PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GÁS E TERMOELÉTRICAS 1 JUNHO DE 2011 Nivalde J. de Castro Daniel C. L. Langone

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO...3 1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO, PRODUÇÃO E TRANSPORTE...5 2-CONSUMO DE GÁS NATURAL...7 3-PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL...8 4-ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS, DAS EMPRESAS DE GÁS E TERMOELÉTRICAS...9 (1) Participou da elaboração deste relatório como pesquisador Roberto Brandão 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório está esquematizado em grupos de assuntos relacionados ao setor de Gás e às usinas termelétricas. São eles: i) descobertas, exploração, produção e transporte de GN; ii) consumo de GN; iii) preço e comercialização do gás natural; iv) aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Estes grupos possuem subgrupos nos quais tornam o relatório ainda mais fácil para a busca encadeada dos fatos durante o mês. No primeiro tópico, no qual se relaciona as principais informações veiculadas sobre ofertas de gás natural, encontram-se as divisões Exploração, Operação e Dados estatísticos. Em Exploração, citamos que a Petrobras anunciou a descoberta de acumulação de hidrocarbonetos nos reservatórios do Cretáceo da Bacia do Espírito Santo. Citamos também que a empresa Petra Energia anunciou que em Julho dará início à exploração na bacia do rio São Francisco, em Minas Gerais. Em Operação, a mesma empresa Petra, juntamente com A OGX e a MPX, anunciou neste mês um plano para desenvolver a produção das reservas de gás descobertas no Maranhão. Ainda em Operação, a Odebrecht Óleo e Gás informou que comprou uma sonda de perfuração semissubmersível e fechou acordo para operar sua primeira unidade de produção no Brasil. Por último, o governo brasileiro anunciou em meados de Junho que ainda negocia com Argentina, Chile e Uruguai a construção de um arco de gasodutos interligando os quatro países, O Gasoanel. Em Dados estatísticos foram apresentadas informações em relação à produção de gás no mês de Maio. A produção de gás natural em maio foi de 56 milhões 899 milhões de metros cúbicos, indicando um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2010 e de 4,5% em relação a abril de 2011. No segundo tópico é abordado o assunto consumo do gás natural durante os períodos já completados anteriormente. Em Maio, as vendas de gás natural no Brasil cresceram 7,29% na comparação com igual mês de 2010. O mesmo informativo mostra separadamente os setores que impulsionaram e os que impediram que este crescimento fosse ainda maior. O terceiro tópico cita as principais informações veiculadas sobre preços e a comercialização do gás natural. Neste mês, foi anunciado que a presidente da república Dilma Rousseff, vem pressionando, sem alarde, a gigante Petrobras para que reduza os preços do gás 3

natural, uma iniciativa que corre o risco de desagradar os investidores preocupados com a interferência crescente do governo nos assuntos da companhia. No quarto e último tópico abordam-se fatos ligados a aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Este último tópico é subdividido em Pronunciamentos da Aneel, Concessão e Fusão. Neste mês, em Pronunciamentos da Aneel, foram levados em consideração sete pronunciamentos da Agência, são eles: A liberação para operação em teste a unidade geradora UG4, da UTE Eldorado, em Rio Brilhante (MS), a prorrogação do prazo para a operação comercial, por tempo determinado, de unidades geradoras da UTE Campina Grande, até o próximo dia 31 de agosto, a liberação para operação em comercial a unidade geradora UG4, da UTE Santa Teresa, em Goiana (PE), a aprovação para aplicação dos Custos Variáveis Unitários da usina termelétrica Termo Norte II no processo de contabilização do mês de maio na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a autorização à usina termelétrica Tambaqui, de Manaus (AM), a aumentar a capacidade instalada de 81,94 MW para 155,7 MW, a liberação para operação em comercial a unidade geradora UG2, da UTE Santa Luzia I, em Nova Alvorada do Sul (MT), além de ter negado parcialmente o pedido de postergação da data do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão para a térmica Porto de Pecém I. Em Fusão e Aquisição, ressaltamos que A MPX concluiu a compra da UTE Seival (600 MW), da Tractebel, além de ter firmado acordo com a Bertin para compra dos projetos das usinas termelétricas Joinville e MC2 João Neiva, ambas no Espírito Santo, movidas a gás natural. Por último, ressaltamos neste mesmo tópico que a Petrobras Participaciones, subsidiária da estatal brasileira, comprou 50% dos direitos de blocos exploratórios no Gabão, na costa oeste da África. 4

