UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIENCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA EPILEPSIA Ac IVO ANTONIO SASSO JÚNIOR 1º ANO- MEDICINA CASCAVEL-PR JANEIRO/2016
CONCEITOS GERAIS Crise convulsiva: descarga desregulada de um grupo neuronal. Convulsão : manifestação motora. É a crise tônico-clônica. Espontânea ou induzida (febre, intoxicação). Epilepsia: doença que apresenta recorrência em manifestações convulsivas. Necessidade de Eletroencefalograma para um diagnóstico mais preciso.
EEG EPILEPSIA EEG NORMAL
CONCEITOS GERAIS Crises parciais: foco de descarga localizado, hemisfério contralateral. Simples: sem perda da consciência Complexas: com perda ou alteração da consciência Crises generalizadas: foco de descarga indefinido, bilateral. Há evoluções de crises mais brandas para crises mais graves.
FONTE: Rohkamm, Color Atlas of Neurology 2004 Thieme
HOMÚNCULO DE PENFIELD FONTE: http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/wpcontent/uploads/2013/02/hom%c3%banculo-de-penfield.jpg
FONTE: Rohkamm, Color Atlas of Neurology 2004 Thieme
CRISES GENERALIZADAS TÔNICO-CLÔNICA: perda da consciência, queda, rigidez muscular, intensa cianose, flexão e extensão repetida. Convulsão. TÔNICA: hiper-extensão dos membros, hipertonia, dilatação da pupila. CLÔNICA: abalos clônicos repetidos, flexão e extensão. ATÔNICA: drop attack, perda do tônus muscular, queda dos membros AUSÊNCIA: apenas perda da consciência, manutenção do tônus. Inúmeras vezes ao dia. MIOCLÔNICA: espasmos constantes, sem perda de tônus, iniciados por luminosidade.
CRISE TÔNICO-CLÔNICA FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=ujerfk8ufjy
CRISE ATÔNICA FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=zrbmyttbhza
CRISE DE AUSÊNCIA FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=_bnctj-agjk
CRISE MIOCLÔNICA FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=hyovrkd0koa
SÍNDROME DE WEST Especialmente lactentes, sexo masculino. Causas: asfixia perinatal, malformação congênita do SNC. Tríade: deterioriação mental, espasmos infantis e hipsarritimia. Tomografia, ressonância magnética. Medicamentos de controle das crises: benzodiazepínicos. Medicamentos de tratamento: piridoxina, valproato de sódio. Mortalidade de 5%.
Hipsarritimia: SÍNDROME DE WEST
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT Maior incidência em sexo masculino, 4 a 5 anos. Pode ser uma evolução da Síndrome de West. Aparecimento de várias modalidades de crises simples ou generalizadas. Tríade: Crises atônicas, tônicas e ausência. Drop attacks, lesões pelas quedas, retardo mental severo, hiperatividade, comportamento ansioso, impulsivo e agressivo. Medicamentos selecionados de acordo com a crise mais frequente. Fenobarbital, valproato de sódio, benzodiazepínicos (exceto clonazepam). Procedimento cirúrgico em casos mais severos: calosotomia e ressecção do foco epiléptico.
SÍNDROME DE LANDAU-KLEFFNER Maior incidência em sexo masculino, 3 a 7 anos. Distúrbios comportamentais, alterações eletroencefalográficas, afasia receptiva adquirida. Acometimento do lobo temporal (Área de Wernicke), podendo não apresentar crises. Etiologia: lesões cerebrais, tumores, infecções, traumas e malformações, além de genética. Distúrbios de atenção se assemelham ao autismo. Depressão e isolamento social. Valproato de sódio, benzodiazepínicos.
EPILEPSIA MIOCLÔNICA SEVERA DA INFÂNCIA/SÍNDROME DE DRAVET Predominância em sexo masculino, lactentes. Inicia no primeiro ano de vida como crise clônica. Evolui para outros tipos, de forma refratária ao tratamento. Estagnação da síndrome na fase mioclônica. Regressão do desenvolvimento neuropsicomotor. Comprometimento mental e da marcha, comportamento hiperativo e impulsivo. Fenobarbital, valproato de sódio e benzodiazepínicos.
EPILEPSIA ROLÂNDICA Início na infância e remissão na adolescência, caráter benigno. Parestesias, com clonias faciais e tonias nos membros. Evolução para crise tônico-clônica. Perda da fala. Início durante o sono. Necessidade de TC de crânio/ RM e EEC. Carbamazepina.
EPILEPSIA ROLÂNDICA FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=341xa3s_rxg
EPILEPSIA AUSÊNCIA DA INFÂNCIA Síndrome epiléptica generalizada idiopática (ILAE,1898). Predominância no sexo feminino, influência genética. É a mais frequente na infância. Perda de consciência rápida, volta da atividade em decurso. Pode haver generalizações para tônico-clônica. Valproato de sódio, lamotrigina, etossuximida.
ENCEFALOPATIA MIOCLÔNICA PRECOCE Neonatal, primeiras horas de vida. Difícil controle, mioclonias restritas ou maciças. Generalizações múltiplas. Crises contínuas até no sono. Influência congênita. Etiologia: lesões cerebrais graves. Mortalidade: 50% até o primeiro ano de vida. Estado vegetativo. Comprometimento motor, mental e social graves.
FONTES http://www.neurologia.ufsc.br/index.php/artigoscientificos/52-reconhecendo-crises-de-epilepsia http://nucleoepilepsia.tripod.com/id20.html NITRINI R & BACHESCHI A. A Neurologia que todo Médico Deve Saber. São Paulo, Atheneu, 2004. http://www.epilepsy.co.za/files/34/files/eeg%20tracing%20ed ited%20normal.jpg
OBRIGADO! 23