INEFICÁCIA NO COMBATE À FRAUDE, À EVASÃO E AOS PRIVILÉGIOS FISCAIS E O AGRAVAMENTO DA INJUSTIÇA SOCIAL EM PORTUGAL

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1 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 1 INEFICÁCIA NO COMBATE À FRAUDE, À EVASÃO E AOS PRIVILÉGIOS FISCAIS E O AGRAVAMENTO DA INJUSTIÇA SOCIAL EM PORTUGAL Contrariamente ao que muitos pensam ou pretendem fazer crer a fraude, a evasão fiscal e os privilégios fiscais não têm diminuído no nosso País; muito pelo contrário, eles até têm aumentado com a crise financeira e social pois o combate a eles ou a sua redução é praticamente inexistente como reconheceu o próprio 1º ministro ( Durão Barroso preocupado com o falhanço no combate à fraude fiscal noticiava o Público on-line em ). Para provar isso procurou-se quantificar neste pequeno estudo de investigação, utilizando dados e estudos oficiais, o valor da receita fiscal potencial não cobrada em Portugal (engloba a evasão, a fraude, os benefícios e privilégios fiscais, os efeitos do chamado planeamento fiscal, etc.,) que, em 2002, atingiu cerca de milhões de euros, um valor indicativo mas que dá bem uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, para o qual se pretende chamar a atenção; associado e também como consequência, 10% da população portuguesa (os 10% mais ricos) recebem mais rendimento do que 50% da população portuguesa (os 50% com mais baixos rendimentos). À semelhança do que foi feito em estudos anteriores vai-se tornar clara a forma como chegou aos resultados apresentados, ou seja, vai-se indicar a fonte dos dados oficiais utilizados assim como a metodologia usada, para que o leitor deste estudo possa, ele próprio, avaliar a consistência técnica e cientifica das conclusões a que se chegaram. MAIS DE MILHÕES DE EUROS ( MAIS DE MILHÕES DE CONTOS) DE RECEITA FISCAL POTENCIAL NÃO COBRADA ANUALMENTE EM PORTUGAL Em termos globais, pode-se afirmar que existe uma correlação positiva entre nível de desenvolvimento económico e volume de receitas fiscais que se podem arrecadar; ou dito de outra forma :- quanto mais desenvolvido for um país maior poderá ser a receita fiscal que o Estado poderá arrecadar; e, inversamente, quanto menos desenvolvido for um país, mais baixo será o volume de receitas fiscais que poderão ser obtidas. O quadro I, construído com dados publicados por entidades oficiais (OCDE, INE e Ministério das Finanças), que se apresenta seguidamente, por um lado, confirma essa correlação positiva entre desenvolvimento económico e volume de receitas fiscais e, por outro lado, permite calcular, de uma forma fundamentada, qual o nível de receitas fiscais adequadas ao nível de desenvolvimento económico atingido por Portugal. QUADRO I Receita Fiscal Potencial Anual não arrecadada em Portugal RECEITA FISCAL POR HABITANTE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO PIB / Habitante RECEITA FISCAL POTENCIAL POR COBRAR ANOS Portugal em % da UE15 Portugal em % da UE15 Milhões Euros ,3% 49,6% ,2% 49,5% ,7% 50,9% ,7% 51,0% MÉDIA 37,4% 50,3% FONTE: Statistiques des recettes publiques OCDE 2003 ; Anuário Estatistico de Portugal INE ; OE 2002 e 2003 Como mostram os dados do quadro anterior, estimou-se que a receita fiscal arrecadada por habitante em Portugal no período representou, em média, cerca de 37,4% da receita fiscal arrecadada em média por habitante nos 15 países da União Europeia. No entanto, e