobrado em provas de concurso pela sua literalidade. Sendo assim, iremos reproduzir os artigos em questão e apresentaremos alguns esquemas gráficos com breves comentários para facilitar a assimilação. Art. 7 o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. O começo e o fim da personalidade (as presunções de morte, o nome, a capacidade e os direitos de família, que constituem o estado civil, ou seja, o conjunto de qualidades que constituem a individualidade jurídica de uma pessoa, terão suas questões resolvidas através do direito domiciliar, de acordo com o que determina o art. 7º da LICC. 1 o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. Independentemente de quem esteja casando, se a realização do matrimônio ocorrer no Brasil, será aplicada a lei brasileira para duas situações: 1. Impedimentos dirimentes: as causas impeditivas do matrimônio estão previstas no art do CC. Como exemplo, no Brasil o pai não pode casar com a filha, seja qual for a sua nacionalidade. 2. Formalidades da celebração: o Código Civil estipula diversas regras para a celebração, como a fase de habilitação para o casamento. Tais regras devem ser respeitadas, independentemente da nacionalidade de quem esteja casando. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 39 de 72

40 2 o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. O disposto no art. 7º, 2º, da LICC, permite que os estrangeiros, ao contraírem casamento fora de seu país, possam fazê-lo perante o agente consular ou diplomático de seu país, no consulado ou fora dele. 3 o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. No caso de os nubentes terem domicílio internacional, a lei do primeiro domicílio conjugal estabelecido após o casamento é que prevalecerá para os requisitos intrínsecos do ato nupcial e para as causas de sua nulidade, absoluta ou relativas, inclusive no que diz respeito aos vícios de consentimento. 4 o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. Observar-se-á o direito brasileiro no caso de ter sido aqui estabelecido o primeiro domicílio conjugal, se os nubentes tiverem domicílios internacionais diferentes; ou o direito estrangeiro, no caso de ambos tiverem, por ocasião do ato nupcial, domicílio comum fora do Brasil. 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. O 5º está em consonância com o art. 1639, 2º do CC que admite alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 40 de 72

41 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 7 o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. De acordo com o critério da unidade domiciliar, no que diz respeito às relações pessoais entre os cônjuges, seus direitos e deveres recíprocos, e aos direitos e obrigações decorrentes da filiação, aplicar-se-á a lei do domicílio familiar, que se estende aos cônjuges e aos filhos menores não emancipados. 8 o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Aquele que não tiver domicílio conhecido, considerar-se-á domiciliado no local de sua residência acidental ou naquele em que se encontrar, impossibilitando a hipótese de dupla residência. Art. 8 o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. 1 o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. 2 o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. O art. 8º da LINDB apresenta três situações relacionadas aos bens. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 41 de 72

42 Art. 9 o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. 1 o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 2 o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente. O art. 9º da LINDB também apresenta três situações, mas relacionadas às obrigações. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 2 o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. Com a sucessão também não é diferente. O art. 10 da LINDB apresenta três situações relacionadas. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 42 de 72

43 Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem. 1 o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. 2 o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação. 3 o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 1 o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. 2 o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. O art. 12 da LINDB fixa a competência da autoridade judicial brasileira nos casos em que o réu, seja ele brasileiro ou estrangeiro, tenha domicílio no Brasil, podendo aqui ser intentada qualquer ação que lhes diga respeito. O 1º diz respeito não só às ações reais imobiliárias mas sim a todas as ações que tratem de imóveis situados no Brasil e trata-se de norma compulsória, na medida que impõe a competência judiciária brasileira para processar e julgar ações que versem sobre imóveis situados no território Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 43 de 72

44 brasileiro, competindo a nossa justiça fazer a qualificação do bem e a natureza da ação intentada. A previsão do 2º diz respeito ao cumprimento, pela autoridade judiciária brasileira, das cartas e comissões rogatórias com a finalidade de investigação, e das diligências deprecadas pelas autoridades locais competentes, satisfazendo o que lhes foi requerido pela autoridade estrangeira. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº , de 2009). Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; Perceba que o art. 105, I da CF/88 alterou a competência para homologar sentenças proferidas no estrangeiro do STF para o STJ. Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 44 de 72

