Agenda Cenário da Indústria
Retrato da Indústria Participação (%) Tributos (2009) PIB (2012) Salários (2012) 45 26,3 24,6 Emprego (2012) 24,6 51 Exportações (2012) Fonte: IBGE, RAIS/MTE, SECEX/MDIC, DECONTEC/FIESP; Elaboração: CNI
Indústria de Transformação Como já foi Como está PIB 35,8% (1985) 13,3% (2012) Emprego 25,89% (1986) 17,2% (2012) Exportação 64,47% (1992) 37,4% (2012) Coef. Importação 14,1% (1996) 19,3% (2012) Fonte: IBGE, RAIS (MTE), SECEX (MDIC) e FUNCEX
Evolução da indústria de transformação no PIB Participação dos setores industriais na composição do PIB (%) médias quinquenais Transformação 40 34,38 Extrativa 30 20 10 19,49 25,59 28,12 30,11 16,57 Construção 16,23 SIUP 0 1951 1956 1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001 2006 2011 Em 2011, a indústria de transformação correspondeu a 14,6% do PIB Fonte: IBGE; Elaboração: CNI Redução de quase metade de sua participação, nos últimos 20 anos Necessidade de atuação para competitividade.
jan/00 jun/00 nov/00 abr/01 set/01 fev/02 jul/02 dez/02 mai/03 out/03 mar/04 ago/04 jan/05 jun/05 nov/05 abr/06 set/06 fev/07 jul/07 dez/07 mai/08 out/08 mar/09 ago/09 jan/10 jun/10 nov/10 abr/11 set/11 fev/12 jul/12 dez/12 mai/13 Crise: Indústria de Transformação e Comércio Produção da Indústria de Transformação e 250 Vendas do Comércio Varejista 200 Industria de transformação Comércio varejista 150 100 50 0 Crise teve pouco efeito no comércio, mas indústria de transformação não consegue se recuperar Fonte: PIM-PF/IBGE e PMC/IBGE; Elaboração: CNI
Agenda CLT faz 70 anos O passado O presente O desafio para o futuro Baixa Produtividade Custos Emprego Formal
CLT faz 70 anos Contexto quando da edição da CLT Brasil rural, urbanização incipiente (30% da população na zona urbana) Baixo nível educacional e de qualificação dos trabalhadores Sindicalismo e leis do trabalho praticamente inexistentes Produção verticalizada e de atendimento ao consumo local Modelo de produção fordista Regulação trabalhista desajustada à realidade produtiva e trabalhista existente
CLT faz 70 anos Contexto atual (70 anos depois) Brasil urbano (84% da população em cidades IBGE 2010) Pluralidade de atividades produtivas Revolução tecnológica, digital e produtiva Globalização e produção descentralizada em redes horizontalizadas Competição internacional nos mercados interno e externo Sindicalismo forte e atuante Diversidade de formas de contratação de trabalho Regulação trabalhista desajustada à realidade produtiva e trabalhista existente
Baixa Produtividade Variação no período de 2006 e 2011 0,9% Produtividade 2001 e 2011 3,7% Produtividade 51,5% 52,8% Salário médio em dólar Custo unitário do trabalho 101,7% 95% Salário médio em dólar Custo unitário do trabalho Produtividade depende de qualificação, inovação e de legislação trabalhista No Brasil, de 2001 a 2011, o ganho de produtividade foi responsável por apenas 26% do crescimento médio do PIB. Os demais 74% foram resultado do crescimento do mercado de trabalho. Na Coréia do Sul, a proporção é quase a oposta: 72% de ganhos de produtividade. Na China, 93%. (Estudo BCG Boston Consulting Group fonte Valor Econômico de 30/01/13)
Oneração excessiva do trabalho formal no Brasil Grande parte do custo do trabalho não se reverte em ganhos para o trabalhador Custo total do trabalho cresce muito acima da produtividade. De 2006 a 2011: Produtividade: 3,7% Salário médio em dólar: 101,7% Custo unitário do trabalho: 95% Crescimento do custo derivado de negociações salariais e de aumento de obrigações
Tabela 1 Componentes do Custo do Trabalho para as Empresas Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730,00 730,00 183% a mais que o salário (FGV/SP) I. Salário base 32% 36% Salário mensal líquido 671,60 671,60 II. Recebimento 11% 9% 13o. Salário 54,62 54,62 Adicional de férias 20,03 20,03 Férias Indenizadas 64,16 11,38 Vale transporte 88,20 88,20
