Desoneração de folha de pagamento

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Transcrição:

Desoneração de folha de pagamento Outubro/2012 1

Contexto Visando uma maior competitividade em alguns setores da economia foi instituído o Plano Brasil Maior. * - Medida Provisória 540/2011 Plano Brasil Maior, convertida na Lei n. 12.546/11 : substituição da contribuição patronal previdenciária. - Medida Provisória 563/2012 Alteração da Lei 12.546/2011 a) às alíquotas sobre a receita bruta, que foram reduzidas de: a.1) 2,5% para 2,0%; a.2) 1,5% para 1,0%; b) à ampliação do rol de produtos abrangidos, com base na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). - Anexo da MP 563/12 - anexo retificado ampliação do rol de produtos *Foi instituída a Comissão Tripartite de Acompanhamento e Avaliação da Desoneração da Folha de Pagamentos (CTDF), formada por representantes do Governo Federal, dos trabalhadores e empresários pelo Decreto 7711/2012. 2

Contexto - continuação - Conversão da MP 563/2012 na Lei 12.715/2012 ampliação do rol de serviços e produtos I - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; II - de transporte aéreo de carga; III - de transporte aéreo de passageiros regular; IV - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; V - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VI - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; VIII - de transporte por navegação interior de carga; IX - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e X - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. - Publicação da Medida Provisória 582/2012 - alteração da Lei 12.546/2011: ampliação do rol dos produtos abrangidos e adequação do cálculo proporcional a ser aplicado. - Publicação do Decreto nº 7828/2012 regulamentação. 3

Regra Geral de tributação da contribuição previdenciária patronal - 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma - 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços (fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000); - para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: 1%, 2% ou 3%. - recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) ; 4

Substituição da contribuição previdenciária patronal a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho. b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000. 5

Setores abrangidos pela desoneração As empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI); Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); call center; concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; setor hoteleiro; transporte rodoviário coletivo de passageiros; manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros, gozam de tratamento diferenciado em relação à contribuição previdenciária patronal (CPP). Alíquota variável de 1% a 2,5% a depender da atividade nos moldes Decreto 7218/2012. IMPORTANTE!! A desoneração da folha de pagamento aplica-se apenas aos produtos industrializados pela empresa. Devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda previstos na legislação do IPI. 6

Vigência das novas regras Nestes termos, foi publicado o Decreto nº 7.828, de 16 de outubro de 2012, que dispõe sobre a incidência da contribuição previdenciária sobre a receita devida pelas empresas de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, com a finalidade de regulamentar a vigência e eficácia do disposto no artigo 78 descrito acima. Com isso, o Decreto regulamentou a vigência em dois grupos, com caráter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades neles mencionadas. 7

Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014 incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as contribuições das empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, assim considerados: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014 será aplicado a substituição da contribuição previdenciária às empresas de call center e de TI e TIC, ainda que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos itens I a VIII acima. Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014 será aplicada a substituição da contribuição previdenciária: a) do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; e b) que exerçam atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; Entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014 será aplicada a substituição da contribuição previdenciária às empresas: I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; II - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; III - de transporte aéreo de carga; IV - de transporte aéreo de passageiros regular; V - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; VI - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VII - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VIII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; IX - de transporte por navegação interior de carga; X - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e XI - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. 8

Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014 incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as contribuições das empresas que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos seguintes códigos: I - 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; e II - 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06. Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014 aplica-se o disposto no item 2 às empresas que fabriquem os produtos classificados na TIPI nos seguintes códigos e posições: I - 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; II - 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e III - 9506.62.00. Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014 aplica-se o disposto no item 2 às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo I; e II - não se aplica o disposto no item 2 às empresas: a) que se dediquem a atividades diversas das previstas neste artigo, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves - camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões; caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas. Entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014 aplica-se o disposto no item 2 às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo II. 9

Base de cálculo da receita bruta O artigo 9º, I e II da lei que para fins do disposto nos artigos 7º e 8º, confirmado pelo Decreto nº 7.828 no artigo 5º, que para base de cálculo da desoneração: A receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (ajustes a valor presente); e Exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações. Para efeito de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta: - As vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; - O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se incluído na receita bruta; e - O ICMS - Imposto s/operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 10

CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA BRUTA. BASE DE CÁLCULO. COMPOSIÇÃO. Na receita bruta a que se refere o caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, não se incluem o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. Da receita bruta podem ser excluídas as vendas canceladas, inclusive por devolução de mercadorias. Solução de Consulta nº 121/2012 de 26/06/2012, a Superintendência Regional da Receita Federal SRRF da 10a. RF 11

Desoneração parcial Nos casos em que há desoneração parcial, posto haver atividades incentivadas e não incentivadas: - Para o cálculo da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, mensalmente, a empresa deverá observar o disposto no inciso II, parágrafo 1º do artigo 9º da Lei 12.715, ou seja, deve-se calcular a proporção entre a receita bruta onerada e a receita bruta total (unidade matriz mais filiais, desde industrialize o produto que gerou a receita). O resultado dessa proporção deverá ser aplicado sobre a base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, para fins de recolhimento do INSS patronal sobre a folha de pagamento. Há que se considerar que a proporção para cálculo do INSS sobre a folha de pagamento apenas se aplica caso, excluindo a receita desonerada (beneficiada), as receitas brutas decorrentes de outras atividades sejam superiores a 5% da receita bruta total. Caso as receitas não incentivadas sejam inferior a 5%, serão tributadas conforme o disposto nos artigos. 7 e 8, como se incentivadas fossem, juntamente com o total das receitas incentivadas. Vejamos: 6o Não ultrapassado o limite previsto no 5o, a contribuição a que se refere o caput dos arts. 7o e 8o será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês. 12

ATENÇÃO Deve-se considerar o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 6º do Decreto 7.828, vez que a Sociedade, quando não auferir receita com a atividade desonerada, deve recolher a contribuição previdenciária sobre o total da folha de pagamento e, nos meses em que somente auferirem receita relativa a atividades desoneradas, as empresas deverão recolher a contribuição sobre o total das receitas, não sendo aplicada a proporcionalização sobre folha. 13

Demonstrativo de cálculo: - Folha de pagamento mensal da empresa (total): R$ 2.000,00 (empregados, avulsos e autônomos) - INSS patronal: R$ 2.000,00 x 20% (INSS) = R$ 400,00 - Receita bruta (fabricante): R$ 6.000,00 - Receita bruta (atividade não relacionada): R$ 4.000,00 - Receita bruta total: R$ 10.000,00 - Razão entre receita de atividade não relacionada e a receita bruta total da empresa: R$ 4.000,00 R$ 10.000,00 = 0,4 - Valor proporcional da contribuição devida pelas atividades não relacionadas: R$ 400,00 x 0,4 = R$ 160,00 - Valor da contribuição devida apenas pela atividade de fabricação: R$ 6.000,00 x 1,0% (atualmente) = R$ 60,00 14

13º salário Pelo mencionado nos parágrafos 3º e 4º, do artigo 9º, da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 12.715/2012 e confirmado pelo disposto no artigo 7º do Decreto 7.828, o cálculo do 13º salário deve ser proporcional. Vejamos: 3º Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas pelos arts. 7º e 8º desta Lei, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13º (décimo terceiro) salário. 4º Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do 1o, aplicada ao 13º (décimo terceiro) salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. 15

Retenção de 3,5% quando contratação de serviços listados mediante cessão de mão de obra A redação dada pela Lei nº 12.715/12 inclui no artigo 7º, por meio do 6º, a retenção de 3,5% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços quando a empresa tomar serviços de empresas relacionadas no artigo 7 supracitado. Tal entendimento foi ratificado pelo Decreto 7.828 no artigo 2, inciso III, a saber: III - no caso de contratação de empresas para execução dos serviços referidos neste artigo, por meio de cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter três inteiros e cinco décimos por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. 16