45 óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. 2 o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. Os artigos que foram meramente reproduzidos sem comentários possuem uma incidência menor em provas de concursos. 10- Lei nº /18: segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público Em 25/04/2018 foi sancionada a Lei nº /18, que dispõe sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público. Esta lei adicionou 10 artigos à LINDB (o artigo 25 foi vetado). O artigo 29 deverá observar a vacatio legis de 180 dias. Essas alterações trazem à LINDB disposições de direito público, em especial ao direito administrativo, financeiro, orçamentário e tributário. Logo, devemos ter atenção a essa novidade na LINDB: poderá cair em sua prova!!! Por ser uma novidade, o mais provável é sua cobrança na literalidade. Segue a transcrição dos artigos introduzidos na LINDB: Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 45 de 72

46 Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas. Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente. 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. Parágrafo único. (VETADO). Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas. Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 46 de 72

47 judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público. Art. 25. (VETADO). Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial. 1º O compromisso referido no caput deste artigo: I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais; II (VETADO); III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral; IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento. 2º (VETADO). Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre os envolvidos. Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. 1º (VETADO). 2º (VETADO). 3º (VETADO). Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão. 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 47 de 72

48 2º (VETADO). Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas. Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. Então, caros alunos e alunas, Esta foi a parte teórica de nossa aula demonstrativa!!! Esperamos que tenham gostado. A seguir, temos uma bateria de questões para treinarmos! 11- Questões Propostas A seguir temos diversas questões de provas anteriores, super recentes, para você colocar em prática aquilo que foi aprendido na parte teórica. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 48 de 72

49 Caso apareça alguma dúvida, fique tranquilo, pois todas as questões estão devidamente comentadas no tópico (CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência, instituto conhecido como repristinação. b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, sem exceção. 11. (CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2017) De acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais superiores, julgue o próximo item. Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto. 12. (CESPE/Procurador-PGE-AL/2009) A respeito da vigência e aplicação da lei, assinale a opção correta. a) A lei posterior revoga a anterior se for com ela incompatível, ou se estabelecer disposições gerais a par das já existentes. b) Em que pese lei em vigor ter efeito imediato e geral, deverá ser respeitado o direito adquirido, que se traduz naquele que já foi consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. c) Como não pode deixar de decidir, quando a lei for omissa, o juiz deverá atentar para os fins sociais a que ela se dirige e decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. d) Considerando que ninguém pode se escusar de cumprir a lei, esta começa a vigorar a partir da sua publicação, salvo disposição em contrário, tanto no Brasil como nos Estados estrangeiros. e) A derrogação torna sem efeito parte de uma norma, de forma que a norma não perderá sua vigência, pois apenas os dispositivos alcançados é que não terão mais obrigatoriedade. 13. (CESPE - Delegado de Polícia Polícia Civil/AL 2012) Com base no que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 49 de 72

50 A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro. 14. (CESPE - Atividades Técnicas de Suporte/Área Nível Superior - Ministério das Comunicações ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens seguintes. Caso tenha sido publicada uma lei estabelecendo que a pessoa idosa, a partir de 65 anos de idade, deverá ter descontos de 20% nas passagens de avião e, posteriormente, no período de 60 dias, publique-se lei retificando a idade para 60 anos, esta será considerada lei nova. 15. (CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual/Área Nível Superior - Ministério das Comunicações ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item. Caso ex-companheiro homossexual requeira judicialmente pensão post mortem, não havendo norma sobre a matéria, o juiz poderá decidir o caso com base na analogia e nos princípios gerais de direito. 16. (CESPE Analista/Área Advocacia - SERPRO ) A respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. Ao decidir uma lide, caso constate que não há lei que regulamente aquela matéria, o juiz deverá suspender o julgamento e aguardar que seja editada lei que regulamente a matéria. 17. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC ) No tocante à lei de introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. Considere que determinada lei tenha sido publicada em 25/6/2012 e passado a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois. Nessa situação, se for constatada a existência de erro material em seu texto após essa data, a sua correção será considerada lei nova. 18. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC ) No tocante à lei de introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso concreto. 19. (CESPE - Analista Judiciário/Área Judiciária - STM 2011) No que se refere à Lei de Introdução ao Código Civil e ao Novo Código Civil, julgue os itens a seguir. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 50 de 72

