GOVERNO, O SISTEMA COOPERATIVISTA E O MERCADO DE BIODIESEL

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1 GOVERNO, O SISTEMA COOPERATIVISTA E O MERCADO DE BIODIESEL Organização das Cooperativas Brasileiras OCB Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Mercados - GEMERC 1. INTRODUÇÃO O biodiesel é classificado como fonte alternativa de energia renovável e, atualmente, vem ganhando espaço na mídia especializada e nas áreas acadêmicas, por ser um potencial substituto do petróleo, que contribui para a redução da dependência da utilização de combustíveis fósseis e de emissão de poluentes resultantes da combustão nos motores. Neste contexto, o Brasil apresenta vantagens comparativas para a produção de biodiesel, considerando-se as fontes de origem vegetal. Tais vantagens são explicadas pela disponibilidade de terras agricultáveis, com destaque para as áreas ocupadas por oleaginosas, tecnologias de produção agrícola, regularidade climática e disponibilidade hídrica. Observa-se que a grande diversidade matérias-primas para a produção de biodiesel e os estudos despendidos para viabilizar novas espécies são fatores significativos para a análise do cenário brasileiro. Considerando-se que a energia é fator significativamente relevante para o desenvolvimento econômico e a crescente demanda por fontes renováveis, a inserção das cooperativas no processo de produção de biodiesel apresenta-se como uma estratégia de fundamental importância, devido à sua finalidade de organização da produção, agregação de valor ao produto e serviço e aumento do poder de barganha.

2 Vale destacar, ainda, a preponderante participação do cooperativismo no Produto Interno Bruto Agropecuário no Brasil, de, aproximadamente, 6%. Os princípios cooperativistas de preocupação com a sociedade aliam-se às questões ambientais, bem como a inserção da agricultura familiar na produção de energia renovável, para a busca do desenvolvimento sustentável. 2. O PROGRAMA NACIONAL E O MERCADO DE BIODIESEL Para a contextualização do processo de produção de biocombustíveis no Brasil faz-se necessário uma breve explanação. O primeiro incentivo ao desenvolvimento de tecnologias para produção de biodiesel se deu por meio do Plano de Produção de Óleos Vegetais Para Fins Energéticos (PROÓLEO), criado em 1975 e coordenado pelo Ministério da Agricultura, com o objetivo de promover uma mistura compulsória de 30% no óleo diesel até chegar à substituição total pelo biodiesel. Contudo, o PROÓLEO não chegou a ser implementado de fato, tendo sido substituído pelo Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL). Em 2004, o governo federal teve outra iniciativa de promoção da agroenergia no país, lançando o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Sua concepção está baseada na sustentabilidade, em conceito amplo, para promover a inclusão social, a partir do cultivo de diversas fontes oleaginosas e em regiões diversas do território nacional para a produção de biodiesel, por meio da geração de emprego e renda, reduzindo as disparidades regionais. Esta iniciativa é fundamentada em uma base tecnológica que sustenta três visões: ambiental, social e mercadológica (COELHO, 2007). A Tabela 1 apresenta a Lei

3 de 2005 que estabelece os percentuais mínimos de mistura de biodiesel ao óleo diesel e o requerido monitoramento da demanda no mercado. Tabela 1. Lei de 2005 e as porcentagens de misturas definidas. Mercado de Biodiesel (milhões de Litros) B2* (autorizado) B2** (obrigatório) B5** (obrigatório) 840, , ,00 Período (Anos) 2005 a a em diante * Mercado Potencial; ** Mercado Consolidado Fonte: Accarine (2007); Coelho (2007) Após ter sido sancionada a Lei /05, a produção de biodiesel no Brasil começou a definir os passos a serem seguidos. De acordo com esta legislação, é permitida a adição de 2% de biodiesel (B2) ao diesel mineral, passando de voluntária a compulsória essa mistura a partir de 2008, atingindo níveis mínimos de 5% (B5) de 2013 em diante (Tabela 1). Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN, 2005), a participação das energias renováveis na oferta interna de energia passou de 43,9% em 2004 para 44,7% em Esse é um número significativo, quando comparado à média mundial (13,6% em 2002) e dos países desenvolvidos (6% em 2002). A área plantada necessária para atender ao percentual de mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo (1.000,0 milhões de litros) é estimada em 1,5 milhão de hectares, o que equivale a 1% dos 150 milhões de hectares plantados e disponíveis para a agricultura no Brasil. As regras permitem a produção a partir de diferentes oleaginosas e rotas tecnológicas, o que possibilita a participação do agronegócio, em larga escala, e da agricultura familiar, em pequena escala.

