O MUNDO EM 2050 E OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. Antônio da Luz Economista



Documentos relacionados
A importância e desafios da agricultura na economia regional. Assessoria Econômica

Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2006/2007. João Amador Seminário de Economia Europeia. Economia Portuguesa e Europeia. Exame de 1 a época

PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E COMPETITIVIDADE: BRASIL E SEUS CONCORRENTES

EDUCAÇÃO. Base do Desenvolvimento Sustentável

PERFIL DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO

EDUCAÇÃO. Base para o desenvolvimento

Q: Preciso contratar um numero de empregados para solicitar o visto E2? R: Não, o Visto E2 não requer um numero de empregados como o Visto Eb5.

Perspectivas para as Carnes Bovina, de Frango e Suína

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

ESTUDO SOBRE POSSÍVEL MUDANÇA NA GEOGRAFIA ARROZ

Caminhos da Soja Conquistas da Soja no Brasil

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

DESPESA EM I&D E Nº DE INVESTIGADORES EM 2007 EM PORTUGAL

O Mercado Mundial de Commodities. Palestrante: André Pessôa (Agroconsult) Debatedor: André Nassar (Icone)

Paraná Cooperativo EDIÇÃO ESPECIAL EXPORTAÇÕES Informe Diário nº Sexta-feira, 08 de maio de 2009 Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

Revitalização da Indústria Fonográfica no Brasil

Relatório Gráfico de Acessibilidade à Página Janeiro até Dezembro / 2007

CREBi Media Kit. Site CREBI Conforme relatórios de visitas emtidos em dezembro de 2008, temos os seguintes dados médios:

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita)

Carlos Eduardo Rocha Paulista Grupo JBS S/A. Desafio da Industria Brasileira

A Norma Brasileira e o Gerenciamento de Projetos

SEMINÁRIO INSTITUTO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (ifhc)

A CR C IS I E S E MU M N U DI D A I L D O D S ALIM I E M N E TO T S: S O qu q e o B r B asi s l p o p de d f a f ze z r?

Serviços de telefonia. condições de prestação

JURANDI MACHADO - DIRETOR. Cenário Carnes 2014/2015

em números Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Políticas para Inovação no Brasil

A Infraestrutura no Brasil e a Expansão da Produção dos Bens Minerais

Agropecuária Brasileira: Oportunidades e Desafios

21º Congresso Internacional do Trigo Abitrigo. O mercado de Commodities e as Novas Tendências para o Trigo. Alexandre Mendonça da Barros

FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO

INTEGRAÇÃO CONTRATUAL

A aceleração da inflação de alimentos é resultado da combinação de fatores:

Governo do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Departamento de Cooperativismo e Associativismo DENACOOP

O Pacto Nacional da Indústria Química: Avanços. Henri Slezynger Presidente do Conselho Diretor da ABIQUIM

Desafios Institucionais do Brasil: A Qualidade da Educação

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20

Exportações no período acumulado de janeiro até abril de Total das exportações do Rio Grande do Sul com abril de 2014.

Eficiência Energética

UNIÃO EUROPEIA Comércio Exterior Intercâmbio comercial com o Brasil

Estratégia Empresarial com foco nos Agronegócios e Alimentos. Luiz G Murat Jr.

AGRONEGÓCIO NO MUNDO PRINCIPAIS PLAYERS

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Milho Perspectivas do mercado 2011/12

Logística e infraestrutura: entendendo e superando os desafios e as barreiras.

BRASIL. Francisca Peixoto

Grãos: um mercado em transformação. Steve Cachia

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

FÓRUM ESTADÃO BRASIL COMPETITIVO COMÉRCIO EXTERIOR

Exportações no período acumulado de janeiro até março de Total das exportações do Rio Grande do Sul.

PROJETO SERIALIZAÇÃO. Projeto Serialização DHL

Global leader in hospitality consulting. Global Hotel Market Sentiment Survey 1 Semestre 2014 BRASIL

Oportunidades para o Fortalecimento da Indústria Brasileira de Fertilizantes

TRIGO Período de 02 a 06/11/2015

Agronegócios: momento e perspectivas.


Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Subsídios para uma nova política agropecuária com gestão de riscos

Resumo dos resultados da enquete CNI

RICARDO PAES DE BARROS

Mercado internacional da carne bovina: a visão da indústria

INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO DE ÁGUA MINERAL NA GRÉCIA

Figura 01 - Evolução das exportações de suínos de Santa Catarina no período de 2010 a US$ Milhões.

Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária RETROSPECTIVA DE 2012 E PERSPECTIVAS PARA 2013

Brasil: Potência ou Colônia? Uma reflexão necessária...

Para um Mundo mais bem nutrido. Exposibram 2013 Belo Horizonte, Setembro 23 26

Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos Consumo Mundial de Suco de Laranja

CENÁRIO GLOBAL DE CARNES (FRANGO E SUÍNO) E MILHO

Levin Flake Economista Senior de Comércio Escritório de Análise Global Serviço Exterior de Agricultura Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

Conjuntura e perspectivas. Panorama do mercado de extração de óleos

ESPANHA Porta de acessoà Europa para as multinacionais brasileiras

Observações sobre o Reequilíbrio Fiscal no Brasil

Infraestrutura de Transportes no Brasil Impactos de Investimentos no Crescimento do PIB. Luiz F. M. Vieira, PhD Vice-Presidente

A SOJA NO BRASIL. Engº Agrº Amélio Dall Agnol Embrapa Soja, Londrina, PR

Logística do Agronegócio: Entraves e Potencialidades para o setor. Andréa Leda Ramos de Oliveira Pesquisadora Científica andrealeda@gmail.

Indices de Felicidade

QUEM PERDE E QUEM GANHA COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA? UMA ANÁLISE PELA VARIAÇÃO DA RIQUEZA ATUARIAL DO CIDADÃO BRASILEIRO

DESAFIOS ÀS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Panorama Mundial (2013)

Seminário O Impacto das Mudanças Climáticas no Agronegócio Brasileiro

A produção mundial e nacional de leite - a raça girolando - sua formação e melhoramento

As atuais condições da infraestrutura de transporte e logística do Brasil têm

Terceiro Sector, Contratualização para ganhos em saúde

Economia Brasileira e o Agronegócio Riscos e Oportunidades. Roberto Giannetti da Fonseca Maio 2015

Agronegócio. Realidade e Perspectivas Foco no ARROZ. Araranguá SC, Fevereiro de 2014 Vlamir Brandalizze brandalizze@uol.com.

chave para a sustentabilidade do escoamento da produção agrícola

Panorama Atual e Plano de Desenvolvimento para a Caprinovinocultura

Por que a CPMF é um problema para o Brasil?

CARTA DO DIRETOR-EXECUTIVO

Mercado de Capitais e seu Papel Indutor no Desenvolvimento do Agronegócio

A RELAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO ESCOLAR E OS SALÁRIOS NO BRASIL

A Indústria do Cimento e a Infraestrutura no Brasil. Comissão de Serviços de Infraestrutura SENADO FEDERAL

useful phone numbers Students Union Associação Académica da Universidade da Beira Interior

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES MATO-GROSSENSES Janeiro a Dezembro / 2007

ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS PARA PRODUTORES DE LEITE

Audiência no Senado Escolha e Contratação da Entidade Aferidora da Qualidade 22 de Março de 2012 Luiz Eduardo Viotti Sócio da PwC

Transcrição:

O MUNDO EM 2050 E OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Antônio da Luz Economista

EVOLUÇÃO E PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL - 2050

POPULAÇÃO MUNDIAL RURAL X URBANA (%) HÁ50 ANOS, TÍNHAMOS 67 PESSOAS PRODUZINDO ALIMENTOS PARA SI E PARA 33 CONSUMIDORES URBANOS; EM 2010, PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, A POPULAÇÃO URBANA PASSOU A SER MAIOR QUE A RURAL NO MUNDO;

POPULAÇÃO MUNDIAL RURAL X URBANA (%) PROJEÇÃO ATÉ 2050 ENTRE 2010 E 2050 A POPULAÇÃO MUNDIAL CRESCERÁ33%, PASSANDO DE 6,9 (2010) PARA 9,1 BILHÕES DE HABITANTES (EM 2050). PARA CADA 70 HABITANTES DAS CIDADES HAVERÁ APENAS 30 PRODUZINDO ALIMENTOS NO MEIO RURAL EM 2050.