51 Havendo lacuna no sistema normativo, o juiz não poderá abster-se de julgar. Nesse caso, para preenchimento dessa lacuna, o juiz deve valer-se, em primeiro lugar, da analogia; persistindo a lacuna, serão aplicados os costumes e, por fim, os princípios gerais do direito. 20. (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo/Área Auditoria Governamental - TCU 2015) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os seguintes itens. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. 21. (CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria - DPU ) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item. Se a norma jurídica regente da referida relação jurídica for revogada por norma superveniente, as novas disposições normativas poderão, excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência expressa à retroatividade. 22. (CESPE - Agente de Proteção - TJRR/RR ) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. A vacatio legis de uma lei, em regra, é de um ano, a contar da publicação da norma. 23. (CESPE - Técnico Judiciário - TJRR/RR 2012) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens que se seguem. Uma lei entrará em vigor no país quarenta e cinco dias após sua publicação em diário oficial, salvo disposição em contrário. Nos estados estrangeiros, quando admitida, a lei entrará em vigor seis meses após sua publicação oficial. 24. (CESPE - Analista Administrativo ANCINE 2013) À luz das disposições constantes da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 51 de 72

52 A lei do país no qual nasce a pessoa determina as regras sobre o início de sua personalidade. 25. (CESPE - Analista Judiciário/Área Administrativa TRE/ES 2011) Acerca da aplicação da lei, julgue o item abaixo. Se duas pessoas celebrarem um contrato na Alemanha, sem estipular o direito a ser aplicado, e esse contrato for executado no Brasil, local de domicílio da parte interessada, serão aplicadas as leis brasileiras. 26. (CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria DPU 2015) Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue os itens subsequentes. No que concerne à aplicação da lei estrangeira no país, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro refere-se expressamente ao princípio da ordem pública. 27. (CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual - MC ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens seguintes. O direito pátrio tem como regra a aplicação da lei nova aos casos futuros, continuando a norma revogada a reger os casos pendentes. 28. (CESPE/Analista-Direito-FUNPRESP-JUD/2016) A respeito da lei de introdução às normas do direito brasileiro, das pessoas, dos negócios jurídicos, da prescrição e da prova do fato jurídico, julgue o item seguinte. Ocorre a ultratividade de uma norma jurídica quando essa norma continua a regular fatos ocorridos antes da sua revogação. 29. (CESPE/Auxiliar Técnico de Controle Externo-Área Administrativa- TCE-PA/2016) Uma lei nova, oficialmente publicada, que regula inteiramente assunto que antes era disciplinado por outra norma, nada estabeleceu sobre a data de sua entrada em vigor e o seu prazo de vigência; foi silente também quanto à revogação da lei mais antiga. Sessenta dias depois da publicação oficial, um juiz recebeu um processo em que as partes discutiam um contrato firmado anos antes, com base na lei antiga. Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente, considerando as disposições da lei de introdução às normas do direito brasileiro. A lei nova vigorará até que outra a modifique ou revogue. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 52 de 72

53 30. (CESPE/TJ-SE/TJAJ/2014) A interpretação teleológica consiste na análise da norma de forma contextual, com a comparação entre os dispositivos do próprio texto legal e outros diplomas normativos. 31. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Substituto/2015) Se, ao interpretar a lei, o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imóveis do casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras, separadas e viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de interpretação, será classificada como a) sistemática. b) histórica. c) jurisprudencial. d) teleológica. e) lógica. 32. (CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência, instituto conhecido como repristinação. b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, sem exceção. 33. (CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2017) De acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais superiores, julgue o próximo item. Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto. 34. (CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) Com base na Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, assinale a opção correta. a) Sempre que uma lei for revogada por outra lei, e a lei revogadora também for revogada, a lei inicialmente revogada volta a ter vigência, em um instituto jurídico denominado de ultratividade da lei. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 53 de 72

54 b) Haverá repristinação quando uma norma revogada, mesmo tendo perdido a sua vigência, for aplicada para reger situações ocorridas à época de sua vigência. c) Denomina-se vacatio legis o espaço de tempo compreendido entre a data da publicação da lei e a data da sua revogação. d) Uma norma jurídica pode ser expressa ou tacitamente revogada. Diz-se que há revogação expressa quando a lei nova declarar, em seu texto, o conteúdo da lei anterior que pretende revogar, enquanto que a revogação tácita ocorre sempre que houver incompatibilidade entre a lei nova e a antiga, pelo fato de a lei nova regular a matéria tratada pela anterior. e) Segundo a legislação vigente, a norma jurídica tem vigência por tempo indeterminado e vigora até que seja revogada por outra lei. O ordenamento jurídico brasileiro não reconhece norma com vigência temporária. 35. (CESPE/TCE-PR/Auditor Substituto de Conselheiro/2016) Em relação à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta. a) Em regra, aceita-se o fenômeno da repristinação no ordenamento jurídico brasileiro. b) Celebrado contrato no período de vigência de determinada lei, qualquer dos contratantes poderá invocar a aplicação de lei posterior que lhes for mais benéfica. c) Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a chamada integração normativa, ainda que para preencher eventuais lacunas do ordenamento. d) Publicada lei para corrigir texto de lei publicado com incorreção, não haverá novo prazo de vacatio legis, se a publicação ocorrer antes da data em que a lei corrigida entraria em vigor. e) autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para o conhecimento de ações que discutam a validade de hipoteca que recai sobre bens imóveis situados no Brasil, ainda que as partes residam em país estrangeiro. 36. (CESPE/TJ-DFT/Juiz Substituto/2014) Considerando as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária a respeito da interpretação dessas normas, assinale a opção correta. a) Uma lei nova que estabeleça disposições gerais revoga leis especiais anteriores dedicadas à mesma matéria. b) No ordenamento jurídico brasileiro, admite-se a repristinação tácita. c) Entre as fontes de interpretação das normas, considera-se autêntica a interpretação realizada pelos próprios tribunais. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 54 de 72