4 A substituição de pastagens degradadas pelo cultivo de matérias-primas para a produção de biodiesel resultará em ganhos ambientais com a utilização de práticas agronomicamente corretas, que protegem o solo contra a erosão, utilizam insumos de forma racional e respeitam o zoneamento agro-climático, para a sustentação dos sistemas produtivos. O modelo tributário adotado pelo governo no PNPB incentiva a produção em algumas regiões do país, mas a inclusão social necessita abranger todo o território nacional, estimulando a indústria a comprar matérias-primas de regiões carentes de recursos e da agricultura familiar. Este esquema encontra-se demonstrado na figura abaixo e descrito a seguir. Figura 1. Incentivos tributários do PNPB. Biodiesel: Tributação Federal (Pis/Pasep e Cofins) Alíquotas de PIS/COFINS (em R$/litro) R$ 0,151 / litro R$ 0,0 / litro 31% de benefício 100% de benefício R$ 0,218 / litro Regra Geral 0,218 Agronegócio + N/NE + Semi-Árido + mamona/palma 0,151 Agricultura Familiar em qualquer região 0,070 Agricultura Familiar + N/NE + Semi-Árido + mamona/palma 0 Fonte: MDA (2007) Tributação do Diesel: R$ 0,218 / litro R$ 0,070 / litro 68% de benefício Selo Combustível Social Compra Mínima da Agricultura Familiar: N 10% NE 50% CO 10% SU 30% S 30%

5 As regras referentes ao PIS/PASEP e à COFINS determinam três níveis distintos, sendo: para o biodiesel fabricado a partir de mamona ou a palma produzida nas regiões Norte, Nordeste e no Semi-Árido pela agricultura familiar, a desoneração de PIS/PASEP e COFINS é total, ou seja, a alíquota efetiva é nula (100% de redução em relação à alíquota geral de R$ 0,218/litro); para o biodiesel fabricado a partir de qualquer matéria-prima que seja produzida pela agricultura familiar, independentemente da região, a alíquota efetiva é R$ 0,070/litro (67,9% de redução em relação à alíquota geral); para o fabricado a partir de mamona ou a palma produzida nas regiões Norte, Nordeste e no Semi-Árido pelo agronegócio, a alíquota efetiva é R$ 0,151/ litro (30,5% de redução em relação à alíquota geral). Para a concessão da alíquota de R$0,070 por litro é necessária a obtenção do Selo Combustível Social pelo estabelecimento produtor. Este selo é concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aos produtores de biodiesel que promovam a inclusão social e o desenvolvimento regional por meio da geração de emprego e de renda para os agricultores familiares, enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Pela regra, o produtor de biodiesel terá que adquirir da agricultura familiar, pelo menos, 50% das matérias-primas necessárias à sua produção, provenientes das Regiões Nordeste e Semi-árido, para a obtenção do citado selo. Nas regiões Sudeste e Sul este percentual mínimo é de 30% e na região Norte, 10%. Os percentuais mínimos devem ser calculados com base nos preços de aquisição.

6 Diante deste cenário, cabe analisar o comportamento da comercialização dos combustíveis nos últimos cinco anos e no início do exercício corrente. A visualização da participação dos principais combustíveis no mercado deste setor é demonstrada na Figura 2. Participação nas Vendas 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 13,86 13,75 25,55 4,28 12,43 13,66 26,02 3,88 11,08 13,24 26,21 5,10 11,01 13,11 26,52 5,26 10,68 13,00 2,51 26,48 6,82 11,67 12,76 7,38 26,45 7,91 30,0% 20,0% 42,56 44,01 44,36 44,10 40,51 33,81 10,0% 0,0% Período Analisado Óleo Diesel Álcool Hidratado Gasolina C B2 (Biodiesel 2%) GLP Outros Figura 2. Matriz de consumo de combustíveis veiculares Fonte: ANP (2007) De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 2002 a 2007, nota-se que os combustíveis de origem fóssil vêm diminuindo, lentamente, dando lugar aos de origem renováveis. Em 2002, a participação do principal produto dessa matriz, o óleo diesel, era de 42,56%. Esta representação aumentou até 2004, ano do lançamento do PNPB, quando atingiu 44,36%. A partir deste ano, a comercialização do produto reduziu, de modo que, em

