Epilepsia Pedro Schestatsky MD, PhD

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Epilepsia Pedro Schestatsky MD, PhD"

Transcrição

1 Epilepsia Pedro Schestatsky MD, PhD

2 DEFINIÇÃO Grupo de condições crônicas cuja principal manifestação é a convulsão ataque súbito e involuntário de movimentos bruscos com ou sem alteração de consciência. Crises convulsivas Crises epilépticas

3 Convulsão = Epilepsia?

4 NÃO! Estresse Privação de sono Abstinência de álcool e drogas + Uma certa Predisposição genética Convulsão

5 Números da epilepsia 5% da população: episódio isolado 70% controle total 0.5% episódios recorrentes 30% controle parcial

6 Crianças Epilepsia (causas) Adultos

7 400 ac Hipócrates: Espíritos 1817 Charcot: Histeria 1860 John Hughling Jackson: Descargas cerebrais 1929 Berger: Primeiro registro EEG

8 Nem todas as crises são iguais 1. Crises Parciais Simples - Motoras, - Sensitivas - Autonômicas - Psíquicas 2. Crises Parciais Complexas 3. Crises Parciais Complexas com generalização 2ária 4. Crises generalizadas - Ausência - Myoclonic - Clonic - Tonic - Tonic-clonic (grand mal) - Atonic

9 Nem todas as crises são iguais SEM PERDA DE CONSCIÊNCIA ALTERAÇÃO DE CONSCIÊNCIA 1. Crises Parciais Simples - Motoras, - Sensitivas - Autonômicas - Psíquicas 2. Crises Parciais Complexas 3. Crises Parciais Complexas com generalização 2ária PERDA DE CONSCIÊNCIA 4. Crises generalizadas - Ausência - Myoclonic - Clonic - Tonic - Tonic-clonic (grand mal) - Atonic

10 Crianças 42% Tipos de crise Adultos 63.6%

11 Pode confundir com: - Síncope - Arritmia cardíaca - Enxaqueca - Hipoglicemia - Ataque de pânico - Narcolepsia - Pseudocrises CUIDADO! 20% dos ptes com epilepsia tem!

12

13 Eletroencefalograma normal Reativo

14 Crise parcial (focal)

15 Crise generalizada

16 Fases da crise generalizada 1. Grito ou choro 2. Queda, fechamento mandibular, perda do controle esfíncteriano e cianose (30 s). FASE TÔNICA 3. FASE CLÔNICA (1-2 min): 4. FASE PÓS-ICTAL: sonolência, e dor de cabeça.

17 Crise parcial Generalizada 2a Generalizada 1a

18 Glutamato Influxo de Na, K e Ca - GABA

19 Sinais e sintomas Focal (parcial simples) Generalizada

20 Ausência (petit mal) - Início na infância - HF+ em 40% - Várias vezes ao dia, duração 5-15 segundos - Olhar fixo, piscadas, movimentos da cabeça - Díficil diferenciar de crises complexas - Induzido por hiperventilação - 30% pode evoluir para crise TCG

21 Epilepsia Parcial Complexa (epilepsia do lobo temporal) Automatismos

22

23 Epilepsia do lobo temporal Mossy fiber synaptic reorganization (sprouting) in the epileptic human temporal lobe may be one of the changes that causes hyperexcitability.

24 Epilepsia sintomática

25 Como investigar as epilepsias? Hemograma Bioquímica RX tórax ECG TC ou RM de crânio Quando? Início tardio Tipo parcial Crise refratária Sinais focais Após status epilepticus EEG Privação de sono Sono/vigília Fotoestimulação Hiperventilação Eletrodos profundos

26

27

28 Ácido valpróico Fenobarbital Fenitoína Carbamazepina

29 Status epilepticus Mortalidade 10% Medidas gerais: O2 10 l/min Dextrose + Salina Sinais vitais regularmente Diazepam 5 mg IV 2/2 min até ceder Fenitoína 15 mg/kg IV a 50 mg/min Fenobarbital 300 mg 15 mg/kg IV a 50 mg/min

30 Cirurgia da epilepsia Ressecção córtex temporal Lobectomia temporal Ressecção corpo caloso Hemisferectomia Hipocampectomia seletiva

31 Obrigado!

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIENCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA EPILEPSIA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIENCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA EPILEPSIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIENCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA EPILEPSIA Ac IVO ANTONIO SASSO JÚNIOR 1º ANO- MEDICINA CASCAVEL-PR JANEIRO/2016 CONCEITOS

Leia mais

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron Status Epilepticus Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Roberto Caron Estado de Mal Epiléptico Classificação das Epilepsias Definição Status Epilepticus: Crise epiléptica com duração de pelo menos 5 minutos.

Leia mais

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron Status Epilepticus Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Carlos Caron Classificação das Epilepsias n Status Epilepticus: Definição Crise epiléptica com duração de pelo menos 5 minutos. Duas ou mais crises

Leia mais

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa Anticonvulsivantes Epilepsia! Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 1% da população.! Caracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células

Leia mais

Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde. Antiepilépticos. Manoelito Coelho dos Santos Junior.

Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde. Antiepilépticos. Manoelito Coelho dos Santos Junior. Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde Antiepilépticos Manoelito Coelho dos Santos Junior Feira de Santana Conceitos Básicos q Convulsão: alteração transitória do comportamento

Leia mais

Expressão clínica da excitação e sincronização excessiva e anormal de uma população de neurônios corticais

Expressão clínica da excitação e sincronização excessiva e anormal de uma população de neurônios corticais Epilepsia Clínica Crise Epiléptica Expressão clínica da excitação e sincronização excessiva e anormal de uma população de neurônios corticais Crise Epiléptica Risco de um indivíduo apresentar uma crise

Leia mais

Assistência Farmacêutica em Epilepsia

Assistência Farmacêutica em Epilepsia Introdução Assistência Farmacêutica em Epilepsia As epilepsias são uma série de desordens cerebrais com incidência relativamente elevada na população Cerca de 40 formas distintas de epilepsia já foram

Leia mais

AULA 7 BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. Prof. Márcio Batista

AULA 7 BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. Prof. Márcio Batista AULA 7 FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS Prof. Márcio Batista INTRODUÇÃO USO RACIONAL: Brasil é o 9º país do mundo em consumo per capita de medicamentos. Brasil

Leia mais

04/02/2016. Tratamento das Convulsões. Epilepsia

04/02/2016. Tratamento das Convulsões. Epilepsia Tratamento das Convulsões Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Epilepsia Convulsão: alteração transitória do comportamento decorrente disparo rítmico, sincrônico e desordenado

Leia mais

Manejo de Crise Convulsiva. Dr. Guilherme Simone Mendonça Neurologista Neurofisiologista Clínico

Manejo de Crise Convulsiva. Dr. Guilherme Simone Mendonça Neurologista Neurofisiologista Clínico Manejo de Crise Convulsiva Dr. Guilherme Simone Mendonça Neurologista Neurofisiologista Clínico Formação Médico Universidade Regional de Blumenau Neurologista Hospital Municipal São José de Joinville

Leia mais

INSTRUÇÃO DE TRABALHO HOSPITAL INFANTIL PÚBLICO DE PALMAS - TO PROTOCOLO MÉDICO/ASSISTENCIAL Crises Convulsivas e Estado de Mal Epiléptico

INSTRUÇÃO DE TRABALHO HOSPITAL INFANTIL PÚBLICO DE PALMAS - TO PROTOCOLO MÉDICO/ASSISTENCIAL Crises Convulsivas e Estado de Mal Epiléptico Página: 1 de 8 1 OBJETIVO Estabelecer algoritmo adequado na abordagem de crises convulsivas, a partir de medidas de suporte na emergência e uso racional de drogas, objetivando-se cessar as convulsões o

Leia mais

Residente de Neurologia: Rafael de Souza Andrade

Residente de Neurologia: Rafael de Souza Andrade Residente de Neurologia: Rafael de Souza Andrade QUANDO COMEÇAR? Caso clínico: Enfermeira, 39 anos, canhota, apresenta-se ao clínico geral após episódio de perda da consciência quando dirigia em rodovia.

Leia mais

Epilepsias Focais Não-Idiopáticas

Epilepsias Focais Não-Idiopáticas Epilepsias Focais Dr. Marcelo Heitor F. Mendes Serviço de Neurologia Hospital Universitário Pedro Ernesto Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ Epilepsias Focais Não-Idiopáticas Epilepsia de

Leia mais

EPILEPSIA ALGUMAS PERGUNTAS ALGUMAS RESPOSTAS. EPILEPSIA: o que é?

EPILEPSIA ALGUMAS PERGUNTAS ALGUMAS RESPOSTAS. EPILEPSIA: o que é? EPILEPSIA ALGUMAS PERGUNTAS ALGUMAS RESPOSTAS EPILEPSIA: o que é? Não é uma doença a mental Uma das doenças neurológicas mais comuns Afecta 0,5-1% da população Tem múltiplas m causas, nem sempre conhecidas

Leia mais

Fármacos anticonvulsivantes. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

Fármacos anticonvulsivantes. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Jequié 2015 Epilepsia: O segundo mais freqüente distúrbio neurológico depois do AVE Terapia padrão é capaz

Leia mais

Como atender um paciente com crises epilépticas ou epilepsia Prof Dr Vitor Tumas

Como atender um paciente com crises epilépticas ou epilepsia Prof Dr Vitor Tumas Como atender um paciente com crises epilépticas ou epilepsia Prof Dr Vitor Tumas Prof Dra Regina M F Fernandes Epilepsia é um problema mundial de saúde pública, com uma prevalência estimada em cerca de

Leia mais

EPILEPSIA PÓS- TRAUMÁTICA

EPILEPSIA PÓS- TRAUMÁTICA EPILEPSIA PÓS- TRAUMÁTICA 4º CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL Marcos Barbosa Serviço de Neurocirurgia Hospitais da Universidade de Coimbra Coimbra, Portugal Covilhã, Novembro 2005 Epilepsia é uma perturbação

