PESQUISA COM PRODUTORES DE TABACO SANTA CATARINA SAFRA 2014/15 (USO INTERNO) A qualidade de vida do agricultor é vital para o país.
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- Glória Gonçalves Madeira
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1 PESQUISA COM PRODUTORES DE TABACO SANTA CATARINA SAFRA 2014/15 (USO INTERNO) A qualidade de vida do agricultor é vital para o país.
2 DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente: José Walter Dresch Vice-Presidente: Luiz Sartor Secretário Geral: Acir Veiga 1º Secretário: Marlene Aparecida Ribeiro Fuck Tesoureiro Geral: Joãozinho Althoff 1º Tesoureiro: Celso Francisco Testolin Coordenadora estadual de Mulheres: Agnes Margareht Schipanski Weiwanko Coordenador estadual de Jovens: Adriano Gelsleuchter Coordenadora da Terceira Idade: Alice Rovaris da Silva DIRETORIA SUPLENTE: Hilário Gottsellig Antoninho Rovaris Adriano da Cunha Nelci Terezinha Zembruski Ledinho Curtareli Anair Bambina Buschirolli Conceição Hermínea Richartz Joel da Silveira Moura CONSELHO FISCAL EFETIVO: Adriano Schurhoff Odete Câmara Pedro Berlanda CONSELHO FISCAL SUPLENTE: Jolandir da Cunha Luiz Carlos Dartora Maria Regina Filippus Otto MISSÃO DA FETAESC Representar, defender, organizar e integrar os trabalhadores e trabalhadoras rurais do Estado de Santa Catarina, através do desenvolvimento de programas e projetos que visem à valorização da cultura local, a natureza, o econômico e o social, garantindo qualidade vida.
3 PESQUISA SOBRE A PRODUÇÃO DE TABACO EM SANTA CATARINA FETAESC USO INTERNO OBJETIVO: Verificar dados junto aos produtores de Santa Catarina relacionados à Safra de tabaco 2014/15. Conhecer os custo de produção, grau de satisfação e tendências para formar conhecimento nas tomadas de decisões políticas e de negociação de preço com as indústrias de tabaco. MÉTODOLOGIA: A pesquisa de campo foi realizada nos meses de junho e julho pelos dirigentes e funcionários dos Sindicatos dos Trabalhadores (as) Rurais e Agricultores Familiares de Santa Catarina, utilizando processo estatístico de amostragem. Realizou-se inicialmente a média e o desvio-padrão dos preços de tabaco recebido por quilo pelos produtores. Foi utilizado o método de amostragem estratificada dos produtores de tabaco no Estado, microrregião, município e comunidades delineadas por extratos de área de importância de produção. Para o teste de amostragem, a fim de verificar aquela que melhor representa a população foi utilizado nível de segurança de 95%, permitindo variação da média em 5% para cima ou para baixo. Foram pesquisados 478 famílias produtoras de tabaco em Santa Catarina. Responsável Técnico Adm. Irineu Berezanski Administrador de Empresas CRA 5904 Técnico Agrícola CREA 1470 São José, 15 de agosto de 2015
4 AGRADECIMENTO Agradecemos aos dirigentes e colaboradores dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados à FETAESC que foram a campo aplicar a pesquisa. Este trabalho é único e traz a realidade percebida e sentida por aqueles que estão desenvolvendo o trabalho na propriedade rural. Assim, esta ação do conjunto dos representantes dos agricultores busca atender as reais necessidades destes produtores com visão do futuro. ASSOCIAÇÕES MICRORREGIONAIS DA BASE DA FETAESC
5 ÍNDICE ASSUNTO PÁGINA 1. Produtores pesquisados Número de famílias produtoras Quantidade de Ha Produção em toneladas Por que planta tabaco Além do tabaco o que mais produz O que irá fazer se não produzir tabaco Número de pessoas que vivem na propriedade Área média em Ha da propriedade Há quantos anos planta tabaco Tendência de plantio Área média de plantio de tabaco por propriedade Rendimento médio em R$ por Ha Produtividade por Ha Preço médio recebido Tipo Virginia Preço médio recebido Tipo Burley Custo de produção Valor pago por dia de trabalho Quantidade de dias trabalhados por Ha Tipo Virginia Quantidade de dias trabalhados por Ha Tipo Burley Tipo de mão de obra usada na produção de tabaco Resultado financeiro produção de tabaco Tipo Virginia Principais dificuldades no cultivo de tabaco Tipo de estufa usada na cura e secagem Uso de lenha Preocupação em ler o contrato de produção Atividades que os Sindicatos devem fazer Percentual de produtores associados aos Sindicatos Quem representa os produtores Quem negocia preço do tabaco O produtor tem interesse em que o represente na política Relacionamento do produtor com empresas de tabaco Conclusão
