TÍTULO: ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA EM VIGA DE CONCRETO ARMADO CLASSE I E II

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Transcrição:

TÍTULO: ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA EM VIGA DE CONCRETO ARMADO CLASSE I E II CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): KARINA LOPES CARNELÓS ORIENTADOR(ES): LUCAS RODRIGO MIRANDA

RESUMO Por possuir significativa utilização na construção civil, o concreto possui diversas capacidades de resistência à compressão, sendo os mais comuns padronizados no Grupo I qual esta representada pelas resistências de 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 50 Mpa e a Grupo II as classes de resistência de 55, 60, 70, 80 e 90 Mpa. Opções que visam superar as solicitações das diversas vigas, lajes, pilares, e todas as estruturas de concreto. O que nos faz questionar qual opção recomendada para cada caso. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar um exemplo arbitrário de uma viga de concreto armado, localizada no segundo pavimento de um depósito com acesso para pessoas, composto por 1 andar, buscando definir o desempenho de cada resistência a compressão nesta estrutura. A metodologia aplicada foi fundamentada nos métodos de analise estrutural clássico e no método dos estados limites das normas brasileiras, utilizando materiais comerciais e baseado em uma estrutura real. Trata-se de uma obra de pequeno porte, mas devido seu grande emprego na construção civil, poderá trazer conhecimento aos leitores quanto à escolha da resistência a compressão do concreto a utilizar. Os resultados evidenciam que é incorreto acreditar que a melhor opção para qualquer estrutura seja concretos da Classe II, por apresentar resistência à compressão maior. É de suma importância analisar as características particulares da estrutura. Para a verificação da resistência adequada foram utilizadas fórmulas para cálculo, principalmente da NBR 6118:2014. PALAVRAS-CHAVE: resistência, compressão, desempenho.

1. INTRODUÇÃO Vigas são elementos lineares em que a flexão é preponderante (NBR 6118/2014, item 14.4.1.1). Onde predominam os esforços: momento fletor e a força cortante, de acordo com o Professor Doutor Libânio Miranda Pinheiro. Elementos lineares são aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominada barras. Para que se possa dimensionar uma estrutura é necessária determinar os efeitos das ações sobre ela, que é obtido através da análise estrutural. A qual possibilita estabelecer a distribuição dos esforços internos, tensões, deformações e deslocamentos, em toda estrutura ou parte dela. A combinação dessas ações que devem atender aos critérios dos estados limites último e de serviço. A partir de um ou mais projetos estruturais que se o obtém a análise estrutural, O modelo deve representar a geometria dos elementos estruturais, os carregamentos atuantes, as condições de contorno, as características e respostas dos materiais, sempre em função do objetivo específico da análise. (item 14.2.2), conforme NBR 6118:2014. Esta norma define a resposta dos materiais através de analises estruturais, e se diferem pelo comportamento associado aos materiais da estrutura, como comportamento elástico-linear, plástico, respeitando as limitações de cada caso. Um exemplo arbitrário foi escolhido para o melhor entendimento do comportamento de uma viga de concreto armado quando aplicada em uma estrutura. Foram então definidas as dimensões da viga (altura, largura e comprimento), e calculado a área de armadura necessária na seção mais solicitada, utilizando aço (CA-50) e experimentalmente variando as classes de resistência do concreto, Grupo I inclui as classes de resistência Fck de 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 50 Mpa e Grupo II inclui as classes de resistência de 55, 60, 70, 80, 90 Mpa. Como definido pela norma, concretos para fins estruturais Grupo I e II. 2. OBJETIVOS Definindo adequadamente as solicitações que uma viga de concreto armado sofre, quando empregada em uma edificação, é possível um dimensionamento viabilizado da mesma. O intuito deste trabalho é destacar entre as diversas resistências