Leia mais

Epilepsia e atividades físicas

Epilepsia e atividades físicas Epilepsia e atividades físicas Profa. Claudia Forjaz adaptado de Prof.ª Carolina K. Moriyama EPILEPSIA Diferentes formas de definição, diagnóstico e tratamento ao longo da história Dificuldade de aceitação

Leia mais

MANEJO DAS CRISES CONVULSIVAS NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

MANEJO DAS CRISES CONVULSIVAS NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA MANEJO DAS CRISES CONVULSIVAS NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA UNITERMOS CONVULSÕES; EMERGÊNCIA; PEDIATRIA; NEUROLOGIA. Juliana Beirão de Almeida Guaragna Caroline Cardoso Klein Marion Falcão Vanzella Alessandra

Leia mais

Desmaio e Convulsão. Prof. Raquel Peverari de Campos

Desmaio e Convulsão. Prof. Raquel Peverari de Campos Desmaio e Convulsão Convulsão Convulsões são contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrentes do funcionamento anormal do cérebro. Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos. Convulsão

Leia mais

Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos.

Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos. e Convulsões são contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrentes do funcionamento anormal do cérebro. Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos. 1 Fase Tônica Manifesta-se pela

Leia mais

RESULTADO DA REVISÃO DA LITERATURA

RESULTADO DA REVISÃO DA LITERATURA Nota Técnica 23/2013 Data: 08/03/2013 Solicitante: Des. Vanessa Verdolim Hudson Andrade 1ª Câmara Cível - TJMG Número do processo: 1.0188.12.008285-7/001 Medicamento Material Procedimento Cobertura x TEMA:

Leia mais

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO Dr. Carlos R. Caron - Neurofepar 1 ESTADO DE MAL EPILÉPTICO INTRODUÇÃO: O estado de mal epiléptico (EME) foi reconhecido como uma entidade distinta dentre as epilepsias na metade do século XIX. Entretanto,

Leia mais

Vertigens, desmaios e crises convulsivas. Prof. Sabrina Cunha da Fonseca Site:

Vertigens, desmaios e crises convulsivas. Prof. Sabrina Cunha da Fonseca   Site: Vertigens, desmaios e crises convulsivas Prof. Sabrina Cunha da Fonseca E-mail: sabrina.cfonseca@hotmail.com Site: www.profsabrina.comunidades.net Vertigens: Vertigem refere-se a diminuição da força, visão

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 08/2006 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 08/2006 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS 1 HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 08/2006 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS PROCESSO SELETIVO 65 MÉDICO (Neuro - Epilepsia) 01. A 11. E 21. D 02. D 12. B 22. C 03. E 13. C 23.

Leia mais

Vigília e Sono. Geanne Matos de Andrade. Depto de Fisiologia e Farmacologia. Os ritmos da vida. Ritmos biológicos

Vigília e Sono. Geanne Matos de Andrade. Depto de Fisiologia e Farmacologia. Os ritmos da vida. Ritmos biológicos Vigília e Sono Ritmos Biológicos Geanne Matos de Andrade Depto de Fisiologia e Farmacologia Os ritmos da vida Ritmos biológicos infradiano circadiano ultradiano Sistema temporizador circadiano- marca-passo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMITÊ DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE - CIA EPILEPSIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMITÊ DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE - CIA EPILEPSIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMITÊ DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE - CIA EPILEPSIA 2016 DEFINIÇÃO Epilepsia é um distúrbio geral caracterizado pela predisposição persistente em gerar crises epilépticas

Leia mais

AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De

AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De crises convulsivas UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Reitor Natalino Salgado Filho Vice-Reitor Antonio José Silva Oliveira Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Fernando

Leia mais

Febre e convulsões em lactentes

Febre e convulsões em lactentes Febre e convulsões em lactentes Prof. Leonardo C. M. Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Faculdade de Medicina Setor de Saúde Coletiva e Medicina de Família e Comunidade Objetivos de Hoje Algumas

Leia mais

Rudimar Riesgo MD, PhD Neuropediatra, Eletrencefalografista Pediátrico Professor de Medicina - UFRGS

Rudimar Riesgo MD, PhD Neuropediatra, Eletrencefalografista Pediátrico Professor de Medicina - UFRGS Rudimar Riesgo MD, PhD Neuropediatra, Eletrencefalografista Pediátrico Professor de Medicina - UFRGS TUDO COMEÇOU... MCH - 1997/1998 DESAFIOS CLÍNICOS InTechOpen 10 million visits 27 thousand chapters

Leia mais

Epilepsia Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso

Epilepsia Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 1 As epilepsias Não existe a enfermidade epilepsia,, mas sim um grupo de transtornos da função cerebral que, de acordo com a causa, localização, ou outras circunstâncias (idade, ambiência interna e externa

Leia mais

Ampliando o espectro de indicação de cirurgia de epilepsia na infância: aspectos clínicos e de EEG