1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO EXPLORAÇÃO A Petrobras informou início deste mês, a descoberta de acumulação de hidrocarbonetos nos reservatórios do Cretáceo da Bacia do Espírito Santo. A descoberta resultou da perfuração do poço informalmente denominado Brigadeiro. Não há dados sobre o volume de hidrocarbonetos da descoberta. Também participaram da exploração a Shell Brasil Petróleo Ltda (20%) e Inpex Petróleo Santos Ltda (15%). A Petra Energia, empresa novata surgida no rastro da busca por petróleo brasileiro em terra, anunciou neste mês que em Julho dará início à exploração na bacia do rio São Francisco, em Minas Gerais, com a aposta firme de obter gás. Com participação de 9% do BTG Pactual, a Petra tem a concessão para explorar 24 blocos no Estado. Ela é dona da maior área de exploração em bacias terrestres do país e, em Minas, tem área maior que todas as concorrentes. O Estado também é o único local onde a empresa não abriu espaço para sócios. A Petra prevê investimentos de R$ 970 milhões até 2013. OPERAÇÃO A OGX, MPX e Petra Energia têm um plano arrojado para desenvolver a produção das reservas de gás descobertas no Maranhão. O grupo informou no dia oito de Junho que pretende começar a produzir gás no segundo semestre do próximo ano. O objetivo dos sócios é chegar a 2013 produzindo 5,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Esse volume equivale a um quarto da importação de gás da Bolívia, cujo contrato com o Brasil prevê o envio de 20 milhões de metros cúbicos diários. Como não existe infraestrutura para distribuição desse gás, o objetivo é usar o insumo para geração de energia elétrica. As áreas descobertas são divididas entre OGX (70%) e Petra (30%), mas a empresa de Eike Batista vendeu 33,33% de sua participação para a MPX, seu braço de energia. A MPX já tem licença de instalação para uma térmica de com capacidade de gerar 1.863 megawatts (MW) na área e informa que está licenciando outra usina de 1.859 MW. 5

A Odebrecht Óleo e Gás (OOG) informou no início de Junho que comprou uma sonda de perfuração semissubmersível e fechou acordo para operar sua primeira unidade de produção no Brasil. A empresa firmou com a Stena Drilling o acordo para comprar a sonda de perfuração semissubmersível capaz de operar em lâmina d água de até 2.400 metros. Sua chegada ao Brasil está programada para o primeiro trimestre de 2012. A empresa também acaba de concluir uma joint venture (associação) com a Teekay Petrojarl, empresa norueguesa operadora de navios-plataforma, para a compra e operação de uma unidade de produção no Brasil. A unidade tem previsão de chegada ao Brasil no primeiro trimestre de 2012. "Em 2013 quando todas as unidades estiverem em plena operação, a expectativa é atingir US$ 1,6 bilhão de faturamento. O orçamento para investimentos entre 2010 e 2013 é de US$ 3,5 bilhões," informa o comunicado. O governo brasileiro anunciou em meados de Junho que ainda negocia com Argentina, Chile e Uruguai a construção de um arco de gasodutos interligando os quatro países. O Gasoanel permitiria a exportação de combustível tanto pelo Atlântico pelo Pacífico. O audacioso projeto está orçado em mais de US$ 3 bilhões. DADOS ESTATÍSTICOS A produção de gás natural em maio foi de 56 milhões 899 milhões de metros cúbicos, indicando um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2010 e de 4,5% em relação a abril de 2011. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pela estatal. Em maio entraram em produção novos poços em quatro plataformas da Bacia de Campos (P-57, Jubarte; P-19, Marlim; P-48, Barracuda; e P-40, Marlim Sul). Esses poços compensaram a redução temporária da produção das plataformas que estiveram em manutenção durante o mês. O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países onde a Petrobras atua no exterior chegou a 225.238 boed em maio. A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior, em maio foi de 2.586.318 barris de óleo equivalentes diários (boed). Esse resultado significou um aumento de 0,8% em relação ao volume total extraído em abril de 2011. Comparado com o mesmo período de 2010, este total teve ligeira redução (- 0,5%) 6

