O QUE É UMA MICROEMPRESA



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Transcrição:

O que é empresa O Artigo 6º da Lei n.º 4.137, de 10/09/1962 define empresa como "... toda organização de natureza civil ou mercantil destinada à exploração por pessoa física ou jurídica de qualquer atividade com fins lucrativos". Na definição de Vivante, citado por KREPSKY (1992, p.14) empresa é "... um organismo econômico que sob o seu próprio risco recolhe e põe em atuação, sistematicamente, os elementos necessários para obter um produto destinado à troca". DEMAC (1990) apud LEZANA (1996, p.2), define: "Empresa é um lugar onde se cria riqueza e que permite pôr em operação recursos intelectuais, humanos, materiais e financeiros para extrair, produzir, transformar ou distribuir bens e serviços, de acordo com objetivos fixados por uma administração. De maneira geral, estes objetivos se relacionam, em maior ou menor grau, com a ambição de ganho e com o benefício social".

O QUE É UMA EMPRESA Enfim, de forma bastante geral, uma empresa nada mais é do que uma pessoa ou um grupo de pessoas que, desenvolvendo trabalhos de forma conjunta, busca atingir objetivos utilizando-se da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros. Estes objetivos empresariais normalmente variam à medida que a empresa se desenvolve. São divididos em diretos e indiretos e estão definidos, na maioria das vezes, em: produção ou venda de bens de consumo e de produção, prestação de serviços, atendimento às necessidades dos clientes/consumidores, finalidades sociais, lucro e sobrevivência.

O QUE É UMA MICROEMPRESA Lei 9.317 de 05 de dezembro de 1996 (Lei do SIMPLES): A lei do SIMPLES define uma microempresa como a empresa cujo faturamento anual é de até R$ 120 mil (US$ 65,9 mil) e a pequena empresa como aquela cujo faturamento anual é superior a R$ 120 mil(us$ 65,9 mil) e igual ou inferior a R$ 720 mil (US$ 395,6 mil). Com a alteração feita pela Lei 9.732 de 11 de dezembro de 1998, a pequena empresa passou a ser considerada como aquela cujo faturamento anual é superior a R$ 120 mil (US$ 65,9 mil) e igual ou inferior a R$ 1,2 milhões (US$659,3 mil).

Lei 9.841 de 05 de outubro de 1999 cria o novo Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. Adiciona à legislação uma definição mais ampla para estas empresas amplia o número de empresas que podem ser classificadas como micro e pequenas.

Os principais benefícios criados pela Lei 9.841 de 1999 são os seguintes Trata-se na lei a questão do desenvolvimento da empresa e consente-se, entre outras coisas, um investimento mínimo de 20% dos recursos federais em pesquisa, desenvolvimento e formação tecnológica às micro e pequenas empresas. Concede-se mais crédito para a exportação, respeitando-se as regras do tratado do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). A microempresa é definida como uma empresa cujo faturamento anual é de até R$ 244 mil (US$ 134 mil), enquanto a pequena empresa é aquela cujo faturamento anual e superior a R$ 244 mil e igual ou inferior a R$ 1,2 milhão (US$ 134 mil e 659,3 mil respectivamente). São facilitados os procedimentos de registro e de oficialização (saída da informalidade) das micro e pequenas empresas e menos documentos são exigidos delas. Introduz-se na fiscalização do INSS e das questões do trabalho o procedimento de dupla visita, sendo a primeira visita do fiscal uma visita de caráter pedagógico e as próximas com a possibilidade de multas no caso de contravenções reincidentes.

Definição de Micro, Pequenas e Médias Empresas no Brasil

As definições do porte de empresas apresentadas na tabela são importantes por que o SIMPLES(Lei 11. 196/2005) e o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte(Lei 9.841/1999) concedem a estas categorias de empresas, ainda que de forma tímida, tratamento jurídico diferenciado e simplificado em questões tributárias, creditícias e burocráticas, entre outros benefícios.

Micro e Pequenas Empresas Respondem, por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% dos empregos totais e por 26,0% da massa salarial. Em função do número expressivo de empregos gerados entre os dois anos, nos dois segmentos, a massa salarial apresentou incremento real de 57,3% nas microempresas e 37,9% nas pequenas.

Médias e Grandes Empresas respondem, por 42,8% do total de empregos e 74,0% da massa de salários: a massa salarial aumentou menos que nas MPE, entre 1996 e 2002, respectivamente; 7,6% nas médias empresas; e 3,2% nas grandes, em decorrência da menor taxa de crescimento dos empregos gerados no período, nesses segmentos

Dados gerais das MPEs brasileiras

CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA DE PEQUENA DIMENSÃO a estrutura organizacional é simples e nem sempre definida claramente; é reduzido o número de diretores, com a centralização de decisões no dirigente principal; satisfazem mais facilmente as necessidades de especialização; os recursos são altamente limitados; o acesso às fontes de capital de giro e às inovações tecnológicas falta ou é difícil; é pequeno o número de funcionários em relação ao setor de atividade; absorvem significativa parcela de mão-de-obra, especialmente a não-qualificada; o recrutamento e a manutenção de mão-de-obra são difíceis; proprietários e administração são interdependentes, isto é, há um estreito vínculo entre o empreendedor (proprietário) e a empresa, acarretando que, em grande número de casos, o empreendedor (suas crenças, valores e personalidade) e o empreendimento se confundem; não dominam o setor onde operam; possuem, normalmente, alto grau de complementaridade e/ou subordinação às empresas de grande porte; a margem de erro aceitável é bastante pequena.

