BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR E O SERVIÇO SOCIAL¹

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1 BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR E O SERVIÇO SOCIAL¹ FRIEDRICH, Elaine Rosália 2 ; TASSINARI, Glaucia da Rocha 3 ; SILVA, Flademir da Costa 4 ; MASSIA, Caroline Capeleto 5 ; MAUS, Emilene Silva 6 ; SIQUEIRA, Mariluce Adriana da Silva 7 ; GONÇALVES, Rita de Athayde 8 1 Trabalho realizado na disciplina de Filosofia e Serviço Social II, do curso de graduação em Serviço Social, do Centro Universitário Franciscano UNIFRA. 2 Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 3 Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 4 Acadêmico do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 5 Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 6 Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 7 Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, 8 Docente do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil associal_14@hotmail.com; grtsocial@yahoo.com.br; fladcolhedor@yahoo.com.br; carol_capeleto@hotmail.com; emilenemaus@yahoo.com.br; luce.ss1@hotmail.com; rita@unifra.br RESUMO O objetivo desse estudo é abordar a prática de Bullying, por considerar que sua gravidade e abrangência são desconhecidas por grande parte da população. Pretende-se refletir sobre as formas pelas quais o fenômeno se apresenta focando sua prática na escola, no sentido de contribuir para a prevenção do problema, evidenciando a necessidade de medidas quanto ao seu enfrentamento. Utilizou-se pesquisa bibliográfica para conhecimento teórico do tema e pesquisa de campo em forma de questionário para coletar dados quanto ao Bullying, aplicado para acadêmicos de um Curso Superior da UNIFRA. Como resultado é possível afirmar que todos os entrevistados já foram vítimas de bullying, que é reflexo dos padrões impostos pela sociedade capitalista, pois a maioria relatou que a violência sofrida mais frequente foi relacionada a cor, etnia e porte físico. Portanto, o capitalismo com seus padrões de beleza impostos e reforçados pela mídia sensacionalista acaba barbarizando o homem. Palavras-chave: Bullying, Escola, Violência. 1 INTRODUÇÃO O bullying, uma temática bastante presente em nossas vidas atualmente e amplamente divulgado pela mídia nacional, tem se tornado uma prática cotidiana e seus efeitos podem 1

2 ser devastadores, na maioria dos casos, se não forem identificados, acompanhados, prevenidos e tratados. Um dos locais onde ocorre um expressivo número de casos dessa prática é no ambiente escolar. O objetivo deste trabalho é refletir acerca do bullying praticado na escola, evidenciando a necessidade de que os responsáveis pelo processo de ensino dêem maior atenção a esse problema, procurando enfrentá-lo de forma mais contundente. Pretende-se, da mesma forma, contribuir quanto à compreensão do tema, a fim de tentar identificar alguns fatores que desencadeiam sua prática, assim como os perfis do agressor e do oprimido, suas consequências tanto para quem prática quanto para quem sofre o bullying. É importante ressaltar que, além do ambiente escolar, a prática do bullying se dá em várias esferas da vida social, tais como no local de trabalho (workplace bullying, mobbing ou assédio moral), nos relacionamentos amorosos, nos quartéis, na família, nas igrejas, na internet (cyberbullying ou bullying digital), até mesmo no telefone celular (móbile bullying), ou seja, em qualquer contexto no qual existam pessoas interagindo. O termo bullying se refere a condutas e atitudes agressivas, que ocorrem sem qualquer motivação evidente, sendo repetitivas e intencionais, cometidas por um ou mais alunos contra outro(s), acarretando medo constante, exclusão, angústia, raiva, prejuízos à vítima em suas faculdades mentais e emocionais. Considera-se fundamental a investigação dessa temática no atual contexto, a fim de propiciar pesquisas e reflexões, principalmente nas áreas da saúde e educação, para direcionar a criação e efetivação de políticas públicas, de ferramentas de identificação de sua ocorrência, na busca por respostas adequadas que previnam e reduza, de forma eficaz, esse fenômeno, que é uma das expressões da questão social, objeto de trabalho do assistente social. 2 CONTEXTUALIZANDO O BULLYING O bullying é objeto de investigação em estudos mundiais e divulgado cotidianamente pela mídia. Segundo Middelton-Moz e Zawadski (2007), a definição de bullying envolve o conjunto de atos, palavras ou comportamentos prejudiciais, intencionais e repetidos, tais como palavras ofensivas, humilhação, difusão de boatos, fofoca, exposição ao ridículo, transformação em bode expiatório e acusações, isolamento, atribuição de tarefas pouco profissionais ou áreas indesejáveis no local de trabalho, negativa de férias ou feriados, socos, agressões, chutes, ameaças, insultos, ostracismo, sexualização, ofensas raciais, étnicas ou de gênero. Lopes Neto (2005) conceitua bullying como um conjunto de 2

