3º Encontro da Região Norte da Sociedade Brasileira de Sociologia: Amazônia e Sociologia: fronteiras do século XXI

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1 3º Encontro da Região Norte da Sociedade Brasileira de Sociologia: Amazônia e Sociologia: fronteiras do século XXI GT6 - Democracia, Violência e Conflitos Sociais Abuso Sexual e conflitos familiares em Manaus Raquel Wiggers, Universidade Federal do Amazonas UFAM raqwig@hotmail.com Natã Souza Lima, Universidade Federal do Amazonas UFAM nsouzalima@gmail.com Isabelle Brambilla Honorato, Universidade Federal do Amazonas UFAM isahonorato@hotmail.com Manaus, Am 26, 27 e 28 de setembro de 2012

2 Abuso Sexual e conflitos familiares em Manaus Raquel Wiggers 1 Natã Souza Lima 2 Isabelle Brambilla Honorato 3 Resumo Este artigo parte de uma análise casos de abuso sexual de crianças e adolescentes ocorridos na cidade de Manaus e atendidos no Creas. Os dados estatísticos sobre casos de abuso sexual que chegam aos órgãos da Rede de Proteção de crianças e adolescentes na cidade de Manaus enfatizam a necessidade de se trabalhar este problema social, uma vez que é mais recorrente do que gostaríamos de supor. A ênfase da análise é nos conflitos familiares que surgem a partir do abuso sexual e nas instâncias públicas de resolução desses conflitos. Nossa análise nos leva a concluir que a violência sexual contra a criança ou adolescente rearranja as relações familiares, uma vez que subjuga não só a criança ou adolescente vítima do abuso sexual, mas toda a rede de cuidados dela, fazendo surgir uma serie de acusações por parte dos atores em cena. São muitos os atores envolvidos nos casos de abuso sexual: a criança ou adolescente vítima, o abusador (geralmente homem), os órgãos estatais responsáveis pelo acolhimento da denúncia e prisão dos culpados, a família da criança ou adolescente, órgãos de apoio à vítima e sua família. Os responsáveis pelo cuidado da criança são tocados e procuram descobrir quem falhou, ou fazem um movimento familiar para perdoar, acusar ou esquecer o abusador, especialmente quando este é da rede de parentesco da vitima. Como se dão esses conflitos no ambiente familiar? Quais são os núcleos (eixos) desses conflitos? E as instituições públicas como agem no sentido de mediar esses conflitos? O esforço de responder essas e outras questões pode apontar indicadores úteis para a compreensão das dinâmicas que envolvem casos de abuso sexual na cidade de Manaus. 1 Professora Doutora do Departamento de Antropologia da UFAM 2 Discente do curso de Ciências Sociais da Universidade federal do Amazonas Bolsista PIBIC - FAPEAM 3 Discente do curso de Ciências Sociais da Universidade federal do Amazonas Bolsista PIBIC- CNPq

3 Introdução Este trabalho surge a partir dos projetos de iniciação científica e extensão que vem sendo realizados no Creas (Centro Especializado em Assistência Social) de Manaus. Através desses trabalhos nos aproximamos dos casos de abuso sexual, que são aqueles que têm maior demanda de atendimento nessa instituição. Apesar de haver vários órgãos que lidam com o Abuso Sexual, formando a Rede de Proteção a Criança e ao Adolescente de Manaus, é através do Creas que temos tido contato com os casos de abuso sexual que analisamos. Temos construído uma parceria com esta instituição e buscado possibilidades de lidar como o tema do Abuso Sexual nas Ciências Sociais. Nas pesquisas em andamento temos olhado para a questão do Abuso Sexual a partir de diversas perspectivas como Masculinidades dos Autores de Abuso, ou das relações de poder e conflitos que envolvem os casos de abuso sexual. Outros autores(as) tem partido de outras perspectivas (como as relações de parentesco, ou olhares jurídicos sobre a questão do abuso, ou mesmo sobre a estrutura da rede de proteção e sobre as metodologias de atendimentos a vítimas de abuso) dentro do mesmo tema, e cada olhar contribui para uma tentativa de abordar esse problema social que é tão amplo. O Creas é uma instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Manaus, sob a coordenação da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Os profissionais que atuam no Creas têm formação em Serviço Social, Psicologia e Direito e há também alguns estagiários dessas mesmas áreas de formação. Além dos casos de Abuso Sexual, a instituição atende também pessoas envolvidas em outras situações como, por exemplo, dependentes químicos, ou mulheres vítimas de violência doméstica. Os profissionais se dedicam ao atendimento por especificidade, ou seja, quem faz atendimento de casos de abuso sexual, raramente, atende casos de dependentes químicos. Entretanto, quando há situações de emergência, como no caso da última enchente (2012) que afetou vários moradores em situação de risco em Manaus, os profissionais do Creas são deslocados dos seus atendimentos específicos para auxiliar no socorro as vítimas de uma catástrofe excepcional. A equipe que trabalha do Creas não e grande, e os imprevistos que ocorrem na cidade e que exigem seu deslocamento, sem falar na demanda de casos e na instabilidade dos empregos desses profissionais, que são, na maioria dos casos, contratados temporariamente pela prefeitura, dificultam o acompanhamento dos casos, mas ainda assim, temos conseguido construir possibilidades nas ciências sociais, de