6 PRODUTORES PESQUISADOS Atualmente existem no Estado de Santa Catarina famílias que produzem tabaco do tipo Virginia, Burley e Comum. A produção do tipo Virginia esta concentrada nas regiões do Planalto Norte, Vale do Itajaí, Vale do Araranguá, Carbonífera e Vale do Tubarão. A produção do tipo Burley e Comum estão concentradas nas regiões do Meio Oeste e Oeste do Estado. Santa Catarina é responsável por 31% da produção de tabaco brasileira, sustentando o 2º lugar na produção. Fonte: Afubra 6
7 POR QUE PLANTAR TABACO? APONTAMENTO 1. Tem pouca área de Terra 2. Dá boa renda 3. Conhece a atividade Os 03 (Três) principais motivos apontados pelos produtores, acima destacados, mostra a condição estrutural e de segurança do produtor por optar produzir tabaco. A densidade econômica, ou seja, a renda da produção de tabaco por área é maior se comparada com outras atividades típicas da região, este fator é decisivo pela atividade de tabaco. O conhecimento técnico e prático do produtor na atividade fortalece a segurança predispondo permanecer na atividade. 7
8 ALÉM DO TABACO O QUE MAIS PRODUZ? A pesquisa mostra que a cultura de milho é a segunda atividade de maior importância na propriedade produtora de tabaco, seguido pela produção de leite. Concluí-se que as propriedades têm atividades diversificadas, ou seja, junto com a produção de tabaco produzem: cereais, leite, frutas e animais. Do ponto de vista técnico a diversificação é muito importante, pois dá mais segurança a rentabilidade ao produtor otimizando os fatores de produção disponíveis na propriedade. 8
9 O QUE O PRODUTOR IRÁ FAZER SE NÃO PLANTAR TABACO? A resposta à essa pergunta é muito importante, pois remete uma decisão do produtor em relação a atividade que vem desenvolvendo. Lembramos que Santa Catarina tem quase 45 mil famílias produzindo tabaco, caso não seja mais possível desenvolver esta atividade, há necessidade de implantar um plano de sustentabilidade econômica e social para estas famílias. Obsevando o gráfico notamos que 28% tendem a sair do meio rural, ou seja, considerando às 45 mil famílias que produzem tabaco, 12,6 mil tendem a sair do meio rural. A segunda opção apontado por 26,8% é produzir leite. Esta opção exige aporte de investimento em infraestrutura, ou seja, custos de entrada na atividade. No entanto, é uma escolha fundamentada no princípio de fluxo de caixa, e na possibilidade do uso da mão de obra disponível. 9
10 NÚMERO DE PESSOAS QUE VIVEM NA PROPRIEDADE Observamos que entre os produtores de tabaco há presença significativa de pessoas menores de 21 anos. Santa Catarina tem quase 45 mil famílias que produzem tabaco e que cada família tem, na média, 03 pessoas, destas 28,1% tem menos de 21 anos. Considerando estes dados temos 37,9 mil jovens entre os produtores de tabaco. Este dado é muito importante, pois mostra o potencial de jovens que estão no campo e necessitam de uma política de desenvolvimento. 10
11 ÁREA MÉDIA DAS PROPRIEDADES Os dados da pesquisa conferem que as propriedades rurais em Santa Catarina possuem pequenas áreas. No caso dos produtores de tabaco a área média das propriedades é de 16,2 ha, destes 3,5 ha, ou seja, 22% são utilizadas para o cultivo com tabaco do tipo Virginia. Este tipo de tabaco esta concentrado nas regiões do Planalto Norte, Vale do Itajaí e Sul do estado. 11