3 comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos, como chutar, empurrar, apelidar, discriminar e excluir, que ocorre entre colegas sem motivação evidente, e repetidas vezes, sendo que um grupo de alunos ou um aluno com mais força vitimiza outro que não consegue encontrar um modo eficiente para se defender. Martins (2005), baseando-se no estudo teórico de produções na área, afirma que o bullying pode se expressar das seguintes formas: direta e física, que inclui agressões físicas, roubar ou estragar objetos dos colegas, extorsão de dinheiro, forçar comportamentos sexuais, obrigar a realização de atividades servis, ou a ameaça desses itens; direta e verbal, que inclui insultar, apelidar, tirar sarro, fazer comentários racistas ou que digam respeito a qualquer diferença no outro; indireta, que inclui a exclusão sistemática de uma pessoa, a realização de fofocas e boatos, ameaçar de exclusão do grupo com o objetivo de obter algum favorecimento, ou, de forma geral, pela manipulação da vida social do colega. Essa prática, de acordo com Fante (2005), envolve três papéis diferenciados, os intimidadores que são os líderes ou os seguidores, as vítimas, que podem ser passivas, agressivas provocadoras ou vítimas que também intimidam os outros, e os espectadores que reforçam a intimidação, ou os que participam ativamente dela e que poderiam entrar na categoria de intimidadores seguidores, ou aqueles que apenas observam, e os que defendem o colega ou buscam por ajuda. Além desse conceito geral, os autores que trabalham no estudo desse fenômeno fazem referência à função do bullying para aquele que o pratica, o bully. Segundo Lopes Neto (2005), tal prática é a realização da afirmação de poder interpessoal por meio da agressão, primeiro para demonstrar poder, e segundo para conseguir uma afiliação junto a outros colegas. Alguns autores dissertam também a respeito dos fatores que levam algumas crianças a se tornarem bullies. As causas citadas incluem fatores relacionados ao temperamento do indivíduo, às influências familiares, de colegas, da escola e da comunidade, uma relação negativa com os pais, um clima emocional frio em casa, até as relações de desigualdade e de poder, tidas como naturais para a ordem estabelecida (LOPES NETO, 2005). Para Middelton-Moz e Zawadski (2007), praticar o bullying é uma forma de proteção contra a dor do trauma ocorrido durante o desenvolvimento. Por terem sofrido abuso mental, emocional e, por vezes, físico, sentem mágoa e raiva, e, frequentemente exercem o bullying da mesma forma com que o sofreram, ou de forma pior. Para as autoras, a interação entre uma criança e seu principal cuidador é a maior proteção contra comportamentos agressivos posteriores, pois esse relacionamento é o alicerce para o 3