4 falar das questões que permeiam os casos de abuso sexual, além de apontar um suporte antropológico às metodologias de atendimento para o Creas. Nossa perspectiva nesse artigo pretende analisar os conflitos que surgem dos casos de abuso sexual e como, no Creas, esses conflitos têm sido percebidos e trabalhados. A abordagem que fazemos sobre os conflitos que surgem dos casos de abuso sexual analisados também passa por conceitos de família, parentesco, criança/infância e relações de gênero. Esses conceitos e temas têm ajudado bastante como suporte do nosso olhar sobre a questão. Usamos a definição de Azevedo e Guerra, onde abuso sexual é todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adulto é uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança ou adolescente ou utilizá-los para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. Vale ressaltar que o abuso sexual pode ser intrafamiliar, onde o/a(s) autor(a)(s) do abuso faz parte da rede de parentesco da criança ou adolescente; e extrafamiliar, quando o ato é perpetrado por alguém que não pertence ao parentesco da vítima, ou o convívio da casa. Os casos de abuso atendidos no Creas Manaus têm nos mostrado que intra ou extrafamiliar, o abuso sexual provoca o surgimento de novos conflitos na família da criança ou adolescente vitima. Vários agentes estão envolvidos numa situação de abuso sexual: a criança, os responsáveis por ela (que podem ser os responsáveis legais ou não), e o abusador (a). Esses atores irão depois de ocorrido o abuso sexual, configurar novos arranjos familiares. É importante termos clareza de que esses conflitos que surgem depois do abuso, são geralmente, mais fortes em certos eixos na rede de parentesco, não afetando da mesma forma todos os envolvidos.

5 Apontamos também dois movimentos importantes nas famílias das crianças/adolescentes vítimas de abuso sexual. No caso do abuso sexual intrafamiliar pode haver um movimento para perdoar/proteger o abusador principalmente das denuncias formais do crime. Nos casos de abuso extrafamiliar, o movimento familiar é no sentido de culpar alguém, geralmente o (a) responsável pelos cuidados da criança, numa tentativa de explicar por que isso aconteceu. Esses movimentos, apesar de identificarmos como mais comuns a um contexto de abuso, intra ou extrafamiliar, podem ser simultâneos, ocorrer em lugares diferentes daqueles que as regularidades apontam ou não aparecerem como algo patente. Quando se trata de Abuso Sexual, percebemos que há regularidades entre os casos, mas, em contrapartida, os casos têm especificidades que os diferenciam uns dos outros em algum aspecto. Pretendemos mostrar através de alguns casos analisados, como acontecem os conflitos nas famílias das vítimas de abuso sexual, assinalando os movimentos que percebemos em cada caso, e os eixos de conflito em cada situação, buscando olhar também como o Creas lida com essas situações de conflito familiar decorrente do abuso sexual. Olhar para o abuso sexual partindo dos conflitos familiares que ocorrem depois do ato pode auxiliar a compreensão dos casos de abuso que ocorrem em Manaus. Conflitos Conflitos familiares ou domésticos podem ser entendidos como os desentendimentos / discórdias/desavenças que ocorrem entre membros de um mesmo grupo familiar. A respeito do conflito Gregori (1992) afirma que "o problema está na idéia de interesses em choque (grifos da autora). Neste sentido entendemos que as divergências de opiniões e as vontades individuais de cada componente do grupo familiar é gerador de um conflito. Isto não significa dizer que há violência, de qualquer espécie entre os membros da família. A violência pode ser causa ou a consequência de um conflito, mas ela não necessariamente existe em todas as relações familiares conflituosas. A violência pode ser um elemento aceitável para que o conflito seja remediado, dependendo do grupo social em que se está inserido. Como aponta Fonseca (1987) A violência é, portanto, uma arma mais ou menos aceita (ou pelo menos esperada) para a resolução dos conflitos. Mas nem toda a violência é admissível dentro de um grupo. Existem limites específicos ao exercício da violência, revelados pelas sanções coletivas contra pessoas que vão além de tais limites. (FONSECA, 1987).