características à compressão existente para o concreto (fck) atualmente no Brasil (C20 a C90), uma opção que mais se aproxime do necessário para uma estrutura definida em um modelo padrão, quanto às demais características serão padronizadas. Pretende-se contribuir para a formação técnica de engenheiros e incrementar conhecimento capaz de elucidar tomadas de decisão em obras de engenharia com o uso de concretos em Elevado Desempenho ou concretos convencionais. 3. METODOLOGIA A partir da definição dos dados iniciais, o estudo foi fundamentado nos métodos de analise estrutural clássico e no método dos estados limites das normas brasileiras. O exemplo selecionado baseou-se em estruturas reais e os materiais adotados são os disponíveis no mercado. 4. DESENVOLVIMENTO O estudo dos tipos de carregamentos é a base para a determinação dos valores das ações. Portanto serão considerados os carregamentos permanentes: peso próprio da viga, peso da laje apoiada na viga, peso do revestimento (piso e contrapiso), peso da alvenaria e o carregamento variável sobrecarga de utilização, quanto a ação do vento pode ser desconsiderado pelas características dessa estrutura, de acordo com a NBR6123: 1988. A partir das combinações de ações são obtidos os esforços máximos respectivos ao fck definido e em seguida a área de armadura na seção mais solicitada da viga, para definir o fck eficiente e seguro a ser adotado neste caso. 4.1. Estudo de caso como modelo: Descrição O exemplo adotado trata-se de um depósito com acesso para pessoas, com 2 pavimentos. A viga analisada é a Viga (V3), a qual se localiza no segundo

pavimento, possui comprimento total de 11,5 metros, divididos em duas seções, (seção1 de 0 a 10 metros e seção2 de 10 a 11,5 metros). A Viga V3 está apoiada nos pilares P1 e P3, possui balanço de 1,5m, e contribui como elemento de apoio das lajes L1 e L2. A Laje 2 é estrutura para um terraço com acesso a pessoas, e será engastada na Laje 1. Na figura abaixo podemos observar o posicionamento dos quatro pilares, quatro vigas e duas lajes, com as dimensões necessárias para analise em questão. Planta ilustrativa do segundo pavimento,destacando a posição de cada viga, pilar e laje. A seção transversal da viga é retangular com dimensões de 20 cm de largura (bw) e 100 cm de altura(h). As dimensões foram definidas pra atender as necessidades perante as solicitações; a largura principalmente para acompanhar largura usual de parede que é 20 cm e altura para atender ao vão de 10m entre os apoios. 4.2. Carregamentos 4.2.1. Devido peso próprio da viga (G1): É determinada através do produto entre o peso específico do material da viga (concreto armado) e a área da seção transversal da viga. ɣ * A=25 KN/m³ * (0,2x1)m² = 5 KN/m

4.2.2. Devido peso da parede sobre a viga (G2): É determinada através do produto entre o peso específico do material da viga (bloco 0,15m e revestimento) e a área da seção transversal da parede (dimensões da parede: 3m de altura e largura de 0,2m) ɣ * A=17KN/m³ * (0,2x3)m² = 10,2 KN/m 4.2.3. Devido peso da laje (G3): Na tabela abaixo podemos ver as considerações necessários para cálculo do peso da laje L1 e da laje L2. *Valores de Peso específico obtidos da norma NBR6120: 1980 cargas para cálculo de estruturas em edificações. Ações atuantes na laje (carga acidental): Laje1=> 4KN/m²(eventual depósito com acesso para público); Laje2=>3KN/m² (terraço com acesso para público) Para o cálculo da carga atuante devido às lajes pré-moldadas maciças apoiadas nas vigas V3 e V4, foi considerado que 50% da carga exercida pela Laje1 deve ser suportada pela viga3, 50% suportada pela viga4, por serem as vigas ao longo do maior vão, as quais também recebem, cada uma, 50% da carga exercida pela Laje2. Quanto às vigas posicionadas ao longo do menor vão foi considerado que 15% da carga exercida pela Laje1 deve ser suportada pela viga1, e 15% suportada pela viga2. A viga2 também recebe parte da carga exercida pela Laje2.

4.2.4. Tensão total devido à laje maciça na Viga V3: 4.2.4.1. Considerações: - Espessura da laje: 10 cm. - Peso específico do revestimento da laje(ɣ) : 20KN/m². - Espessura do piso: Laje1 = 4 cm; Laje2 = 3 cm. - Espessura do Forro: 2,5cm. - Somente na Laje2 por se tratar de uma estrutura exposta a ação de águas foi considerado impermeabilização (ɣ=20kn/m³), com 1 cm de espessura. 4.2.4.2. Seção 1 (0 X 10) - Peso próprio da laje = 25KN/m³ * 0,1m (espessura da laje). - Peso permanente do revestimento = 20KN/m³ * (0,04 + 0,025)m. - Carga variável acidental = 4KN/m². - Carga atuante para Viga3 = 50% (7,8 * 5) = 19,5 KN/m 4.2.4.3. Seção 2 (10 X 11,5) - Peso próprio da laje = 25KN/m³ * 0,1m. - Peso permanente do revestimento = 20KN/m³ * (0,03 + 0,025)m. - Peso permanente da impermeabilização = 20KN/m³ * 0,1m. - Carga variável acidental = 3KN/m². - Carga atuante para Viga3 = 50%(6,8 * 5) = 17,0 KN/m. 4.2.5. Resultante de carregamentos - Seção 1 (0 X 10) Carga atuante = 19,5 + 5 + 10,2 = 34,7 KN/m - Seção 2 (10 X 11,5) Carga atuante = 17,0 + 5 + 10,2 = 32,2KN/m

