Revista Eletrônica da FANESE ISSN 2317-3769

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O CUSTEIO ABC COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DE CUSTOS E CONTROLE DOS PROCESSOS GERENCIAIS NO SETOR INDUSTRIAL: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA 1 Andréa de Oliveira Lessa 2 Alex Santos Almeida 3 Cleaylton Ribeiro de Medeiros Gonçalves 3 Edgar Dantas dos Santos Junior 3 RESUMO O atual mercado competitivo, onde as empresas estão inseridas, prioriza que os gestores dêem maior importância às questões relativas aos custos da organização. Essa é uma grande preocupação nas empresas do ramo industrial. Os custos indiretos sempre representaram um fato complicador para as empresas, conseguir apropriá-los aos portadores finais não é tarefa fácil diante da eterna arbitrariedade dos sistemas convencionais, portanto, é necessária a implantação de um sistema de custos em tais empresas, visando à obtenção de informações mais precisas referente ao rateio de custos, ao processo de produção de seus produtos, aquisição de mercadorias e venda do produto final. Neste contexto, o Sistema de Custeio ABC (Activity-Based Costing), é baseado em uma estrutura funcional para alocação dos custos indiretos de forma mais criteriosa e justa. O ABC é uma ferramenta para ser utilizada nas empresas industriais, assim como nas comerciais e de serviços (se necessário for), dessa forma é importante pesquisar sobre a funcionalidade desse sistema. Neste sentido, o objetivo do artigo é verificar a eficiência da aplicação do Sistema de Custeio ABC nas empresas industriais para melhor visão gerencial de seus custos, principalmente relacionadas a tomadas de decisão. Será também evidenciada a discrepância entre o ABC e o sistema Absorção. Para isso a pesquisa foi feita de forma descritiva com base em bibliografias e foi dividida em 03 capítulos. Palavras-chave: Sistema de Custeio ABC. Absorção. Direcionadores. 1 Artigo apresentado à Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe FANESE, como requisito parcial e obrigatório para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis em 25 de novembro de 2011. 2 Graduação Bacharel em Ciências Contábeis e Pós-Graduação em Auditoria e Controladoria. 3 -Orientadores: Professores da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe-Fanese. REVISTA ELETRÔNICA DA FANESE Vol 1 - Nº1 DEZEMBRO 2012

1 INTRODUÇÃO O campo da Contabilidade de Custos foi desenvolvido para solucionar problemas referentes à apuração dos estoques das organizações empresariais. À medida que os progredia a produção e tornavam-se mais complexos os processos, as antigas práticas de Contabilidade de Custos, que pareciam satisfatórias, já não conseguiam suprir as necessidades das empresas. A fim de acompanhar a evolução, as técnicas contábeis passaram a gerar informações para a tomada de decisões gerenciais. A complexidade da atividade econômica, com empresas que produzem em grande escala, com progressiva automação dos processos de manufatura e diversificação de produtos, realçaram as falhas existentes nos sistemas de custos adotados pelas organizações. Esses sistemas mostravam-se ineficazes, principalmente em empresas de grande porte, que produzem grande variedade de bens e serviços e que possuem processos produtivos altamente industrializados. Com base nos sistemas de custos, os métodos de custeio não chegaram completos, mas avançaram de acordo com as demandas do mercado, o que deixa claro que a Contabilidade de Custos e os seus métodos de custeio estão em constante desenvolvimento. Como todo segmento de apoio administrativo, são estruturas dinâmicas e, sobretudo, em constante evolução. Essa pesquisa justifica-se pelo fato do método a ser pesquisado (o ABC) ser abordado na academia de forma superficial e tão almejado pelas empresas. O Sistema de Custeio ABC teve origem nos EUA por volta de 1960 e no Brasil chegou com mais ênfase na década de 90. Esse sistema veio com a proposta de resolver um dos grandes entraves da Contabilidade de Custos que é arbitrariedade no critério de rateio dado aos custos indiretos. Sabe-se que o sistema convencional tem métodos bem mais simples em relação ao ABC. O sistema apareceu como alternativa de suprir essa nova necessidade de informações de custos, porém, devido a sua complexidade, não parece viável para qualquer organização, motivo pelo qual, surge o seguinte problema de pesquisa: quando e em que circunstâncias o Sistema de Custeio ABC é adequado, ou seja, é eficaz ao segmento das empresas do setor industrial? Diante deste contexto, o objetivo geral da pesquisa será verificar a eficiência da aplicação do Sistema de Custeio ABC nas empresas industriais para melhor visão gerencial de

