Relações do Trabalho no Brasil Cenários e Dificuldades
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- Maria do Pilar Amaro de Miranda
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1 Relações do Trabalho no Brasil Cenários e Dificuldades Alexandre Furlan 14º CONGRESSO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO Belo Horizonte,
2 O CENÁRIO TRABALHISTA NO BRASIL
3 O Cenário Trabalhista no Brasil Discussão principal na legislação trabalhista: Como garantir segurança jurídica e competitividade para as empresas e a proteção aos trabalhadores? Incapacidade de resposta do atual modelo de Relações do Trabalho: 50% de trabalhadores na informalidade Dificuldade das empresas competirem externamente e de ofertarem produtos com menores preços Insegurança jurídica
4 O Cenário Trabalhista no Brasil Legislação Trabalhista Brasileira: Ultrapassada Engessada Burocrática Insegura Limita a produtividade e o conforto do trabalhador Onerosa Induz ao conflito Desestimula a negociação e o diálogo
5 O Cenário Trabalhista no Brasil Exemplos de temas em evidência: Terceirização Redução da Jornada Legal
6 O Cenário Trabalhista no Brasil TERCEIRIZAÇÃO A terceirização não deve ser confundida com a precarização das relações de trabalho. A contratante é subsidiariamente responsável pela preservação dos direitos estabelecidos em lei. Benefícios da terceirização: Concentração de esforços em atividades específicas Incorporação acelerada de novas tecnologias Melhoria de qualidade Redução de custos (seleção, capacitação etc.)
7 O Cenário Trabalhista no Brasil TERCEIRIZAÇÃO Ações adotadas - percentual de empresas FONTE: CNI - Sondagem Especial Brasília, 29 de abril de 2009
8 O Cenário Trabalhista no Brasil REDUÇÃO DA JORNADA LEGAL O teto para a jornada legal de trabalho vigente no Brasil é de 44 horas semanais. Alemanha: 48 horas Inglaterra: 48 horas Em vários setores e circunstâncias a jornada já vem sendo reduzida ao longo do tempo por meio da negociação coletiva. Não há necessidade de nova lei para regular a jornada.
9 O Cenário Trabalhista no Brasil REDUÇÃO DA JORNADA LEGAL Estimativa de 2 milhões de empregos adicionais é equivocada. Cálculo dos defensores (2005): de postos com 44h Novos postos pela conta: ( x 4) / 40 = Cada 10 postos cria-se automaticamente 1 novo posto. Suspensão das horas extras criaria novos postos de trabalho (2005): Cálculo: ( horas extras / 44) =
10 O Cenário Trabalhista no Brasil REDUÇÃO DA JORNADA LEGAL Considerações: 40% com contratos são de 40h ou menos (PNAD/IBGE ) MPEs são responsáveis por 50% dos empregos (não contratarão novo empregado se tiverem que reduzir a jornada de poucas pessoas) Induz à informalidade ou à substituição por máquinas e equipamentos Perda de competitividade do Brasil no mercado global = menos emprego Ou seja: NÃO GERA EMPREGOS
11 O Cenário Trabalhista no Brasil REDUÇÃO DA JORNADA LEGAL Considerações: Não reconhece particularidades e necessidades em empresas e setores Não considera efeitos sobre MPEs (97% das empresas industriais) Ou seja: TRATA OS DESIGUAIS DA MESMA FORMA
12 CUSTOS DO TRABALHO
13 Custos do Trabalho Custos Trabalhistas e Reflexos Mercado Interno Consequência: Redução da capacidade de consumo, da produção e do emprego Mais custos Maior Preço Menor Consumo Menor Produção Menos Empregos Mercado Global Consequência: Perda de competitividade, investimentos e empregos
14 Custos do Trabalho Composição: Salários Encargos Obrigações Acessórias Benefícios Burocracia Seleção e Capacitação Insegurança Jurídica Restrições à Produtividade CUSTOS EM CADEIA
15 MÃO DE OBRA NO SETOR MINERAL
16 Dados do Setor Mineral Dados sobre mão de obra, emprego, para o setor mineral - SENAI REGIÕES Nº de vínculos - Emprego Formal - Total Brasil Indústria 1 Mineração 2 Part. % em relação ao total de vínculos Part. % em relação ao total de vínculos da indústria NORTE 2,408, ,745 37, % 11.8% NORDESTE 8,010,839 1,166, , % 8.8% SUDESTE 22,460,999 4,467, , % 6.5% SUL 7,557,531 2,100, , % 4.8% CENTRO-OESTE 3,630, ,509 38, % 8.5% Total 44,068,355 8,499, , % 6.7% Fonte: RAIS 2010 Observações: Vínculos Formais Indústira extrativa e de transformação, exceto construção civil 2 - Foram consideradas as seguintes divisões CNAE 1.0: Extração de carvão mineral, Extração de minerais metálicos, Extração de minerais não-metálicos e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
17 Dados do Setor Mineral Dados sobre mão de obra, emprego, para o setor mineral - SENAI REGIÕES Extração de carvão mineral Extracão de minerais metálicos Extração de minerais nãometálicos Fabricação de produtos de minerais nao metálicos Total Mineração NORTE ,847 3,866 19,207 37,084 NORDESTE 154 6,607 18,340 78, ,114 SUDESTE ,565 44, , ,830 SUL 4, ,089 82, ,830 CENTRO-OESTE 81 6,169 6,530 25,488 38,268 Total 5,418 66,726 87, , ,126 Fonte: RAIS/MTE Vínculos Formais - Mineração
18 Mão de Obra no Setor Mineral Pessoas Ocupadas no Setor Mineral: ,2% 5,1% 2,1 % 11,5% Fonte: RAIS - MTE *CNAE's 05, 07, 08 e 23