6 Partimos da análise dos conflitos, pois a partir dele é possível perceber aspectos que originam e/ou intervêm no (s) ato (s) violento. [...] é possível argumentar que a análise da violência doméstica não pode ser centrada em um único ato violento, mas deve levar em consideração todo o conflito que se estabeleceu na família e possibilitou o surgimento destes atos. É preciso considerar toda a situação que promove e influencia, e para uma análise deste tipo é fundamental separar conflito de violência (grifos da autora) e percebê-los como diferentes. (WIGGERS, 2000) Relações de poder Muitas são as formas de definir o poder e como ele se configura nas relações humanas. Encontramos diversos trabalhos que versam sobre o fenômeno do poder nas esferas políticas. Para Voltarie, por exemplo, o poder consiste em fazer com que os outros ajam de acordo com ordens de alguém que é poderoso (Voltarie apud Arendt, 2009). Neste mesmo sentido, Weber (1988) assegura que fenômeno do poder consiste em impor a minha própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra a resistência dos outros. Os teóricos políticos de uma forma ou de outra seguem a mesma linha de pensamento. Essas conceituações foram pensadas para definir o poder em um nível macro, para falar do Estado e seus poderes, no entanto, poderíamos alocá-los para pensar as relações de poder no ambiente familiar, a partir dessa matriz, argumentando que no contexto familiar o poder se configura quando um dos membros que fazem parte das relações familiares impõe sua vontade, mesmo a revelia de seus pares. Contudo essa interpretação não nos satisfaz e por essa razão bebemos em outras fontes para falar de poder. Partimos do pressuposto que o poder se configura nas relações. Quando um ou mais indivíduos têm o apoio dos membros de seu grupo para atuar e tomar decisão em seu nome. Neste sentido Arendt (1985) traz um conceito atraente para iluminar este trabalho. A autora define que poder

7 Corresponde à habilidade humana de não apenas agir, mas de agir em uníssono, em comum acordo. O poder jamais é propriedade de um indivíduo; pertence ele a um grupo e existe apenas enquanto o grupo se mantiver unido. Quando dizemos que alguém está no poder estamos na realidade nos referindo ao fato de encontrar-se esta pessoa investida de poder, por um certo número de pessoas, para atuar em seu nome. No momento em que o grupo, de onde originar-se-á o poder (potestasin populo, sem um povo ou um grupo não há n poder) desaparece, o seu poder também desaparece.(arendt, 1985:20) Neste sentido compreendemos que o ato de violência compromete o poder, na medida em que desarticula as relações de poder onde é necessário o consenso sobre quem manda e quem obedece. A violência de qualquer natureza pode ocorrer como uma última tentativa de manutenção ou retomada do poder (ARENDT, 1985). Desta maneira a violência sexual que observamos nos casos estudados, podem se revelar como estopim para conflitos, em que a relação de poder entre os membros da família, estava desfeita ou deslocada. Assim algum membro da família estabelecerá uma relação de poder com um ou mais membros e quando esta relação for rompida por algum motivo, aquele membro buscará retomar seu poder perante a família, então poderá surgir à violência de qualquer natureza. Retomamos a Foucault (1979) que argumenta que de modo geral, (...) o interdito, a recusa, a proibição, longe de serem as formas essenciais do poder, são apenas seus limites, as formas frustradas ou extremas. As relações de poder são, antes de tudo, produtivas. Interpretamos o que diz Foucault da seguinte forma: O poder, nem de longe representa proibição e comando. Masculinidades Masculinidades é um conceito que surge nos estudos de gênero, inicialmente trabalhado por R. W. Connell no seu livro Masculinities, de Connell define masculinidade como uma configuração de prática em torno da posição dos homens na estrutura das relações de gênero. O autor ainda afirma que existe um modelo de masculinidade, a masculinidade hegemônica que é tão predominante que muitos creem que as características e condutas associadas ao mesmo sejam naturais. O movimento feminista em meados dos anos 70 elaborou a compreensão do masculino através da teoria do patriarcado, onde as mulheres estariam submetidas à dominação