4.3. Momento fletor A partir dos diagramas, foi encontrado momento máximo de 415,65KNm na posição 4,9m do eixo X. Portanto o momento usado para cálculo foi o valor majorado (415,65 x 1,4 = 581,9KNm). 4.4. Considerações para detalhamento das armaduras longitudinais - Espaçamento mínimo: Foi utilizado espaçamento mínimo na vertical e na horizontal de 20 mm, de acordo com NBR 6118:2014 (18.3.2.2). - Cobrimento nominal: Seguindo a ABNT NBR 6118:2014, baseada na classe de agressividade II, tolerância de cobrimento para a seção ( c), o mínimo seria 30 mm, porém considerando rigoroso controle de qualidade do concreto, pode ser reduzido em até 5 mm, então foi adotado para a viga em questão cobrimento nominal de 25mm. - Altura útil: 90 cm, de acordo com o d de 10 cm, o qual considera o cobrimento de 25 mm, o diâmetro do estribo, e atende a necessidade de colocar até 2 barras de 20 mm com devido espaçamento vertical. 5. RESULTADOS 5.1. Armadura efetiva Os cálculos foram realizados individualmente para cada Fck analisado, utilizando as tabelas de KMD da NBR 6118:2014, verificou os respectivos KZ e KX (respectivos a Fcd) encontrados na tabela da NBR 6118:2014. Posteriormente definiu a armadura longitudinal (As) de cada Fck, e então a armadura efetiva, baseado nos diâmetros comerciais de aço disponíveis no mercado. KMD = Md bw. d 2. fcd As = Md KZ. d. fyd

5.2. Momento de ruptura Para melhor analise do desempenho das classes de resistência a compressão, para a viga em questão, foi calculado o Momento de ruptura, o qual considera em sua formulação o KZ obtido a partir dos valores de KMD desconsiderando coeficient es de segurança do aço e do concreto. M = As. Fy. d. KZ 5.3. Analise Todas as resistências a compressão do concreto (Classe I e Classe II) analisadas, apresentaram situações nos Domínios 2 e 3, de acordo com os respectivos valores de KMD, domínios adequados para empregar em estruturas como a deste exemplo, o que dispensa a armadura dupla na viga. Porém o Domínio mais seguro para trabalhar, por considerar as máximas deformações do aço e do concreto é o Domínio 3, qual é possível utilizando as três menores resistências, 20MPA, 25MPA e 30MPA. Analisando os valores de momento de ruptura, observa-se que os maiores

valores referem-se aos Fck da Classe I (menores resistências do concreto), por exemplo, utilizar na viga o concreto de resistência a compressão de 20MPA (C20), Classe I, rompera com a solicitação de 76825,70 KNcm, enquanto com o concreto Classe II resistência de 90Mpa (C90) resistirá apenas a 69121,75 KNcm, o que indica que não vantagem utilizar os Concretos da Classe II. CONSIDERAÇÕES FINAIS Menores resistências do concreto armado resultaram em situações no domínio 3 (considera maiores deformações do aço e concreto) e proporcionam maiores momentos de ruptura. Concretos de alta resistência (Classe II) apresentam redução na quantidade de armadura, porém ao dimensionar com diâmetros comercias se torna pouco significativo, devido aos parâmetros de redução da resistência do concreto Classe II ser variável, então não há uma relação linear entre o aumento do fck e da redução da armadura. Deve-se ainda verificar os detalhamentos que promovem ajustes nas áreas de armaduras efetiva. FONTES OCULTADAS MARCHETTI,O.; BOTELHO,C.H.A.Concreto Armado eu te amo.3.ed.,2011 KRIPKA M.; PAGNUSSAT R. Parâmetros para o dimensionamento otimizado de vigas de concreto armado.revista Téchne,2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS(ABNT). NBR6118:2014. Projeto para de Estruturas de Concreto. Rio de Janeiro..NBR6120:1980. Cargas para cálculo de estruturas em edificações. Rio de Janeiro..NBR8953:2015. Concretos para fins estruturais. Rio de Janeiro..NBR6123:1988. Forças Devidas ao vendo em edificações. Rio de Janeiro.