55 d) A utilização dos costumes como método de integração das normas de direito material depende de expressa previsão legal. e) A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil. 37. (CESPE/TRT 8ª Região/AJAJ/2016) Assinale a opção correta, em relação à classificação e à eficácia das leis no tempo e no espaço. a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência. c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes. d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial. e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial. 12- Questões propostas comentadas 10. (CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 55 de 72

56 a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência, instituto conhecido como repristinação. b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, sem exceção. Comentários Letra b. Correta, conforme a disposição literal do art. 4º da LINDB: Art.4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Letra a. Incorreta. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Conforme 3 o do artigo 2º da LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação, quando houver expressa disposição legal. Letra c. Incorreta, pois "As correções a texto de lei já em vigor consideramse lei nova" (Art. 1º, 4º, LINDB). Letra d. Incorreta, pois Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada" (Art. 1º, LINDB). Gabarito10: B 11. (CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2017) De acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais superiores, julgue o próximo item. Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto. Comentários O item está Errado. O erro está na parte final da assertiva: salvo se houver determinação expressa para tanto. Não existe esta ressalva no ordenamento jurídico nacional. O examinador quis confundir o candidato: CF/88: Art. 5º, XXXVI: A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. LINDB: Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Gabarito11: Errado Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 56 de 72

57 12. (CESPE/Procurador-PGE-AL/2009) A respeito da vigência e aplicação da lei, assinale a opção correta. a) A lei posterior revoga a anterior se for com ela incompatível, ou se estabelecer disposições gerais a par das já existentes. b) Em que pese lei em vigor ter efeito imediato e geral, deverá ser respeitado o direito adquirido, que se traduz naquele que já foi consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. c) Como não pode deixar de decidir, quando a lei for omissa, o juiz deverá atentar para os fins sociais a que ela se dirige e decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. d) Considerando que ninguém pode se escusar de cumprir a lei, esta começa a vigorar a partir da sua publicação, salvo disposição em contrário, tanto no Brasil como nos Estados estrangeiros. e) A derrogação torna sem efeito parte de uma norma, de forma que a norma não perderá sua vigência, pois apenas os dispositivos alcançados é que não terão mais obrigatoriedade. Comentários e) Correta. Derrogação é a revogação parcial da norma. Ab-rogação é a revogação total da norma. Logo, derroga-se parte de uma norma, mantendose a sua vigência. a) Incorreta. Conforme o Art. 2º, 1º, da LINDB, a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Portanto, a primeira parte da alternativa está correta. No entanto, a parte final está incorreta em razão do Art. 2º, 2º: A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. Ou seja, a norma posterior continua coexistindo com a norma anterior, caso não haja incompatibilidade de conteúdo. b) Incorreta. Assertiva representa o art. 6º da LINDB: A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. O erro está na definição do direito adquirido, onde Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo préfixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. A assertiva traz a definição de ato jurídico perfeito. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 57 de 72