seus custos, principalmente relacionadas a tomadas de decisão. Especificamente, será estudada com intuito de identificar a disparidade existente entre o Sistema de Custeio Tradicional (Absorção) e o Sistema de Custeio ABC. Para atingir os objetivos propostos, será utilizado o método de pesquisa bibliográfica. A pesquisa desse artigo foi descritiva, tratando da descoberta e observação dos fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los, observá-los e qualitativamente apresentando dados que vão gerar interpretação e reflexão. Para tanto a pesquisa está dividida em três capítulos sendo que o primeiro irá tratar das Terminologias de Custos e Conceitos afins; o segundo sobre o Custeio por Absorção e o terceiro capítulo discorrerá sobre o Custeio ABC e o tratamento aos Custos Indiretos. 2 TERMINOLOGIAS DE CUSTOS E CONCEITOS AFINS Em primeiro lugar é importante diferenciarmos alguns termos utilizados no estudo de custos, para facilitarmos o nível de entendimento. Diante disso, segue as terminologias que utilizamos para o tratamento das informações perante as organizações: a) Gasto Segundo Martins (2003, p.17), é a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). b) Custo - De acordo com Neves e Viceconti (2010, p.16) é gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção. c) Investimento Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s), conforme Martins (2003, p.17). Investimento tem denominação abrangente, de diferentes interpretações. Investimentos podem ocorrer, portanto, com caráter permanente ou não. d) Despesa Para Neves e Viceconti (2010, p.16) despesa é o gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. e) Desembolso Segundo Martins (2003, p.17) é o pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, ou seja, do bem ou serviço.

f) Perdas Afirma Neves e Viceconti (2010, p.17) que são um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. g) Custos Diretos Segundo Crepaldi (2010, p.39) são os custos que podemos apropriar diretamente aos produtos e variam com a quantidade produzida. Sem ele o produto não existiria. h) Custos Indiretos São os que não podemos identificar diretamente com os produtos e necessitamos de rateios para fazer a apropriação. É todo custo que não está vinculado diretamente ao produto, mas ao processo produtivo, afirma Crepaldi (2010, p.92). i) Custos Variáveis De acordo com Martins (2003, p.33) são aqueles cujo comportamento e valores estão diretamente relacionados ao volume de produção e de vendas. Graficamente podem ser assim representados: Fonte: elaborado com base em Martins (2003) GRÁFICO 1 - Custos Variáveis Totais j) Custos Fixos Segundo Martins (2003, p.33) são aqueles cujo fato gerador e comportamento que impedem do volume de atividades (produção e vendas), dentro de um intervalo de tempo. Graficamente podem ser assim representados:

Fonte: elaborado com base em Martins (2003) GRÁFICO 2 - Custos Fixos Totais k) Custo Primário De acordo com Zanluca [2008?], compreendem a soma da matéria-prima com mão-de-obra direta. Não são iguais a Custos Diretos, já que nos Custos Primários só estão incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um Custo Direto, mas não Primário. l) Custo de Transformação Segundo Martins (2003, p.34), é a soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc). 3 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O estabelecimento do método de custeio a ser adotado pela empresa depende de vários aspectos, como o processo de fabricação, a estrutura de organização interna, a necessidade de informações e outros. Estas variáveis irão resultar no fluxo de informações a serem processadas e registradas pelo método a ser adotado. Basicamente os métodos de apropriação de custos são: Custeio por Absorção Custeio Variável ou Direto Custeio Baseado em Atividades (ABC) Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade e é no Brasil adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Não é um princípio contábil em si, mas uma metodologia decorrente de aplicação desses princípios. Dessa forma, o