8 masculina. Era importante para o movimento feminista definir o outro contra quem se deveria lutar. O conceito de masculinidade hegemônica de Connell surge nesse contexto, utilizando o conceito gramsciano de Hegemonia. Muitas críticas foram feitas a ambas as categorias de patriarcado e masculinidade hegemônica já que nos estudos de gênero, masculino e feminino estão em relação, não havendo a subordinação total de um pelo outro. Maria Filomena Gregori (1993) em Cenas e Queixas elabora uma análise das relações de violência conjugal, partindo da perspectiva de que esses conflitos podem ser percebidos como um jogo, onde cada um tem suas estratégias. O eixo vítima e agressor, nesses trabalhos, não é fixo, mas relativo. Ainda que a mulher seja a mais prejudicada há possibilidades de ação e reação. Cientistas Políticos também reforçam as criticas ao o mau uso do termo hegemonia afirmando que o adjetivo hegemônico, derivado de Gramsci, surge como um sério problema teórico, uma vez que o termo implica constante luta pela posição de preponderância. (MENDES, 2006) Mas, consideramos o conceito de masculinidade do antropólogo Miguel Vale de Almeida, mais adequado para a reflexão a qual me proponho neste trabalho. Em Senhores de Si, analisa masculinidades em Pardais, uma comunidade do Alentejo em Portugal, falando da masculinidade hegemônica como o outro a tentar compreender. Miguel define Masculinidade como: Metáfora de poder e de capacidade de ação, como tal acessível a homens e mulheres. Se assim não fosse, não se poderia falar nem de várias masculinidades nem de transformações nas relações de gênero. É o termo que cobre todo o campo de investigação que, na área dos estudos sobre o gênero e a sexualidade, se reporta a significados culturais da pessoa, que, sendo ideologicamente remetidos para o terreno da essência dos homens, são, através de processos metafóricos, aplicáveis às mais variadas áreas da interação humana e da vida sociocultural (MIGUEL VALE DE ALMEIDA, 1996). Geralmente, o conceito de masculinidades é usado em temas diferentes deste, e vem sendo bastante trabalhado nos estudos sobre homossexualidade. Quanto à violência, tem sido abordado principalmente por pesquisadores interessados em entender como se dão as relações de gênero, em casos de violência doméstica e violência sexual contra mulheres ou transexuais.

9 Como muitos pesquisadores que se dedicam ao tema da violência sexual nas ciências sociais (WELZER-LANG, 2004; WIGGERS, 2008; GREGORI,1993), percebo, na pesquisa como o Grupo de Autores, que as práticas mais comuns associadas a masculinidade hegemônica, portanto, heteronormativa, utilizam a violência como recurso para legitimação de ser homem, macho 4. Masculinidades e o grupo de autores: O Grupo de Autores é uma tentativa de fazer com que autores de abuso sexual 5 repensem sobre sua condição, através de um acompanhamento psicossocial realizado quinzenalmente. O Grupo funciona no Creas Manaus há quatro anos e foi idealizado por Lígia 6, psicóloga que fundou o grupo e que o coordena. Lígia é uma profissional bastante respeitada por seus pares e essa credibilidade lhe conferiu a possibilidade de concretizar um trabalho voluntário tão controverso: o atendimento psicossocial a autores de abuso sexual. A equipe que assiste o Grupo de Autores é composta por Lígia, a psicóloga que coordena o grupo; por Márcio, psicólogo recém-formado, que começou a trabalhar no grupo como voluntário quando ainda era graduando; e por Natã Souza, graduando em Ciências Sociais, como pesquisador. O grupo conta com quatro autores 7 frequentes, e com outros que comparecem esporadicamente as reuniões: Magistri, Salomon, Chefe e Major 8. Para reflexão que propomos nos deteremos nos dados obtidos sobre Chefe, acerca do abuso sexual. A menina de quem Chefe abusou é filha da sua filha de criação. Quando a família de Chefe soube do abuso, encaminhou o caso ao Creas. Um de seus filhos que é policial militar teve certos cuidados em fazer a denuncia, procurando levar o caso de abuso sexual a órgãos onde a intervenção policial fosse minimizada. Chegou ao Creas a partir do atendimento 4 É importante ressaltar que o contrário também ocorre. A violência não é somente uma forma de exibir a macheza, mas pode ocorrer por que se é macho, portanto como manifestação natural da masculinidade. 5 Para abuso sexual utilizo a definição de Azevedo e Guerra (1989) onde Todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adulto é uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança ou adolescente ou utilizá-los para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. 6 Na época em que sugeriu a parceria com o Creas para a realização do Grupo de Autores, era presidente do Conselho Regional de Psicologia. 7 Autores é como chamamos no Creas os frequentadores do Grupo de Autores, que são acusados de abuso sexual. 8 Os nomes dos autores são fictícios, pois não tenho autorização para publicar os nomes verdadeiros. Escolhi os nomes baseado em aspectos particulares a cada autor.