Ampliando o espectro de indicação de cirurgia de epilepsia na infância: aspectos clínicos e de EEG Ampliando o espectro de indicação de cirurgia de epilepsia na infância: aspectos clínicos e de EEG Ana Carolina Coan Profa. Neurologia Infan2l Departamento de Neurologia FCM - UNICAMP AGENDA Ø Cirurgia

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona SOLICITANTE Drª Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira Juíza de Direito do Juizado Especial -Pirapora NÚMERO DO PROCESSO

Leia mais

Epilepsias. Neurologia FEPAR Roberto Caron

Epilepsias. Neurologia FEPAR Roberto Caron Epilepsias Neurologia FEPAR Roberto Caron Definições (ILAE 2014) Epilepsia: 1. Pelo menos duas crises epilépticas espontâneas (i.e. não provocadas) ocorrendo com mais de 24 horas de intervalo. 2. Uma crise

Leia mais

5.º Congresso Nacional AMACC Praia de Mira Março 2013. Isabel Pires. CHSJ-EPE-Porto

5.º Congresso Nacional AMACC Praia de Mira Março 2013. Isabel Pires. CHSJ-EPE-Porto 5.º Congresso Nacional AMACC Praia de Mira Março 2013 Isabel Pires CHSJ-EPE-Porto EPILEPSIA Doença neurológica crónica que afecta cerca de 1 em cada 200 indivíduos; em Portugal estima-se uma prevalência

Leia mais

Aminoácidos-neurotransmissores

Aminoácidos-neurotransmissores Aminoácidos-neurotransmissores Síntese e metabolismo de aminoácidos no SNC Receptores dos aminoácidos excitatórios Ketamina Memantina Dizolcilpina (MK801) Fenciclidina Receptores NMDA e GABA A Potenciação

Leia mais

Classificação. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico(AVCI) * Ataque Isquêmico Transitório(AIT)

Classificação. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico(AVCI) * Ataque Isquêmico Transitório(AIT) Franciglecia Lopes Definição É um déficit neurológico, geralmente focal, de instalação súbita ou com rápida evolução, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior que 24 horas, ou menor,

Leia mais

Epilepsia a abordagem clínica

Epilepsia a abordagem clínica Epilepsia a abordagem clínica JOSÉ M. LOPES LIMA* RESUMO As epilepsias, pela sua frequência e multifacetadas apresentações, são um verdadeiro desafio à capacidade dos médicos em chegar a diagnósticos com

Leia mais

Conduza Corretamente o Estado de Mal Convulsivo

Conduza Corretamente o Estado de Mal Convulsivo Conduza Corretamente o Estado de Mal Convulsivo Author : Dr. Sidney Volk Categories : Medicina Intensiva, Neurologia, Urgência & Emergência Date : 20 de Março de 2017 Compartilhe conhecimento! 562 Shares

Leia mais

Emergências Clínicas

Emergências Clínicas 1 Emergências Clínicas 2 OBJETIVOS: -Descrever as Emergências clínicas mais comuns no ambiente préhospitalar. -Orientar as condutas frente às emergências clinicas discutidas; 3 Emergências Clinicas Estado

Leia mais

Epilepsia na atenção primária: 10 passos fundamentais

Epilepsia na atenção primária: 10 passos fundamentais Epilepsia na atenção primária: 10 passos fundamentais Katia Lin, MD, PhD Profa. Adjunta de Neurologia Hospital Universitário UFSC www.neurologiahu.ufsc.br PASSO 1 Reconhecer sua importância 1-2% brasileiros

Leia mais

Crise Epiléptica e Estado de Mal Epiléptico em crianças e adolescentes

Crise Epiléptica e Estado de Mal Epiléptico em crianças e adolescentes 1. INTRODUÇÃO A crise epiléptica é a ocorrência neurológica clínica mais frequente da emergência pediátrica. De 4 a 10% da população apresentará ao menos 1 episódio epiléptico até os 16 anos de idade,

Leia mais

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP DOR E CEFALEIA Profa. Dra. Fabíola Dach Divisão de Neurologia FMRP-USP Dor Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo

Leia mais

Estado de mal epiléptico

Estado de mal epiléptico Emergências Neurológicas Fábio de Nazaré Oliveira Neurologista Hospital de Base SJRP Estado de mal epiléptico Paciente de 42 anos de idade do sexo masculino e diabete melito do tipo 2, em uso de clorpropamida,

Leia mais

Drogas que afetam o sistema nervoso. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Drogas que afetam o sistema nervoso. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente Drogas que afetam o sistema nervoso Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente O cérebro e a medula espinhal compõe o sistema nervoso central. Cada nervo do sistema nervoso é composto por uma

Leia mais

Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco Clínica Médica TONTURA. R1 Bruna Lima R2 Priscila Machado Preceptor Flávio Pacheco

Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco Clínica Médica TONTURA. R1 Bruna Lima R2 Priscila Machado Preceptor Flávio Pacheco Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco Clínica Médica TONTURA R1 Bruna Lima R2 Priscila Machado Preceptor Flávio Pacheco Recife, 17 de Junho de 2015 EPIDEMIOLOGIA Queixa bastante comum nos

Leia mais

Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016

Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016 Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016 Introdução Síncope: perda de consciência súbita, curta duração e com resolução espontânea Causada por hipoperfusão cerebral temporária

Leia mais

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME) EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME) EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA Página: 1 de 11 EME é a emergência neurológica mais comum em terapia intensiva 10 a 58/100.000. Por relacionar-se a altas taxas de sequelas, o tratamento deve ser rápido, envolvendo medicações de efeito

Leia mais

Síncope na emergência

Síncope na emergência Síncope na emergência Autores e Afiliação: Larissa de Oliveira Souza. Ex-residente de clínica médica do Departamento de Clínica Médica da FMRP - USP; Henrique Turin Moreira, Ana Marta Antunes Salgado.