método é válido para a apresentação de demonstrações financeiras e obedece a legislação (CREPALDI, 2010, p.229). Para Neves e Viceconti (2010, p.37) Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção. Este método é adotado pela contabilidade fiscal e societária e tem como principal objetivo a valorização dos estoques e a identificação do lucro tributável. Consiste na apropriação de todos os custos de produção, quer sejam diretos (matéria-prima) ou indiretos (gastos gerais de fabricação), aos produtos fabricados, independente de terem sido vendidos ou não. As seguintes características podem ser identificadas, neste método: Utiliza os princípios contábeis geralmente aceitos que, apesar de algumas diferenças, são adotados em quase todos os países do mundo; É adotado nas demonstrações contábeis; Reflete a visão e os critérios adotados nas áreas de finanças e controladoria; Serve como base conceitual para outros métodos de apropriação. O esquema básico do custeio por absorção é: Indiretos Custos Diretos Despesas Receitas Rateios Produto A Produto B Produto C Estoque C.P.V. Resultado Fonte: Crepaldi (2010, p.230), adaptado por Andréa Lessa FIGURA 1 - Esquema Básico Custeio por Absorção

A execução do esquema básico deve obedecer aos seguintes passos: Passo 1 classificação e separação dos custos e despesas; Passo 2 apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos; Passo 3 rateio dos custos indiretos aos produtos fabricados. Quando se trata do custeio por absorção, uma das etapas para a apuração do custo do produto é a alocação dos custos indiretos aos produtos, por meio de rateios. Uma das grandes críticas deste método é o fato de que a definição do critério de rateio é normalmente subjetiva, podendo apresentar distorções ou impactos desfavoráveis aos custos de alguns produtos. seguintes aspectos: Mesmo assim, para a escolha do critério de rateio, devem ser considerados os Avaliar a relevância e natureza dos custos, através do levantamento da curva ABC das categorias apropriadas a cada centro de custos; Escolher os critérios mais apropriados para alocar os custos aos produtos ou aos centros de custos; Avaliar o custo-benefício dos controles adotados para orientar a apropriação dos custos indiretos. Alguns critérios de rateio que são adotados: número de horas trabalhadas (homem/máquina); número de peças produzidas; horas máquinas; área ocupada; valor do material direto aplicado. O sistema de Custeio por Absorção, logo serve para avaliar os estoques das empresas e ajudar nas decisões de preço para os produtos e serviços, pode auxiliar empresas que conseguem facilmente alocar seus custos aos produtos, devido a uma pequena parcela para rateio, porém para a tomada de decisão de nível gerencial, necessita de informações complementares, que poderão ser encontradas no Sistema de Custeio ABC, claro que, de acordo com cada ramo de atividade empresarial.

4 CUSTEIO ABC E O TRATAMENTO AOS CUSTOS INDIRETOS Segundo alguns autores o Sistema de Custeio ABC já era conhecido e utilizado por contadores em 1800 e inicio de 1900. Outros registros históricos certificam que originouse efetivamente em trabalhos desenvolvidos na General Eletric, nos primeiros anos da década de 60, nos Estados Unidos e no Brasil chegou com mais ênfase na década de 90. De acordo com Martins (2003, p.60) o Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Actívity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. Esse Sistema de Custeio Baseado em Atividades surge para reduzir as distorções causadas pela arbitrariedade do rateio dos custos indiretos de fabricação. O método ABC é uma estratégia empresarial de custeio que está provocando mudanças radicais na área de custos das empresas, principalmente das empresas industriais de grande porte. Sua utilização do Sistema de Custeio ABC está intimamente associada ao bom senso e ao estímulo à criatividade. Martins (2003, p.60) afirma que o ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação aos chamados sistemas tradicionais. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. Fundamentalmente, o Sistema de Custeio ABC parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa geram custos, e que os diversos produtos consomem/utilizam essas atividades. Na operacionalização desse sistema, estabelece-se a relação entre atividades e produtos, utilizando-se o conceito de cost drivers ou direcionadores de custos. Apurase o custo das diversas atividades, que serão apropriados aos produtos através desses direcionadores específicos. É importante salientar que uma das contribuições geradas pelo método de custeio ABC é o fato de não trabalhar com rateio, que é uma forma subjetiva e arbitrária de alocar os custos indiretos aos produtos. Ao contrário, o Sistema de Custeio ABC identifica, por meio do rastreamento a relação entre os custos e as atividades, através de direcionadores de custos (cost drivers).