4 desenvolvimento de vínculo e de empatia, regulando e equilibrando as emoções e a capacidade de aprender. O relacionamento recíproco entre esses dois agentes serve como base sobre a qual todos os outros relacionamentos serão construídos e, essa interação gera estados psicológicos e fisiológicos nas crianças, que são semelhantes aos desses cuidadores. As autoras ainda ressaltam a importância de os pais criarem um vínculo saudável com seus filhos, pois isso permite que a criança assimile para dentro de si um sentimento de amorpróprio, a capacidade de confortar a si mesma em situações emocionalmente difíceis e a internalização de limites saudáveis que mantenham os impulsos agressivos controlados. Essa confiança construída a partir da segurança dos cuidadores adultos se torna a base segura sobre a qual se constrói a confiança em si e nos outros. Porém, é importante ressaltar que além dessa análise psicológica sobre o praticante de bullying, não se pode esquecer os fatores econômicos, culturais e sociais que desencadeiam tal fenômeno, uma vez que, segundo Marx (2002) não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas o seu ser social que determina sua consciência. Portanto, uma sociedade capitalista marcada pelo individualismo, pela concorrência, pela imposição de padrões a serem seguidos, pela ilusão de novas necessidades e que visa somente ao consumo desenfreado, ao crescimento econômico, delegando ao ser-humano lugar de subordinação em relação ao capital, possui respaldo suficiente para o desenvolvimento de um problema social geral: a violência. A partir da formação de assistente social pode-se fazer uma leitura do fenômeno da violência e de sua expressão no meio escolar como uma refração da questão social. É importante ressaltar que a questão social é uma categoria explicativa da forma com que os homens vivenciam a contradição capital x trabalho. Mas, é preciso refletir a respeito do cerne da violência antes de aceitar a definição e classificação do que já está posto. É necessária uma análise que envolva sua problematização, ou seja, a análise da dialética entre indivíduo e sociedade, a fim de ratificar a manutenção do sistema. O bullying tal como conceituado, não é de maneira alguma a simples manifestação da violência sem qualquer fator determinante. Existem fatores sociais, psicológicos, morais, políticos e econômicos que determinam agressores e vítimas. Conforme Rouanet (1998), o que é alegado como motivo manifesto é um mero pretexto que oculta às verdadeiras correlações e suas causas reais. Pode-se perceber então, que não é o preconceito, a barbárie por si própria, esta violência irracional que desfigura a ordem social, ao contrário, é a ordem estabelecida 4

5 atualmente que não pode resistir sem desfigurar os próprios homens, ou seja, sem barbarizá-los. 2.1 O BULLYING NA PRÁTICA SOCIAL Para discorrer sobre o tema foi realizada, além da revisão bibliográfica, uma breve pesquisa de campo através da aplicação de questionários, no universo de uma sala de aula, com alunos de graduação de um curso superior. Foram elaboradas 14 questões de múltipla escolha, a fim de se verificar o possível sofrimento de bullying, na infância dos pesquisados. A maioria deles encontra-se na faixa etária de 19 a 29 anos, é do sexo feminino, cursou o ensino fundamental e médio em escola pública. Quando questionados se já haviam sofrido algum tipo de intimidação, agressão ou assédio, a grande maioria deles afirmou que sim, sendo que o período que compreendido entre 12 e 14 anos foi o de maior incidência das agressões. Para a maioria o bullying ocorreu dentro da escola. Quanto ao sentimento que esse tipo de ação gerou, a maioria se sentiu mal, sendo que poucos afirmaram sentir medo, apenas dois tiveram o sentimento de revide ao agressor e um afirmou que não se sentiu incomodado. Levando-se em conta as respostas obtidas, percebe-se que a ação de bullying mais sofrida pela maioria foi a discriminatória (raça, credo, porte físico, característica corporal, entre outros). Segundo a quase totalidade dos sujeitos de pesquisa, a ação do bullying não teve grandes consequências. Para a minoria, as consequências teriam sido ruins. Quando perguntados sobre a opinião que tinham em relação a quem pratica bullying, a maioria deles afirmou que o agressor também seria vítima, outros ainda disseram sentir pena do agressor e alguns afirmaram não sentir nada em relação a ele. Quanto a já terem ocupado o papel de agressores, mais da metade afirmou que nunca havia praticado bullying e quase cinquenta por cento afirmaram já ter praticado em algum momento da vida. Destes, a maioria, admitiu já haver praticado violência verbal contra alguém. Quanto ao sentimento gerado após a prática de tal agressão, a maior parte deles disse ter se sentido triste. 2.2 Perfil do agressor De acordo com as pesquisas realizadas sobre o tema, constatou-se que existe um perfil do bully. Esse necessita se sentir no poder e no domínio, pois sente prazer em controlar os outros, têm um sentimento positivo em relação à violência e pouca empatia para com as suas vítimas. Geralmente, tem alguma popularidade e é acompanhado por um pequeno grupo. Porém, segundo Lopes Neto (2005), os bullies apesar de apresentarem comportamentos agressivos, na maioria das vezes são inseguros, sofrem de ansiedade e 5