Leia mais

Relato de Caso de Síndrome de Smith- Lemli-Optiz em hospital de ensino

Relato de Caso de Síndrome de Smith- Lemli-Optiz em hospital de ensino Carneiro, MAD; do Carmo, AV ; Diniz, DS Introdução Faz-se necessário o conhecimento das síndromes genéticas para a prática clínica do médico neurologista. Neste contexto, a Síndrome de Smith-Lemli-Optiz

Leia mais

ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO E ESTADO DE MAL EPILÉPTICO COMO MANIFESTAÇÕES DE INTOXICAÇÃO AGUDA E ABSTINÊNCIA POR CRACK E COCAÍNA

ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO E ESTADO DE MAL EPILÉPTICO COMO MANIFESTAÇÕES DE INTOXICAÇÃO AGUDA E ABSTINÊNCIA POR CRACK E COCAÍNA RELATOS DE CASO ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO E ESTADO DE MAL EPILÉPTICO COMO MANIFESTAÇÕES DE INTOXICAÇÃO AGUDA E ABSTINÊNCIA POR CRACK E COCAÍNA STATUS EPILEPTICUS AND TRANSIENT ISCHEMIC ATTACK AS COCAINE

Leia mais

Projeto de Acessibilidade Virtual RENAPI/NAPNE. Junho de 2010

Projeto de Acessibilidade Virtual RENAPI/NAPNE. Junho de 2010 Projeto de Acessibilidade Virtual RENAPI/NAPNE Junho de 2010 EPILEPSIA É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.

Leia mais

b) Cite 04 (quatro) outras síndromes epilépticas que cursam com regressão do desenvolvimento na infância. (4,0 pontos)

b) Cite 04 (quatro) outras síndromes epilépticas que cursam com regressão do desenvolvimento na infância. (4,0 pontos) 01 Concurso Menino de 10 meses, desenvolvimento normal até o início do quadro atual, quando aos oito meses apresentou crise convulsiva febril com duração de 25 minutos e apenas interrompida com benzodiazepínicos

Leia mais

Fluxo de atendimento e dados de alerta para qualquer tipo de cefaléia no atendimento do Primeiro Atendimento

Fluxo de atendimento e dados de alerta para qualquer tipo de cefaléia no atendimento do Primeiro Atendimento Fluxo de atendimento e dados de alerta para qualquer tipo de cefaléia no atendimento do Primeiro Atendimento Versão eletrônica atualizada em Fevereiro 2009 Fluxo de atendimento e dados de alerta para qualquer

Leia mais

RECTAL PAROXYSTICAL PAIN

RECTAL PAROXYSTICAL PAIN RECTAL PAROXYSTICAL PAIN RUTE GONÇALVES SERVIÇO DE PEDIATRIA HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA DOR RECTAL Obstipação Fissuras e Abcessos perianais Causas Funcionais D. Hemorroidária Proctite Infecciosa Proctite

Leia mais

Imagem 1 Corpos de Lafora em biópsia axilar corados com Hematoxilina e Eosina (esquerda) e PAS (direita). Fonte: Gökdemir et al, 2012.

Imagem 1 Corpos de Lafora em biópsia axilar corados com Hematoxilina e Eosina (esquerda) e PAS (direita). Fonte: Gökdemir et al, 2012. Introdução A doença de Lafora (DL) é a forma mais comum de epilepsia mioclônica progressiva na adolescência. Trata-se de uma doença autossômica recessiva, causada por mutações em genes do metabolismo do

Leia mais

Transtornos Dissociativos e Conversivos. Alexandre de Araújo Pereira

Transtornos Dissociativos e Conversivos. Alexandre de Araújo Pereira Transtornos Dissociativos e Conversivos Alexandre de Araújo Pereira Conceitos básicos Dissociação: refere-se a uma quebra da unidade psíquica de forma parcial ou completa que se manifesta pela desintegração

Leia mais

Médico Neurocirurgia Geral

Médico Neurocirurgia Geral Médico Neurocirurgia Geral Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Homem de 40 anos de idade procura a emergência de um hospital com dor irradiada incapacitante para o membro inferior direito após

Leia mais

Nobre Educação LIDER DE MERCADO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL CRISE CONVULSIVA

Nobre Educação LIDER DE MERCADO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL CRISE CONVULSIVA CRISE CONVULSIVA Enfermeira pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) Farmacêutica e Bioquímica pela Universidade Bandeirante de São Paulo Especialista em Enfermagem em Nefrologia, Enfermagem Médico Cirúrgica

Leia mais

Imagem 1 Corpos de Lafora em biópsia axilar corados com Hematoxilina e Eosina (esquerda) e PAS (direita). Fonte: Gökdemir et al, 2012.