7 2006, sua participação foi de 40,51%. No ano de 2007, até o mês de fevereiro, o market share do óleo diesel atingiu o nível de 33,81%. A participação do álcool hidratado vem crescendo, anualmente, apesar de algumas oscilações negativas. Enquanto em 2002 era de 4,28%, em 2006 a participação registrada na ANP foi de 6,87%. Até fevereiro, o ano de 2007 já registrou a fatia de 7,91% para este biocombustível. Destaca-se que o álcool anidro é adicionado, compulsoriamente, na gasolina, variando de 20 a 25% a mistura, conforme regulamentação federal. Portanto, quaisquer variações na comercialização de gasolina resultam em variações na comercialização de álcool anidro. Apesar do programa ser instituído em 2004, somente em 2006 se observa participação significativa do B2 (adição de 2% de biodiesel no óleo diesel) na matriz dos combustíveis, conforme Figura 1. Neste ano, sua fatia de mercado foi de 2,51%. Destaca-se que, no ano anterior, sua comercialização foi de 3,7 milhões de litros (ANP, 2007), enquanto em 2007, até fevereiro, a participação deste biocombustível foi de 7,91%. A expectativa, segundo a mídia, é de que a produção de biodiesel supere a necessidade de 2% adicionados no óleo diesel e que o governo antecipe a meta de B5, para Considerando-se a preponderância da participação do óleo diesel na matriz de combustíveis, a substituição dos combustíveis por fontes renováveis apresenta-se em etapa inicial de implantação, com inúmeros desafios relacionados às quantidades a serem produzidas e a logística envolvida. Em relação à produção de biodiesel, as Figuras 2 e 3 apresentam as quantidades totais produzidas, em metros cúbicos, e a participação dos estados brasileiros.

8 Figura 2. Produção de biodiesel no Brasil ao longo dos anos Produção de Biodiesel (m 3 ) * Período Analisado (Anos) Produção de Biodiesel Fonte: ANP (2007) Figura 3. Participação dos estados na produção de biodiesel Participação dos Estados na Produção de Biodiesel (%) 6,62 3,89 7,61 17,76 9,78 14,04 Fonte: ANP (2007) 9,79 30,50 Bahia Ceará Goiás Paiuí São Paulo Rio Grande do Sul Mato Grosso Outros

9 A produção de biodiesel mostra aceleração no crescimento, passando de 736,0 m 3, em 2005, para ,00 m 3, em Destaca-se que, nesse ano, consideraramse, apenas os nove primeiros meses. Contudo, a quantidade produzida é ínfima quando se compara com as vendas de óleo diesel no Brasil. A consolidação do biodiesel no mercado brasileiro deve agregar os diversos setores da sociedade, dado o objetivo central do desenvolvimento sustentado desejado. Para a obtenção da sustentabilidade dos sistemas produtivos, a utilização de fontes de matérias-primas é uma etapa-chave, que necessita considerar as especificidades regionais, com base na capacidade de usos dos solos, na seleção de espécies culturais adaptadas, bem como, a realidade sociocultural das comunidades. As matérias-primas com potenciais de utilização para a produção de biodiesel e seus respectivos teores de óleo são mostrados na Tabela 2. Segundo os dados comparativos apresentados, a cultura do girassol apresenta a maior produção de óleo por unidade de área, atingindo 820 litros por hectare semeado, o que se deve ao elevado teor de óleo nas sementes. Destaca-se que foram lançadas, recentemente, variedades de girassol dedicadas ao cultivo para a produção de biodiesel, com teor de óleo de 55%, o que resulta em uma produção acima de litros por hectare (Tabela 2). A soja é a principal cultura do Brasil. Dada a demanda do seu óleo para o consumo humano e as quantidades exportadas do grão, devido à ausência de tributação (Lei Kandir), seu posicionamento estratégico é de uma situação de incertezas quanto à viabilidade de sua utilização para a produção de biodiesel no Brasil. Mostra-se mais viável a comercialização do óleo e farelo para consumo humano.