19 Mão de Obra no Setor Mineral Maiores ganhos e perdas de trabalhadores por família ocupacional: Família Ocupacional Diferença Alimentadores de linhas de produção Trabalhadores da fabricação de cerâmica estrutural para construção Agentes, assistentes e auxiliares administrativos Ajudantes de obras civis Motoristas de veículos de cargas em geral Dirigentes do serviço público Garimpeiros e operadores de salinas Montadores de móveis e artefatos de madeira Médicos Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Fonte: RAIS, 2009 e 2010
20 Mão de Obra no Setor Mineral 10 ocupações com maior participação no Setor Mineral: Família Ocupacional % Trabalhadores da fabricação de cerâmica estrutural para construção 7,9 Ceramistas (preparação e fabricação) 7,5 Alimentadores de linhas de produção 5,3 Ajudantes de obras civis 5,3 Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 4,9 Motoristas de veículos de cargas em geral 4,5 Operadores de instalações e equipamentos de fabricação de materiais de construção Trabalhadores de beneficiamento de pedras ornamentais 2,8 Trabalhadores de extração de minerais sólidos (operadores de máquinas) 2,8 Mecânicos de manutenção de máquinas industriais 2,6 Fonte: RAIS CNAES 5, 6, 7 e 8 3,9
21 Dados do Setor Mineral Dados sobre mão de obra, emprego, para o setor mineral - SENAI Projeção de novos empregos Média anual no REGIÕES período NORTE 1,786 7,144 NORDESTE 4,425 17,698 SUDESTE 1,643 6,571 SUL 13,231 52,923 CENTRO-OESTE 4,331 17,323 Total 25, ,659 Fonte: Mapa do Trabalho Indús trial - UNIEPRO/DIRET
22 Dados do Setor Mineral Dados sobre mão de obra, emprego, para o setor mineral - SENAI Tipo de Formação Tipo de Famílias Ocupacionais Média anual no período Industrial Até 200h de qualificação 14,231 56,924 Mais de 200h de qualificação 3,264 13,055 Superior Técnicas 2,148 8,593 Industrial Total 19,887 79,549 Não Industrial Até 200h de qualificação 2,912 11,647 Ignorado 1,117 4,467 Mais de 200h de qualificação Superior 973 3,891 Técnicas 380 1,520 Não Industrial Total Total geral Fonte: Mapa do Trabalho Indústrial - UNIEPRO/DIRET 5,528 22,110 25, ,659
23 Mão de Obra no Setor Mineral SONDAGEM ESPECIAL CNI Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria 74% da empresas da Indústria Extrativa sofrem com a falta de trabalhadores qualificados Para os empresários do setor, a principal consequência da falta de mão de obra qualificada é a dificuldade de se aumentar a produtividade
24 Mão de Obra no Setor Mineral SONDAGEM ESPECIAL CNI Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria Impacto da falta de trabalhador qualificado por área/categoria profissional (de 1 a 4 quanto maior, maior o impacto)
25 Mão de Obra no Setor Mineral SONDAGEM ESPECIAL CNI Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria A capacitação na empresa é o mecanismo mais utilizado para lidar com a falta de trabalhadores qualificados Porém, pelo menos 70% das empresas afirmam sentir dificuldades para investir em qualificação, mesmo que considerando necessário 62% dos empresários da Indústria Extrativa afirmam que a má qualidade da educação básica é o principal obstáculo para qualificação do trabalhador Sondagem Especial CNI: Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria
26 Mão de Obra no Setor Mineral Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira IBRAM - 5ª Edição Cada emprego no setor mineral proporciona a criação de 13 empregos diretos na cadeia produtiva (pesquisa do Ministério de Minas e Energia)
27 EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COMO PRIORIDADE PARA O SISTEMA INDÚSTRIA
28 Educação e Qualificação Profissional como Prioridade para o Sistema Indústria 471 unidades fixas e 323 unidades móveis - é o maior provedor de capital humano para as empresas Atualmente oferece: cursos de aprendizagem cursos técnicos de nível médio 76 cursos superiores de graduação 119 cursos de pós-graduação em tecnologia Em 2010 foram realizadas matrículas em cursos de qualificação e matrículas em cursos de aperfeiçoamento
29 Educação e Qualificação Profissional como Prioridade para o Sistema Indústria Trabalha de forma sintonizada com as demandas atuais e futuras da indústria: faz o monitoramento constante do mercado de trabalho realiza estudos prospectivos nos campos tecnológico, organizacional, ocupacional e educacional elabora projeções da demanda por formação profissional realiza pesquisas de demanda nos estados desenvolve ações junto a arranjos produtivos locais
30 Educação e Qualificação Profissional como Prioridade para o Sistema Indústria O Observatório Ocupacional do SENAI indica: A demanda média por educação profissional nos próximos 5 anos será de cerca 3 milhões ao ano, entre formação inicial (novos trabalhadores/novas vagas) e continuada (trabalhadores que já se encontram no mercado de trabalho).
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