Imagem 1 Corpos de Lafora em biópsia axilar corados com Hematoxilina e Eosina (esquerda) e PAS (direita). Fonte: Gökdemir et al, 2012. Introdução A doença de Lafora (DL) é a forma mais comum de epilepsia mioclônica progressiva na adolescência. Trata-se de uma doença autossômica recessiva, causada por mutações em genes do metabolismo do

Leia mais

Uso de óleo de cannabis rico em canabidiol para controle de epilepsia refratária: estudo observacional

Uso de óleo de cannabis rico em canabidiol para controle de epilepsia refratária: estudo observacional Uso de óleo de cannabis rico em canabidiol para controle de epilepsia refratária: estudo observacional Autores Leandro Cruz Ramires da Silva cirurgia oncológica / mastologia HC UFMG / presidente da AMA+ME

Leia mais

PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA CEFALEIA E MIGRÂNEA EM EPILEPSIA

PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA CEFALEIA E MIGRÂNEA EM EPILEPSIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS MÉDICAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: NEUROLOGIA PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA CEFALEIA E MIGRÂNEA EM EPILEPSIA MESTRANDA:

Leia mais

American Academy of Sleep Medicine. h3p://

American Academy of Sleep Medicine. h3p:// American Academy of Sleep Medicine h3p://www.aasmnet.org/ebooks/icsd3/ Parassonias do sono REM Distúrbio Comportamental do Sono REM - DCSREM Pesadelos Paralisia do sono recorrente Distúrbio Comportamental

Leia mais

Exames Complementares Morte Encefálica. Pedro Antonio P. de Jesus

Exames Complementares Morte Encefálica. Pedro Antonio P. de Jesus Exames Complementares Morte Encefálica Pedro Antonio P. de Jesus Exames Complementares Angiografia cerebral Cintilografia radioisotópica Doppler transcraniano Monitorização da pressão intra-craniana Tomografia

Leia mais

A classificação das crises epilépticas e das epilepsias

A classificação das crises epilépticas e das epilepsias 1 A classificação das crises epilépticas e das epilepsias por Paula Breia e Rosalvo Almeida 1. Introdução Ao longo dos tempos, muitos têm sido os termos usados para descrever crises e epilepsia. A proliferação

Leia mais

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Acadêmicas: Camila Magalhães e Sthefane K. Quaresma INTRODUÇÃO Elevado número de mortes anuais Óbitos antes do atendimento hospitalar Vítimas de TCE apresentam invalidez O atendimento

Leia mais

PADRÕES DE SIGNIFICADO INCERTO

PADRÕES DE SIGNIFICADO INCERTO PADRÕES DE SIGNIFICADO INCERTO LUÍS OTÁVIO CABOCLO Unidade de Pesquisa e Tratamento das Epilepsias Hospital São Paulo UNIFESP Departamento de Neurofisiologia Clínica Hospital Israelita Albert Einstein

Leia mais

Boletim Informativo Estamos disponibilizando uma matéria à sobre colapso (convulsão e síncope) seu

Boletim Informativo Estamos disponibilizando uma matéria à sobre colapso (convulsão e síncope) seu PEETT IMAGEEM I DIAGNÓSSTTI ICOSS VEETTEERRI INÁRRI IOSS PPRROJJEETTO PPEETT OBBEESSO Dos pacientes para nós encaminhados para exames complementares, observamos muitos deles com peso acima do adequado,

Leia mais

FENOCRIS Fenobarbital sódico. Solução injetável 100 mg/ml. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE

FENOCRIS Fenobarbital sódico. Solução injetável 100 mg/ml. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE FENOCRIS Fenobarbital sódico Solução injetável 100 mg/ml Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE Fenocris Fenobarbital sódico APRESENTAÇÕES: Solução injetável Caixa com 50 ampolas

Leia mais

Dr. Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD

Dr. Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD Epilepsia na Infância Dr. Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD A epilepsia é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma "afecção crônica de etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas, devidas

Leia mais

"Paroxysmal Dyskinesias". Kailash P. Bhatia. Movement Disorders, 26:1157, 2011

Paroxysmal Dyskinesias. Kailash P. Bhatia. Movement Disorders, 26:1157, 2011 "Paroxysmal Dyskinesias". Kailash P. Bhatia. Movement Disorders, 26:1157, 2011 Discinesias paroxísticas (DP) são um grupo de condições que se manifestam com movimentos involuntários que se repetem episodicamente.

