Medicina e o Cenário Político Atual. Mílton de Arruda Martins Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
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- Thais Antunes Vilaverde
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1 Medicina e o Cenário Político Atual Mílton de Arruda Martins Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2 A Natureza das Coisas (Accioly Neto) Se avexe não Amanhã pode acontecer tudo inclusive nada Se avexe não A lagarta rasteja até o dia em que cria asas Se avexe não...
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4 Conjuntura para a Saúde no Brasil Crise política e econômica: os gastos públicos com a atenção à saúde são insuficientes e estão sendo reduzidos nas esferas federal, estadual e municipal. Necessidade de defesa do SUS como patrimônio da Sociedade Brasileira, não podendo ser objeto de negociações políticas. Risco de retrocesso de várias conquistas democráticas e sociais da Sociedade Brasileira, incluindo o direito à saúde.
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6 Pressa em resolver problemas crônicos Decisões são tomadas de forma apressada, sem ampla discussão e rapidamente transformadas em lei. Entidades médicas e instituições de ensino têm sido muitas vezes excluídas das discussões e decisões. Evidências científicas existentes, nacionais e internacionais, têm sido pouco consideradas. Lei do Mais Médicos Novas Diretrizes Curriculares Mudanças na formação de graduação e Residência Médica poderão ter impacto oposto ao pretendido.
7 Cenário dos Cursos de Medicina no Brasil na próxima década Grande e desnecessária expansão de vagas e cursos de Medicina; Haverá entre 250 e 350 cursos de Medicina no país; Muitos cursos não possuirão infraestrutura, corpo docente qualificado, hospitais e rede de atenção à saúde suficiente para a prática; As mensalidades dos cursos novos serão elevadas e muitos só subsistirão com subsídio do Governo Federal (Prouni e Fies).
8 Cenário dos Cursos de Medicina no Brasil na próxima década Grande e desnecessária expansão de vagas e cursos de Medicina; Haverá entre 250 e 300 cursos de Medicina no país; Muitos cursos não possuirão infraestrutura, corpo docente qualificado, hospitais e rede de atenção à saúde suficiente para a prática; As mensalidades dos cursos novos serão elevadas e muitos só subsistirão com subsídio do Governo Federal (Prouni e Fies). Quem vai garantir a sua qualidade? Uma avaliação independente será de alto interesse para a Sociedade Brasileira.
9 Médicos/1000 habitantes Regiões (OMS) África 0,27 Américas 2,15 Sudeste Asiático 0,59 Europa 3,21 Mediterrâneo Oriental 1,27 Pacífico Ocidental 1,55 Brasil 1,89 World Health Statistics 2015 (WHO)
10 Médicos/1000 habitantes em alguns estados brasileiros Estado Maranhão 0,64 Pará 0,80 Acre 0,92 Piauí 0,94 Estado Distrito Federal 3,83 Rio de Janeiro 3,52 São Paulo 2,50 Rio Grande do Sul 2,31
11 Brasil: distribuição desigual dos médicos (e demais profissionais de saúde) Número total de médicos não é suficiente para as necessidades da sociedade. Essa situação é agravada pela distribuição desigual entre: Regiões do país; Municípios maiores e menores; Áreas centrais e periféricas das regiões metropolitanas; Setor público e setor privado.
12 Cursos de Medicina no Brasil (257) Número de cursos de medicina Ano de início do curso
13 Alunos do primeiro ano dos Cursos de Medicina ( vagas) Número de estudantes Ano
14 Cursos de Medicina no Brasil (públicos e privados) Número de cursos Porcentagem do total Privados ,4% Públicos ,6% Federais 69 26,9% Estaduais 32 12,5% Municipais 11 4,3%
15 Projeção do número de médicos (Médicos trabalham 45 anos) Década Número de médicos Médicos/1000 habitantes , , ,3 Máximo ,9
16 Cálculos Simples - População Brasileira 200 milhões de pessoas - Alunos ingressantes anualmente em cursos de Medicina Taxa de titulação 95% - Porcentagem dos médicos que exerce sua profissão 95% novos médicos por ano no país exercendo sua profissão - 0,1 médico novo por 1000 habitantes/ano - Os médicos trabalham 43 anos - 4,3 médicos/1000 habitantes no Brasil, no equilíbrio
17 Conclusão Parcial O grande desafio hoje não é aumentar o número de cursos ou estudantes de Medicina, mas garantir a qualidade de sua formação. Essa prioridade com relação à qualidade da formação se aplica também na especialização médica, em especial a Residência Médica. A expansão necessária dos Programas de Residência Médica deve ser baseada na qualidade dos programas e nas necessidades de especialistas nas mais variadas áreas.
18 Sistema de avaliação e acreditação dos cursos de medicina brasileiros, sob a coordenação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)
19 Metas do Sistema de Acreditação CFM-ABEM Dentro de um prazo de 36 meses (3 anos), implantar um sistema de avaliação e acreditação dos cursos de Medicina brasileiros, sob a coordenação do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Educação Médica. Nos primeiros 12 meses (1 de agosto de 2015 a 31 de julho de 2016), desenvolver um projeto inicial de acreditação de cursos de Medicina, atingindo 20 cursos de Medicina brasileiros.
20 The Liaison Committee on Medical Education is recognized by the U.S. Department of Education as the reliable authority for the accreditation of medical education programs leading to the MD degree.
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23 Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme) Um subproduto importante do projeto será, a partir da identificação de áreas de excelência nos cursos de Medicina avaliados, criar uma rede de colaboração entre as diversas instituições de ensino, para que haja um aperfeiçoamento de todos os cursos de Medicina participantes do Saeme.
24 Projeto Acreditação CFM-ABEM A coordenação é feita por uma comissão de representantes das duas entidades. Será independente dos Governos Federal, Estadual e Municipal. A participação dos cursos de Medicina é voluntária. Com o tempo, será conquistada credibilidade entre os cursos de Medicina e na sociedade, passando a ser fundamental, para um curso de medicina ser socialmente reconhecido, ter a acreditação CFM-ABEM
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26 Valores Qualidade Ética Transparência Independência Responsabilidade Social
27 Obrigado pela Atenção Cabo da Boa Esperança África do Sul
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