12 HÁ QUANTOS ANOS PLANTA TABACO A maioria absoluta, 75,1%, dos produtores planta tabaco a mais de 15 anos. Portanto, são produtores com alta experiência na atividade e o tabaco é uma das principais fontes de renda da propriedade. A atividade exige investimento de entrada: construção de estufas, paiol para armazenamento e conhecimento de técnicas de produção. Para sair da atividade o produtor precisará se desfazer dos recursos investidos o que, na maioria das vezes, se torna dispendioso. 12
13 TENDÊNCIA DE PLANTIO PARA PRÓXIMA SAFRA Os dados apontam tendência de diminuir a área em (8,7%) na média no Estado. No entanto, observamos que as regiões Sul e Oeste são as que mais tendem a reduzir. Tal situação se justifica pelo aumento do custo da mão de obra, combinada com a queda de produtividade, se comprada com outras regiões. A região oeste aponta diminuição por praticamente duas razões: queda na qualidade do produto e diminuição do incentivo das empresas integradoras por encontrarem dificuldade de competição no mercado para o tipo burley produzido na região. 13
14 QUANTIDADE MÉDIA DE HECTARES DE TABACO POR PROPRIEDADE A área média de cultivo com tabaco, tipo Virginia, é de 3,6 ha. No entanto há propriedades que utilizam 12 ha e outras com cultivo mínimo de 0,6 ha. As propriedades que cultivam o tipo Burley, típico da região oeste, a média é de 1,6 ha. Em média 23% do tal da área da propriedade são utilizados para o plantio com tabaco. 14
15 RENDIMENTO MÉDIO POR Ha COM PRODUÇÃO DE TABACO A pesquisa aponta uma lucratividade de 1,84% no tipo Virginia, ou seja, R$ 308,17/Ha. Lembramos que na composição das despesas foi considerada a remuneração da mão de obra a preço de mercado, mesmo sendo o trabalho realizado pela própria família de produtores. Se, considerar somente o desembolso financeiro, ou seja, insumos, impostos, mão de obra contratada e lenha comprada, a pesquisa aponta uma sobra financeira de R$ 8.565,00/ha. Este é um fator considerado na decisão do produtor, pois a renda do tabaco está concentrada na remuneração da mão de obra o produtor. 15
16 PRODUTIVIDADE MÉDIA POR HECTARE - TIPO VIRGINIA Constatamos uma produtividade média de kg/ha, do tipo Virginia. A produtividade média do tipo Burley é menor, ou seja, kg/ ha. Se, comparamos a produtividade média, com a maior, do tipo Virginia encontraremos uma variação de 107%, isto significa que existe um potencial considerável para ganho em produtividade. 16
17 PREÇO MÉDIO RECEBIDO POR QUILO TIPO VIRGINIA O preço recebido é um indicador muito importante para o produtor, visto que é determinante para o resultado da safra. A pesquisa mostra que na média, para o tipo virginia, o produtor recebeu R$ 7,18/KG. Se, comparamos com a tabela de preço negociado, safra 2014/15 - TO2 R$ 7,88, preço médio, teremos uma diferença a menor de 8,88%, ou seja, o produtor não recebeu o valor negociado com as indústrias de tabaco. 17
18 PREÇO MÉDIO RECEBIDO POR QUILO TIPO BURLEY O preço recebido por quilo para o tipo burley foi R$ 5,88, este valor esta muito aquém do preço médio da tabela safra 2014/15 - C2 R$7,34, ou seja, 19,89%, menor que o acordado na tabela. Tal situação motivou a redução da área para próxima safra na região Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina onde esta concentrada a produção deste tipo de tabaco. A pesquisa com produtores indica redução de 18,0% da área nas regiões para o tipo burley. 18
19 CUSTO DE PRODUÇÃO Obs: Custo fixo fonte pesquisa Afubra No tipo Virginia, o maior custo de produção é com mão de obra, R$3,48/kg. Este valor corresponde 49,36% do total. O segundo maior custo é com insumos, R$ 1,32/kg, que é 18,72% do total. Fazendo a subtração do preço médio recebido, R$ 7,18, sobrará apenas R$ 0,13/kg produzido. No tipo Burley que recebeu em média, R$ 5,88/kg, e que, tem custo de R$ 6,49, apresenta resultado negativo de R$0,61/ kg produzido. 19
