Saúde coletiva e Epidemiologia

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1 Saúde coletiva e Epidemiologia

2 1. Introdução Saúde pública é a ciência e a arte de prevenir as doenças, de prolongar a vida e melhorar a saúde mental e física dos indivíduos através de políticas de saúde (ações preventivas e de promoção à saúde com atividades de assistência médica e reabilitação).

3 Artigo 196 Constituição Federal : Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e acessórias que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e a acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prestação e recuperação. É isso que vemos no dia a dia da vida brasileira? A saúde pública em nosso país vive uma situação complicada. A população brasileira sofre com a falta de atendimento médico, longas filas para atendimento ambulatorial e hospitalar, desvio de materiais, unidades de assistência médica superlotadas, e infelizmente esse é o retrato da saúde pública brasileira.

4 No entanto, o primeiro desafio do SUS é garantir que os postos e centros de saúde, sejam capazes de atender e resolver a maioria dos problemas de saúde da população, desafogando assim os hospitais e PS, que poderiam dar mais atenção aos casos de maior complexidade. Além disso, muitas vezes, as doenças dos pacientes encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas, com ações mais efetivas na área da prevenção ou se tratadas em estágio inicial.

5 O Sistema Único de Saúde SUS que tem como conceito básico a universalização do atendimento à saúde surgiu com a Constituição de A idéia era atingir ampla e irrestritamente a todos os cidadãos, independente de classe social.

6 Vamos refletir: O que é saúde para você? O que é doença? O que você consideraria essencial para viver? O que você precisa para ter saúde? Quais os elementos que afetam a saúde das pessoas?

7 Saúde A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". A saúde é silenciosa, geralmente não a percebemos em sua plenitude; na maior parte das vezes apenas a identificamos quando adoecemos. É uma experiência de vida, vivenciada no âmago do corpo individual. Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite preciso entre a saúde e a doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na qual os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doenças. Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete à reflexão de que o processo saúde-doença-adoecimento ocorre de maneira desigual entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local que os seres ocupam na sociedade (BERLINGUER apud BRÊTAS e GAMBA, 2006). 77

8 Doença Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que dolentia significa dor, padecimento. A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006).

9 Histórico Na antiguidade, quando das religiões politeístas, acreditava-se que a saúde era dádiva e a doença castigo dos deuses, com o decorrer dos séculos e com o advento das religiões monoteístas a dádiva da saúde e o castigo da doença passou a ser da responsabilidade de um único Deus. No entanto, 400 anos AC, Hipócrates desenvolve o tratado Os Ares e os Lugares onde relaciona os locais da moradia, a água para beber, os ventos, com a saúde e a doença. Séculos mais tarde, as populações passam a viver em comunidade e a teoria miasmática toma lugar. Tal teoria consiste na crença de que a doença é transmitida pela inspiração de gases de animais e dejetos em decomposição (BUCK et al., 1988). Tal teoria permanece até o século XIX; no entanto, ao final do século XVIII, predominavam na Europa como forma de explicação para o adoecimento humano os paradigmas socioambientais, vinculados à concepção dinâmica, tendo se esboçado as primeiras evidências da determinação social do processo saúde-doença. Com o advento da Bacteriologia, a concepção ontológica firmouse vitoriosa e suas conquistas levaram ao abandono dos critérios sociais na formulação e no enfrentamento dos problemas de saúde das populações (OLIVEIRA; EGRY, 2000).

10 2. O processo saúde-doença Saúde-doença são processos muitos íntimos, que podem manifestar durante a vida das pessoas (individual ou coletivo). Podemos notar pelo nossos antepassados e até mesmo pela nossa história de vida, que a maneira do atendimento ao cuidado sofreram e sofrem constantemente mudanças.

11 A partir de 1970, houve mudanças no atendimento de saúde. As pessoas passam a ser atendidas de acordo com as suas necessidades individuais e o processo saúde-doença passa a ser vista como um determinante das condições socioeconômicas onde as pessoas vivem e trabalham, mudando o conceito de saúde (deixa de ser uma simples ausência de doenças).

12 A maneira com que o homem evolui e sua interação com o meio em que vive, são determinantes do processo saúde-doença : o modo de viver, estilo de vida, acesso a moradia, aos meios de transporte, à educação, à assistência de saúde, à alimentação, ao lazer, ao saneamento, ao meio ambiente, a relação com a sociedade e com o trabalho e as características individuais de cada pessoa( fatores genéticos, imunológicos e psicológicos).

13 O perfil epidemiológico hoje mudou consideravelmente: Alterações de doenças da população, Aumento de acidentes de trânsito, À violência urbana, Ao êxodo rural desgovernado, À poluição ambiental. Portanto, é necessário entender o que determina o processo saúde-doença, para que a política de saúde desenvolvam atividades destinadas de acordo com as necessidades das pessoas, para assim garantir a tão desejada qualidade de vida.

14 Então cabe a equipe de enfermagem das Unidades de Saúde, desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de agravos. Para isso é essencial um trabalho consciente, criativo, solidário envolvendo vários profissionais.

15 É importante conhecer os determinantes de saúde da população do município,bairro,território de atuação, e buscar nas políticas públicas, estratégias para atender as demandas oriundas das necessidades das pessoas, família ou grupos, propiciando as pessoas um espaço para troca de conhecimento sobre o processo saúde-doença, que vai oferecer mudanças no estilo de vida.

16 O papel da equipe na atuação no processo saúde doença A equipe de saúde, precisa ter consciente seu papel de educador em saúde e conjuntamente saber o resultado que quer atingir em cada situação. É preciso fundamentalmente contribuir com a autonomia dos sujeitos no sentido de que cada um seja protagonista de sua produção de saúde

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