PROJEÇÃO POPULACIONAL MUNDIAL 2050 Fonte: Nações Unidas (2008)

PROJEÇÃO POPULACIONAL MUNDIAL 2050 Fonte: Nações Unidas (2008) A ÁSIA TERÁA MAIOR POPULAÇÃO DO MUNDO EM 2050 COM 5,2 BILHÕES DE HABITANTES, SENDO SEGUIDA PELA ÁFRICA COM 2 BILHÕES DE HABITANTES. APENAS 2 PAÍSES DO GLOBO (CHINA E ÍNDIA) CONCENTRARÃO 79% DA POPULAÇÃO MUNDIAL HOJE CORRESPONDE A 75%.

PROJEÇÃO POPULACIONAL MUNDIAL 2050 PAÍSES SELECIONADOS (Em Milhões) Rank País 2010 2030 2050 1. China 1.351.512 1.458.421 1.408.846 2. Índia 1.220.182 1.505.748 1.658.270 3. Estados Unidos 314.692 366.187 402.415 4. Indonésia 239.600 279.666 296.885 5. Brasil 198.982 236.480 254.085 6. Paquistão 173.351 240.276 292.205 7. Bangladesh 164.425 203.214 222.495 8. Nigéria 158.259 226.651 289.083 9. Rússia 140.318 123.915 107.832 10. Japão 127.758 118.252 102.511 11. México 110.645 126.457 128.964 12. Filipinas 93.001 122.388 140.466 13. Vietnã 89.029 105.447 111.666 14. Etiópia 84.976 131.561 173.811 15. Egito 84.474 110.907 129.533 Países Selecionados (A) 4.551.204 5.355.570 5.719.067 Mundo (B) 6.906.558 8.317.707 9.191.287 Part. (%) (A/B) 65,90% 64,39% 62,22% Fonte: Nações Unidas (2008) Elaboração: Sistema FARSUL/ DPP/ Assessoria Econômica Jul/11

PROJEÇÃO CRESCIMENTO DA RENDA REAL ATÉ 2050 (Em US$ Base 2000) Crescimento da renda real de 84% entre 2010-2050 8% 26% 46% 84% ALÉM DE UM POPULAÇÃO MAIOR, TEREMOS UMA POPULAÇÃO MAIS RICA; PESSOAS MAIS RICAS, CONSOMEM MAIS

CRESCIMENTO DO CONSUMO PER CAPITA DE CARNES (2050) 64,17 kg/hab/ano Fontes: FAO, WB Elab. e Proj. do Autor 22,8 kg/hab/ano 38,9 kg/hab/ano 1965 2010 2050 O CONSUMO MÉDIO DE CARNES POR HABITANTES EM 2050 DEVERÁ SER DE 64,17kg, UM AUMENTO DE 65%

NECESSIDADE DE CRESCIMENTO NA OFERTA DE CARNES NO MUNDO 2050 (Em Mil Toneladas) 589.835 120% 268.421 256% 75.388 1965 2010 2050 Fontes: FAO, WB Elab. e Proj. do Autor MAIS PESSOAS E MAIS RICAS, EXIGIRÃO UM AUMENTO DE 120% NA PRODUÇÃO DE CARNES EM 2050.

CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CARNES BOVINA NO MUNDO ATÉ 2050 (kg/há/ano) Carne Bovina: crescimento de 47%

CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CARNES BOVINA E SUINA NO MUNDO ATÉ 2050 (kg/há/ano) Carne Suína: crescimento de 56%

CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CARNES BOVINA, SUINA E DE AVES NO MUNDO ATÉ 2050 (kg/há/ano) Carne Aves: crescimento de 206%

NECESSIDADE DE CRESCIMENTO NA OFERTA DE CARNES NO MUNDO 2050 (Em Mil Toneladas) 589.835 257.853 119.312 Var: 206% 212.670 Var: 47% Var: 56%

HAJA GRÃOS PARA PRODUZIR ESSA QUANTIDADE DE CARNES...