10 Tabela 2. Parâmetros de rendimento de óleo e produção por hectare plantado Parâmetros de Rendimento Matéria-Prima Produividade Teor de Óleo Produção de (t.ha -1 ) (%) Óleo (L.ha -1 ) Soja 2, ,00 Girassol 2, ,00 Colza/Canola 1, ,00 Nabo Forrageiro 1, ,00 Mamona 0, ,00 MAPA (2007) A Figura 4 apresenta uma análise simplificada da alocação e utilização de matérias-primas potenciais para o processo de produção de biodiesel nas regiões brasileiras. Figura 4. Regionalização do desenvolvimento sustentável através da seleção de matérias-primas Fonte: ABIOVE (2007)

11 4. O SISTEMA COOPERATIVISTA BRASILEIRO O movimento cooperativista brasileiro é diversificado, dividido em 13 ramos de atividades distintas, sendo: agropecuário; educacional; crédito; saúde; infraestrutura; habitacional; transporte; turismo e lazer; produção; especial; mineral; consumo e trabalho. Segundo Martins (2006), esse conglomerado cooperativo tem papel significativo no desenvolvimento da sociedade, promovendo benefícios, como acesso a crédito, saúde, educação, moradia e ao mercado de trabalho, com responsabilidades sociais e ambientais. Diante do contexto, pode-se afirmar que o cooperativismo brasileiro é uma das forças da economia no país, gerando 6% do Produto Interno Bruto (PIB), empregos diretos e US$ 2,8 bilhões de exportações, informações apresentadas na Tabela 4 e Figura 6 (OCB, 2007). São cooperativas, com mais de 7 milhões de associados, registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), juntamente às suas 27 organizações estaduais. Somente no ramo agropecuário, atividade cooperativista na qual prospecta-se a implementação da produção de biodiesel, são 1,5 mil cooperativas e 886 mil associados, gerando 124 mil empregos diretos. A participação dessas cooperativas no PIB Agropecuário é de 35,5%. Informações mais completas estão dispostas abaixo.

12 Tabela 2. Números do cooperativismos por ramo de atividade Ramo de Atividade Cooperativas Associados Empregados Agropecuário Consumo Crédito Educacional Especial Habitacional Infra-estrutura Mineral Produção Saúde Trabalho Transporte Turismo e Lazer T O T A I S Fonte: OCB (2007) Figura 6. Evolução das exportações das cooperativas Evolução das Exportações das Cooperativas USD Milhões de FOB Fonte: OCB (2007)

13 A OCB tem como Missão Representar e fortalecer o cooperativismo brasileiro, promovendo sua identidade e reconhecendo sua diversidade. e Visão Ser referencial do cooperativismo brasileiro, de sua identidade, estimulando a intercooperação e ampliando sua participação sócio-econômica.. Para tanto, a organização vem atuando na representação política e mercadológica para prospectar oportunidades de negócio para as cooperativas, visando preservar sua diversidade e fomentar sua participação sócio-econômica. Segundo a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, as cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados (...). Portanto, as cooperativas têm como objetivo, prestar os mais diversos serviços (compra, venda, assistência técnica, extensão, crédito, pesquisa, desenvolvimento, inovação) aos seus associados, que visam obter ganhos sócio-econômico-ambientais. Por sua natureza e pelos seus princípios, de adesão voluntária e livre, gestão democrática, participação dos membros, educação, formação e informação, intercooperação, interesse pela comunidade, as cooperativas possuem vantagens competitivas sobre as empresas para inserirem-se no processo produtivo de biodiesel. Somente elas têm condições de organizarem a produção dos associados, prestarem serviços de qualidade e agregarem valor ao produto. 5. O SISTEMA COOPERATIVISTA, O MERCADO DE BIODIESEL E O GOVERNO Uma das oportunidades de negócio prospectadas pela OCB para a implementação no cooperativismo é o biodiesel. Desde 2004 a entidade procura pesquisar e disseminar informações às cooperativas sobre este produto promissor.