58 c) Incorreta. Devemos ter atenção aos arts. 4º e 5º da LINDB. Pelo Art. 4º, o juiz deverá decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, quando a lei for omissa. Ou seja, há lacunas na lei. É uma regra de integração da norma. Por outro lado, conforme o art. 5º, o juiz deve observar os fins sociais a que se destina a norma e às exigências do bem comum. Neste caso, não há lacuna da norma, mas trata-se de uma regra de interpretação. Logo, o examinador confundiu os conceitos. Os fins sociais da norma são observados na sua aplicação; a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito são utilizados quando a lei for omissa de forma integrativa. d) Incorreta. Sobre a vigência da norma, o prazo de vacância da lei é diferente no pais e no estrangeiro. Gabarito12: E 13. (CESPE - Delegado de Polícia Polícia Civil/AL 2012) Com base no que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro. Comentários O item está Certo. Conforme estudamos, o Brasil adota a teoria da territorialidade temperada, visto que em determinados casos é permitida a aplicação de leis estrangeiras no país (extraterritorialidade). Gabarito13: Certo 14. (CESPE - Atividades Técnicas de Suporte/Área Nível Superior - Ministério das Comunicações ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens seguintes. Caso tenha sido publicada uma lei estabelecendo que a pessoa idosa, a partir de 65 anos de idade, deverá ter descontos de 20% nas passagens de avião e, posteriormente, no período de 60 dias, publique-se lei retificando a idade para 60 anos, esta será considerada lei nova. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 58 de 72

59 Comentários O item está Certo. Como a correção foi publicada no período de 60 dias, considera-se que a lei anterior já estava em vigor, pois salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, conforme artigo 1 da LINDB. E, conforme 4 o do artigo 1 da LINDB, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Portanto, será considerada lei nova. Gabarito14: Certo 15. (CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual/Área Nível Superior - Ministério das Comunicações ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item. Caso ex-companheiro homossexual requeira judicialmente pensão post mortem, não havendo norma sobre a matéria, o juiz poderá decidir o caso com base na analogia e nos princípios gerais de direito. Comentários O item está Certo. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito15: Errado 16. (CESPE Analista/Área Advocacia - SERPRO ) A respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. Ao decidir uma lide, caso constate que não há lei que regulamente aquela matéria, o juiz deverá suspender o julgamento e aguardar que seja editada lei que regulamente a matéria. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito16: Errado 17. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC ) No tocante à lei de introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. Considere que determinada lei tenha sido publicada em 25/6/2012 e passado a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois. Nessa situação, se for constatada a existência de erro material em seu texto após essa data, a sua correção será considerada lei nova. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 59 de 72

60 Comentários O item está Certo. Conforme 4 o do artigo 1 da LINDB, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Gabarito17: Certo 18. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC ) No tocante à lei de introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso concreto. Comentários O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista na LINDB na hipótese de omissão legislativa. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito18: Errado 19. (CESPE - Analista Judiciário/Área Judiciária - STM 2011) No que se refere à Lei de Introdução ao Código Civil e ao Novo Código Civil, julgue os itens a seguir. Havendo lacuna no sistema normativo, o juiz não poderá abster-se de julgar. Nesse caso, para preenchimento dessa lacuna, o juiz deve valer-se, em primeiro lugar, da analogia; persistindo a lacuna, serão aplicados os costumes e, por fim, os princípios gerais do direito. Comentários O item está Certo. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito19: Certo 20. (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo/Área Auditoria Governamental - TCU 2015) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os seguintes itens. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Comentários Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 60 de 72

61 O item está Certo. Conforme artigo 4 o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Gabarito20: Certo 21. (CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria - DPU ) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item. Se a norma jurídica regente da referida relação jurídica for revogada por norma superveniente, as novas disposições normativas poderão, excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência expressa à retroatividade. Comentários O item está Certo. Conforme artigo 6 da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Portanto, a lei nova rege os casos futuros e pendentes, não se aplicando aos casos passados. Logo, as novas disposições normativas poderão, excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência expressa à retroatividade, desde que respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Gabarito21: Certo 22. (CESPE - Agente de Proteção - TJRR/RR ) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. A vacatio legis de uma lei, em regra, é de um ano, a contar da publicação da norma. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 1 o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Gabarito22: Errado 23. (CESPE - Técnico Judiciário - TJRR/RR 2012) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens que se seguem. Uma lei entrará em vigor no país quarenta e cinco dias após sua publicação em diário oficial, salvo disposição em contrário. Nos estados estrangeiros, Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 61 de 72

