AGRICULTURA FAMILIAR E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NO ASSENTAMENTO BELA FONTE

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1 AGRICULTURA FAMILIAR E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NO ASSENTAMENTO BELA FONTE Renata da Silva dos Santos Universidade Estadual do Piauí renatasantos189@hotmail.com INTRODUÇÃO A agricultura familiar nos últimos anos vem ganhando ênfase nas mídias sociais e jornalísticas. Com a ascensão e o acesso a informação foi possível o maior entendimento sobre a importância desse segmento da economia para a sociedade. A agricultura familiar foi caracterizada durante anos como um segmento estritamente familiar e de atraso tecnológico, social e econômico, porém essa realidade vem mudando de acordo com pesquisas do censo agropecuário de Onde de acordo com o censo houve um aumento na utilização da terra para lavouras temporárias que são aquelas utilizadas com produtos em curto prazo, que em sua maioria são produtos cultivados pelos agricultores familiares. O presente artigo tem como objetivo analisar a produção agrícola no assentamento Bela Fonte, da comunidade Alta dos Quirinos, no município de União-PI e a importância da agricultura familiar e dos assentamentos familiares produtivos para as cidades pequenas. Assim, caracterizando a produção agrícola do Assentamento Bela Fonte e o escoamento da sua produção; avaliando a geração de emprego e renda no assentamento Bela Fonte e analisar as políticas públicas materializadas no assentamento e suas implicações na atividade produtiva. Tais atividades agrícolas que estão diretamente ligados e presente na mesa do brasileiro sendo um dos setores em expansão

2 e de suma importância para o Brasil. Exercendo um papel fundamental seja ele social e/ou econômico para o crescimento do país. A temática em evidência exige análises e debates, a partir desse pressuposto o encaminhamento metodológico da presente pesquisa consiste na revisão bibliográfica em teses, dissertações, artigos e livros que venham aborda as seguintes categorias: agricultura familiar, produção agrícola, estrutura agrícola, assentamentos e economia. Foram utilizados Dados secundários do IBGE, Censo agropecuário, ministério da agricultura, para a elaboração de gráficos e quadros de análise. Trabalho de campo foi realizado com o intuito de explorar a área de estudo para conhecer, caracterizar e analisar as categorias de analise da presente pesquisa e a sua relevância para a sociedade como um todo. Após o estudo da temática em questão foram feitas entrevistas, com os moradores do assentamento Bela Fonte em União-PI. Vale ressaltar que o presente trabalho foi um despertar a partir de uma Pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC), e hoje faz parte de um trabalho de conclusão de curso (TCC), sob a orientação da professora Doutora Manuela Nunes Leal, e os dados ainda estão sendo tabulados e estão em período de analise, sendo assim, o presente artigo traz resultados preliminares da pesquisa. O presente artigo esta dividido em três seções. A primeira seção faz uma breve caracterização sobre a agricultura familiar e a questão agraria brasileira. A segunda seção trata sobre a caracterização de assentamentos rurais no estado do Piauí, e a terceira e ultima seção fala sobre o assentamento Bela Fonte e os resultados preliminares da pesquisa. AGRICULTURA FAMILIAR E QUESTÃO AGRARIA NO BRASIL Para que se entenda da melhor maneira possível o papel da agricultura familiar na sociedade e necessário conhecer o seu significado. De acordo com a Lei nº , de 24 de julho de 2006, a agricultura familiar foi assim definida: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:

3 I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. 1º O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras formas coletivas de propriedade, desde que a fração ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) módulos fiscais. 2º São também beneficiários desta Lei: I - silvicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo, cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; II - aquicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo e explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2ha (dois hectares) ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em tanques-rede; III - extrativistas que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II, III e IV do caput deste artigo e exerçam essa atividade artesanalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores; IV - pescadores que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo e exerçam a atividade pesqueira artesanalmente. Ao analisar o conceito de agricultura familiar observa-se que é uma atividade exercida pela família e que não utiliza de mão de obra com vinculo empregatício remunerado. Outro ponto que deve ser ressaltado é que a área total não deve ultrapassar quatro módulos fiscais medida de uma área fixada por cada município brasileiro (hectare) de acordo com o Estatuto da Terra no Piauí o município de Teresina possui módulo fiscal de 15 hectares (ha), e o município de União de 30 hectares, levando em

