Aquiles Vieira. Importação. Práticas, Rotinas e Procedimentos. 6 a EDIÇÃO. São Paulo

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Transcrição:

Aquiles Vieira Importação Práticas, Rotinas e Procedimentos 6 a EDIÇÃO São Paulo 2015

Copyright 2015 Editora: Darlene Vieira Santos Diagramação: Nilza Ohe e Paulino dos Santos Revisão: Georgia Franco Capa: Fernanda Napolitano Impressão e acabamento: Graphic Express Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Vieira, Aquiles Importação : práticas, rotinas e procedimentos / Aquiles Vieira. -- 6. ed. -- São Paulo : Aduaneiras, 2015. Bibliografia. ISBN 978-85-7129-765-4 1. Comércio exterior I. Título. 15-00036 CDD-382 Índices para catálogo sistemático: 1. Importação : Comércio exterior 382 2015 Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. EDIÇÕES ADUANEIRAS LTDA. SÃO PAULO-SP 01301-000 Rua da Consolação, 77 Tel.: 11 3545 2500 Fax: 11 3545 2501 www.aduaneiras.com.br e-mail: livraria@multieditoras.com.br

Agradecimentos Agradeço a Deus, à minha esposa, Clenira Vota Vieira, aos filhos, Milena Vota Vieira e Guilherme Vota Vieira (in memoriam), pela compreensão e solidariedade, motivo principal de minha vida. Aos meus amigos, alunos e colegas de trabalho, que contribuíram, direta ou indiretamente, para a execução desta obra. Aos meus queridos pais, João Zacarias Vieira (in memoriam) e Olívia Vieira (in memoriam), à sogra, Maria Lourdes Vota, ao sogro César Vota (in memoriam) pelo carinho, amor, solidariedade e apoio.

Sumário Agradecimentos... 3 Apresentação... 15 Capítulo I Abertura Comercial Brasileira 1.1. Evolução das Importações... 17 1.2. Reversão do Saldo da Balança Comercial... 19 1.3. O Desempenho das Importações após a Desvalorização Cambial de 1999... 22 Capítulo II Mercado de Câmbio no Brasil 1.1. Mercado de Câmbio Manual... 25 1.2. Mercado de Câmbio Sacado... 26 1.3. Bancos Autorizados a Operar em Câmbio... 26 1.3.1. Posição de Câmbio... 28 1.3.2. Posição Vendida... 28 1.3.3. Posição Comprada... 30 1.3.4. Posição por Moeda... 30 1.3.5. Limites de Posição... 31 Capítulo III Aspectos Administrativos 1.1. Registro da Empresa Importadora... 33

6 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos 1.1.1. Modalidades de Habilitação... 33 1.1.2. Habilitação do Responsável por Pessoa Jurídica 35 1.1.3. Habilitação de Pessoa Física... 35 1.2. Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) na Importação... 36 1.2.1. Certificado Digital... 37 1.3. Licença de Importação... 37 1.4. Importações Permitidas... 38 1.4.1. Licenciamento Automático... 38 1.4.2. Licenciamento não Automático... 39 1.5. Importações Proibidas... 40 1.6. Importações Suspensas... 40 1.7. Importações Sujeitas a Controles Especiais... 41 1.8. Licença Simplificada de Importação... 41 1.9. Declaração de Importação... 42 1.9.1. Documentos de Instrução da Declaração de Importação... 44 1.10. Declaração Simplificada de Importação (DSI)... 44 1.11. Despacho Aduaneiro de Importação... 45 1.11.1. Parametrização... 46 1.11.2. Despacho Aduaneiro para Admissão... 47 1.11.3. Despacho Aduaneiro para Consumo... 47 1.11.4. Despacho Aduaneiro para Internação... 48 1.12. Desembaraço Aduaneiro... 48 1.13. Comprovante de Importação... 48 1.14. Registro de Operações Financeiras (ROF)... 48 1.15. Território Aduaneiro... 49 1.15.1. Zona Primária... 49 1.15.2. Zona Secundária... 49 1.16. Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia)... 49 1.17. Importações Sujeitas a Exame de Similaridade... 52 1.18. Importação de Material Usado... 53 1.19. Importação sem Cobertura Cambial... 54 1.20. Importação Via Remessa Postal ou Encomenda Internacional... 55 1.21. Importação sob a Forma de Doação... 57