PROJEÇÃO DO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE SOJA NO MUNDO (Em Milhões de Ton) 2010 2015 10% 2020 23% 2030 58% 2040 100 % 2050 148 %

PROJEÇÃO DO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO NO MUNDO (Em Milhões de Ton) 2010 2015 9% 2020 21% 2030 49% 2040 80% 2050 117 %

PROJEÇÃO DO AUMENTO DA PRODUÇÃO ARROZ (CASCA) NO MUNDO (Em Milhões de Ton) 2010 2015 9% 2020 14% 2030 24% 2040 36% 2050 49%

PRODUÇÃO MUNDIAL DE GRÃOS POR PAÍSES EM 2013 Posição País Produção (Milhões de tons) 1 EUA 520,96 2 China 506,88 3 EU-27 294,59 4 Índia 248,00 5 Brasil 186,00 6 Argentina 138,50 7 Rússia 91,50 8 Canadá 74,00 9 Ucrânia 56,10 10 Indonésia 46,90 11 Austrália 43,70 12 Paquistão 30,20 13 México 29,92 Fonte: USDA O Brasil não ée estámuito longe de ser líder na produção mundial de grãos, como muitos pensam...

Mas poderia ser... DISPONIBILIDADE DE SOLO ARÁVEL - MHA

DESEMPENHO ECONÔMICO RS 2013 R$ 398,7 Bi EMPRESA RURAL R$ 183,1 Bi PART. Agronegócio PIB BR 22,15% PART. Agronegócio PIB RS 40,16%

Principais Produtos Exportados pelo Agronegócio Brasileiro (Em US$ ) PRODUTO 2012 Part.(%) COMPLEXO SOJA 26.114.126.794 27,3% CARNES 15.735.682.498 16,4% COMPLEXO SUCROALCOOLEIRO 15.044.586.196 15,7% PRODUTOS FLORESTAIS 9.067.485.007 9,5% CEREAIS, FARINHAS E PREPARAÇÕES 6.674.305.709 7,0% CAFÉ 6.462.656.546 6,7% FUMO E SEUS PRODUTOS 3.256.987.488 3,4% COUROS, PRODUTOS DE COURO E PELETERIA 2.623.717.303 2,7% FIBRAS E PRODUTOS TÊXTEIS 2.615.593.458 2,7% SUCOS 2.451.464.388 2,6% DEMAIS PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL 1.060.535.561 1,1% OUTROS 4.707.036.630 4,9% TOTAL 95.814.177.578 100,0% Fonte: SECEX Quando se exporta grãos ou carnes, não se exporta produtos primários ou básicos. Agregado ao produto estão as máquinas da Ind. Metal-Mecânica, os químicos da Ind. Química, os fármacos da Ind. Farmacêutica, os eletrônicos da Ind. Eletrônica, a biotecnologia, os investimentos em P&D, os Serviços Técnicos Especializados, etc. Exporta-se produtos básicos quando embarcamos petróleo, minério de ferro, adubos, etc. Produtos Agrícolas não são mais básicos nem tampouco primários.

RELAÇÃO SETORIAL DO PASSADO

A TRANSFORMAÇÃO DA AGRICULTURA EXTRATIVA PARA PRODUTORA

RELAÇÃO SETORIAL CONTEMPORÂNEA A Agropecuária, portanto, não produz produtos primários ou básicos ; Independente do tamanho, a agricultura empresarial gera muita riqueza que é repartida com diversos setores, enquanto agricultura de subsistência gera pouca riqueza e somente para si.

MONTANTE COMPETITIVIDADE JUSANTE O Brasil no mundo O Brasil no mundo: estamos preparados para fazer do agronegócio algo lucrativo e oportuno ao crescimento do país?

MONTANTE COMPETITIVIDADE Competitividade àmontante: Choque nos Custos de Produção. Renda: do faturamento do produtor deve ser descontado o custo, logo, quanto maior o custo, menor a renda.