Leia mais

Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas

Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas. Emergências Neurológicas Anatomia Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Sistema Nervoso Central (SNC) Cérebro Medula espinhal Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos Cranianos Nervos Espinhais Fisiologia

Leia mais

SÍNCOPE DR EDUARDO DAMASCENO

SÍNCOPE DR EDUARDO DAMASCENO SÍNCOPE DR EDUARDO DAMASCENO INTRODUÇÃO PERDA TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA PODE SER SINCOPAL OU NÃO-SINCOPAL SÍNCOPE: PERDA TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA PROVOCADA POR HIPOPERFUSÃO CEREBRAL. EXISTEM OUTRAS

Leia mais

1. DEFINÇÃO DA EPILEPSIA a) Crise epiléptica b) Epilepsia. 2. EPIDEMIOLOGIA DA EPILEPSIA a) Países desenvolvidos b) Países emergentes

1. DEFINÇÃO DA EPILEPSIA a) Crise epiléptica b) Epilepsia. 2. EPIDEMIOLOGIA DA EPILEPSIA a) Países desenvolvidos b) Países emergentes 4º ANO DE GRADUÇÃO DE MEDICINA - 2015 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NEUROLÓGICAS DE FAMERP EPILEPSIA Prof Moacir Alves Borges moacirab@hotmail.com ROTEIRO DO CURSO 1. DEFINÇÃO DA EPILEPSIA a) Crise epiléptica

Leia mais

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Epilepsia. Novembro/2017

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Epilepsia. Novembro/2017 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Epilepsia Novembro/2017 2017 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou

Leia mais

Delirium em idosos. Dra. Vanessa Morais

Delirium em idosos. Dra. Vanessa Morais Delirium em idosos Dra. Vanessa Morais DEFINIÇÃO Síndrome clínica caracterizada déficit de cognição e atenção, de início súbito e curso flutuante. EPIDEMIOLOGIA 15 20% dos pacientes de hospitais gerais

Leia mais

Residência Médica 2019

Residência Médica 2019 CASO 1 Questão 1. Valor máximo = 2 pontos Comprometimento leve amnésico Questão 2. Valor máximo = 2 pontos Atrofia cerebral global, mais acentuada em estruturas temporais mesiais Questão 3. Valor máximo

Leia mais

ABORDAGEM INICIAL E MANEJO DAS CRISES EPILEPTICAS NA EMERGÊNCIA

ABORDAGEM INICIAL E MANEJO DAS CRISES EPILEPTICAS NA EMERGÊNCIA UNITERMOS ABORDAGEM INICIAL E MANEJO DAS CRISES EPILEPTICAS NA EMERGÊNCIA Verena Subtil Viuniski Manuela Edler Zandoná William Alves André Luis Palmini CRISES CONVULSIVAS; STATUS EPILEPTICUS; MANEJO EMERGENCIAL;

Leia mais

AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De

AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De AVALIAÇÂO E MANEJO DOMICILIAR De crises convulsivas UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Reitor Natalino Salgado Filho Vice-Reitor Antonio José Silva Oliveira Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Fernando

Leia mais

PROTOCOLOS CLÍNICOS Nº UNP Folha 04/01. ELABORADO POR Luciano de Paola APROVADO POR Marcos C. Lange HOMOLOGADO POR (Diretor de Corpo Clínico)

PROTOCOLOS CLÍNICOS Nº UNP Folha 04/01. ELABORADO POR Luciano de Paola APROVADO POR Marcos C. Lange HOMOLOGADO POR (Diretor de Corpo Clínico) PROTOCOLOS CLÍNICOS Nº. 04 - UNP Folha 04/01 : Estado de Mal Epiléptico Unidade de Neurol/Neuroc/Psiquiatria (UNP) ELABORADO POR Luciano de Paola APROVADO POR Marcos C. Lange HOMOLOGADO POR (Diretor de

Leia mais

Médico Neurologista/ Eletroencefalografia

Médico Neurologista/ Eletroencefalografia Médico Neurologista/ Eletroencefalografia Caderno de Questões Prova Objetiva 2015 01 Artefatos produzidos por potenciais cardíacos, respiratórios, musculares e oculares são conhecidos como: a) bioelétricos

Leia mais

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira AGITAÇÃO PSICOMOTORA Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira CONCEITO Estado de excitação mental e de atividade motora aumentada, associada a uma experiência subjetiva

Leia mais

TREINAMENTO TEÓRICO CURSO: PRIMEIROS SOCORROS - BÁSICO (40 HORAS)

TREINAMENTO TEÓRICO CURSO: PRIMEIROS SOCORROS - BÁSICO (40 HORAS) UNIDADE: 16 VERTIGENS, DESMAIOS E CONVENÇÕES. TREINAMENTO TEÓRICO CURSO: PRIMEIROS SOCORROS - BÁSICO (40 HORAS) MODALIDADE: ONLINE 16.0 INTRODUÇÃO A sensação de um mal-estar e a impressão de tudo girar

Leia mais

Cada ml de Piridoxina Labesfal, 150 mg/ml, Solução injectável, contém 150 mg de cloridrato de piridoxina como substância activa.

