ENRAIZAMENTO DE ESTACAS TREVISAN, HERBÁCEAS R. et al. DE MIRTILO: INFLUÊNCIA DA LESÃO NA BASE E DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO

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Transcrição:

42 ENRAIZAMENTO DE ESTACAS TREVISAN, HERBÁCEAS R. et l. DE MIRTILO: INFLUÊNCIA DA LESÃO NA BASE E DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO Rooting of hereous lueerry uttings: influene of the se inision nd indolutiri id Rento Trevisn 1, Rodrigo Cezr Frnzon 2, Roerto Fritshe Neto 3, Rfel d Silv Gonçlves 4, Emerson Dis Gonçlves 5, Luis Edurdo Corrê Antunes 6 RESUMO O mirtilo (Vinium sp.) é um espéie de lim temperdo que, por osião do período vegettivo, produz undnte quntidde de mteril vegetl que pode ser utilizdo n propgção. Ojetivou-se verifir o potenil de enrizmento de ests heráes de diferentes ultivres de mirtilo, trtds ou não om áido indolutírio e om e sem lesão n se. O trlho foi relizdo em dois experimentos, testndo pidde de enrizmento ds ultivres Florid, Woodrd, Bluegem, Blueele, Clímx e Britelue. No primeiro experimento, s ests ds ultivres form trtds om AIB (, 25, 5 e 75mgL -1 ). No segundo experimento utilizou-se mgl -1 de AIB, em ests om e sem lesão n se. O delinemento utilizdo foi ompletmente sulizdo om repetições e uniddes experimentis dequds pr d experimento. O uso do áido indolutírio e lesão ns ests, não proporionrm estímulo n emissão de rízes dventíis; s ultivres presentm potenil genétio de enrizmento diferenido, sendo que, Blueelle presentou miores porentuis de ests enrizds, e Clímx, os menores porentuis. Termos pr indexção: Propgção vegettiv, estqui, mirtilo, Vinium sp. ABSTRACT Blueerries (Vinium sp.) re speies of temperte limte tht, for osion of the vegettive period, produe lrge mount of vegetl mteril tht n e used in the propgtion. This wy, with the im of verifying the rooting potentil of different hereous uttings of lueerry ultivrs, with the use or not of indolutíri id nd se injury. The work ws rried out in two experiments, hving tested the pity of rooting of the following ultivrs Florid, Woodrd, Bluegem, Blueele, Clímx nd Britelue. In the first experiment, uttings of ultivrs were treted with IBA (, 25, 5 nd 75mg.L -1 ). On the seond experiment one used mg.l -1 of AIB, in uttings with nd without injury in the se. The experimentl design ws the ompletely rndomized with djusted repetitions nd experimentl units for eh experiment. After 9 dys, it ws evluted rooting perentge for eh ultivr sumitted to IBA tretment with different doses. The use of the indolutíri id nd the utting injury, did not stimulted the emission of dventitious root; the ultivrs present geneti potentil of differentited rooting, so tht, the Blueelle presented higher perentge rooting utting, nd the Climx, the lowest perentge. Index terms: Vegettive propgtion, uttings, lueerry, Vinium sp. (Reeido em 27 de outuro de 6 e provdo em 4 de dezemro de 7) INTRODUÇÃO O mirtilo é ntivo d Améri do Norte, Estdos Unidos e Cndá. N Améri do Sul, Chile, Argentin e Urugui, são os miores produtores. Em 3 produzirm er de 11% d produção mundil. O Brsil, nesse período presentou um áre de 25h (STRICK, 5), sendo reltivmente ix, se omprd os demis píses sulmerinos. Um dos motivos pel pequen áre explord pel ultur é flt de muds em quntidde e em qulidde, pois ultur é ltmente rentável. N miori ds plnts frutífers, propgção é relizd pelo método de estqui, que, lém de proporionr mud de qulidde, fix rterístis gronômis desejáveis de form efiiente (BASTOS et l., 5). A propgção do mirtilo se dá simente trvés de estqui, emor om resultdos vriáveis e instisftórios (MAINLAND, 1966). Por outro ldo, Ciên. grote., Lvrs, v. 32, n. 2, p. 42-46, mr./r., 8