14 Antes dessa tomada de decisão, foram aplicados critérios de Marketing, de prospecção de oportunidades. Esses critérios visam estudar o mercado de determinado produto e setor, avaliando sua cadeia de valor, ciclo de vida e estágio em que se encontra, ameaças e oportunidades do ambiente e estratégias competitivas, para, posterior, apoio à implementação pelas cooperativas. 5.1 ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR De acordo com Porter (1986), uma empresa tem uma série de processos interrelacionados denominados "Cadeia de Valor". Assim, para compreender a empresa e o seu negócio, é necessária a efetiva compreensão das relações entre os processos e também enxergar a empresa dentro do contexto de uma cadeia global de atividades em que é gerado o valor. Esta análise tem duas abordagens: uma interna à própria organização e outra, externa, do seu relacionamento com as outras organizações envolvidas. Assim, a identificação destes fatores ao longo da cadeia produtiva significa que a oportunidade de negócio proporciona vantagens competitivas às empresas que nela atual e às novas entrantes. A cadeia produtiva do biodiesel, na qual será estudada a cadeia de valor, pode ser dividida em três segmentos: matérias-primas, composto pelos produtores rurais, que adquirem insumos, máquinas e equipamentos para utilização na produção de matérias-primas de biodiesel, indústria, composto pelos produtores de biodiesel e coprodutos, que compram as matérias-primas, insumos, máquinas e equipamentos. Por ser um produto homogêneo, neste segmento a concorrência é alta e a oferta é muito pulverizada. No último, de distribuição e consumo, participam as empresas de distribuição, que atuam nos canais estratégicos de distribuição ao mercado interno e externo.

15 As cooperativas, por sua natureza e princípios, podem atual em todos os segmentos. Neste sentido, conforme a Figura 7, nota-se que há forte inter-relação de diversos processos, comprovando as vantagens competitivas delas com relação às demais empresas e que esta oportunidade de negócio poderá aumentar estas vantagens, dependendo dos resultados das demais análises a posteriori. São as seguintes categorias de inter-relações: Aquisição: os associados podem adquirir e produzir, conjuntamente por meio de suas cooperativas, insumos e matérias-primas para a produção de biodiesel, além da possibilidade de intercooperação de cooperativas; Tecnologia: as cooperativas podem trocar ou desenvolver conjuntamente tecnologias para produtos e processos envolvidos na cadeia produtiva de biodiesel. Um produto pode ser incorporado a outro ou pode haver interface entre produtos (ex: adição de álcool e óleo = biodiesel). Infra-estrutura: a cooperativa faz compartilhamento de capital para os associados (investimento), além da contabilidade, contratação, treinamentos e relação com o governo (tributos). Produção: a logística interna e as atividades diretas e indiretas são compartilhadas. Mercado: os produtos dos associados são comercializados com marca única, da cooperativa, incluindo pacotes de venda, a distribuição é conjunta, aumentando o poder de barganha, além da possibilidade de comercialização de biodiesel entre cooperativas (intercooperação). Estas vantagens competitivas das cooperativas na cadeia produtiva de biodiesel podem resultar em:

16 Lucro pulverizado entre as empresas, minimizando os impactos da concentração. Se o lucro total puder ser aumentado, abre oportunidade da empresa ficar com uma fatia maior desse lucro e, assim, suplantar os competidores. Comunicação mais precisa entre a procura e oferta proporcionada pelos sistemas interorganizacionais. Cooperação entre fornecedores e clientes (associados são os próprios fornecedores e consumidores) para troca de informações e redução de custos transacionais. Benefícios gerados compartilhados com clientes-chave e/ou fornecedores, proporcionando mais lucros. Conseqüente aumento de preços aos concorrentes e níveis de serviço reduzidos. Entretanto, para tornar a efetivação dessas vantagens competitivas possível, os resultados das análises seguintes devem ser benéficos ao sistema cooperativista. Caso contrário, a tomada de decisão de inserção das cooperativas nesse processo produtivo pode ser desastrosa.

17 Figura 7. Fluxograma da cadeia de valor do biodiesel Matérias-primas Indústria Distribuição Máquinas e Equipamentos Insumos Oleaginosas Cana-deaçúcar Outras m.p. Álcoois Óleo Biodiesel Co-produtos Concorrentes Distribuição Direta Distribuição Indireta Consumidor Interno Consumidor Externo Informações de Oferta e Custos Fonte: OCB 5.2 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO O modelo de ciclo de vida do produto pode auxiliar na análise do estágio de maturidade de um produto (ou de uma indústria). O ciclo de vida de um produto visa olhar além das fronteiras da empresa, não necessariamente somente a competência da empresa avaliada. Conforme a figura abaixo, os estágios são: Introdução, onde o produto é apresentado ao mercado através de um esforço de marketing intenso e focado visando estabelecer uma identidade clara e promover ao máximo o conhecimento do produto. Neste estágio, as vendas são lentas, o lucro é baixo e as despesas são grandes. Crescimento: Neste estágio há uma rápida aceitação de mercado, e melhoria significativa no lucro. O mercado apresenta uma abertura à