2-CONSUMO DE GÁS NATURAL Segundo um informativo da Abegás veiculado neste mês, impulsionada pela demanda industrial, as vendas de gás natural no Brasil cresceram 7,29% em maio de 2011 na comparação com igual mês de 2010. Excluída as térmicas, os dados da Abegás mostram um aumento de 12,87% no consumo dos demais segmentos. O mercado de cogeração, tendo uma alta de 8,1%. As distribuidoras estaduais de gás canalizado também registraram um incremento de 68,14% no uso do insumo como matéria-prima. A Abegás também informou que o consumo de gás natural para geração elétrica recuou 16,9% no período. O menor uso reflete a situação confortável dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, o que diminui a geração de energia a partir das térmicas. Contudo, os 6,88 milhões de m³/d de maio de 2011 representa uma alta de 82,1% em relação ao volume consumido pelas usinas em abril de 2011. Isso pode mostrar que o ONS já está despachando as térmicas preventivamente para poupar os reservatórios das hidrelétricas no período seco. 7

3- PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL Neste mês, foi veiculado que a presidente Dilma Rousseff vem pressionando, sem alarde, a gigante Petrobras para que reduza os preços do gás natural, uma iniciativa que corre o risco de desagradar os investidores preocupados com a interferência crescente do governo nos assuntos da companhia. O Palácio do Planalto vê o movimento como parte de uma estratégia mais ampla para reduzir os custos ao consumidor. Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma está envolvida pessoalmente nas discussões sobre como baixar os preços do gás, que ainda se encontram em fase preliminar. Ela assegurou, contudo, que o governo está aberto a um plano que barateie o produto sem prejudicar os ganhos da estatal. O gás foi responsável por menos de 5% dos ganhos da petrolífera no primeiro trimestre deste ano. A constante interferência no governo na Petrobras tem derrubado as cotações de suas ações. Os papéis preferenciais caíram 11% nos últimos 12 meses. 8

4- ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS PRONUNCIAMENTOS DA ANEEL A Aneel liberou para operação em teste a unidade geradora UG4, da UTE Eldorado, em Rio Brilhante (MS). A unidade trabalha com 12 MW de potência instalada no total. As usinas pertencem à empresa Usina Eldorado S/A. A Aneel resolveu prorrogar a operação comercial, por tempo determinado, de unidades geradoras da UTE Campina Grande, até o próximo dia 31 de agosto. De 8,454 MW cada, totalizando 169,080 MW de capacidade instalada, as UG1 a UG20, foram liberadas para início da operação comercial por meio dos despachos nº 363, de 7 de fevereiro de 2011, levando-se em consideração a validade da cláusula de penalidade pela falta de combustível do contrato de promessa de compra e venda mercantil e outros pactos, todos firmados entre a Borborema Energética S.A. e a Petrobras Distribuidora S.A - BR. A diretoria da Aneel negou parcialmente o pedido de postergação da data do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão para a térmica Porto de Pecém I. A empresa Porto de Pecém Geração de Energia havia solicitado à agência, em fevereiro desse ano, que a Cust fosse prorrogada de 1º de abril para 27 de julho. Posteriormente, já em maio desse ano, a companhia solicitou a postergação do prazo para 1º de setembro. A Aneel acatou o primeiro pleito, mas negou o segundo, alegando que pela Resolução Normativa 399/2010 a solicitação de postergação deve ser feita até 31 de março de cada ano, para consideração a partir do início do ciclo tarifário subsequente. Assim, a agência determinou que a data de início de execução do contrato da Cust a ser considerado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico seja 27 de julho e que, portanto, não sejam cobrados os encargos de uso do sistema de transmissão referente à UTE Porto de Pecém I nos meses de abril, maio e junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para operação em comercial a unidade geradora UG4, da UTE Santa Teresa, em Goiana (PE). A unidade trabalha com 10 MW de potência instalada no total e tem autorização para iniciar operação comercial a partir do dia 15 de junho, segundo despacho do Diário Oficial da União da última quarta-feira, 15. A usina pertence à empresa Energética Santa Teresa Ltda. 9