Sumário 7 1.22. Importação por Conta e Ordem de Terceiros... 59 1.23. Importação por Encomenda... 60 1.24. Importações em Moeda Nacional... 61 1.25. Classificação Fiscal de Mercadorias... 63 1.26. Regimes Aduaneiros Especiais... 64 1.26.1. Admissão Temporária... 64 1.26.2. Admissão Temporária para Utilização Econômica... 66 1.26.3. Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo... 67 1.26.4. Depósito Afiançado (DAF)... 68 1.26.5. Depósito Especial (DE)... 69 1.26.6. Depósito Franco... 71 1.26.7. Entreposto Aduaneiro... 72 1.26.8. Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado ( Recof)... 74 1.26.9. Trânsito Aduaneiro... 76 1.26.10. Drawback... 79 1.26.10.1. Drawback Genérico... 82 1.26.10.2. Drawback sem Cobertura Cambial. 83 1.26.10.3. Drawback Intermediário... 83 1.26.11. Regime Especial de Importação de Petróleo (Repex)... 84 1.26.12. Loja Franca... 84 1.26.13. Regime por Encomenda (Recom)... 85 1.26.14. Regime de Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo... 86 1.26.15. Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação... 87 Capítulo IV Aspectos Operacionais 1.1. Contrato de Câmbio... 89 1.1.1. Período de Contratação... 90 1.1.2. Apresentação de Documentos... 92

8 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos 1.1.3. Multa sobre Operações de Importação... 93 1.1.4. Cobrança e Recolhimento da Multa... 95 1.1.5. Alteração... 96 1.1.6. Prorrogação... 97 1.1.7. Liquidação x Pagamento Antecipado... 98 1.1.8. Liquidação x Pagamento à Vista... 98 1.1.9. Liquidação x Pagamento a Prazo... 99 1.1.10. Cancelamento e Baixa... 100 1.2. Importação por meio de Pagamento à Vista... 101 1.3. Abertura e Negociação de Carta de Crédito... 102 1.4. Sociedades Corretoras de Câmbio... 103 1.5. Comissão de Agente... 103 Capítulo V Modalidades de Pagamento na Importação 1.1. Carta de Crédito... 106 1.1.1. Responsabilidade e Direito das Partes... 107 1.1.1.1. Tomador (Applicant)... 107 1.1.1.2. Beneficiário (Beneficiary)... 109 1.1.1.3. Banco Emissor (Issue Bank)... 110 1.1.1.4. Banco Avisador (Advising Bank)... 113 1.1.1.5. Banco Negociador (Negotiating Bank)... 114 1.1.1.6. Banco Confirmador (Confirming Bank)... 115 1.1.1.6.1. Confirmação Silenciosa (Silent Confirmation) 116 1.1.1.7. Banco Reembolsador (Reimbursing Bank)... 117 1.1.2. Tipos de Carta de Crédito... 119 1.1.2.1. Irrevogável (Irrevogable)... 119 1.1.2.2. Restrita (Restricted/Straight)... 120 1.1.2.3. Transferível (Transferable)... 121 1.1.2.4. Rotativa (Revolving)... 121 1.1.2.5. Cláusula Vermelha (Red Clause)... 121

