O CLUBE DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE.

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Transcrição:

O CLUBE DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE. Resumo: Naysa Crystine Nogueira Oliveira 1 Wellington Lima Cedro 2 Pôster:Práticas de Ensino e Estágio Este trabalho pretende relatar as contribuições que a iniciação científica traz para a formação do licenciando em matemática. Serão evidenciadas algumas das experiências vivenciadas no Projeto Observatório da Educação. O projeto contempla a elaboração de atividades lúdicas. O desenvolvimento das mesmas acontece por meio do Clube de Matemática. O Clube tem como finalidade possibilitar aos envolvidos o conhecimento da matemática utilizando a Atividade Orientadora de Ensino, a mesma é caracterizada por ser uma atividade que permite aos sujeitos envolvidos à aprendizagem pela mediação, sendo realizada pelo professor de matemática. Para que este processo de ensino e aprendizagem seja significativo para todos os envolvidos do projeto, baseamo-nos na Zona de Desenvolvimento proximal e na perspectiva histórico-cultural. Estas teorias contribuíram substancialmente para o desenvolvimento de um trabalho onde a troca do conhecimento, o trabalho em equipe e a colaboração mútua são fundamentais, para o sucesso da abordagem metodológica adotada pelo projeto. O presente trabalho pretende mostrar que a associação entre pesquisa e graduação, forma o licenciado de modo que o mesmo torna-se um professor reflexivo e autônomo, tendo em sua prática docente a ação de um professor pesquisador. Professor que ao longo de sua carreira docente buscará medidas intervencionistas em sala de aula que venha á atender as dificuldades encontradas pelos alunos, na disciplina de matemática. Um graduando com esta formação inicial se tornará ao longo dos anos um professor de matemática que será um educador matemático, tendo em sua prática docente a pesquisa como fundamentação para suas abordagens teóricas e metodológicas em sala de aula. Palavras Chaves: Formação de professores, práticas de ensino, Atividade Orientadora de Ensino e Iniciação Científica. INTRODUÇÃO Ao entrar em uma universidade, um universo de novas possibilidades se descortina para o graduando. Neste local se formará como profissional exercendo futuramente uma função com valor social, contribuindo para o progresso humanitário. As universidades possibilitam aos alunos uma prévia de sua futura atuação profissional por meio dos estágios e das iniciações científicas. 1 Universidade Federal de Goiás (UFG). Endereço Eletrônico: naysacrystine@gmail.com 2 Universidade Federal de Goiás (UFG). Endereço Eletrônico: wcedro@mat.ufg.br

A iniciação científica quando voltada para a formação docente, têm como pretensão formar um professor que buscará recursos metodológicos e teóricos para ensinar matemática aos seus alunos de forma: envolvente, curiosa e significativa. O professor que possui sua formação pautada na pesquisa terá um diferencial em relação à forma como visualiza um problema em sala de aula e o soluciona. Neste sentido, o Projeto Observatório da Educação oferece a oportunidade a alunos da graduação, pós-graduação lato sensu, mestrando e professores da rede pública de ensino de Goiânia, á aprendizagem de abordagens de ensino pautadas na Atividade Orientadora de Ensino, atividade esta que direciona e conduz a objetividade da ação docente do professor de matemática. Dentre seus vários objetivos, o projeto prevê o desenvolvimento de atividades matemáticas lúdicas, que abarcassem alguns conteúdos matemáticos dos anos iniciais, utilizando para esta finalidade: recursos didáticos, histórias e jogos. Estas atividades são direcionadas pela Atividade Orientadora de Ensino, definida por (MOURA, 1996b, p. 32) como, A atividade de ensino que respeita os diferentes níveis dos indivíduos e que define um objetivo de formação como problema coletivo é o que chamamos de atividade orientadora de ensino. Ela orienta o conjunto de ações em sala de aula a partir de objetivos, conteúdos e estratégias de ensino negociado e definido por um projeto pedagógico. Temos então que a Atividade Orientadora de Ensino norteia o planejamento e a execução da ação docente, delimitando os objetivos e estabelecendo as possibilidades para que a mesma seja uma atividade: lúdica, curiosa e envolvente. Para realizar as atividades criadas pelo projeto Observatório da Educação, utilizamos o espaço do Clube de Matemática. Caracterizado por (CEDRO, 2004, p. 52.) como sendo: Um espaço de aprendizagem tanto para os futuros professores como para os estudantes da educação básica e para os professores que ensinam matemática. A característica principal deste espaço é dada por meio do desenvolvimento de atividades orientadoras de ensino. E no Clube que colocamos de forma efetiva todos os ensinamentos teóricos da Atividade Orientadora de Ensino. O CLUBE DE MATEMÁTICA O Clube de Matemática é uma extensão do projeto Observatório da Educação. Sendo o mesmo um espaço sócio-educativo, onde executamos as atividades criadas pela