4 conta que a medida de cada módulo leva em consideração a utilização e a forma de exploração da terra e a particularidade de cada município e região. De acordo com o censo agropecuário de 2006, foram identificados estabelecimentos da agricultura familiar no Brasil, com uma área de hectares, os estabelecimentos não familiares são com uma área de ha o que é quase que o triplo da área da agricultura familiar. O que caracteriza uma concentração de terra no País, onde os estabelecimentos não familiares a pesar de representa uma minoria possui uma maior quantidade de terras. No Piauí dos estabelecimentos rurais, somente não são de agricultura familiar, ou seja, a grande maioria dos estabelecimentos rurais do estado do Piauí tem como mão de obra principal a familiar. Que também pode ser caracterizada como uma fonte geradora de emprego e renda para as famílias produtoras A questão fundiária brasileira é um debate antigo que desde as décadas de 1950 e 1960 vem ganhando espaço na sociedade. A reforma agraria surge como uma forma de redistribuição de terras de forma mais justas entre aqueles que necessitam da mesma. Dessa forma o Art. 1 da Lei de 30 de novembro de 1964 caracteriza Reforma Agrária como: Art. 1 Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola. 1 Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade. A reforma agrária surge como uma forma de desapropriação de terras improdutivas e que não cumprem o seu papel perante a sociedade por aqueles que necessitam de terra para sua sobrevivência. Esse modelo de politica ganhou ênfase no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), com a implantação do modelo de reforma agrária de mercado (MRAM) do Banco Mundial no Brasil.

5 Alguns acontecimentos fizeram com que o debate reforma agraria ganhasse cada vez mais ênfase no governo FHC entre elas o aumento em praticamente todo o país das ocupações de terra organizadas pelo Movimento sem Terra MST, a Marcha Nacional por Reforma Agrária, Emprego e Justiça organizada pelo MST, que chegou em Brasília em abril de 1997 e a realização de uma série de protestos, no exterior, organizada por entidades de apoio ao MST. Com a luta dos movimentos sociais pela a terra e a ocupação de terras improdutivas a violência no campo aumentou de maneira considerável em relação aos outros anos. No governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) tornou a reforma em uma Reforma Agrária de marketing, onde segundo muitos estudiosos e movimentos sociais afirmam que essa reforma nunca ocorreu, apesar do numero de assentamentos ter aumentado no governo FHC. Nesse período muitas famílias deixaram o campo por falta de politicas públicas por conta do governo federal na produtividade dos assentamentos. No governo Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) também firmou compromisso com a Reforma Agrária. Seu governo foi marcado por politicas para assentamentos desse modo houve um aumento das politicas para os assentamentos rurais. Mas isso não significa que a luta pela terra apresenta avanços satisfatórios, para autores com Fernandes (2004) isso não é Reforma Agrária. Nesse contexto o agronegócio ganha força no mercado nacional, tornando-se uma prioridade no governo Lula, devido o alto índice de exportações. Com a chegada do agronegócio da soja e outros grãos e sua expansão nas regiões do Maranhão, Piauí e Bahia contribui ainda mais para a exclusão dessas famílias nordestinas, tendo em vista que a área de cultivo de soja é de grande extensão e exige maquinas de tecnologias avançadas, assim originando poucos empregos em relação à agricultura familiar. ASSENTAMENTOS RURAIS NO PIAUÍ