de acordo com dados publicados pelo INE, o nível de desenvolvimento económico alcançado por Portugal no mesmo período, medido em valor do PIB por habitante a preços correntes, rondava os 50,3% da média da UE15, como mostram os dados constantes do quadro I. (segundo a L OCDE en Chiffres, 2003, seria 68% em 2002)). Admitindo que a receita fiscal arrecadada em Portugal por habitante correspondesse ao nível de desenvolvimento económico atingido pelo nosso País - cerca de 50,3% dos países da UE15 ( e não utilizamos o valor da OCDE) -, então ela devia corresponder, como é evidente, a cerca de 50,3% da média da UE15 e não apenas os 37% como acontece actualmente. Fazendo os cálculos necessários com base nos 50,3%, obtém-se a receita fiscal que devia ser cobrada em

2 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 2 Portugal tendo em conta o nosso nível de desenvolvimento (50,3% da média da UE15), o que relativamente aquela que é efectivamente cobrada determinam os valores de Receita Fiscal Potencial por Cobrar constantes da última coluna do quadro I. Resumindo, só no período , se no lugar de ter cobrado o correspondente a 37,4% da média da UE15 o Estado Português tivesse cobrado o corresponde a 50,3% da média da União Europeia, teria arrecadado mais milhões de euros ( milhões de contos), ou seja, em média mais ,5 milhões de euros por ano (2.587 milhões de contos), daquilo que efectivamente cobrou. O valor não cobrado em milhões de euros - representa cerca de 49% das receitas fiscais totais arrecadadas pelo Estado nesse ano, que atingiram milhões de euros. A RECEITA FISCAL POTENCIAL NÃO COBRADA ATINGIU EM PORTUGAL MILHÕES CONTOS NO PERÍODO Os dados do Quadro II, que se apresenta seguidamente, contem os resultados dos mesmos cálculos, agora para um período muito mais longo: , ou seja, para um período de 16 anos. QUADRO II- Receita Fiscal Potencial por cobrar em Portugal no período ANOS Receita fiscal PIB percapita RECEITA FISCAL Percapita Portugal em % da U.E. POTENCIAL POR COBRAR Portugal em % da U.E. Milhões de contos ,40% 29,70% 433, ,70% 30,90% 450, ,20% 31,20% ,30% 32,40% 581, ,70% 34,60% 626, ,30% 36,90% 765, ,00% 41,20% 876, ,20% 46,60% 936, ,70% 45,90% 1.548, ,00% 45,00% 1.565, ,80% 44,00% 1.573, ,40% 44,50% 1.812, ,40% 45,00% 2.064, ,50% 45,50% 2.259,60 SUBTOTAL ,70 ANOS Receita fiscal por / Habitante PIB por Habitante RECEITA FISCAL POTENCIAL Portugal em % da UE15 Portugal em % da UE15 POR COBRAR- Milhões Euros ,30% 49,6% ,20% 49,5% ,70% 50,9% ,70% 51,0% SUBTOTAL FONTES: Ano 2002: Estimativa com base evolução e OE 2004; Anos Statistiques dês recettes publiques : OCDE 2003, Anuários Estatísticos de Portugal : Anos : Calculamos utilizando uma metodologia semelhante e fazendo estimativas a partir de dados oficiais disponíveis, nomeadamente Relatórios dos Orçamento de Estado desses anos Anos os dados constam de um estudo dos Dr. Albano Santos e Medina Carreira -Fórum Social Os dados referentes ao período 1985 a 1993, portanto, em relação aos primeiros 9 anos foram calculados pelos Drs. Albano Santos e Medina Carreira, utilizando uma metodologia semelhante à nossa, tendo sido apresentados num estudo assinados por ambos numa das sessões do Fórum Social que se realizou em Lisboa nas instalações do Montepio Geral, o que significa que consideraram a referida metodologia suficientemente consistente, sob o ponto de vista técnico, para a utilizarem.