MONTANTE COMPETITIVIDADE PRODUTIVIDADE DA SOJA EM 2011 (TONS/ha) Fonte: Agribenchmark M=2,60 As praças brasileiras não devem nada em produtividade Fonte: Agribenchmark

CUSTO OPERACIONAL DA SOJA EM 2011 (US$/ha) MONTANTE COMPETITIVIDADE 779,23 555,52 Fonte: Agribenchmark 277,87 40,27% mais caro que nos EUA 180% mais caro que na Argentina

MONTANTE COMPETITIVIDADE Carga Tributária: a principal razão para distorção dos custos. Se o preço o da Soja é homogêneo no mundo inteiro, que sentido faz nosso custo ser diferente e mais alto?

MONTANTE COMPETITIVIDADE CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DA SOJA -RS 2012 (%) Fonte: IBPT

MONTANTE COMPETITIVIDADE CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DA MILHO - RS 2012 (%) Fonte: IBPT

MONTANTE COMPETITIVIDADE CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DA ARROZ - RS 2012 (%) Fonte: IBPT

MONTANTE COMPETITIVIDADE CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DA TRIGO - RS 2012 (%) Fonte: IBPT

MONTANTE CARGA COMPETITIVIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DA BOVINOCULTURA DE CORTE -RS 2012 (%) Fonte: IBPT

MONTANTE COMPETITIVIDADE ESTIMATIVA DA DISTRIBUIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE OS CUSTOS POR ESFERA DE GOVERNO Fonte: FARSUL

MONTANTE COMPETITIVIDADE PORQUE PAGAMOS MAIS TRIBUTOS? Gera Crédito 32,55% 33,42% 33,42% 32,91% Pagam IPI, PIS/COFINS, ICMS, etc. Isento 34,12% 33,42% Crédito éembutido no preço e o produtor termina pagando Fonte: IBPT

COMPETITIVIDADE JUSANTE Competitividade à jusante: Choque na logística: Renda: a diferença a entre o preço o no Porto e o recebido pelo produtor é o custo logístico entre fazenda e porto. Logo, quanto maior o custo logístico, menor a renda.

FERROVIAS (Em Mil km) COMPETITIVIDADE JUSANTE

HIDROVIAS (Em Mil km) COMPETITIVIDADE JUSANTE

PARTICIPAÇÃO DOS MODAIS PARA TRANSPORTE DE SOJA COMPETITIVIDADE JUSANTE Fonte: USDA

COMPETITIVIDADE JUSANTE OPTAMOS ERRONEAMENTE PELO TRANSPORTE RODOVIÁRIO PARA ESCOAMENTO DE GRÃOS. MAS PELO MENOS O NOSSO SISTEMA RODOVIÁRIO ÉBOM?

RODOVIAS (Em Mil km) COMPETITIVIDADE JUSANTE Fonte: World Bank

CONDIÇÃO DAS RODOVIAS NO BRASIL COMPETITIVIDADE JUSANTE Extensão Total das Rodovias Pesquisadas no Brasil Estado Geral 2011 2012 Km % Km % Ótimo 11.743 12,7 9.454 9,9 Bom 27.778 30,0 26.200 27,4 Regular 28.327 30,5 31.990 33,4 Ruim 16.751 18,1 19.412 20,3 Péssimo 8.148 8,8 8.651 9,0 Total 92.747 100,0 95.707 100,0 Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2012 Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica - Mai/13 63% das rodovias brasileiras são consideradas regulares, ruins ou péssimas.