62 quando admitida, a lei entrará em vigor seis meses após sua publicação oficial. Comentários O item está Errado. Conforme 1 o do artigo 1 da LINDB, nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Portanto, não são seis meses, e sim três meses após sua publicação oficial. Gabarito23: Errado 24. (CESPE - Analista Administrativo ANCINE 2013) À luz das disposições constantes da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo. A lei do país no qual nasce a pessoa determina as regras sobre o início de sua personalidade. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 7 o da LINDB, a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Portanto, não é a lei do país no qual nasce a pessoa, mas sim a lei do país em que a pessoa é domiciliada que determina as regras sobre o início de sua personalidade. Gabarito24: Errado 25. (CESPE - Analista Judiciário/Área Administrativa TRE/ES 2011) Acerca da aplicação da lei, julgue o item abaixo. Se duas pessoas celebrarem um contrato na Alemanha, sem estipular o direito a ser aplicado, e esse contrato for executado no Brasil, local de domicílio da parte interessada, serão aplicadas as leis brasileiras. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 9 o da LINDB, para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. Como o contrato foi constituído na Alemanha, serão aplicadas as leis da Alemanha, e não as leis brasileiras. Gabarito25: Errado 26. (CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria DPU 2015) Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue os itens subsequentes. No que concerne à aplicação da lei estrangeira no país, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro refere-se expressamente ao princípio da ordem pública. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 62 de 72

63 Comentários O item está Certo. Conforme artigo 17 da LINDB, as leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Gabarito26: Certo 27. (CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual - MC ) Com referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens seguintes. O direito pátrio tem como regra a aplicação da lei nova aos casos futuros, continuando a norma revogada a reger os casos pendentes. Comentários O item está Errado. Conforme artigo 6 da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Portanto, a lei nova rege os casos futuros e pendentes, não se aplicando aos casos passados. Gabarito27: Errado 28. (CESPE/Analista-Direito-FUNPRESP-JUD/2016) A respeito da lei de introdução às normas do direito brasileiro, das pessoas, dos negócios jurídicos, da prescrição e da prova do fato jurídico, julgue o item seguinte. Ocorre a ultratividade de uma norma jurídica quando essa norma continua a regular fatos ocorridos antes da sua revogação. Comentários O item está Certo. A ultratividade da norma jurídica é um fenômeno que ocorre quando a norma mesmo revogada regula os fatos ocorridos durante a sua vigência. Exemplo: Art O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido. Portanto, a lei continua a regular fatos ocorridos antes de sua revogação. Gabarito28: Certo 29. (CESPE/Auxiliar Técnico de Controle Externo-Área Administrativa- TCE-PA/2016) Uma lei nova, oficialmente publicada, que regula inteiramente assunto que antes era disciplinado por outra norma, nada estabeleceu sobre a data de sua entrada em vigor e o seu prazo de vigência; foi silente também quanto à revogação da lei mais antiga. Sessenta dias depois da publicação Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 63 de 72

64 oficial, um juiz recebeu um processo em que as partes discutiam um contrato firmado anos antes, com base na lei antiga. Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente, considerando as disposições da lei de introdução às normas do direito brasileiro. A lei nova vigorará até que outra a modifique ou revogue. Comentários O item está Certo. Segundo o art. 2º da LINDB, Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Portanto, a lei em vigor se submete ao chamado Princípio da Continuidade ou Permanência. Gabarito29: Certo 30. (CESPE/TJ-SE/TJAJ/2014) A interpretação teleológica consiste na análise da norma de forma contextual, com a comparação entre os dispositivos do próprio texto legal e outros diplomas normativos. Comentários O item está errado. A assertiva trata da interpretação sistemática e não da interpretação teleológica. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 64 de 72

65 Gabarito30: Errado 31. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Substituto/2015) Se, ao interpretar a lei, o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imóveis do casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras, separadas e viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de interpretação, será classificada como a) sistemática. b) histórica. c) jurisprudencial. d) teleológica. e) lógica. Comentários Letra d. Perceba que no enunciado da questão o examinador menciona que, pela interpretação da lei, a impenhorabilidade do bem de família tem relação com a entidade familiar. Em um segundo momento a interpretação se estende às pessoas solteiras, separadas e viúvas, ou seja, a interpretação beneficiou toda a sociedade. Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 65 de 72

66 Concluímos tratar-se de uma interpretação sociológica ou teleológica. Gabarito31: D 32. (CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência, instituto conhecido como repristinação. b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, sem exceção. Comentários Letra b. Correta, conforme a disposição literal do art. 4º da LINDB: Art.4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Letra a. Incorreta. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Conforme 3 o do artigo 2º da LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação, quando houver expressa disposição legal. Letra c. Incorreta, pois "As correções a texto de lei já em vigor consideramse lei nova" (Art. 1º, 4º, LINDB). Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 66 de 72

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