3 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 3 Os dados referentes aos restantes anos 1994/ constantes do Quadro II foram calculados por nós a partir de dados publicados por organismos oficiais (OCDE, Ministério das Finanças, INE). E os dados do Quadro II revelam que, entre 1985 e 2002, o desenvolvimento do nosso País, medido em percentagem que o PIB por habitante português a preços correntes representa em relação ao PIB médio por habitante comunitário, aumentou 21,3 pontos percentuais, pois passou de 29,7% do PIB por habitante comunitário para 51%; enquanto durante o mesmo período 1985/2002 a percentagem que a receita fiscal anual cobrada por habitante em Portugal representa em relação à receita fiscal média por habitante cobrada na União Europeia cresceu apenas 16,3 pontos percentuais, pois passou de 21,4% para 37,7%, o que agravou a diferença existente, também neste campo, entre Portugal e os países da União Europeia. Os dados do quadro II mostram também que se o nível de receitas fiscais arrecadadas no nosso País correspondesse ao seu nível de desenvolvimento económico, que era em 2002 cerca de metade da média da UE15, se utilizarmos como medida o PIB por habitante a preços correntes (se utilizássemos o PIB por habitante PPC, ou mesmo o valor da OCDE o nível de desenvolvimento considerado seria mais elevado e os valores não cobrados seriam certamente muito maiores); mas repetindo, se o Estado Português tivesse cobrado uma receita fiscal equivalente ao nível de desenvolvimento alcançado pelo País, teria obtido, no período compreendido entre 1985 e 2002, mais milhões de contos de receitas fiscais do que aquelas que arrecadou, que é superior ao valor do PIB português de Estes dados, apesar de indicativos, dão uma ideia clara, por um lado, da dimensão que a fraude, a evasão, e os privilégios fiscais, etc., atingem em Portugal; por outro lado, da ineficácia das medidas que têm sido tomadas neste campo o que tem contribuído para agravar ainda mais a injustiça fiscal já existente, e, finalmente, não tem consistência técnica nem cientifica o argumento utilizado pelos defensores do pensamento económico único em Portugal (entre os quais se destacam os drs. Medina Carreira e Victor Constância) de que não é possível arrecadar mais receitas fiscais para garantir as funções sociais do Estado com qualidade, e que a solução tem de ser a redução significativa das despesas do Estado com essas funções essenciais para a população, nomeadamente para a mais desfavorecida, exigindo mesmo alguns deles (o dr. Medina Carreira, por ex.) a alteração da própria Constituição para facilitar tal objectivo. EM PORTUGAL, OS 10% MAIS RICOS RECEBEM MAIS RENDIMENTO DO QUE 50% DA POPULAÇÃO COM MENOR RENDIMENTO O crescimento da receita média fiscal cobrada por habitante inferior ao crescimento económico, e o valor da receita fiscal cobrada significativamente inferior ao nível de desenvolvimento do nosso País tem sido acompanhado pelo aumento da desigualdade na repartição da riqueza, o que prova que os baixos níveis de arrecadação da receita fiscal em Portugal não têm beneficiado a maioria da população com mais baixos rendimentos; muito pelo contrário, a politica fiscal que tem sido seguida em Portugal apenas tem contribuído para agravar ainda mais as graves desigualdades sociais já existentes, ou seja, tem determinado que os ricos se tornem ainda mais ricos, e que a maioria da população continue com nível de rendimentos e de vida extremamente baixos. Assim, um estudo publicado pelo INE em 2002, com o titulo Rendimento, Desigualdade e Pobreza, cujos autores são Regina Soares e Teresa Bago Uva, revela de uma forma clara e quantificada as graves desigualdades que se verificam em Portugal a nível da distribuição da riqueza e do rendimento. O quadro III que se apresenta seguidamente foi construído com dados retirados desse estudo. QUADRO III DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO EM PORTUGAL POR GRUPOS DA POPULAÇÃO DECIS Grupos correspondente cada um deles a 10% da população Percentagem de rendimento auferida por cada um dos grupos de 10%da população Percentagem acumulada da população Percentagem acumulada do rendimento