6 baixa auto-estima, possuem falta de empatia e competências para resolver problemas. Estes alunos têm maior probabilidade de beber álcool e fumar que as suas vítimas e sofrem também de um menor ajustamento tanto a nível acadêmico quanto no que concerne à percepção do ambiente escolar. Por fim, estes alunos são normalmente mais altos, fortes, agressivos, impulsivos e não cooperativos. Outro fator importante de ser mencionado é que existem diferenças entre os comportamentos agressivos praticados por meninas e o praticado por meninos. Os rapazes geralmente se manifestam através de agressões físicas. Já as meninas tendem a optar por formas de agressão psicológicas ou indiretas como a exclusão social, espalhando boatos e fofocas, rejeitando, excluindo alguém de um grupo, ignorando a presença e até mesmo a existência de suas vítimas. Conforme apontam Middelton-Moz e Zawadski (2007) os rapazes estão mais sujeitos à violência que as garotas, no entanto, são as últimas que mais referem terem sido vítimas de opressão. Também foi constatado que os garotos têm tendência a terem comportamentos mais agressivos do que as meninas. As garotas podem ter tantos comportamentos opressivos quanto os rapazes, todavia, como não querem demonstrar o seu envolvimento nestas situações elas usam formas de bullying psicológicas e indiretas, às quais muitas vezes, não se presta tanta atenção, pode ocorrer uma subestimação de comportamentos violentos neste campo. 2.3 Perfil do oprimido As pessoas que são oprimidas são geralmente mais fracas, tímidas, introvertidas, cautelosas, sensíveis, quietas, com menor auto-estima e com poucos amigos. Os estudantes com menor status, pertencentes a minorias étnicas e com menor tamanho têm maior probabilidade de serem vítimas e de apresentarem desempenhos escolares baixos. Quando não existe intervenção por parte dos adultos nestes alunos, estes tendem a ser oprimidos repetidamente, correm o risco de serem rejeitados, de entrarem em depressão e têm uma constante ameaça a sua auto-estima (BULLOCK, 2002). Existem dois subgrupos de vítimas, as consideradas submissas ou passivas, e as vítimas provocadoras. As vítimas passivas não provocam os seus colegas, não gostam de violência, têm tendência a serem mais fracas que outros colegas, reagem chorando ou ficando tristes. Por outro lado, encontram-se as vítimas provocadoras que são a minoria e, normalmente, têm uma deficiência na aprendizagem e falta de competências sociais, que os 6

7 torna insensíveis a outros estudantes. Estes estudantes têm tendência a serem trocistas e aborrecerem os companheiros até que alguém lhes dê resposta ou que seja agressivo. 2.4 Consequências do Bullying A ocorrência do bullying traz consequências negativas tanto para quem oprime quanto para quem é oprimido e seus efeitos podem ser a longo prazo. O bully provavelmente terá problemas no futuro no que concerne ao desenvolvimento e manutenção de relações positivas. Para os estudantes oprimidos as consequências são variadas e vão desde o isolamento, sintomas físicos ou psicossomáticos, tristeza, ansiedade, depressão ou distanciamento quanto a assuntos da escola, baixa auto- estima, insegurança, ideação de suicídio e até mesmo o próprio suicídio. Importante salientar também que os alunos oprimidos tendem a abandonar mais facilmente a escola, ter seus rendimentos escolares baixos devido à situação em que se encontram e tornarem- se mais tarde, eles próprios, novos opressores. As vítimas de bullying apresentam mais sintomas de doença psicológica, como depressão e ansiedade e doença física como dores de cabeça, dores abdominais, quando comparados a outros colegas. Ressalta-se ainda que os efeitos da vitimização podem ser visíveis na idade adulta (LOPES NETO, 2005). 2.5 Fatores que desencadeiam a prática do Bullying Tendo em vista os efeitos a longo prazo do bullying, os pesquisadores têm tentado desvendar as causas e fatores subjacentes a estes comportamentos agressivos com o objetivo de implementar intervenções. Para o médico pediatra Lauro Monteiro Filho (2011), fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), existem alguns fatores relacionados à personalidade dos indivíduos que propiciam a prática do bullying como: querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso leva o bully a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações, pois é uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir, pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. 5. CONCLUSÃO 7