Sumário 9 1.1.2.6. Cláusula Verde (Green Clause)... 122 1.1.3. Formas de Utilização do Crédito... 123 1.1.3.1. Pagamento à Vista (Sight Payment) 123 1.1.3.2. Pagamento a Prazo (Deferred Payment)... 123 1.1.3.3. Aceite no Saque (Available by Acceptance)... 123 1.1.3.4. Negociação (Negotiation)... 123 1.1.4. Apresentação dos Documentos... 123 1.1.4.1. Prazo para Análise e Recusa de Documentos... 124 1.1.5. Emenda de Carta de Crédito... 124 1.1.6. Emissão de Carta de Crédito por meio do Sistema Swift... 127 1.1.7. Operação Triangular... 129 1.1.7.1. Documentos Necessários para a Contratação do Câmbio... 133 1.2. Cobrança Documentária... 133 1.2.1. Cobrança a Prazo... 136 1.2.2. Cobrança à Vista... 136 1.2.3. Cobrança Limpa (Clean Collection)... 137 1.2.4. Partes Intervenientes na Cobrança Documentária... 138 1.2.4.1. Principal (Exportador)... 138 1.2.4.2. Banco Remetente (Remitting Bank). 139 1.2.4.3. Banco Cobrador (Collecting Bank) 140 1.2.4.3.1. Registro da Operação... 141 1.2.4.3.2. Devolução dos Documentos ao Exterior... 141 1.2.4.3.3. Acompanhamento da Cobrança... 142 1.2.4.3.4. Transferência da Cobrança para Outro Banco... 143 1.2.4.4. Importador (Sacado)... 143 1.3. Remessa sem Saque... 145 1.4. Pagamento Antecipado de Importação... 147

10 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos 1.5. Principais Documentos Utilizados na Importação... 150 1.5.1. Fatura Pro Forma (Pro Forma Invoice)... 150 1.5.2. Fatura Comercial (Commercial Invoice)... 151 1.5.3. Romaneio (Packing List)... 152 1.5.4. Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading)... 153 1.5.5. Saque (Bill of Exchange ou Draft)... 155 1.5.6. Certificado de Origem (Certificate of Origin). 156 1.6. Roteiro de uma Importação... 157 1.7. Cálculo do Custo de Importação... 160 Capítulo VI Garantias Internacionais 1.1. Standby Letter of Credit... 163 1.1.1. Evolução da Standby... 163 1.1.2. Aspectos Operacionais da Standby... 164 1.1.2.1. Aplicante (Applicant)... 164 1.1.2.2. Beneficiário (Beneficiary)... 165 1.1.2.3. Banco Emissor (Issue Bank)... 166 1.1.2.4. Banco Confirmador (Confirming Bank)... 167 1.1.2.5. Banco Avisador (Advising Bank)... 168 1.1.2.6. Banco Negociador (Negotiating Bank)... 168 1.1.3. Transferências dos Direitos a Saques... 169 1.1.4. Cancelamento da Standby... 169 1.1.5. Emenda de uma Standby... 170 1.1.5.1. Automática... 170 1.1.5.2. Não Automática... 170 1.1.6. Apresentação dos Documentos... 170 1.1.7. Standby Letters of Credit mais Utilizadas... 171 1.1.7.1. Advance Payment Standby... 171 1.1.7.2. Commercial Standby... 172 1.1.7.3. Performance Standby... 174 1.1.7.4. Bid Bond Standby... 175

Sumário 11 Capítulo VII Mecanismos de Financiamento à Importação 1.1. Formas de Financiamento até 360 Dias... 178 1.1.1. Financiamento Direto de Importação Buyer s Credit... 178 1.1.1.1. Condições de Pagamento... 179 1.1.1.2. Refinanciamento... 180 1.1.2. Supplier s Credit... 181 1.2. Contratação do Câmbio... 183 1.2.1. Contratação Pronta... 183 1.2.2. Contratação Futura... 185 1.3. Pagamento das Parcelas do Principal... 187 1.3.1. Pagamento de Parcelas de Juros... 187 1.3.2. Liquidação do Contrato de Câmbio... 189 1.4. Financiamento Superior a 360 Dias... 189 1.4.1. Buyer s Credit... 190 1.4.2. Supplier s Credit... 190 1.4.3. Registro de Operações Financeiras (ROF)... 190 1.4.4. Pagamento de Principal e Juros... 192 1.4.5. Contratação do Câmbio... 193 1.4.6. Financiamento com Assunção de Dívida de Im portação... 195 1.5. Aval em Saque de Importação... 199 1.6. Financiamento de Importação em Reais... 201 1.7. Financiamento por meio de Organismos Internacionais. 203 1.7.1. Export and Import Bank of the United States (Eximbank)... 203 1.7.2. Overseas Private Investment Corporation (Opic)... 204 1.7.3. Export Development Canada (EDC)... 204 1.7.4. Compagnie Française d Assurance pour le Commerce Extérieur (Coface)... 204 1.7.5. Deutsche Investitions und Entwicklungsgesellschaft mbh (DEG)... 205 1.7.6. Multilateral Investment Guarantee Agency (Miga)... 205 1.8. Fortaiting ou Desconto de Saque de Importação... 205