4 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 4 1ºgrupo igual a 10% da população 2,2% 10% 2,2% 2ºgrupo igual a 10% da população 3,7% 20% 5,9% 3ºgrupo igual a 10% da população 5,3% 30% 11,2% 4ºgrupo igual a 10% da população 6,1% 40% 17,3% 5ºgrupo igual a 10% da população 7,4% 50% 24,7% 6ºgrupo igual a 10% da população 8,6% 60% 33,4% 7ºgrupo igual a 10% da população 9,9% 70% 43,2% 8ºgrupo igual a 10% da população 11,9% 80% 55,0% 9ºgrupo igual a 10% da população 15,9% 90% 71,0% 10ºgrupo igual a 10% da 29% 100% 100,0% população FONTE: Rendimento, Desigualdade e Pobreza em Portugal, pág. 26, INE Como mostram os dados do quadro III, 50% da população portuguesa (os cinco primeiros grupos do quadro a contar de cima para baixo), recebem apenas 24,7% do rendimento distribuído no nosso País, enquanto os 10% mais ricos (o último grupo do quadro) recebem 29% do rendimento total. É uma desigualdade extremamente grande, grave e chocante (a pior em toda a UE15) que continua a existir no nosso País. Outra medida utilizada normalmente para medir a desigualdade na distribuição do rendimento num país é o chamado coeficiente de Gini. Segundo o estudo do INE referido anteriormente, o coeficiente de Gini mede o gap (a diferença) entre a linha real de distribuição do rendimento verificada num país e a linha mítica de distribuição da curva de Lorenz, que corresponde a uma distribuição totalmente igualitária (10% da população recebe 10% do rendimento; 20% da população recebe 20% do rendimento; 30% da população recebe 30% do rendimento; etc.). Assim, numa sociedade igualitária, o coeficiente de Gini seria igual a zero. Na prática o coeficiente de Gini varia entre 0,2 (que corresponde ao mínimo de desigualdade) e 0,42 (que corresponde ao máximo de desigualdade). Portugal apresenta um coeficiente de Gini igual 0,38 que corresponde a um alto grau de desigualdade (Rendimento, Desigualdade e Pobreza em Portugal, INE, pág. 30). No estudo da OCDE sobre Portugal publicado em 2003 OECD Economic Surveys Portugal, pág. 91 apresenta para Portugal um coeficiente de Gini igual a 0,37, para a Áustria 0,26, para a Bélgica 0,28, para a Dinamarca 0,23, para a França 0,29, para a Alemanha 0,28, para a Grécia 0,34, para a Irlanda 0,33, para a Itália 0,33, para o Luxemburgo 0,28, para a Holanda 0,29, para a Espanha e Reino Unido 0,33, e a média na União Europeia é de 0,31, portanto é precisamente Portugal que apresenta a mais elevada desigualdade na distribuição do rendimento. E segundo a própria OCDE, em Portugal o sistema fiscal provavelmente ainda agrava a desigualdade na distribuição do rendimento (OECD Economic Surveys Portugal, pág. 90). EM PORTUGAL, OS IMPOSTOS QUE AGRAVAM A INJUSTIÇA FISCAL SÃO AQUELES QUE ESTÃO A CRESCER MAIS Para se provar a veracidade da conclusão constante do próprio estudo da OCDE publicado em 2003 sobre Portugal que o sistema fiscal agrava ainda mais a desigualdade na distribuição do rendimento basta ter presente o seguinte. Os impostos directos são mais justos do que os impostos indirectos. E isto porque os impostos directos atendem ao rendimento auferido por cada contribuinte como acontece com o IRS. Por exemplo, em principio paga-se ou deve-se pagar mais de IRS quanto mais elevado for o rendimento auferido. O mesmo não acontece com os impostos indirectos, de que é ex. o IVA, o Impostos sobre o tabaco e sobre os combustíveis. Estes impostos não atendem ao rendimento auferido por cada contribuinte. Por ex., um português que ganhe o salário mínimo nacional, ou o sr. Belmiro da Sonae que tem uma remuneração anual declarada superior a um milhão de euros como divulgaram recentemente vários órgãos de comunicação social, quando compram o mesmo maço de cigarros, por ex., um maço de Português Suave, pagam a mesma quantia de imposto ao Estado, embora o sr. Belmiro receba vezes mais. O mesmo sucede quando dois portugueses, com rendimentos completamente diferentes, compram um litro de gasolina pois pagam a mesma quantia de imposto ao Estado. É por estas razões que se afirma que os Impostos Indirectos são impostos muito mais injustos do que os Impostos Directos.