20 VALOR PAGO POR DIA DE TRABALHADO O valor médio pago por dia de trabalho foi R$91,52, no entanto observamos variação de R$20,00 a R$199,00, dependendo da fase e da região. O valor médio é considerado para se calcular o custo de produção. A fase da cultura de exigiu a maior média, foi a colheita, R$ 142,47. Este fato é explicado pela maior demanda da mão de obra nesta fase. 20
21 NÚMERO DE DIAS TRABALHADO POR FASE DA CULTURA POR HECTARE CULTIVADO TIPO VIRGINIA A quantidade média de dias para cultivo de 01 (um) hectare de tabaco, tipo Virginia, em Santa Catarina é 89,2. A pesquisa mostra que a atividade de classificação é que exige o maior número de dias. No entanto, a época da colheita é que mais remunera o trabalhador, este fato se justifica por ser um momento estanque, ou seja, a atividade deve ser realizada, caso contrário haverá perdas de produção. 21
22 NÚMERO DE DIAS TRABALHADO POR FASE DA CULTURA POR HECTARE CULTIVADO TIPO BURLEY A quantidade média de dias para cultivo de 01 (um) hectare de tabaco, tipo Burley, em Santa Catarina é 69,4, significa, 22,2%, menos do que utilizado na produção do tipo Virginia. A pesquisa mostra que a atividade de classificação é que exige o maior número de dias, mesma demanda do que o tipo Virginia. No entanto, a época da do preparo do solo é o que mais remunerou o trabalhador, seguido pela atividade de tratos culturais. 22
23 TIPO DA MÃO DE OBRA NA PRODUÇÃO DE TABACO Oitenta por cento da mão de obra na produção de tabaco de Santa Catarina é da própria família. Este fato tem impacto direto no resultado financeiro da propriedade, pois a família se remunera com a atividade. No entanto, observamos que o percentual de mão de obra contratada vem aumentando. Se, comparar com a safra 2010/11 houve acréscimo de 65,8% da mão de obra contratada. 23
24 RESULTADO FINANCEIRO PROPRIEDADE PRODUTORA DE TABACO TIPO VIRGINIA Nesta composição consideramos somente o desembolso financeiro do produtor, ou seja, mão de obra, lenha, insumos adquiridos, pagamento de impostos e despesas com estrutura. Considerando que cada propriedade cultiva em média 3,6 Ha, há uma sobra financeira de R$ 8.440,60/Ha. Este é um dos indicadores de comparação considerado pelo produtor na hora de decidir se vai ou não plantar tabaco. 24
25 PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CULTIVO DO TABACO As três principais dificuldades apontadas pelo produtor de tabaco, acima descritas, acentuam aquelas que têm referência direta no resultado da safra. As duas primeiras: classificação e preço baixo estão interligados, ou seja, se, a classificação for realizada inadequadamente poderá reduzir o preço. O preço melhor está associado a demanda e a oferta do produto na hora da comercialização. A terceira dificuldade: mão de obra aponta não só a falta, mas o alto preço e as dificuldades burocráticas para atender a NR31. 25
26 TIPO DE ESTUFAS PARA CURA DO TABACO TIPO VIRGINIA Praticamente 90% dos produtores de Santa Catarina utilizam para cura do tabaco, tipo Virginia, utilizam estufas elétricas. Este tipo de estrutura é mais moderna e diminui a operacionalidade reduzindo o tempo de cura. Para o tipo Burley e Comum, a atividade de cura é realizada estrutura de galpão. 26
27 USO DE LENHA PARA CURA E SECAGEM A lenha é um insumo utilizado para cura e secagem do tabaco, tipo Virginia, após a colheita. A pesquisa mostra que 10% do custo de produção são com a lenha, ou seja, R$ 0,71/kg para um custo total de R$ 7,05/kg. Quase metade da lenha é comprada, este indicador permanece praticamente o mesmo desde a safra 2009/10. 27
28 PERCENTUAL DE PRODUTORES QUE LERAM O CONTRATO DE PRODUÇÃO E VENDA DO TABACO O contrato de venda da produção faz parte do processo de integração dos produtores com as indústrias de tabaco. A pesquisa mostra que nem a metade dos produtores leu o contrato, isto é um ponto que deve ser considerado e analisado com os produtores, pois as regras de produção e venda está descritas no contrato. 28