Tabela 1 Componentes do Custo do Trabalho para as Empresas Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730,00 730,00 183% a mais que o salário (FGV/SP) III. Compensação do empregado 18% 18% FGTS 64,05 64,05 INSS Trabalhador 64,89 64,89 Multa FGTS (40% sobre saldo) 25,11 23,15 Aviso prévio indenizado 54,48 14,34 Benefícios/ Negociação Coletiva Vale alimentação 106,00 106,00 Auxílio creche 12,37 12,37 Cesta básica 43,80 43,80
Tabela 1 Componentes do Custo do Trabalho para as Empresas Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730,00 730,00 183% a mais que o salário (FGV/SP) IV. Demais custos 39% 37% Impostos/Encargos trabalhistas 12% 12% INSS Empregador 169,72 160,15 Multa FGTS (10% sobre saldo) 6,28 5,79 Salário educação 21,21 20,02 SAT (2%) 16,97 16,01 INCRA (0,2%) 1,70 1,60 Sistema S (3,1%) 26,31 24,82 Obrigações acessórias 4% 5% Licença maternidade 17,03 17,03 Quota de deficientes 14,86 14,86 Quota de aprendizes 32,03 32,03 Obrigações de segurança 24,70 24,70
Tabela 1 Componentes do Custo do Trabalho para as Empresas Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730,00 730,00 183% a mais que o salário (FGV/SP) Treinamentos 7% 3% Treinamento das reposições 100,01 18,42 Ginástica laboral 36,37 33,49 Treinamentos diversos 5,42 5,42 Custos gerenciais 16% 17% Administração de pessoal 153,61 153,61 Manutenção de refeitório 2,34 2,34 Festas e eventos motivacionais Custo do tempo não trabalhado 10,57 10,57 159,03 141,46 Proteção Social - - Total 2.067,44 1.858,89 100% 100%
Gerenciamento da burocracia Treinamento das reposições Eventos motivacionais Despesas Gerenciais Obrigações Sociais Previdência Social e FGTS Salário Educação Seguro Acidente de Trabalho Sistema S Impossibilidade de cumprimento de preceitos legais Mudanças de Interpretação Declaração de ilegalidade ou Inconstitucionalidade Passivos Ausências justificadas, CIPA, etc Cotas de aprendizes, deficientes, etc Adicional de insalubridade e periculosidade Obrigações Acessórias salário Benefícios Tempo Não Trabalhado Férias e adicional 13º Salário Licenças Negociação coletiva: Adicional de hora-extra Adicional noturno Vale alimentação Política de RH: Plano de saúde Seguro de vida Previdência complementar
Protegidos pelo sistema trabalhista Discriminação 2012 Contexto Elevada informalidade, muitos não beneficiados pelo sistema trabalhista População 2012 Discriminação 2012 Participação (%) População residente 196.877 - Urbana 167.015 84,8 Rural 29.862 15,2 População em idade ativa 168.606 - População Economicamente Ativa 100.979 59,9 População Ocupada 94.713 93,8 População Desocupada 6.266 6,2 Não economicamente ativa 67.627 40,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011/ IBGE 2012. Com carteira de trabalho assinada Militares e funcionários públicos estatutários Total Trabalhadores não protegidos pela Legislação Trabalhista 2012 Discriminação 2012 37.202 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011/ IBGE - 2012. (1) Pessoas que trabalhava sem carteira de trabalho assinada. 2) Pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado. 6.976 44.178 Outros sem carteira de trabalho assinada (1) 14.347 Trabalhadores domésticos 6.419 Conta própria (2) 19.561 Trabalhadores na construção para o próprio uso 77 Trabalhadores na produção para o próprio consumo 3.694 Não remunerados 2.872 Desocupados 6.266 Total 53.236 Empregadores 3.564
Alexandre Furlan Presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social CRT www.cni.org.br www.relacoesdotrabalho.com.br @radarrt /raddarrtbrasil