4.1 Rastreamento e Direcionadores Segundo Neves e Viceconti (2010, p.142) no Custeio ABC, o objetivo é rastrear quais as atividades da empresa que estão consumindo de forma mais significativa seus recursos. Os custos são direcionados para essas atividades e destas para os bens fabricados. O rastreamento de custos que está implícito no método de custeio ABC é um processo muito mais complexo e sofisticado do que o simples rateio dos CIF aos produtos. É necessário elencar as atividades que a empresa efetua no processo de fabricação, verificar quais os recursos que estão sendo consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades e delas para os produtos (NEVES e VICECONTI, 2010, p.142). Martins (2003, p.67) fala que direcionador de custos é o fator que determina o custo de uma atividade. Como as atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos seus custos. Os direcionadores de custos orientam sobre forma de alocar os custos às atividades e por consequência aos produtos. De acordo com a finalidade, os direcionadores de custos podem ser divididos em duas categorias: Direcionadores de recursos determinam a forma de alocar os custos de cada departamento às atividades. Direcionadores de atividades orientam sobre a forma de alocar os custos de cada atividade aos produtos. De acordo com Martins (2003, p.67) para efeito de custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que determina ou influencia a maneira como os produtos consomem (utilizam) as atividades. Assim, o direcionador de custos será a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos. O custeio por atividade utiliza o conceito de direcionadores de custo, os quais devem ser definidos como aquelas atividades ou variáveis que determinam os custos das atividades, ou seja, são as causas principais dos custos das atividades. Com a utilização dos direcionadores de custo, o ABC objetiva encontrar os fatores que causam os custos, isto é, determinar a origem dos custos de cada atividade para, dessa maneira, alocá-los corretamente aos produtos, considerando o consumo das atividades por eles assim determinados (CREPALDI, 2010, p.325). São exemplos de direcionadores de custos: horas gastas para a realização de uma atividade, quantidade consumida de recursos variáveis, quantidade de funcionários, área

ocupada, quantidade de faturas emitidas, quantidade de processo de compras, ou seja, poderão ser definidos como direcionadores de custo qualquer variável do processo que possa ser medida. 4.2 Vantagens do Custeio ABC Segundo Crepaldi (2010, p.323) o Sistema ABC surgiu para fornecer informações mais precisas. Essa metodologia permite um controle mais efetivo dos gastos, e os custos indiretos não são tratados mais por produtos, mas, sim, por atividade. Dessa forma, elencamos abaixo algumas vantagens do Custeio ABC: informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio; menor necessidade de rateios arbitrários ; obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; identifica onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos; identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; pode ser empregado em diversos tipos de empresas; pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade; possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto; identifica os produtos e clientes mais lucrativos; melhora significativamente sua base de informações para tomada de decisões. 4.3 Desvantagens do Custeio ABC O sistema tem um alto custo na sua implantação, necessitando de elevado nível de controle interno e revisão constante. Muitos dados são de difícil obtenção e, para tanto, a empresa deve estar plenamente organizada antes de sua implantação Crepaldi (2010, p.324). Para tanto, as desvantagens do Sistema ABC são: gastos elevados para implantação; alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; necessidade de revisão constante; levar em consideração muitos dados; informações de difícil extração;

dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; dificuldade na integração das informações entre departamentos; falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento; necessidade de formulação de procedimentos padrões; maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las; não é aceito pelo fisco, gerando a necessidade de possuir dois sistemas de custeio. 4.4 Custos ABC & Absorção O grande diferencial do método ABC, em relação aos demais, está na forma de como alocar os custos indiretos aos produtos. Os custos indiretos, no ABC, são calculados de forma que estes sejam atribuídos a um objeto onde realmente tenham sido consumidos, através da análise de uma relação de causa e efeito, e do rastreamento das causas que deram origem a aqueles custos. Para que o processo de adoção do Custeio ABC tenha resultados, é necessário atender as seguintes questões principais: ter o suporte da alta administração; apresentar um desenvolvimento de fácil entendimento; ser de fácil acesso ao usuário, para tomada de decisões; obter o envolvimento de pessoas e equipes, fazendo com que se sintam responsáveis pelo gerenciamento das atividades e dos custos; entrevistar e discutir com os administradores das atividades consideradas críticas, quais os direcionadores de custos (cost drivers) de cada atividade; discutir a base de dados que deve ser formada para o custeio através do ABC, com todos os comprometidos na sua atualização e controle. A alta administração deve comprometer-se em discutir o desenvolvimento do sistema e liberar o tempo necessário para o estudo e implementação do programa de custeio. Um diferencial do Sistema de Custeio ABC em relação ao de Absorção, é que a sua utilização, por exigir controles minuciosos, proporciona o acompanhamento e correções

devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade. Segundo Nakagawa (2001), existem significativas diferenças entre os dois tipos de custeio, na forma de apropriação dos custos indiretos aos produtos. No custeio por Absorção assume-se como pressuposto, que são os produtos que consomem os recursos para fabricá-los ou comercializá-los. Já no sistema de custeio ABC assume-se como pressuposto que os recursos de uma empresa são consumidos por suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica. Os produtos surgem como conseqüência das atividades estritamente necessárias para fabricá-los e/ou comercializá-los e atender as necessidades dos clientes. A seguir, quadro mostrando diferenças entre os Custeios ABC & Absorção: TABELA 1 - Diferenças entre Custeio ABC & Absorção Item de custo Absorção ABC Custos Variáveis Diretos Custos Variáveis Indiretos Alocados diretamente às unidades produzidas Alocadas às unidades produzidas por meio de rateios Alocados diretamente às unidades produzidas Alocados às atividades e posteriormente aos produtos, por meio de rastreamento. Custos Fixos Despesas Fixas Alocados às unidades produzidas por meio de rateio Lançadas como despesas do período. Alocados às atividades e posteriormente aos produtos, por meio de rastreamento. Lançadas como despesas do período. Exemplo de aplicação no ABC: Fonte: Martins (2003), adaptado por Andréa Lessa A empresa de Telefonia Lessa dedica-se à prestação de dois serviços principais: Chamadas Locais (A) Receita Líquida no Período $790.715 Consertos em Domicílio (B) Receita Líquida no Período $994.620 Em determinado período, foram constatados os seguintes Custos Diretos: TABELA 2 - Custos Diretos A B Depreciação de Veículos 0 90.000

Salários e Encargos Sociais (MOD) 200.000 130.000 Depreciação da Planta Básica 100.000 0 Material p/ Reparos 0 50.000 Energia Elétrica 155.000 0 Total dos Custos Diretos 455.000 270.000 Os Custos Indiretos, comuns aos dois serviços, foram de $ 500.000 para o mesmo período. Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade, verificou-se que os Custos Indiretos referiam-se às seguintes atividades: TABELA 3 - Atividades Atividade $ Manutenção Preventiva de Equipamento (1) 150.000 Manutenção Corretiva de Equipamento (2) 180.000 Supervisionar Serviços (3) 70.000 Controlar Qualidade dos Serviços (4) 100.000 Total 500.000 Lista de Direcionadores de Custos: TABELA 4 - Direcionadores de Custos A B Nº Horas de Manutenção Preventiva (1) 1.000 5.000 Nº Pedidos de Manutenção Corretiva (2) 5 20 Tempo dedicado pelos Supervisores (3) 25% 75% Nº Pontos de Inspeção de Controle de Qualidade (4) 20 80 Quantidade de Consertos Realizados em Domicílio (B) 0 300 Quantidade de Minutos de Uso (A) 30.000 0 Calcular: a) o valor dos custos indiretos, por tipo de serviço, segundo o rateio com base no Custo Direto. A- CDA = $455.000 (65%) CIA = 0,6275 CI = 0,6275 x 500.000 = $ 313.750 B- CDB = $270.000 (37,24%) CIB = 0,3724 CI = 0,3724 x 500.000 = $ 186.200 b) o valor dos custos indiretos, por tipo de serviço, segundo o rateio com base no Custo de Mão-de-Obra Direta. A- MODA = $200.000 (61%) CIA = 0,61CI = 0,61 x 500.000 = $ 305.000 B- MODB = $130.000 (39%) CIB = 0,39CI = 0,39 x 500.000 = $ 195.000