10 psicossocial prestado a menina. Foi o primeiro acusado de abuso sexual a fazer parte do Grupo de Autores. Em uma das conversas com o pesquisador da equipe, Chefe, contou sua versão do abuso sexual. A sua fala seguiu uma linearidade importante: É muito difícil dizer. Ainda mais que as pessoas inventam muito. Aumentam e não dão chance da pessoa falar. Eu não acredito muito no que esses jornais dizem não, principalmente em papel. Quando isso aconteceu comigo, de eu ser acusado eu assumi o que eu fiz, mas o laudo dizia umas coisas que eu não tinha feito que não era verdade. Dizia lá que eu tinha... Que a vagina dela, da menina, tava ferida, que ela não era mais moça e que fazia um ano que tava estrompada. Eu só me masturbava na frente dela... eu tava me masturbando e ela... na verdade Natã, assim... foi uma vez só eu acho... talvez no máximo duas que eu entrei no quarto e me masturbei na frente dela. O Chefe não me olhava mais diretamente. Seu corpo estava cabisbaixo. Levantou um pouco a cabeça e me analisou. Seu corpo voltou à posição e continuou a falar: Por isso que eu não confio em papel. O laudo dizia uma coisa que eu não fiz, até por que inventam algumas coisas. Ela falou algumas coisas no passado, mas que ela tem mais consciência hoje. Ela sabe o que foi que realmente aconteceu. Até porque eu, ela e a mãe dela sentamos para conversar depois que ela cresceu, que passou por psicólogos aqui do Creas. Hoje ela tem treze anos. Na época tinha nove. Aí depois que eu entrei aqui eu disse pras psicólogas que me atenderam o que era a verdade, aí elas verificaram e viram que era assim. Por que eu só me masturbei. Eu sei que eu fiz errado, que foi feio isso, que eu não devia ter feito. Mas ainda é moça... ela disse que ainda é moça. (Diário de Campo, conversa com Chefe - 22/06/2012). O abuso sexual cometido por Chefe não o caracteriza como pedófilo, pois em seu caso, não realizou as etapas próprias da prática pedofilia, como conquista da confiança da criança,