18 expansão que deve ser explorada. Caracterizado por vendas crescentes, este estágio também traz concorrentes. Maturidade é o estágio em que há redução no crescimento das vendas, porque o produto já foi aceito pela maioria dos consumidores potenciais. O lucro e as vendas estabilizam-se, saindo alguns concorrentes do mercado. Declínio é o período de forte queda nas vendas e no lucro. É o momento de desaceleração, eliminação ou revitalização, com a introdução de um novo produto ou serviço. Figura 8. Ciclo de vida do produto. Fonte: OCB (2007) Todo negócio busca modos de aumentar suas receitas futuras maximizando o lucro das vendas de produtos e serviços. O fluxo de caixa positivo permite à empresa se manter viável, investir em desenvolvimento de novos produtos e aumentar sua equipe de colaboradores. Tudo para buscar adquirir participação de mercado adicional e se tornar uma líder em sua indústria. Um fluxo de caixa (receita) consistente e sustentável vindo das vendas dos produtos é crucial para qualquer investimento de longo prazo. A melhor forma de obter

19 um fluxo de caixa contínuo e estável é com um produto que encontra-se no estágio de maturidade, um produto líder que tem uma grande participação de mercado. Entretanto, existem também empresas ousadas que apostam no produto na fase introdutória, onde os poucos compradores pagam alto para terem posse destes novos produtos, e se dão bem. Com base na análise, por ser um produto novo, com incentivos governamentais, compra garantida, altas exigências de tecnologia e de recursos, mas com os mercados nacional e internacional se consolidando, observa-se que o biodiesel é um produto que encontra-se entre as fases de introdução e crescimento. Neste sentido, as cooperativas que ensejam ter sucesso com o biodiesel devem adotar as seguintes estratégias: Estudar o ciclo de vida da cooperativa; Levantar seu fluxo de caixa. Organizar a produção de matérias-primas e produto final. Desnatar o produto rapidamente, por meio de contratos com fortes empresas compradoras, privadas ou públicas, ou consumo próprio pelos associados. Acrescentar novos produtos de flanco (nichos), como: cosméticos a partir da glicerina, rações diferenciadas a partir do farelo, adubos orgânicos a partir da torta, dentre outros. Entrar em novos canais de distribuição. Mudar o apelo de propaganda de conscientização sobre o produto da cooperativa. Contudo, antes de apoiar a inserção das cooperativas no processo produtivo de biodiesel, foi necessário analisar as oportunidades e ameaças do mercado. São elas: Oportunidades: o Legislação e política de incentivos.

20 o Ganhos socioeconômicos ambientais. o Ganhos em economia de escala e escopo (agregação de valor). o Diversidade de matérias-primas. o Espaço para a PD&I. o Integração lavoura-pecuária. o Produção de co-produtos (glicerina, farelo e torta). o Consumo próprio de combustível. o Demanda potencial. o Substituição de importações (petróleo). o Projetos de créditos de carbono. o Organização da produção. o Alianças estratégicas. Ameaças: o Política regionalizada. o Poucos compradores e muitos ofertantes. o Altos custos de produção e de mudança. o Há pouco investimento em PD&I. o Risco de excesso de oferta. o Concorrência de produtos substitutos (diesel, H-Bio, etanol, gasolina, GNV). o Logística. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, o resultado social da utilização do biodiesel depende da aplicação dos meios econômicos, o que demonstra a importância do cooperativismo no desenvolvimento sustentável do Brasil. Os desafios observados na cadeia do biodiesel