LPI Índice de Performance Logística - 2012 COMPETITIVIDADE JUSANTE Performer Rank Score (%) Highest Singapore 1 4,13 100,00 Hong Kong 2 4,12 99,90 Finland 3 4,05 97,60 Germany 4 4,03 97,00 Netherlands 5 4,02 96,70 Denmark 6 4,02 96,60 Belgium 7 3,98 95,30 Japan 8 3,93 93,80 United States 9 3,93 93,70 United Kingdom 10 3,90 92,70 Austria 11 3,89 92,50 France 12 3,85 91,20 Sweden 13 3,85 91,20 Canada 14 3,85 91,10 Luxembourg 15 3,82 90,30 Switzerland 16 3,80 89,70 United Arab 17 3,78 88,90 Australia 18 3,73 87,20 Taiwan, China 19 3,71 86,60 Spain 20 3,70 86,40 Korea, Rep 21 3,70 86,20 Norway 22 3,68 85,90 South Africa 23 3,67 85,50 Italy 24 3,67 85,40 Ireland 25 3,52 80,60 Performer Rank Score (%) Highest China 26 3,52 80,50 Turkey 27 3,51 80,30 Portugal 28 3,50 80,10 Malaysia 29 3,49 79,80 Poland 30 3,43 77,80 New Zealand 31 3,42 77,40 Iceland 32 3,39 76,60 Qatar 33 3,32 74,30 Slovenia 34 3,29 73,10 Cyprus 35 3,24 71,80 Bulgaria 36 3,21 70,70 Saudi Arabia 37 3,18 69,70 Thailand 38 3,18 69,60 Chile 39 3,17 69,50 Hungary 40 3,17 69,50 Tunisia 41 3,17 69,40 Croatia 42 3,16 69,20 Malta 43 3,16 69,00 Czech Republic 44 3,14 68,50 Brazil 45 3,13 68,20 India 46 3,08 66,40 Mexico 47 3,06 66,00 Bahrain 48 3,05 65,70 Argentina 49 3,05 65,50 Morocco 50 3,03 65,00 Slovak Rep. 51 3,03 64,90 Philippines 52 3,02 64,80 Fonte: World Bank

COMPETITIVIDADE JUSANTE

NO PAÍS DO FUTEBOL E DA COPA, ARMAZENAGEM ENTRA EM CAMPO! COMPETITIVIDADE JUSANTE

COMPETITIVIDADE JUSANTE Qual o custo no bolso do produtor e na competitividade do setor às más condições logísticas? Renda: a diferença a entre o preço o no Porto e o recebido pelo produtor é o custo logístico entre fazenda e porto. Logo, quanto maior o custo logístico, menor a renda.

CUSTO DO TRANSPORTE DA FAZENDA ATÉO PORTO DE XANGAY COMPETITIVIDADE JUSANTE 1.904 km 2.149 km 461 km 429 km Fonte: USDA

CUSTO DO TRANSPORTE DA FAZENDA ATÉO PORTO DE XANGAY EM RELAÇÃO AO PREÇO DA SOJA EMBARCADA COMPETITIVIDADE JUSANTE 1.904 km 2.149 km 461 km 429 km Fonte: USDA

MONTANTE COMPETITIVIDADE JUSANTE No Bolso: : o impacto da falta eficiência - antes e depois da porteira - na renda do produtor.

CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS O TAMANHO DA FALTA DE COMPETITIVIDADE Sorriso Londrina Cruz Alta 100 ha de lavoura 100 ha de lavoura 100 ha de lavoura Produz 100% Soja Produz 100% Soja Produz 100% Soja Estáa 1.904 km do Porto de Santos; Estáa 429 km do Porto de Paranaguá; Estáa 461 km do Porto de Rio Grande; Produtividade de 59 sc/ha Produtividade de 53 sc/ha Produtividade de 60 sc/ha

MONTANTE COMPETITIVIDADE GANHO COM EFICIÊNCIA NO CUSTO DE PRODUÇÃO CENÁRIO ATUAL CONTA Sorriso Londrina Cruz Alta COT 1.374,66 1.324,74 1.214,00 CF 280,55 429,27 797,76 CT 1.655,21 1.754,00 2.011,76 sc/há 59 53 59 REC 2.307,46 2.301,60 2.559,00 Fonte: Agribenchmark CENÁRIO EFICIENTE CONTA Sorriso Londrina Cruz Alta COT 980,01 944,42 865,47 CF 280,55 429,27 797,76 CT 1.260,56 1.373,68 1.663,23 sc/há 59 55 59 REC 2.307,46 2.301,60 2.559,00 Fonte: Agribenchmark Nota: Cenário eficiente elaborado pela FARSUL Resultado caso tivéssemos Custos de Operacionais da mesma magnitude do nosso principal concorrente; Um choque de eficiência nos Custos Operacionais refletiria na redução do Custo Total em: Sorriso: 24% Londrina: 22% Cruz Alta: 17%