Processo de Consulta nº 105, de 2 de outubro de 2012 SRRF: 6ª Região Fiscal (MG) ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Substitutiva - Empresas que exercem outras atividades além daquelas submetidas ao regime substitutivo - Base de Cálculo - Regime de Competência. 1. O regime substitutivo previsto no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é de caráter obrigatório às empresas ali descritas e aos produtos relacionados no Anexo da referida Lei. 2. A empresa que exerce, conjuntamente, atividade sujeita à contribuição substitutiva prevista no artigo 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas à substituição, deve recolher: a) a contribuição sobre a receita bruta em relação aos produtos que industrializa e que se acham submetidos ao referido regime; b) a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento prevista no art. 22, incisos I e III, da Lei nº 8.212, de 1991, mediante aplicação de redutor resultante da razão entre a receita bruta das atividades não sujeitas ao regime substitutivo e a receita bruta total, utilizando, para apuração dessa razão, o somatório das receitas de todos os estabelecimentos da empresa (matriz e filiais). 3. A base de cálculo da contribuição substitutiva prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é a receita bruta, considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, e com exclusão apenas das vendas canceladas, dos descontos incondicionais concedidos, da receita bruta de exportações, do IPI, se incluído na receita bruta, e do ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 17

4. A apuração da contribuição substitutiva para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deve observar o regime de competência, não se lhes aplicando, para fins de reconhecimento de receitas, o comando contido no art. 407 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99). 5. No regime misto, aplicável às empresas que exercem, conjuntamente, atividades sujeitas ao regime substitutivo prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas ao referido regime, o recolhimento da contribuição sobre a folha de pagamento deve ser feito em Guia da Previdência Social - GPS, por estabelecimento da empresa, com utilização do redutor previsto no 1º do art. 9º da referida Lei. 6. A contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta deve ser recolhida em DARF, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz. DISPOSITIVOS LEGAIS: nº 750, de 1993, art. 9º; Resolução CFC nº 1.282, de 2010, art. 3º. Constituição Federal de 1988, art. 150, 6º e art. 195, 13; Código Tributário Nacional, art. 97; Medida Provisória nº 540, de 2011, arts. 8º e 9º; Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 8º e 9º; Lei nº 12.715, de 2012, arts. 55, 56, 78 e 79; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e III e art. 28, 7º; Lei nº 6.404, de 1976, arts. 177 e 187; Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000, de 1999), art. 407; Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011, art. 1º; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, arts. 3º, 4º, 5º e 6º; Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012, art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º; Resolução CFC MÁRIO HERMES SOARES RABELO Chefe 18

Questões Polêmicas a respeito do INSS 1) Contabilização do INSS devido Redutor de receita? 2) Valores contabilizados de INSS sobre provisões de 13º salário e férias devem ser estornados da contabilidade? Para qual período? 3) Valores a contabilizar do INSS sobre provisão de férias e 13º salário na nova metodologia é necessário para que casos? Para qual período? Pode ser considerado dedutível para fins de apuração de IRPJ e CSLL? 4) Outras receitas operacionais, e financeiras, como devem ser tratadas? 19

Considerações Finais Importante destacar que mesmo que haja a redução da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, as empresas continuarão sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária (Decreto 7.828, no artigo 5º, parágrafo terceiro), como o pagamento do RAT e da contribuição a outras entidades, tomando como base a folha de pagamento e a entrega de GFIP. A data de recolhimento das contribuições não foi alterada - Dia 20 de cada mês. Contudo, no que tange ao recolhimento e informações da contribuição sobre a receita, o Decreto 7.828 dispõe que ocorrerão conforme determinação da Secretaria da Receita Federal: 2º A informação e o recolhimento das contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º ocorrerão na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, em ato próprio. 20

Considerações finais continuação Código GPS - recolhimento Código Descrição 2985 Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Serviços 2991 Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Indústria Alíquota COFINS importação - Lei 12.715/2012: O artigo 8º, 21ª, da Lei 10.865/2004 acresceu em 1% a tributação do COFINS Importação para a lista de produtos classificados na TIPI, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, relacionados no Anexo à Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011. Portanto, se os produtos importados pela Sociedade se encontram no Anexo à Lei nº 12.546/2011 21

AVISOS Este material foi desenvolvido pela especialmente para este seminário, com base na legislação publicada até outubro/2012. A cópia deste material em seu todo ou em parte é proibida. A não se responsabiliza pela aplicação de conceitos e legislação aqui citados em situações práticas nas empresas. Nenhuma responsabilidade poderá ser imputada a por erro, interpretação, mau uso ou alterações posteriores na legislação. Outubro/2012 22

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