12 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos Capítulo VIII Termos ou Condições de Venda Incoterms 1.1. EXW Ex Works no local de origem ( named place of delivery) ( local de entrega designado)... 210 1.2. FCA Free Carrier livre no transportador ( named place of delivery) ( local de entrega designado)... 211 1.3. FAS Free Alongside Ship livre no costado do navio ( named port of shipment) ( porto de embarque designado)... 212 1.4. FOB Free On Board posto livre a bordo do navio ( named port of shipment) ( porto de embarque designado)... 213 1.5. CFR Cost and Freight custo e frete ( named port of destination) ( porto de destino designado)... 214 1.6. CIF Cost, Insurance and Freight custo, seguro e frete ( named port of destination) ( porto de destino designado)... 215 1.7. CPT Carriage Paid To transporte pago até ( named place of destination) ( local de destino designado)... 216 1.8. CIP Carriage and Insurance Paid to transporte e seguro pagos até ( named place of destination) ( local de destino designado)... 217 1.9. DAT Delivered At Terminal entregue no terminal ( named terminal at port or place of destination) ( entregue no terminal designado do porto ou local de destino)... 218 1.10. DAP Delivered At Place entregue no local ( named place at destination) ( local de destino designado)... 219

Sumário 13 1.11. DDP Delivered Duty Paid entregue com impostos pagos ( named place of destination) ( local de destino designado)... 220 Capítulo IX Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR) 1.1. Funcionamento do Convênio... 222 1.2. Riscos dos Bancos Centrais... 223 1.2.1. Risco Externo... 223 1.2.2. Risco Interno... 224 1.3. Operações Abrangidas pelo Convênio... 224 1.4. Operação Triangular... 225 1.5. Instrumentos de Pagamentos por meio do Convênio... 226 1.6. Garantias Oferecidas pelos Bancos Centrais... 228 Bibliografia... 231

Apresentação A abertura da economia brasileira aliada à renegociação da dívida externa e à âncora cambial resultou no incremento do fluxo internacional de capitais de curto e de longo prazos. Isto possibilitou às empresas adquirirem bens de capital de tecnologia avançada, insumos industriais e matérias-primas agrícolas de alta qualidade com custo inferior aos praticados no mercado nacional. Estas aquisições impactaram diretamente no parque produtivo das empresas por meio de importantes ganhos de escala indispensáveis para o incremento da competitividade no mundo globalizado. A partir desse momento, a política industrial se concentrou na capacitação para produzir com eficiência, qualidade, e na criação de um ambiente competitivo. Na esteira desse processo, a evolução das importações foi expressiva, refletindo diretamente no saldo da balança comercial, a qual passou a apresentar, a partir de 1995, déficits consecutivos, cuja reversão se iniciou em 2001. Após esta data, a corrente de comércio exterior brasileira obteve aumentos significativos em que as importações totalizaram, em 2004, aproximadamente US$ 62 bilhões. Observa-se, portanto, que o Brasil vem envidando todos os esforços no sentido de incrementar, cada vez mais, a participação no comércio internacional. Isso significa dizer que essa expansão dinamiza o mercado doméstico, aumenta emprego e renda, mobilizando recursos financeiros que, por sua vez, possibilitam ao País continuar importando produtos e serviços indispensáveis para o desenvolvimento da nação.