29 PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE OS SINDICATOS DEVEM FAZER As atividades, acima citadas, foram pontuadas pelos produtores indicando o que os sindicatos devem fazer. São necessidades que os agricultores almejam serem prestadas pelos dirigentes e colaboradores dos sindicatos no qual são associados. Cabe ressaltar que quase vinte oito por cento dos produtores solicitam que se negocie o preço do tabaco. A representação faz a negociação, mas muitos dos agricultores desconhecem esta atividade. Neste caso, há necessidade de melhorar a comunicação entre sindicato e produtores. 29
30 QUANTIDADE DE PRODUTORES ASSOCIADOS NO SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS Conforme dados da pesquisa, 45% dos produtores não são associados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Estes produtores estão associados em outras entidades ou simplesmente não são associados em nenhuma representação. 30
31 REPRESENTAÇÃO DOS PRODUTORES DE TABACO A pesquisa mostra qual entidade e/ou pessoa representa o produtor de tabaco. Ressaltamos que o produtor aponta que, 14,8%, são os orientadores das empresas, que os representam. Este dado é controverso, assim como o apontamento do classificador, pois são colaboradores das indústrias de tabaco. Portanto, tem por certo defender a empresa em qual trabalham. Isso não elimina a possibilidade de ter um ótimo relacionamento com os produtores integrados. 31
32 QUEM NEGOCIA O PREÇO DO TABACO NA VISÃO DO PRODUTOR A negociação do preço de tabaco é realizada todos os anos com as indústrias de tabaco. As reuniões acontecem normalmente no final do ano onde se reúnem as entidades oficiais de representação dos produtores de Santa Catarina: Fetaesc e Faesc, do Paraná: Fetaep e Faep e do Rio Grande do Sul: Fetag, Farsul e Afubra. Os indicadores da tabela acima retratam a visão do produtor de tabaco. 32
33 ACHA NECESSÁRIO TER REPRESENTANTE POLÍTICO QUE REPRESENTE OS AGRICULTORES A pesquisa aponta que a maioria absoluta quer alguém que os represente na política. Este indicador mostra que eles não se sentem representados pelos políticos atuais na esfera estadual e federal. Desenvolver estratégias que possibilite eleger representantes dos agricultores em cargos políticos será um dos desafios às entidades setor agropecuário. 33
34 RELACIONAMENTO DO PRODUTOR COM AS EMPRESAS INTEGRADORAS A relação dos produtores com as integradoras tem nível considerado muito bom. Isto indica que as maiorias dos produtores estão satisfeitos com as indústrias. Existem 30% dos produtores que apontam uma relação regular e ruim, ou seja, há algo a ser melhorado na relação entre produtores e empresas integradoras. 34
35 CONCLUSÃO A produção de tabaco é uma atividade agrícola relevante em Santa Catarina. A pesquisa afirma que são pequenas propriedades com área média de 16,2 ha que cultivam tabaco. São plantados 92,5 mil ha, que produzem 206,3 mil toneladas. É a segunda maior cadeia de produção de Santa Catarina em número de agricultores e a segunda maior produção do Brasil, perdendo somente para o estado do Rio Grande do Sul. O produtor catarinense afirma que planta tabaco porque tem pouca Terra, dá boa renda e porque conhece a atividade. Estes são fatores importantes, pois permitem assegurar renda e dá segurança por conhecer a técnica de produção. A pesquisa constatou que a produção de tabaco disponibiliza R$ 8,4 mil por ha, significa que o produtor se remunera realizando as atividades pertinentes à produção. Quando perguntado o que faria se não pudesse plantar tabaco, 28% tendem sair do meio rural. Este dado reafirma a importância que a atividade tem para o agricultor e que ele tem dificuldades para deixar de plantar, por estar a muitos anos nesta atividade, 75,1%, plantam tabaco a mais de 15 anos. Para entrar na atividade são necessários investimentos em estrutura e que as mesmas não se prestam para outras atividades. Irineu Berezanski Adm. Empresas/Téc. Agrícola Assessor de planejamento - Fetaesc 35
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