equipe do Observatório. O Clube contempla doze crianças do quinto ano do ensino fundamental Os encontros são realizados uma vez por semana, tendo duração de duas horas. Atualmente o Clube esta instalado em quatro escolas da rede públicas de ensino em Goiânia. As ações do Observatório consistem em: Estudo do referencial teórico, estudo do conteúdo matemático que será abordado, elaboração das atividades lúdicas e execução das atividades lúdicas na escola campo. Todas estas ações têm como finalidade as atividades e as práticas de ensino realizadas no Clube de Matemática As atividades elaboradas pelo projeto Observatório são executadas pelo Clube. Atualmente trabalhamos com os conteúdos de álgebras e dos números. A equipe que trabalha com os números adota a história virtual lúdica, como uma abordagem inicial para desencadear a situação problema, valendo-se também do jogo como recurso didático para se ensinar matemática. De acordo com Moura e Lanner de Moura, na história virtual do conceito, o conteúdo é um dos elementos principais do ensino. O professor que o elege deve ter presente, porém, que ele é um objetivo possível de ser desenvolvido em situação escolar (1998, p. 15). O Clube é um espaço de aprendizagem para professores e alunos, permite a troca de saberes, estimula o trabalho coletivo e não inibe a criança do ato de brincar. Neste cenário o professor será quem media o processo de ensino e aprendizagem. Adotando a postura de alguém: "que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção do conhecimento do aluno" (PRADO, 2003, p. 3). Neste processo de mediação, o aluno será estimulado a produzir suas próprias respostas. O CLUBE DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DO LICENCIANDO Este espaço possui um grande potencial para a formação de professores de matemática, visto que ao observar a prática de outros professores internalizo métodos e procedimentos para a minha ação docente. O Clube mostra ao licenciando a importância do planejamento da atividade de ensino e do trabalho coletivo. Coloca a aquisição do conhecimento como uma partilha de saberes, em que o professor conduz o aluno na busca de possíveis soluções para a situação problema proposta. Sou aluna da graduação e realizo Iniciação Científica. Participo do projeto Observatório da Educação e atuo como professora em formação no Clube de Matemática. Ser aluna de iniciação científica do Observatório proporcionou-me o estudo teórico: da Atividade

Orientadora de Ensino, do jogo, do lúdico e da história virtual. Todo este estudo foi direcionado para elaborar atividades que seriam aplicadas no quinto ano do ensino fundamental no espaço do Clube de Matemática. Ao concluirmos esta parte do estudo teórico passamos a estudar o conteúdo dos números. Este estudo se focou no livro: Os Números a história de uma grande invenção do autor George Ifrah. Terminado os estudos, passamos para a elaboração das atividades. Relatarei aqui a atividade Caldeirão das Emoções. Esta atividade é desencadeada por uma história virtual. Possui como proposta a montagem de cinco caldeirões. Para montar estes caldeirões utilizamos o recurso didático Cuisenaire e pistas referentes à como montar cada um dos cinco caldeirões. À medida que os alunos montassem os caldeirões conseguiriam verificar a decomposição e a contagem.. Descreverei aqui a pista do caldeirão do amor: Neste caldeirão teremos a emoção do amor, um dos melhores sentimentos para se sentir. Coloque no caldeirão a quantidade equivalente aos dedos de uma mão de emoção do amor. Deve-se colocar também vivacidade, referente à quantidade, de que para cada amor tenha-se um par de vivacidades. A figura 1 mostra a solução do caldeirão do amor. Nesta atividade trabalhamos somente com cinco cores do material Cuisenaire, indicado na Figura 2. Figura 1: Caldeirão do amor montado Figura 2: Peças do Cuisenaire utilizadas na atividade caldeirão das emoções. No dia da realização desta atividade no Clube de Matemática, os alunos estavam curiosos em relação ao que iria acontecer. Para contar a história utilizamos o recurso da oralidade interpretativa. Quando a contadora finalizou a história iniciamos a realização da atividade. Dividimos os alunos em dois grupos de seis alunos. Cada grupo e acompanhado por uma professora, nesta atividade conduzi um dos grupos na montagem do caldeirão, e pude observar como os alunos constroem o

raciocínio matemático em relação à contagem e a decomposição. Nesta atividade percebi que ao trabalhar com o lúdico o professor consegue despertar no aluno o interesse em realizar a atividade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atuar no projeto Observatório da Educação e no Clube de Matemática permitiu-me a (re)descoberta a matemática como elemento formativo, racional e social da realidade contemporânea. Tendo a Atividade Orientadora de Ensino, como um recurso que conduz a ação docente do professor de matemática. Onde o mesmo elabora atividades lúdicas, utilizando a história e o jogo como finalidade para aproximar à atividade matemática da realidade do aluno, despertando no mesmo o interesse em se aprender matemática. Participar deste projeto me possibilitou vislumbrar a professora de matemática que quero ser quando me formar. Uma professora pesquisadora que tenha uma práxis reflexiva. Espero colocar em prática tudo o que aprendi nesta iniciação científica, e que sempre busque melhor a minha ação docente de modo a atender meus alunos, solucionando as suas dificuldades. AGRADECIMENTOS Este trabalho recebeu apoio material e/ou financeiro da CAPES e INEP, via edital Edital Nº 38/2010/CAPES/INEP, Programa Observatório da Educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA CEDRO, W. L. O espaço de aprendizagem e a atividade de ensino: O Clube de Matemática. 2004. 171 f. Dissertação (Mestrado em Educação: ensino de ciências e matemática) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004, p. 52. MOURA, M. O. A atividade de ensino como unidade formadora. Bolema. Rio Claro, São Paulo, ano 11, n. 12, 1996b. p. 32..LANNER de MOURA, A. R.; Escola: Um Espaço Cultural. Matemática na Educação Infantil: Conhecer, (re)criar Um modo de lidar com as dimensões do mundo. São Paulo: Diadema/SECEL, 1998. p. 15.

PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de projetos. Salto para o futuro/tv escola, Brasília, Boletim 2003. Série Pedagogia de projetos e integração de mídias. Disponível em: <http:// www.tvebrasil.com.br/salto/>. Acesso em: 18 jun. 2013.