5 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 5 No entanto, em Portugal, como provam os dados do Quadro IV que constam do Relatório do OE2004, que se apresenta seguidamente, no período , foram os impostos indirectos, portanto os impostos socialmente mais injustos que mais cresceram, o que está a determinar um agravamento ainda maior da injustiça fiscal em Portugal. QUADRO IV Evolução das receitas dos Impostos Directos e dos Impostos Indirectos em Portugal entre 2001 e 2004 RECEITAS FISCAIS - Milhões de euros DESIGNAÇÃO IRS IRC Outros IMPOSTOS DIRECTOS (ID) ISP IVA IA IT Selo Outros IIMPOSTOS INDIRECTOS (II) IMPOSTOS TOTAIS (ID + II ) % que os Impostos Directos representam em relação aos IMPOSTOS TOTAIS 44,0% 41,8% 38,9% 38,2% % que os Impostos Indirectos representam em relação aos IMPOSTOS TOTAIS 56,0% 58,2% 61,1% 61,8% FONTE: Relatórios do Orçamento de Estado 2001 a 2004 Como mostram os dados do quadro IV, entre 2001 e 2004, as receitas que têm como origem os impostos directos diminuíram, pois passaram de milhões de euros para apenas milhões de euros (menos 8,3%), enquanto as receitas que têm como origem os impostos indirectos, que são impostos mais injustos, cresceram significativamente pois passaram no mesmo período de milhões de euros para milhões de euros (mais +16,6%, quase o dobro do aumento de preços e da subida de salários verificado no mesmo período o que significa que se verificou um aumento real dos impostos indirectos). Como consequência, em 2001, por cada 100 euros de impostos arrecadados pelo Estado 56 tinham como origem impostos indirectos e, em 2004, prevê que esse valor seja já 62 em cada 100, ou seja, apenas 38 euros em cada 100 euros de receita arrecadada terá como origem impostos directos, ou seja, os impostos que, sob ponto de equidade, são mais justos, o que significará um agravamento visível da injustiça fiscal existente. Por outro lado, a nível dos Impostos Directos, aqueles cuja receita tem diminuído mais são os que incidem sobre as empresas. Assim, como mostram também os dados do quadro III, entre 2001 e 2004, o IRC passará de milhões de euros para milhões de euros, ou seja, registará uma quebra de 19,6%, o que determinará que o peso das receitas do IRC nas receitas totais dos impostos directos baixe de 36,3% para apenas 31,8%. OS BENEFICIOS FISCAIS REDUZEM AS RECEITAS FISCAIS E AGRAVAM A INJUSTIÇA FISCAL Entre 2001 e 2004, os benefícios fiscais concedidos pelo governo determinarão uma perda de receita fiscal avaliada em mais milhões de euros (mais de milhões de contos), como provam os dados do quadro V que se apresenta seguidamente. QUADRO V Receita fiscal perdida devido aos benefícios fiscais concedidos MILHÕES DE EUROS DE RECEITAS FISCAIS NÃO COBRADAS RUBRICAS TOTAL IRS 405,3 464,4 484,4 518,6 571,5 2444,2 IRC

6 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 6 IVA 66,3 66,9 72, ISP ,2 190,3 182,4 188,6 873,5 IA 76,8 119,5 83,1 68,1 68,4 415,9 TOTAL 878, ,6 1041,1 1079,5 5113,6 FONTE: Relatório do Orçamento de Estado 2004 Ministério das Finanças Apesar de todas as declarações sobre as dificuldades financeiras do Estado, os privilégios fiscais, expressos em benefícios fiscais concedidos, não abrandaram com o actual governo. Em 2000, as receitas fiscais não cobradas devido aos benefícios atingiram 878,4 milhões de euros enquanto, em 2002, já deverão alcançar 1.079,5 milhões de euros, ou seja, mais 22,8%. Em plena crise financeira do Estado, o actual governo não deixou de criar novos benefícios fiscais, de que é exemplo a Reserva Fiscal de Investimento (RFI), que corresponde a uma redução de 20% da colecta liquidada de IRC, que beneficiará fundamentalmente as grandes empresas (ex. Autoeuropa), que assim poderão pagar os investimentos que realizarem com receitas de impostos não pagos, e que custará ao Estado, em