O CRESCIMENTO E A CONTRIBUIÇÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS RESNIK (1990, p.1/2) afirma que no final dos anos 80, surgiram no Brasil, a cada ano, cerca de 600.000 novas empresas. Nos EUA, nesse mesmo período, este número se aproxima de um milhão. De acordo com GRACIOSO (1995, p.10), o crescimento do setor das pequenas empresas, no Brasil, tem alcançado taxas anuais de 10%.

Que razões têm levado pessoas a criar seu próprio negócio? Talvez estas sejam inúmeras. No entanto, dois grupos de razões são destacáveis quando se analisa esta nova situação de mercado ou sócioeconômica.

Grupo de Intenções Pessoais construir grandes fortunas; independência profissional; fuga da rigidez e burocracia das grandes organizações; satisfação emocional de possuir seu próprio negócio.

Grupo Razões de Mercados às rápidas mudanças comportamentais e de satisfação de necessidades das pessoas, geradas através da complexidade da sociedade; ao grande encerramento de postos de serviços nas indústrias, gerado pelo avanço tecnológico dos fatores de produção e de gerência, que dá a esta mão-de-obra à disposição, quase sempre, dois destinos: a) transferência ao setores de serviços - composto, em sua grande maioria, por empresas de pequeno porte, ou b) empreendimento de negócios próprios; às novas ideologias e tendências do setor público e estatal que conduzem à não-absorção de novos funcionários; à fragmentação ou desintegração das grandes empresas em pequenas unidades.

Contribuições das Pequenas Empresas - estímulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora; - relação capital/trabalho mais harmoniosa; - possível contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão-de-obra, seja pelo crescimento das pequenas empresas já existentes ou pelo surgimento de novas; - efeito amortecedor dos impactos do desemprego; - efeito amortecedor das conseqüências das flutuações na atividade econômica; - manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões; - contribuição para a descentralização das atividades econômicas, em especial na função de complementação às grandes empresas; - potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produto e de processo."

A IMPORTÂNCIA DA PEQUENA EMPRESA NO CONTEXTO NACIONAL As micro, pequenas e médias empresas brasileiras representam 99% do total de empresas, são responsáveis por 77% das Receita Nacional (comércio e serviços), do Valor Bruto de Produção (industrial); 38% do Produto Interno Bruto (PIB) e utilizam 79% da mão-de-obra ocupada no país. Identificou que no Brasil o setor de micro e pequenas empresas atinge um universo de 3,5 milhões de organizações, as quais representam 98,3% do total de empresas registradas; são responsáveis por 20,4% do PIB e, ainda, absorvem 59,4% da mãode-obra ocupada no País.

BRASIL Participação dos Estabelecimentos na Oferta de Emprego nos Setores

Os números demonstram que as MPEs são responsáveis por 59,38% do total da mão-de-obra empregada nos três setores. Cabe ressaltar que no setor comércio, que corresponde a 33% da mão-de-obra empregada nos três setores, as MPEs participam com 80,25%, e no setor serviços, que corresponde a 23% do total, as MPEs empregam 63,58% do pessoal ocupado.

Enfim, é possível, ainda, enumerar uma série de outros fatores que demonstram quão importantes são as MPEs no contexto nacional, tais como: as MPEs permitem a formação de uma classe empresária nacional; fortalecem as economias municipais através do emprego e utilização de matéria-prima e mão-de-obra local; estimulam a concorrência, diminuindo a concentração da produção e consequentemente do poder econômico e político nas mãos de poucos.

A IMPORTÂNCIA DA PEQUENA EMPRESA NO CONTEXTO MUNDIAL Inicialmente faz-se mister destacar que em muitas economias continentais o grande avanço das pequenas e médias empresas deu-se em função do grande espaço ocupado pela área de serviços que, até poucas décadas atrás, era ocupado pelas economias comercial e industrial. Prova disto é que, na Dinamarca e na Holanda, a fatia relativa de empregos na área de serviços é ao redor de 70%. Já em Portugal e na Grécia o ramo de serviços ocupa 44% e 48%, respectivamente O setor de serviços vem ocupando um lugar de destaque na maioria dos países que outrora tiveram sua economia sustentada pela atividade manufatureira. A urbanização das populações, o avanço tecnológico, a automação das indústrias e, ainda, a busca por melhoria de qualidade de vida são alguns fatores que impulsionam o crescimento deste setor nos países industrializados.

A IMPORTÂNCIA DA PEQUENA EMPRESA NO CONTEXTO MUNDIAL firmas com menos de 100 empregados têm 69% do total de empregos na Itália e 46% nos Estados Unidos; firmas de tamanho médio (entre 100 e 499 empregados), em manufatura, têm 25% do total de empregos em manufatura na Alemanha, 36% na Noruega e 18% na Itália; a fatia total das PMEs (menos de 500 empregados) varia em torno de 67% no Japão, 69% na Suíça e 74% na Itália; no Brasil, as micro, pequenas e médias empresas representem 99% do total de empresas existentes; na Inglaterra, houve um aumento de 14% em 1963 e 24% em 1986, em empregos, em manufatura, em pequenas empresas e quase nenhum aumento nas médias empresas.