PERDA DE RENDA POR SACO EM FUNÇÃO DA LOGÍSTICA DEFICIENTE (2012) COMPETITIVIDADE JUSANTE PRAÇA Preço da Soja Preço da Soja Custo Logístico Custo Logístico Preço da Soja Atual Preço da Soja na Perda de Preço na Embarcada Embarcada Atual 1 (R$/sc Eficiente 1 (R$/sc na Fazenda (R$/sc Fazenda Eficiente 2 Fazenda pela Ineficiência (US$/ton) (R$/sc 60kg) 60kg) 60kg) 60 kg) (R$/sc 60 kg) (R$/sc 60 kg) Sorriso MT - Santos 644,80 77,18 19,33 9,25 57,85 67,93-10,08 Danvenport, IA - US Gulf 597,33 71,50 10,44 10,44 61,06 61,06 - Noroeste, RS - Porto de RG 558,73 66,88 9,04 2,24 57,84 64,64-6,80 Centronorte, PR - Paranaguá 603,73 72,27 8,21 2,08 64,06 70,18-6,12 Fonte: USDA 1 Custo da fazenda até o porto e deste até Xangay 2 Preço da Soja na Fazenda com custo logístico eficiente, tendo por eficiente a logística dos EUA

PERDA DE RENDA TOTAL POR SACO DE SOJA Perda por ineficiência nos custos (sc 60kg/ha) Perda por ineficiência logística (sc 60kg/ha) Sorriso: 7 Londrina: 7 Cruz Alta: 6 Sorriso: 10 Londrina: 5 Cruz Alta: 7 MONTANTE COMPETITIV IDADE JUSANTE

ESTIMATIVA DE PERDA DE RENDA TOTAL 100 Ha - 2012 Praça Perda (Sc 60kg/ha) pelo Custo Ineficiente Perda (Sc 60kg/ha) pela Logística Ineficiente Preço Pago (R$/sc 60kg) Receita (R$) 100 há Receita Não Realizada (R$) 100 há Potencial Aumento da Renda Mensal (R$) (%) em Relação a Receita Sorriso 7 10 57,85 341.334,17 98.350,52 7.565,42 29% Londrina 7 5 64,06 352.328,37 76.871,65 5.913,20 22% Cruz Alta 6 7 57,84 341.263,67 75.193,69 5.784,13 22% Fonte: FARSUL, baseado nos estudos do Agribenchmark e USDA Renda (Em R$ por mês) Praça Renda Atual Potencial Potencial Var.(%) Aumento Renda Sorriso/MT 5.017,29 7.565,42 12.582,71 151% Londrina/PR 4.212,26 5.913,20 10.125,46 140% Cruz Alta/RS 4.209,54 5.784,13 9.993,67 137% Fonte: FARSUL MONTANTE COMPETITIV IDADE JUSANTE

AGENDA DO AGRONEGÓCIO PRÓXIMOS ANOS À Montante Desoneração dos insumos agropecuários (Máquinas, Fertilizantes, Agroquímicos, Serviços, etc.): não há sentido em tributar custo de produção; Desburocratização das licenças de exploração mineral no país; Maior liberdade no comércio de insumos; Novos mecanismos de Crédito Rural (Fundo Garantidor) e abertura para investimento estrangeiro. MONTANTE COMPETITIV IDADE JUSANTE

À Jusante AGENDA DO AGRONEGÓCIO PRÓXIMOS ANOS Aumentar a capacidade de estocagem de grãos para 120% da safra; Desburocratizar os investimentos em hidrovias, sejam eles internos ou externos; Nova regulação do setor ferroviário, incentivando a competição inter e intramodal; Aumento de km pavimentados e melhoria das rodovias. MONTANTE COMPETITIV IDADE JUSANTE

MUITO OBRIGADO! Antônio da Luz Economista Chefe 51 3255 9775 51 9992 3573 assessoriaeconomica@farsul.org.br