perda de receitas não cobradas, só em 2003 e 2004, cerca de 300 milhões de euros (60 milhões de contos). No entanto, e comos e irá mostrar mais à frente, estes valores não incluem a totalidade dos benefícios fiscais concedidos, nomeadamente os atribuídos à zona franca (paraíso fiscal) da Madeira É evidente que estes benefícios fiscais beneficiam, na sua maioria, quem tem rendimentos mais elevados, sejam elas pessoas ou empresas, contribuindo, desta forma, para aumentar ainda mais a já grave injustiça fiscal existente, sendo depois as dificuldades financeiras que eles também provocam ao Estado utilizadas para justificar medidas graves de que são exemplos o congelamento das remunerações dos trabalhadores da função pública, o congelamento das admissões na Administração Pública o que está a provocar a degradação de muitos serviços essenciais, e o ataque às funções sociais do Estado, a redução de investimentos vitais para o desenvolvimento do país, etc.. OS ACTOS DE MÁ GESTÃO DAS EMPRESAS PODEM REDUZIR O IRC A RECEBER PELO ESTADO EM MAIS DE MILHÕES DE EUROS Recentemente a opinião publica foi chocada com uma noticia divulgada pelos órgãos da comunicação social de que uma das maiores empresas portuguesas recentemente privatizada PT Telecom não iria pagar impostos ao Estado porque durante três anos 2003, 2004, e 2005 iriam ser descontados no IRC os prejuízos que esta empresa teve no Brasil, o que representaria para o Estado a perda de 960 milhões de euros de receita fiscal. Seriam assim os contribuintes portugueses que teriam de pagar actos de má gestão mesmo em países estrangeiros, já que o Estado ficando sem aquela receita certamente procurará compensar essa perda aumentando a carga fiscal sobre outros contribuintes. No entanto, o pagamento dos prejuízos das empresas com o IRC que deviam pagar ao Estado não se limita à PT-Telecom. Como mostra o quadro VI, construído com dados que estão disponíveis no site do Ministério das Finanças, a perda de receitas fiscais devido a benefícios concedidos e a prejuízos descontados no IRC, alcança valores elevadíssimos no nosso País, onde as empresas cultivam impunemente a cultura do prejuízo perante a passividade governamental. QUADRO VI- Benefícios e Prejuízos deduzidos na Matéria Colectável sujeita a IRC DEZIGNAÇÃO MILHÕES DE EUROS TOTAL Milhões Prejuízos Fiscais deduzidos Benefícios Fiscais deduzidos PREJUÍZOS E BENEFICIOS DEDUZIDOS PREJUÍZOS PARA EFEITOS FISCAIS FONTE: Direcção dos Serviços de IRC Ministério das Finanças No período ,como mostram os dados do Ministério das Finanças constantes do quadro VI, foram deduzidos na matéria colectável das empresas sujeitas a IRC, milhões de euros que assim deixaram de pagar IRC. Se tivessem pago a taxa média que vigorou neste período 32% - o Estado teria arrecadado mais milhões de euros de receita. Para além disso, os dados do quadro VI também mostram que, no mesmo período, as empresas acumularam milhões de euros de prejuízos fiscais, que poderão ser descontados nos lucros que eventualmente tenham nos próximos 6 anos. Pode-se mesmo

7 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 7 dizer que as empresas são compensadas pelos seus actos de má gestão, como sucedeu com a PT-Telecom que não pagará IRC em 2003, 2004 e 2005 devido aos prejuízos que teve no Brasil. Se somarmos a receita fiscal que eventualmente o Estado perderá no futuro devido a estes milhões de euros de prejuízos que poderá rondar os milhões de euros (taxa de IRC de 25%) mais aquilo que já perdeu devido aos milhões de euros já deduzidos como revelam os dados do quadro, que deve corresponder a milhões de euros, conclui-se que só os prejuízos constantes do quadro VI deverão determinar para o Estado uma perda de receita que estimamos em milhões de euros (1930 milhões de contos). Para finalizar interessa chamar a atenção