11 sedução e troca de presentes 9. Portanto, cabe perguntar: por que Chefe escolheu essa criança de nove anos? É importante entender quais os laços de parentesco ligam Chefe a menina abusada. A relação de parentesco, entre o autor e criança se dá por afinidade, já que a menina é filha da filha apenas da esposa de Chefe. Ou seja, a esposa de Chefe já tinha uma filha de um relacionamento anterior a este. Ele, no entanto, aceitou acolher a filha da esposa como sua, criando a garota. O tratamento entre os dois, Chefe e a enteada, segundo o autor, é como o de pai e filha. Todos os filhos e netos de Chefe, mesmo os casados, moravam em sua casa. Quanto à enteada, a situação não era 10 diferente. Podemos observar através da explicação do contexto, que Chefe parece ter optado pelo abuso sexual na relação de parentesco mais distante. Na escolha da vítima, o autor optou pela pessoa mais vulnerável dessa relação. Mas, por que escolher a menina (filha da filha da esposa de Chefe)? A análise das relações de parentesco mostra que a motivação do abuso sexual pode não ser simplesmente, manifestação da sexualidade. Há, por de trás desse ato de abuso, relações de poder. Chefe, ao abusar sexualmente da pessoa na casa com a relação de parentesco mais distante, reforça posições hierárquicas nessas relações, baseado nas noções que pautam suas praticas de masculinidade. Ao abusar sexualmente da neta de criação, Chefe também está subjugando outras duas mulheres de gerações anteriores: a enteada e a esposa. Nesse sentido não se trata de uma violência direta (como num eixo), mas um jogo de relações, onde o homem da casa (provedor, pai, etc) acaba por utilizar a violência como um dos últimos meios possíveis na manutenção da hegemonia masculina. Conflitos familiares: abuso sexual em duas gerações da mesma família Aos 23 anos Célia é mãe de Sheila, que 6 anos. Sheila foi abusada sexualmente por um professor da escolinha onde estudava. O pai de Célia, avó de Sheila descobriu o abuso e denunciou a Delegacia de proteção a criança e ao adolescente DEPCA. Onde foram encaminhadas, mãe e filha para atendimento psicossocial no CREAS, durante o decorrer dos atendimentos, evidenciou-se um profundo conflito entre Célia e seu pai (o avó de Sheila), desencadeado pelo abuso sexual sofrido por Sheila. O plano de fundo deste conflito foi 9 Outro fator que caracteriza a pedofilia, e que está ausente no caso de Chefe, é a busca "seriada por práticas sexuais com crianças. O pedófilo tende a buscar situações em que possa ter contato com crianças, geralmente mais de uma. 10 A enteada de Chefe mudou-se da casa do padrasto depois que ocorreu o abuso.

12 revelado em um dos atendimentos Célia contou que também havia sido abusada, quando tinha pelo segundo marido de sua avó paterna, portanto pelo padrasto de seu pai. Em outro caso a mãe de uma menina de 13 anos, relata a certa altura dos atendimentos psicossocial que a filha vinha recebendo que ela também foi abusada quando tinha 14 anos pelos irmãos de sua mãe, portanto seus tios maternos. Estes exemplos são ilustrativos de dezenas de outros casos em que a duas gerações da mesma família foram abusadas, seja o abuso cometido por parentes afins, consanguíneos ou por estranhos. Célia foi abusada pelo seu segundo marido da avó paterna, sua filha por um estranho. Jaqueline foi abusada por seus tios, sua filha pelo padrasto, marido de Jaqueline. Nesses dois casos o conflito foi deflagrado depois que o abuso das mães das meninas foi revelado. Os abusos cometidos contra as filhas ou filhos de mães ou pais abusados parecem ficar em um segundo plano. Uma hipótese para isso, talvez possa estar no fato de que ao se depararem com o abuso cometido contra uma filha ou filho as mães ou pais revivem suas próprias historias. E numa tentativa de exorcizar o passado, que ainda os aflige, recorrem a queixas, as acusações, irrompendo ou intensificando múltiplos conflitos familiares. Três possibilidades de interpretação Os conflitos familiares que são desencadeados com o ato e a denúncia de abuso sexual de uma criança da família afeta diversos de seus membros envolvidos. São situações tão duras, tão perturbadoras que se percebe uma tendência a torná-las inicialmente secretas e indizíveis, ou negá-las. No entanto o fenômeno é apontado como recorrente pelas profissionais do Creas que atendem famílias que sofreram abuso sexual de uma de suas crianças ou adolescentes: durante o atendimento se descobre que a mãe (ou pai) da criança abusada também sofreu abuso quando criança. Ana, profissional do Creas, conta o caso de um pai que ficou desesperado, precisando inclusive de atendimento médico psiquiátrico, quando soube que sua filha sofreu abuso sexual. Toda equipe se mobilizou por causa do desespero daquele pai. A filha de seis anos recebeu atendimento no Creas, e o pai também passou a ser atendido. Foi-nos explicado que este pai quando criança sofreu abuso sexual de forma terrível. Ele passou pelas piores coisas, segundo a profissional do Creas. Durante anos guardou consigo, não tendo tido ajuda