21 estão relacionados à fase inicial de introdução do produto, em que os dispêndios são elevados e os lucros, restritos. Contudo, as tendências de crescimento do mercado devido às questões ambientais promoverão a consolidação da utilização de energias renováveis, em substituição aos combustíveis fósseis. Na atual fase em que se encontra a produção de biodiesel no Brasil justifica os esforços na OCB na promoção e na viabilização de tecnologias e definição de sistemas de produção. No momento em que as ameaças podem superar as oportunidades e os pontos fracos sobressair-se em relação às oportunidades, os seguintes passos foram adotados: o Desenvolvimento de um sistema de informações por meio da realização seminários intitulados A inserção das Cooperativas no Processo de Produção de Biodiesel. Os seminários são realizados anualmente e se encontra na terceira edição, promovendo os debates voltados para a análise dos desafios encontrados pelo setor. Para atingir os objetivos de disseminar a informação e capacitar os profissionais participantes, renomados técnicos e acadêmicos com experiência na área de biocombustíveis contribuem para o desenvolvimento de um sistema de informações voltado para o cooperativismo. o Elaboração de um Modelo de Diagnóstico, através de um Projeto Piloto. O Projeto Piloto refere-se a uma escola/fábrica demonstrativa que tem por objetivo servir como projeto modelo para o aprendizado e a análise econômica e financeira do empreendimento, para a posterior replicação e adoção em outras cooperativas interessadas no processo, seja para a produção de óleo ou o processo completo de produção de biodiesel. Tal empreendimento tem cronograma inicial de produção no ano de 2008.

22 As ações da OCB resultaram no diagnóstico da cadeia do biodiesel e a inserção das cooperativas no seu processo de produção, por meio da capacitação e da profissionalização da gestão como etapas para subsidiar as tomadas de decisão. O biodiesel, tal como o álcool, pode ser produzido em grande escala e a custos competitivos, inserindo o Brasil no mundo, como um grande produtor e exportador de tecnologias. O cooperativismo, segundo os princípios intrínsecos e a eficiência na produção de commodities e de alimentos básicos, apresenta-se como um aliado de fundamental importância para a obtenção da sustentabilidade do processo. 7. REFERÊNCIAS ACCARINE, José Honório. Casa Civil da Presidência da República. Comissão Executiva Interministerial e do Grupo Gestor do Biodiesel. Biodiesel no Brasil: Situação Atual e Perspectivas. I Seminário de Biocombustíveis: Cenário Atual e Oportunidades. Florianópolis, Santa Catarina, Site: Acesso dia 19 de novembro de ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Ministério de Minas e Energia. Dados Estatísticos Mensais: Vendas de Combustíveis. Site: Acesso dia 19 de novembro de CAMPOS, Arnoldo de. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Secretaria de Agricultura Familiar. Biodiesel e Inclusão Social. Site: Acesso dia 19 de novembro de 2007.

23 COELHO, Bruno Fernando Von Montfort. Modelo de Previsão da Evolução do Biodiesel no Brasil Utilizando a Lógica Fuzzy. Dissertação de Mestrado Profissionalizante em Administração. Faculdade de Economia e Finanças Ibmec. Rio de Janeiro, fevereiro de p. FURTADO, Rogério. Agribusiness Brasileiro: a história. Coordenação geral Editora Evoluir Cultural. São Paulo: Evoluir, (225 páginas). MACÊDO, Kátia Barbosa; Ximenes, José Abel Alcanfor. Cooperativismo na Era da Globalização. Editora Gráfica Terra. Goiânia: Cooperativas das Unimeds GO/TO, p. MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dados Estatísticos das Safras. Site: Acesso dia 04 de outubro de MARTINS, F.A.Z. Como Inserir as Cooperativas nas Ações de Políticas Públicas de apoio ao Desenvolvimento do Biodiesel. Universidade Católica de Brasília - UCB. Brasília (53 páginas). MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Indicadores Estatísticos: Balança Comercial do Cooperativismo. Acesso dia 04 de outubro de OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras. O Cooperativismo Brasileiro: Uma História - Brasília, DF: Versão Br Comunicação e Marketing, (150 páginas).

24 OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras. Relatório de Atividades (Brasília, DF: HMP, páginas). PORTER, Michael E., Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de indústrias e da Concorrência. 7a. Ed., Rio de Janeiro: CAMPUS, Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel PNPB. O programa: Objetivos, Diretrizes, Marco Regulatório, Selo Combustível Social e Regime Tributário. Site: Acesso dia 19 de novembro de SANTO, Benedito Rosa Espírito. Caminhos da Agricultura Brasileira. São Paulo: Evoluir, (329 páginas.) Equipe de Elaboração: Evandro Scheid Ninaut (Gerente de Mercados da OCB) Gustavo Rodrigues Prado (Técnico de Mercados da OCB) Marcos Antonio Matos (Técnico de Mercados da OCB) Flávia de Andrade Zerbinato Martins (Técnica de Mercados da OCB) Patrícia Medeiros Moreira (Técnica de Mercados da OCB)

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