16 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos Sendo assim, entende-se ser indispensável que os profissionais atuantes nas mais diversas áreas relacionadas ao comércio internacional possuam profundo conhecimento técnico e operacional das transações, a fim de minimizar custos financeiros às empresas. Observa-se, no dia a dia do mercado, que muitos profissionais, por desconhecerem os meandros que cercam a atividade importadora, têm causado sérios prejuízos de ordem cambial e financeira, principalmente às empresas de pequeno e médio portes. Nesse sentido, esta obra tem como objetivo principal apresentar aos profissionais que atuam no comércio internacional, estudantes e demais interessados, de maneira clara, objetiva e de fácil compreensão, os riscos envolvidos nas transações de importação, quer seja de ordem administrativa ou operacional.

Capítulo I Abertura Comercial Brasileira 1.1. Evolução das Importações O Brasil iniciou, em 1988, um processo de abertura comercial por meio da implantação de uma nova política de comércio exterior, tendo como objetivo principal a inserção do País no mercado internacional. No tocante às importações, destacam-se, como principais alterações, a eliminação das restrições das barreiras não tarifárias, 1 a implantação do processo de redução das alíquotas de Imposto de Importação e a eliminação da maioria dos regimes especiais, diminuindo, assim, o nível e o grau de proteção da indústria doméstica. O cronograma de redução de tarifas mencionado no parágrafo anterior, estabelecido para o período de 1988 a 1994, deveria ser posto em prática de forma gradual, objetivando estabelecer, por meio desse mecanismo, um importante instrumento de controle das importações. Contudo, em 1992, a autoridade monetária entendeu que seria conveniente alterar o cronograma de reduções para os dois anos seguintes, o que refletiu de maneira positiva nos avanços do processo de abertura comercial brasileira. Tal diminuição do nível de proteção da indústria nacional teve como principal objetivo o estímulo à concorrência internacional por intermédio da modernização da indústria a médio e longo prazos. Essa abertura da economia possibilitou às empresas, de um modo 1 Também conhecidas como restrições não tarifárias. São aquelas medidas de caráter administrativo, financeiro, cambial, técnico e/ou ambiental, mediante as quais um país impede ou dificulta a importação. Como exemplos, podem-se citar: licença prévia para importação de produtos e estabelecimento de quotas para importação de uma determinada mercadoria.

18 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos geral, a aquisição de bens de capital de tecnologia avançada disponível no mercado internacional, impactando diretamente no parque produtivo, por meio de importantes ganhos de escala indispensáveis para o incremento da competitividade no mundo globalizado. Tal abertura teve prosseguimento por meio do desenvolvimento de outros programas e, como exemplos, citam-se: o de redução de impostos alfandegados e o de atração do fluxo de capitais internacionais destinados a investimentos, quer seja de curto ou de longo prazos. Esse incremento do fluxo de capitais internacionais foi possível tendo em vista as alterações promovidas pelas autoridades monetárias na legislação então vigente, que passaram a facilitar a entrada e saída de recursos aplicados na Bolsa de Valores, bem como possibilitaram a aplicação de recursos por investidores internacionais em títulos de renda fixa no mercado local. Essa desregulamentação propiciou, também, às empresas domésticas, captarem recursos, no mercado internacional, por meio da emissão de papéis. Outra medida importante tomada pelo governo em 1994, que contribuiu de maneira decisiva para o incremento do fluxo de capitais internacionais, foi a renegociação da dívida externa brasileira, a qual normalizou o relacionamento com os credores externos. A Tabela 1 mostra claramente os avanços quanto à redução da alíquota média do Imposto de Importação, o que caracterizou o processo de abertura da economia brasileira. TABELA 1 TARIFAS DE IMPORTAÇÃO (%) Ano 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Tarifa Média 45,0 41,0 32,1 25,02 20,8 16,5 14,0 Fonte: Baumann. Note-se, no entanto, que mesmo com a redução expressiva das tarifas 2 de importação, segundo Kume (1996), até 1993, o au- 2 É importante ressaltar que, até 1992, a diminuição das tarifas dos bens intermediários foi maior se comparada com a de bens de consumo.