6 Os assentamentos rurais aparecem como uma forma das famílias antes sem terra para produzir encontrem uma maneira de ter uma renda através da produção agrícola, para o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra MST os assentamentos surgem como uma forma das famílias trabalharem e produzir alimentos, dando para a terra uma função social garantindo a essas famílias moradia, alimentação e escola. As famílias que residem em assentamentos tem o compromisso de promover uma agricultura sustentável onde busca sua produção sem agredir de maneira degradante a natureza, buscando o equilíbrio entre a comunidade do assentamento e a natureza, os assentamentos vem com o intuito de unir o homem a terra dando a oportunidade de se produzir. Como também é uma forma de utilizar terras antes improdutivas para o beneficiamento de famílias sem terras dando-lhes condições de trabalho melhorando assim economicamente a vida dessa população, mas nem todos os assentamentos atendem as necessidades básicas das famílias assentadas. Segundo pesquisas realizadas pelo MST entre 1995 a 2001 cerca de 32% das famílias assentadas não possuíam casa definitiva demonstrando assim que algumas necessidades básicas não são atendidas em alguns assentamentos. De acordo com o INCRA, os assentamentos de reforma agrária dão condições de infraestrutura para as famílias tais como moradia e segurança alimentar, pois cada família recebe uma gleba para explorar e produzir na terra. No Piauí existem cerca de 497 assentamentos, com famílias ocupando uma área de ,77 hectares, os lotes do INCRA não podem ser vendidos, alugados, arrendados ou cedidos para terceiros com a finalidades de obter o lucro, pois está terra foi concebida para a família com a finalidade de produzir alimentos para seu auto abastecimento e para auxiliar na renda da família assentada. Após a instalação das famílias são feitas obras prioridades para facilitar o acesso e a vida da comunidade tais como estradas vicinais, saneamento básico, redes de eletrificação rural, e condições para o processo de desenvolvimento sustentável, essas obras tem o apoio de órgãos governamentais e são executados por meio de licitações publicas ou convênios da esfera estadual e municipal.

7 No município de União, de acordo com o Sindicato dos trabalhadores Rurais, há quatorze assentamentos rurais no município, sendo que sete desde assentamentos são originários do Programa Nacional de Crédito Fundiário. O assentamento Bela Fonte é originário do Programa Nacional de Crédito Fundiário, com a linha de financiamento de Combate a Pobreza Rural. Para o enquadramento do agricultor familiar nessa linha é necessária renda familiar anual de até R$ 9 mil reais. O programa é para que os trabalhadores rurais sem terra possam comprar suas terras por meio de um financiamento rural. O assentamento obteve o financiamento pelo Banco do Nordeste através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF. De acordo com o presidente da Associação do Assentamento Bela Fonte o assentamento enquadrase no PRONAF A. São os agricultores assentados de reforma agraria, que, com a extinção do Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária (Procera), passaram a ser atendidos pelo Pronaf. Os agricultores podem pedir financiamento para investimento ou assistência técnica, podendo o prazo de pagamento estender-se-á por ate dez anos (Ibase, 2006). De acordo com Fernandes (2014), a região nordeste compreende cerca de 50% do campesinato brasileiro, mas conta com aspectos de falta de acesso a infraestrutura e tecnologias para o beneficiamento da produção. A maioria das famílias vivem com auxilio de programas sociais do governo federal, tais como Bolsa Família, provocando a saída de camponeses de sua região de origem para trabalhar no corte de cana, colheita de laranja e construção civil. Com a chegada do agronegócio da soja nas regiões do Maranhão, Piauí e Bahia contribui ainda mais para a exclusão dessas famílias nordestinas, tendo em vista que a área de cultivo de soja é de grande extensão e exige maquinas de tecnologias avançadas, assim originando poucos empregos em relação à agricultura familiar. Com a chegada do agronegócio da soja as regiões produtoras também tiveram mudanças culturais, pois os donos dos latifúndios geralmente são famílias originarias da região centro- oeste e sudeste do país.