para o facto de que os dados constantes do Relatório do OE 2004 relativos ao volume de receita fiscal perdida devido aos benefícios fiscais concedidos a nível de IRC, constantes do quadro V (p.6) são bastantes inferiores aos valores que se obtêm utilizando os dados publicados pela Direcção de Serviços do IRC, o que prova que os primeiros estão subestimados não incluindo a totalidade dos benefícios concedidos A TAXA EFECTIVA DE IRC CORRESPONDE JÁ A POUCO MAIS DE METADE DA TAXA LEGAL DE IRC Como se sabe a taxa de IRC que incide sobre os lucros das empresas que vigorou até 2003 era 30% e, para 2004, o governo decidiu baixá-la para 25%, com a alegação de que as empresas estavam sujeitas a uma carga fiscal muito elevada. Semelhante comportamento do governo não se verificou em relação ao IRS que atinge fundamentalmente. No entanto, a taxa efectiva de IRC já era muito menos elevada devido a existência de elevados benefícios fiscais e à possibilidade das empresas poderem deduzir nos lucros obtidos os prejuízos que tiveram em anos anteriores, durante um período de 6 anos a contar da data em teve lugar esses prejuízos. O quadro VII, que a seguir se apresenta, construído com dados que estão disponíveis no site da Direcção Geral de Impostos, mostra a diferença entre taxa legal de IRC e a taxa efectivamente paga pelas empresas. QUADRO VII- Taxa efectiva de IRC e Taxa Legal de IRC no período DESIGNAÇÃO Milhões de euros TOTAL LUCRO LIQUIDO Lucro Tributável Matéria Colectável (lucro sujeito a imposto) Colecta (Imposto pago) TAXA EFECTIVA DE IRC sobre Lucro Liquido 21,1% 14,0% 20,4% 18,9% 18,1% TAXA LEGAL DE IRC 34,0% 32,0% 32,0% 30,0% 32,0% FONTE: Direcção de Serviço de IRC Ministério das Finanças Como mostram os dados do quadro VII, o chamado Lucro Tributável, ou seja, aquele que em principio devia ser sujeito a imposto representa apenas uma parte do Lucro Liquido obtido pelas empresas. No período , o Lucro Liquido obtido pelas empresas somou milhões de euros, enquanto o Lucro Tributável foi apenas de milhões de euros, ou seja, 88% do Lucro Liquido. No entanto, apesar das empresas deverem, em principio, pagar imposto sobre o lucro tributável isso, na realidade, não sucede porque elas podem deduzir ainda no lucro tributável os prejuízos que tiveram em anos anteriores e os benefícios fiscais concedidos pelo governo. Como mostram também os dados do quadro VI, depois de fazerem essas deduções o lucro sujeito a imposto, que se chama matéria colectável, fica reduzido, para o período , a apenas a milhões de euros, portanto neste percurso o Lucro Liquido das empresas foi reduzido em milhões de euros, ou seja, em mais de 34%. Se calcularmos a percentagem que o imposto pago (a colecta) representa em relação ao lucro liquido das empresas concluímos que, no período , atingiu em média apenas 18,1% como mostram os dados do quadro VI, o que é muito inferior à taxa legal de IRC que, no mesmo período, rondou em média os 32%; por outras palavras, a taxa efectiva de IRC

8 Ineficácia do combate à fraude e à evasão fiscal e agravamento da injustiça social Pág. 8 correspondeu apenas a 56% da taxa legal de IRC. Em relação ao sector bancário a situação é ainda mais chocante já que, em 2002, obteve lucros que rondaram milhões de euros e o IRC pago foi apenas de 312 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa efectiva de IRC de apenas 13,3%. E isto para uma taxa legal media de IRC de 32%. E a partir de 2002 a taxa de IRC baixará, por decisão do governo, para apenas 25%, o que determinará que a taxa efectiva passará certamente muito inferior à verificada no período analisado que foi, como se mostrou, de 18%, devido aos benefícios fiscais e à possibilidade que as empresas têm de deduzir os prejuízos de anos anteriores. Estima-se que esta baixa de 5 pontos percentuais na taxa de IRC faça