Cada ml de Piridoxina Labesfal, 150 mg/ml, Solução injectável, contém 150 mg de cloridrato de piridoxina como substância activa. FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento

Leia mais

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Sumário das Evidências e Recomendações para o Tratamento Cirúrgico da Epilepsia em Adultos Canoas, Fevereiro de 2009.

Leia mais

Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória)

Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória) Autores e Afiliação: Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória) Letícia Taniwaki. Ex- médica residente do Departamento de Clínica Médica - FMRPUSP; Carlos Henrique Miranda. Docente da Divisão

Leia mais

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CRISE CONVULSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CRISE CONVULSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CRISE CONVULSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EIXO 5: ENFERMAGEM EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE RESUMO Luiza Helena Holanda de Lima Silva 1 Fernanda Aline Rodrigues dos Santos 2

Leia mais

Tratamentos biológicos: Eletroconvulsoterapia (ECT) e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) excluem psicoterapia? Eduardo W.

Tratamentos biológicos: Eletroconvulsoterapia (ECT) e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) excluem psicoterapia? Eduardo W. Tratamentos biológicos: Eletroconvulsoterapia (ECT) e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) excluem psicoterapia? Introdução Eletroconvulsoterapia (ECT) Definições Histórico e preconceitos Utilização

Leia mais

Tema: ANTICONVULSIVANTES

Tema: ANTICONVULSIVANTES Resumo dos slides apresentados na palestra realizada no Minicurso de Psicofarmacologia, em novembro de 2012, na FAMAM, pelo Prof. Edilberto A. S. Oliveira. Tema: ANTICONVULSIVANTES ANTICONVULSIVANTES Prof.

Leia mais

LINEU CORRÊA FONSECA*, GLÓRIA M.A.S. TEDRUS**

LINEU CORRÊA FONSECA*, GLÓRIA M.A.S. TEDRUS** ATIVIDADE EPILEPTIFORMS OCCIPITAL COM ESTUDO COMPARATIVO CLÍNICO-ELETRENCEFALOGRÁFICO LINEU CORRÊA FONSECA*, GLÓRIA M.A.S. TEDRUS** RESUMO - Atividade epileptiforme occipital bloqueada pela abertura dos

Leia mais

SÍNCOPE. Aula 6 Imersão em Arritmias Cardíacas. Dr. Bruno Andrea

SÍNCOPE. Aula 6 Imersão em Arritmias Cardíacas. Dr. Bruno Andrea SÍNCOPE Aula 6 Imersão em Arritmias Cardíacas Dr. Bruno Andrea SÍNCOPE Perda transitória da consciência associada à perda do tônus postural Recuperação espontânea e rápida Secundária à hipoperfusão cerebral

Leia mais

Abordagem da hipertensão arterial no pronto socorro

Abordagem da hipertensão arterial no pronto socorro Abordagem da hipertensão arterial no pronto socorro Marcelo De Carli Cardiologista 25/11/2011 20:30 às 21:10 Crise Hipertensiva Termo aplicado à elevação aguda da PA com sinais e sintomas. É dividida em

Leia mais

Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos

Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos os problemas de saúde (Murray e Lopez, 1996) e a quarta

Leia mais

Neurologia Pediátrica

Neurologia Pediátrica Universidade Federal de São Paulo COREME Residência MÉDICA - 2013 Neurologia Pediátrica Nome do Candidato N.Inscrição INSTRUÇÕES Verifique se este caderno de prova contém um total de 20 questões, numeradas

Leia mais

Vertigem. Vertigem, Síncope e Convulsão. Causas. Causas. Episódios 2/6/2010

Vertigem. Vertigem, Síncope e Convulsão. Causas. Causas. Episódios 2/6/2010 Vertigem Vertigem, Síncope e Convulsão Vertigem é um sintoma no qual a pessoa tem a sensação de uma tontura rotatória, podendo causar náuseas, vômitos, ilusão de movimento, etc. Existem dois tipos de vertigem,

Leia mais

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I)

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS CURSO INSUFICIÊNCIA NACIONAL MITRAL DE RECICLAGEM (I.M.I) EM CARDIOLOGIA - SUL INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) APARELHO VALVAR MITRAL FOLHETOS CORDAS TENDÍNEAS MÚSCULOS PAPILARES

Leia mais

SAÚDE NO TRABALHO: EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS

SAÚDE NO TRABALHO: EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS SAÚDE NO TRABALHO: EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS TRABALHO EM ALTURA TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO Luisa Alves Basques Médica do Trabalho NR-07 7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória

Leia mais

Proporcionam alívio que conduz à ansiedade até hipnose, anestesia, coma e morte.

Proporcionam alívio que conduz à ansiedade até hipnose, anestesia, coma e morte. Medicamentos capazes de diminuir a actividade do cérebro, principalmente quando ele está num estado de excitação acima do normal, causando deste modo sonolência ou até inconsciência. Analgésico - Sedativo

Leia mais

1 METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DA LITERATURA

1 METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DA LITERATURA Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS n o 1.319, de 25 de novembro de 2013. 1 METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DA LITERATURA Foram realizadas buscas no Medline/Pubmed com as palavras-chave

Leia mais