8 ASSENTAMENTO BELA FONTE E A LUTA PELA TERRA O Assentamento Bela Fonte, da comunidade Altos dos Quirinos, fica localizado no município de União que fica há 56 km da capital piauiense Teresina, faz limite ao Norte Miguel Alves/Lagoa Alegre, ao Sul Teresina/ José de Freitas/Estado do Maranhão, ao Leste José de Freitas/Lagoa Alegre, e ao Oeste Estado do Maranhão. Os produtores rurais do assentamento vêm lutando durante anos para obter terras para o seu cultivo. Em 09 de junho de 2002, fundaram a associação, e a partir dai a formalização da aquisição da terra através do Programa Crédito Fundiária e Combate a Pobreza Rural. Com a aquisição da Terra que antes era uma fazenda improdutiva, sem campo de lavoura ou qualquer outra atividade agropecuária, a propriedade foi denominada Bela Fonte, possui 398 hectares, com 22 famílias residentes no assentamento. Cada família possui meio hectare irrigado para a plantação de macaxeira, milho, melancia, três hectares para pastagens de caprinos e um hectare de campo sequeiro (roça) para plantação de feijão, arroz e o cultivo de arvores frutíferas como maracujá, banana, goiaba e acerola. A venda da produção é feita de duas formas. A primeira forma é para a Companhia Nacional de Abastecimento CONAB, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a segunda forma de venda é a direta para o mercado consumidor de União-PI e Teresina-PI. Durante o trabalho de Campo que foi identificada uma das grandes deficiências relatada pelos agricultores é a falta de assistência técnica, essa foi uma das maiores demandas exigidas pelos agricultores, pois eles tiveram assistência técnica durante os primeiros cinco anos, mas depois desse período ficaram sem assistência e passaram a manusear a produção e ate mesmo o uso de venenos, pesticidas sem orientação técnica. De acordo com o relato de um dos agricultores: O uso dos remédios é feita sem orientação técnica, o próprio local onde a gente compra que costuma orientar, ou como ficamos amigos

9 dos técnicos pedimos ajuda pelo telefone. A gente sabe que agride a natureza, faz mal pra gente, mas a gente usa pra vê se sobra um pouquinho mais pra gente de produto (AGRICULTOR FAMILIAR 01, 2016) Foram realizadas entrevistas com cerca de 72% das famílias que residem no assentamento (16 famílias). No gráfico abaixo verifica-se o numero de pessoas por residências. 10 Numero de Pessoas Por domicílio no Assentamento Bela Fonte à 3 3 à 5 5 à 10 Acima de 10 Fonte: Santos, R. S., 2016 Existem entre as famílias que residem no assentamento um forte grau de parentesco o que favorece a integração social. A população é jovem, possuindo apenas uma residência com moradores acima de 60 anos, que possuem o beneficio da aposentadoria, mas que ainda desenvolvem a atividade agrícola. O desenvolvimento do assentamento esta ligada diretamente as atividades agrícolas (sequeiro/irrigadas) e a criação de pequenos animais como caprinos, ovinos, galinhas caipiras, dentro do assentamento possui um riacho chamado de Malhada de Areia que deságua no rio Parnaíba, os assentados tinham um projeto para a pratica da

10 piscicultura no riacho, mas devido a falta de assistência o projeto não pode ser implantado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do presente artigo, pode-se concluir que a agricultura familiar é uma pratica de extrema importância para os pequenos municípios, pois esta pratica possibilita a geração de emprego e renda. No Estado do Piauí são poucas as pesquisas a cerca da temática discutida no trabalho, tendo em vista que o presente trabalho ainda esta em fase de elaboração, por se tratar de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no decorrer da pesquisa novos resultados serão apresentados. Para a sociedade acadêmica é de suma importância conhecer a realidade dos assentamentos rurais e seu papel na agricultura familiar diante da economia local e regional. Os assentamentos rurais são importantes para a sociedade seja como estrutura comunitária social, pela produção de alimentos e exemplo de luta e resistência. BIBLIOGRAFIA COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB. Agricultura Familiar. Disponível em: < Acesso em: 10 de julho de DISTRITO FEDERAL, Lei Nº , de 24 de julho de Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Disponível em: < Acesso em: 23 de maio de 2016.

11 DISTRITO FEDERAL, Lei Nº 4.504, De 30 De Novembro De Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 23 de maio de FERNANDES, Bernardo Mançano. O uso da terra no Brasil: debates sobre politicas fundiárias. 1 Ed. São Paulo: Cultura Acadêmica: Unesco, (vozes do campo) INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA INCRA. Painel dos Assentamentos. Disponível em: < Acesso em: 10 de julho de MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Credito Fundiário: Programa Nacional de Crédito Fundiário. Disponível em: < Acesso em 09 de julho de MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Plano Territorial De Desenvolvimento Rural Sustentável PTDRS (MDA / EFPT). TERRITÓRIO ENTRE RIOS PIAUÍ. Piauí: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. As geografias da luta no Campo. 6 ed. São Paulo: Contexto, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo de Produção Capitalista, Agricultura E Reforma Agraria. São Paulo: Labor Edições, SANTOS, R,S. Pesquisa direta: Entrevista. UESPI: 2016