8 O bullying é um dos comportamentos mais comuns na nossa sociedade em que se domina o que é percebido como mais fraco. Os homens oprimem as suas companheiras, as crianças mais velhas as mais novas. Apesar de o bullying fazer parte do que é considerado violência, não lhe é dada a atenção necessária. A maior parte do grupo de pessoas que trabalham nas escolas, incluindo o corpo docente, não encara os comportamentos como ameaça e opressão enquanto comportamentos de violência. Assim, para grande parte dos jovens que são testemunhas destes atos de violência, surge um sentimento de inevitabilidade, falta de esperança e alienação. É de fundamental importância que se promovam cada vez mais estudos a respeito das medidas educativas que devem ser implementadas, a fim de se tentar compreender o contexto escolar em que estes fenômenos ocorrem, identificando fatores ambientais que possam prevení-lo ou agravá-lo, como as atitudes dos professores, as atitudes dos funcionários não docentes, formação de professores e funcionários, como também se proporcione debates destes temas nos currículos escolares. Deve-se considerar ainda que, embora não perdendo de vista a relevância do fenômeno (não somente pelos danos em termos da saúde mental dos adolescentes, mas também em termos da sua potencial intromissão no sucesso educativo), a violência na escola reflete a violência da sociedade civil envolvente, pelo que desde há muito se preconiza uma ação precoce na família e nas estruturas comunitárias. É urgente analisar os fatores sociais que determinam essas práticas, a fim de não naturalizá-las ou apenas puní-las, dificultando assim a reflexão. O modelo de educação existente na sociedade do consumo visa à mera transmissão de conhecimento e à modelagem de pessoas, com o princípio da competição, sendo contrário a uma educação realmente humana, servindo apenas à manutenção do sistema, moldando o indivíduo conforme os seus interesses, e isso se reflete para além do ambiente escolar. Quanto à avaliação realizada a partir dos questionários aplicados, se constata que grande parte das pessoas já foram vítimas de bullying e que sua prática é reflexo dos padrões impostos pela sociedade capitalista que, reforçados pela mídia, acabam barbarizando o homem em todos os níveis de sua vida social. Logo, a educação tem um papel fundamental para a superação da barbárie, porém esse modelo decorrente da ideologia capitalista representa o lado sombrio da cultura. O desafio fica em elaborar estratégias de enfrentamento da violência que dêem conta desse fenômeno, entendendo-o como uma totalidade que se agrega, de forma democrática, a todas as instituições, aos sujeitos e que se transforma e marca cada momento histórico. 8

9 Nesse sentido, os esforços investidos para uma escola sem violência parecem ter mais êxito se for assumido que a violência é um elemento do cotidiano escolar, o qual, professores e educadores, famílias e alunos devem ser capacitados para compreender e enfrentar. Aponta-se assim para a necessidade de trabalho em rede, que supere a fragmentação e consiga articular a interface das políticas sociais de educação, saúde e assistência social. Sugere-se, além da inclusão do tema nos currículos de graduação, a articulação de uma capacitação continuada de todos os envolvidos no atendimento, com objetivo de concretizar uma política de atenção dirigida à criança e ao adolescente pautada na perspectiva da rede de atendimento. Pensar o problema da violência nesta sociedade, e, principalmente, da violência irracional no ambiente escolar, considerado um dos grandes responsáveis pela socialização das crianças, e, segundo ambiente de convívio depois do familiar, é uma questão importante e urgente. REFERÊNCIAS FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, SP: Versus, LOPES NETO, A.A. Bullying: comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, ed. 81, MARTINS, M. J. D.O problema da violência escolar: uma classificação e diferenciação de vários conceitos relacionados. Revista Portuguesa de educação, ed. 18, MARX, K., ENGELS, F. Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, MIDDELTON- MOZ, J., ZAWADSKI, M. L. Bullying: estratégias de sobrevivência para crianças e adultos. Porto Alegre: Artmed, MONTEIRO FILHO, Lauro. Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes. Rio de Janeiro, Disponível em < Acesso em 14/08/2011. ROUANET, S. P. Teoria, crítica e psicanálise. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

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