Abertura Comercial Brasileira 19 mento das importações não foi suficiente para provocar um grande desequilíbrio nas contas externas ou colocar em risco os produtos nacionais, devido às constantes desvalorizações da taxa de câmbio bem como a recessão observada naquele período. Porém, a abertura comercial, principalmente a partir de 1995, fez com que muitas empresas brasileiras adotassem programas importantes de racionalização por meio da especialização em linhas de produtos com estrutura produtiva mais enxuta, objetivando aumentar a produtividade. Ampliou-se, num primeiro momento, a importação de bens de capital e componentes com maior conteúdo tecnológico, com o intuito de melhorar a competitividade da indústria nacional frente aos concorrentes do mercado internacional. O crescimento das importações, inicialmente, foi mais acentuado em bens de capital, insumos industriais e matérias-primas agrícolas de alta qualidade e com custo inferior aos praticados no mercado nacional. É extremamente importante lembrar que, em grande parte, as empresas brasileiras, quando do início da abertura da economia, por ter sido um processo muito rápido, não estavam devidamente preparadas para enfrentar a concorrência dos produtos importados. Nesse sentido, as empresas não foram devidamente preparadas, principalmente com financiamentos suficientes e a custo competitivo para adequação e aprimoramento de seu parque industrial. 1.2. Reversão do Saldo da Balança Comercial A economia brasileira, após apresentar saldos positivos consecutivos e bastante expressivos na balança comercial até 1994, saldos estes suficientes para financiar os déficits na conta de serviços, sofreu uma drástica reversão em 1995 (vide Tabelas 2 e 3), passando de um saldo positivo de US$ 10,4 bilhões para um déficit de US$ 3,4 bilhões. Note-se que, o aumento nas importações foi na ordem aproximadamente de 50,1%, contra um crescimento nas exportações de tão somente 6,8%. Esse fato ocorreu basicamente devido à expansão

20 Importação: Práticas, Rotinas e Procedimentos da demanda conjugada com a apreciação da taxa de câmbio e ao acesso pelas empresas brasileiras a financiamentos externos para bens de capital e insumos. TABELA 2 BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA 1990-1994 US$ BILHÕES 1990 1991 1992 1993 1994 Exportação 31.414 31.620 35.782 38.554 43.545 Importação 20.661 21.040 20.554 25.256 33.078 Saldo 10.753 10.580 15.238 13.298 10.467 Fonte: Banco Central do Brasil. O déficit na balança comercial, nesse momento, passa a ser financiado por meio da entrada de recursos de investimentos diretos, financiamentos ou empréstimos suficientes para manter o saldo das reservas internacionais em patamares necessários à credibilidade do Plano Real. Em 1995, a crise do México, bem como a elevação das taxas de juros no mercado internacional, abalaram a credibilidade do Brasil junto aos investidores externos, diminuindo sensivelmente a disponibilidade de recursos internacionais destinados a cobrir o déficit na balança comercial. Diante das dificuldades que se apresentavam, o governo tomou a decisão de alterar novamente a política de importação. Sendo assim, elevaram-se as alíquotas de importação de determinados produtos, principalmente do segmento de bens de consumo duráveis, por meio da inclusão na lista de exceção à tarifa externa comum ou por meio de restrições, como quotas de importação. No entanto, a partir do segundo semestre de 1996, tendo em vista as pressões exercidas pelos países componentes do Mercosul e o retorno da oferta de capitais internacionais que haviam deixado o país em função da crise do México, o Brasil retoma a postura de liberalização das importações. As crises financeiras internacionais que se sucederam, a da Ásia em 1997 e a da Rússia em 1998, trouxeram grandes dificuldades à economia brasileira. Porém, como pode ser observado