c) o valor dos custos indiretos, por tipo de serviço, segundo o Custeio Baseado em Atividades (ABC). A- 1- $ 25.000 = (1.000/6.000) x 150.000 2- $ 36.000 = (5/25) x 180.000 3- $ 17.500 = 0,25 x 70.000 4- $ 20.000 = (20/100) x 100.000 CIA = $ 98.500 B- 1- $ 125.000 = (5.000/6.000) x 150.000 2- $ 144.000 = (20/25) x 180.000 3- $ 52.500 = 0,75 x 70.000 4- $ 80.000 = (80/100) x 100.000 CIB = $ 401.500 d) A margem bruta de lucro, porcentagem da receita, por tipo de serviço, segundo cada uma das abordagens. TABELA 5 - Margem Bruta de Lucro por Serviço Margem Bruta de Lucro por Serviço A B Valor Abs ($) % Valor Abs ($) % Absorção CD 21.965 2,77 538.420 54,13 Absorção MOD 30.715 3,88 529.620 53,24 ABC 237.215 30 323.120 32,48 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o decorrer do tempo as empresas industriais, em seus diversos segmentos vêm crescendo mais e mais, passando a ocupar maiores espaços no moderno mundo dos negócios. Devido ao aumento da competitividade e da evolução econômica, passaram a buscar novos conceitos em informações gerenciais para que pudessem acompanhar este mercado cada vez mais exigente. O exemplo comparativo entre o Custeio de Absorção e o Custeio Baseado em Atividades (ABC) citado neste artigo, demonstrou que o Sistema ABC utilizado nas indústrias é uma ferramenta de grande importância para controle de gestão dos custos e para o processo de tomada de decisões. Sabe-se que para a sua implantação se faz necessários bons investimentos, mas que os mesmos retornarão em forma de melhor apropriação dos custos,

precisa-se também da implantação de um sistema de informações adequado e pessoal qualificado para atuarem em conjunto no processo de apuração e análise dos custos. Diferentemente do Custeio por Absorção, onde seu método é válido para a apresentação de demonstrações financeiras e obedece a legislação (arbitrariedade), o Sistema de Custeio ABC apresenta a possibilidade de melhor análise das despesas e overhead (são despesas envolvidas no custeio ABC, são despesas para administração), voltando assim a atenção da gerência às atividades, as quais geram os custo e apoiando as decisões de longo prazo (estratégias). Mas vale sempre lembrar que: é melhor ser aproximadamente correto do que precisamente incorreto! Portanto, o Custeio ABC por ter a apropriação das atividades aos produtos por meio de direcionadores tem a vantagem de mensurar custos aparentemente mais precisos, bastando que os contadores de custos, para alcançarem essa precisão, observem com atenção todas as suas limitações. Diante deste contexto, o Sistema de Custeio ABC é eficaz ao segmento das empresas do setor industrial, visando principalmente a melhoria de análises gerenciais de seus custos e tomadas de decisão. Dessa forma, fica evidente que as empresas que tem altos valores em custos indiretos em relação ao custo total da empresa necessitam de um sistema deste porte, existindo assim a viabilidade da implantação do ABC e que a organização tenha interesse em fazer os investimentos necessários para a aquisição do sistema, seleção e treinamento de pessoal qualificado. REFERÊNCIAS CHING, Hong Yuh. Gestão Baseada em Custeio por Atividades. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de contabilidade de Custos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. NAKAGAWA, Masayuki. Custeio Baseado em Atividades. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

NEVES, Silvério das/viceconti, Paulo Eduardo V. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 9. ed. São Paulo: Frase, 2010. UBIRAJARA, Eduardo. Guia para trabalhos acadêmicos. Aracaju: FANESE, 2010. (caderno disponível nas coordenações de graduação e de pós-graduação) ZANLUCA, Júlio César. Manual Prático de Contabilidade de Custos - 2008. Disponível em <http:// www.portaltributario.com.br/downloads>. (acessado em 03 de out.2011). Custeio por Absorção X Custeio ABC. III Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia SEGET 2006. Disponível em <http://www.aedb.br/seget/artigos06/871>. (acessado em 10 de out.2011). Método de Custeio ABC. Disponível em <http://www.pucrs.campus2.br>. (acessado em 25 de set.2011). O Método de Custeio ABC como Instrumento de Gestão. Disponível em <http://www.aedb.br/seget/artigos06/784>. (acessado em 06 de out.2011). Revista Contabilidade & Finanças USP, São Paulo, n. 30, p. 7-18, setembro/dezembro, 2002.