perder ao Estado uma receita fiscal estimada em mais de 500 milhões de euros/ano. Enquanto isto sucede em relação ao imposto que incide sobre as empresas, a taxa de imposto que incide sobre as pessoas, nomeadamente sobre os trabalhadores, ou seja, o IRS, manteve-se inalterável, e o aumento verificado nos escalões de rendimento foram inferiores ao aumento da inflação, o que agravou ainda mais a injustiça fiscal em Portugal. COMO COMBATER A EVASÃO E A FRAUDE FISCAL A análise feita mostra, por um lado, que o combate à fraude e à evasão fiscal tem sido ineficaz em Portugal apesar das grandes declarações que periodicamente são feitas; por outro lado, que os elevados privilégios e benefícios fiscais que se aproveitam fundamentalmente os maiores rendimentos fazem perder ao Estado elevado volume de receitas e agravam ainda mais a injustiça fiscal existente no nosso País; e, finalmente, que contrariamente ao que afirmam os defensores do neoliberalismo em Portugal é possível arrecadar mais receitas fiscais para garantir o funcionamento com qualidade do modelo social criado pela Revolução de Abril, assim como para enfrentar com êxito a grave crise económica e financeira em que o País se debate, e tirar Portugal do estado de atraso em que se encontra fazendo os investimentos de qualidade que o País tanto necessita. Mas tudo isso exigiria um combate eficaz à fraude e à evasão fiscal, a redução dos enormes privilégios fiscais que continuam a existir em Portugal, de que é exemplo a taxa de IRC de apenas 1%, 2% e 3% aplicada até 2011 no paraíso fiscal da Madeira (artº 34, do EBF), de que se aproveitam fundamentalmente as grandes empresas portuguesas, incluindo os bancos (só no período este privilégio fiscal reduziu a matéria colectável sujeita a IRC em mais de milhões de euros o que determinou a perda de receitas fiscais avaliadas em mais de 800 milhões de euros), e a implementação de uma maior justiça fiscal e social. Um combate eficaz à fraude e evasão fiscal pressupõe, pelo menos, as seguintes medidas concretas.- (1) Levantamento do sigilo bancário para empresas, membros das administrações e profissões liberais, medida que o governo continua a recusar implementar; (2) Cruzamento sistemático e total a que já se opõe Bagão Félix dos dados fiscais e da Segurança Social ( Bagão Félix contra cruzamento total dos dados fiscais e da Segurança Social noticiou o Público de ), e o direito dos trabalhadores a acederem, pela Internet, ao seu registo na Segurança Social a fim de controlarem os descontos entregues pela empresa onde trabalham; (3) Reforço dos efectivos da Administração Fiscal e da inspecção da Segurança Social, tanto em termos qualitativos como quantitativos, pondo fim à degradação rápida destes serviços vitais do Estado que se está a verificar actualmente devido ao congelamento na contratação de pessoal e de remunerações o que impede que muitos dos que se reformam sejam substituídos (só em 2002, a Administração fiscal perdeu 533 funcionários, 4% do total, que não foram substituídos) e provoca desmotivação; (4) Unificação e informatização das bases de dados da Administração Fiscal acompanhada de intensa formação dos trabalhadores aproveitando os fundos comunitários, o que não está a suceder (em 2002, o Estado Português aproveitou apenas 20% dos fundos para a qualificação profissional dos trabalhadores da função pública disponibilizados pela UE15); (5) Eliminação dos elevados benefícios e privilégios fiscais de que se aproveitam fundamentalmente as grandes empresas e os possuidores de mais elevados rendimentos. A fronteira entre quem defende a manutenção do status quo e quem defende um combate eficaz a esta situação passa por aqui. Eugénio Rosa Economista Agradeço envio suas sugestões e criticas para edr@netcabo.pt

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