A Aneel decidiu aprovar a aplicação dos Custos Variáveis Unitários da usina termelétrica Termo Norte II no processo de contabilização do mês de maio na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O objetivo é que o custo incorrido com a geração da usina seja ressarcido através do Encargo de Serviço de Sistema. De acordo com o despacho 2.545 do Diário Oficial da União da última quinta-feira, 16 de junho, a UTE Termo Norte II será ressarcida em R$ 488,59/MWh. A Aneel autorizou a usina termelétrica Tambaqui, de Manaus (AM), a aumentar a capacidade instalada de 81,94 MW para 155,7 MW. A UTE, da Breitener Tambaqui, irá implantar 23 novos geradores movidos a gás natural que, adicionados aos quatro geradores já existentes movidos a óleo, tornarão a usina bicombustível. A Breitener e a Eletrobras Amazonas Distribuidora de Energia têm um contrato de suprimento de energia que prevê que a geradora execute a operação bicombustível, caso haja gás natural em Manaus. Em virtude disso, a Breitener solicitou alteração das características técnicas da usina. A Aneel liberou para operação em comercial a unidade geradora UG2, da UTE Santa Luzia I, em Nova ALvorada do Sul (MT). A unidade trabalha com 30 MW de potência instalada no total e tem autorização para iniciar operação comercial a partir do dia 17 de junho, segundo despacho do Diário Oficial da União da última sexta-feira, 17. A usina pertence à empresa Agro Energia Santa Luzia Ltda. FUSÃO E AQUISIÇÃO A MPX informou no dia 7 do mês de Junho, a conclusão da compra da UTE Seival (600 MW), da Tractebel. A operação recebeu aprovação da Aneel e do Cade e está avaliada em R$ 38,5 milhões. O negócio foi anunciado em novembro do ano passado. A usina será instalada em Candiota (RS). Este é o segundo empreendimento da MPX na região, onde também possui a licença prévia para instalação de UTE MPX Sul (727 MW). Ambas as UTEs serão supridas pela controlada Mina Seival. A empresa mencionada acima também firmou acordo com a Bertin para compra dos projetos das usinas termelétricas Joinville e MC2 João Neiva, ambas no Espírito Santo, movidas a gás natural liquefeito e com capacidade total de 660 MW. O valor do negócio não foi revelado. A empresa -braço de energia elétrica do grupo EBX, do empresário Eike Batista- 10

pretende transferir os projetos para o Complexo Termelétrico Parnaíba, no Maranhão. Originalmente empresa frigorífica, a Bertin se tornou grande aliada do governo em obras de infraestrutura, foi capitalizada pelo BNDES e, em crise e sem caixa, saiu da usina de Belo Monte (PA) e abandonou negociações para concorrer ao trem-bala. Os dois projetos, comercializados no leilão A-5 em 2008, têm prazo de 15 anos, com início de vigência em 2013 A Petrobras Participaciones, subsidiária da estatal brasileira, comprou 50% dos direitos de blocos exploratórios no Gabão, na costa oeste da África. O comunicado ao mercado não contempla valores. Os blocos Ntsina Marin e Mbeli Marin foram adquiridos da Ophir Energia, com sede no Reino Unido, que conserva a parcela restante. Em nota, a Petrobras observa que a região dos blocos tem estrutura geológica parecida com as das áreas desenvolvidas no Brasil e compreende uma área de 6.683 quilômetros quadrados. "A Petrobras assume obrigação de executar um programa mínimo, que compreende 2 mil quilômetros quadrados de sísmica 3D até março de 2012", indicou. Após isso, a empresa pode avaliar se fica na etapa seguinte do programa, que envolve a perfuração de poços. 11