13 psicológica, silenciou. Por ocasião do abuso sexual da filha, todo sentimento silenciado e abafado por anos veio a tona e ele ficou desesperado. Os casos apresentados anteriormente remetem a situações em que o abuso acontece com uma criança da família e os atendimentos no Creas centram-se no sofrimento da mãe, pai, avô ou avó, que também passaram por abuso sexual quando crianças mas que não puderam explicitar suas dores. No caso da menina Sheila temos um exemplo claro deste tipo de caso. O abuso de que foi vítima traz a tona o abuso sofrido por sua mãe. Trazem conflitos familiares antigos por conta de acusações recíprocas: falta de cuidado, sedução da vítima para com o agressor, culpabilização de vítima e de cuidadores pela violência sexual sofrida. Durante a pesquisa nos debruçamos neste aspecto muito recorrente nos atendimentos de caso de abuso sexual no Creas: a ocorrência de abuso sexual também nas gerações anteriores. Respondemos a este fenômeno com a formulação de três hipóteses, nenhuma delas exaustiva das possibilidades explicativas do fenômeno de haver entre os casos atendidos no Creas recorrência de abuso também na geração anterior. A primeira hipótese é de que abusos sexuais de crianças e adolescentes foram tão comuns em Manaus nas décadas passadas que será comum encontrarmos nos atendimentos atuais pais e avós que também sofreram abuso. Esta hipótese foi descartada quando fizemos uma rápida enquete entre alunos da UFAM e percebemos que apesar de mais recorrente do que gostaríamos que fosse, a maioria das pessoas não sofreu abuso sexual. Desta forma, a hipótese de uma generalização do abuso sexual nas décadas passadas não se confirmou. Uma segunda hipótese explicativa, explicitada pelos profissionais do Creas, o abuso seria uma herança maldita. Algo que seria passado para o filho(a) por uma mãe ou pai que sofreu abuso sexual e que torna essa criança mais susceptível a sofrer também abuso. Ao buscar elementos para confirmação desta hipótese consideramos extremamente difícil definir o que é isso que se passa para uma criança que a torna vulnerável? Como uma mãe fragilizaria um filho por causa de algo que não é dito, não foi publicado e que ficou escondido de todos, mesmo os familiares mais próximos?

14 Acreditamos que nossa terceira hipótese é mais adequada, e que no entanto precisa mais confirmações. Consideramos que o fato de pais, mães, avós que tentaram silenciar e esquecer uma situação de abuso sexual vivida, conseguem levar vidas aparentemente normais por anos. No entanto, quando se deparam com abuso sexual em seus filhos procuram ajuda psicológica e atendimento psicossocial. A dor do abuso sofrido, volta a tona e ela(e) revive tudo que passou e calou. Fontes e Referências ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Ed Civilização Brasileira, AZEVEDO, M.A.; GUERRA, V.N.A. (orgs.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. Iglu. São Paulo, COHEN, Clarice. Antropologia da Criança. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2 a (Coleção Ciências passo-a-passo), edição. CORRÊA, Mariza. Morte em Família: Representações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro: Graal, COUTO, Mia. Comemorar o medo. In: Conferência do Estoril Disponível em Ultimo acesso em: Junho de 2012 DAS, Veena. Fronteiras, Violência e o Trabalho do Tempo: alguns temas wittgensteinianos. Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS), Vol. 14, nº 40, Junho de FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser Afetado. Cadernos de Campo, nº 13: Tradução de Paula Siqueira. Revisão de Tânia Stolze Lima, FONSECA, Cláudia. Caminhos Da Adoção. São Paulo: Cortez, 1995., Cláudia. Aliados e Rivais na Família: o conflito entre consanguíneos e afins em uma vila portoalegrense. Revista Brasileira de Ciências Sociais RBCS, No 4 Vol. 2, 1987., Cláudia. Cavalo Amarrado Também Pasta: honra e humor em um grupo popular brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais RBCS, No 15 ano 6, FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro. Ed Graal. 23. Ed, 2007.

15 GREGORI, Maria Filomena. Cenas e queixas: um estudo sobre mulheres, relações violentas e a prática feminista. Rio de Janeiro: Paz e Terra; São Paulo: ANPOCS, GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Prevenção da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Palestra proferida no I Seminário regional de combate à violência doméstica e exploração sexual contra crianças e adolescentes Ação em debate. Minas Gerais, MACHADO, Lia Zanotta. Sexo, Estrupo e Purificação. Série Antropológica. Brasília, WEBER, Max. Economia e sociedade: Conceitos sociológicos fundamentais. Brasília: Ed. UNB, WIGGERS, Raquel. Família em Conflito: violência, espaço doméstico e categorias de parentesco em grupos populares de Florianópolis. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, UFSC, ALMEIDA, Miguel Valle de. Senhores de Si: uma interpretação antropológica das masculinidades. Lisboa: Fim de século, 1996.

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