Enrizmento de ests heráes de mirtilo: influêni... 43 miropropgção proporion resultdos signifitivos, entretnto, ess téni é de usto elevdo e exige ondições espeiis n produção e formção ds muds. Vários ftores, tnto endógenos omo exógenos, influenim n pidde de enrizmento de diferentes espéies vegetis, entre os quis o tipo de sustrto, uso de reguldores de resimento exógenos, ftores mientis, idde d plnt, ondição fisiológi d plnt mtriz, tipo de est, épo de estqui e ção dos gentes oxidntes próprios de d plnt (CHALFUN & HOFFMANN, 1997). N estqui, muits vezes, plição de reguldores de resimento é deisiv n formção de rízes, e o grupo desses reguldores mis utilizdo é o ds uxins (HINOJOSA, ). Ums ds forms de plição exógen de uxin, om intuito de possiilitr umento d pidde de enrizmento de ests de espéies de difíil enrizmento, é utilizção do áido indolutírio (AIB). O AIB é uxin mis omumente utilizd n indução do enrizmento dventíio (VILLA et l., 3) ds ests ds mis diverss ulturs. Ao testr épos de olet de ests e onentrções de AIB em dus ultivres do grupo riteye, Hoffmnn et l. (1995) onsttrm que primver é épo que permite oter mior porentul de ests enrizds e s doses de e 4 de AIB, form mis dequds pr estimulr o enrizmento. Minlnd (1966) tmém it que o melhor enrizmento de ests de mirtilo é otido qundo os rmos são oletdos pós o primeiro fluxo de resimento, n primver. Entre os ftores que fetm formção de rízes dventíis em ests, lesão n se pode ontriuir no índie de enrizmento. Ess lesão permite que oorr mior sorção de águ e de reguldores de resimento (FACHINELLO et l., 5), emor os resultdos dess téni sejm vriáveis. Outro ftor ondiiondo o enrizmento é o tipo de est utilizd: heráe, semiheráe e lenhos (FACHINELLO et l., 5), e s diferentes resposts ds ultivres o enrizmento de ests, independente d espéie (TREVISAN et l., ). Os ftores que influenim o enrizmento de ests são stnte vriáveis e su tução pode se dr de mneir isold ou por interção om os demis. Ojetivou-se, no presente trlho, testr o efeito do áido indolutírio e lesão n se ds ests heráes, em diferentes ultivres de mirtilo (Vinium sp.). MATERIAL E MÉTODOS Rmos d estção de resimento vegettivo de plnts de mirtilo, om 23 nos de idde, ds ultivres Florid, Woodrd, Bluegem, Blueelle, Clímx e Brite Blue, onduzids n Emrp Clim Temperdo, Pelots RS, lolizd n Ltitude 31,5º e longitude 52,21º à 7 metros de ltur, form oletdos, preprdos e onduzidos, em fevereiro de 5, de ordo om o ojetivo proposto nos experimentos desritos seguir. Experimento 1 Form utilizds ests heráes om proximdmente 12 m de omprimento ds ultivres Florid, Woodrd, Bluegem, Blueelle, Clímx e Britelue. Foi feito um orte horizontl d se e em isel n extremidde superior, om dus folhs, ortds o meio. Com uxílio de um nivete de enxerti, relizou-se lesão n se d est. Posteriormente, s ests form trtds om áido indolutírio, diluído em álool etílio 96º, n onentrção mg.l -1 e sem AIB, (águ destild) imergindo 2m d se durnte 15 segundos e olods pr enrizr em ixs plástis, ontendo omo sustrto omposto de rei e terr, em s de vegetção so neulizção intermitente, om tempertur médi de 25ºC, durnte 9 dis. Deorrido esse período, vliou-se porentgem de ests enrizds, vivs sem riz e morts. O delinemento experimentl utilizdo foi inteirmente sulizdo, om três repetições e d unidde experimentl ompost por 5 ests, perfzendo um ftoril 2 x 2 x 6, sendo o ftor téni representdo por dois níveis (om e sem lesão n se d est), o ftor AIB por dois tipos (om e sem AIB) e o ftor ultivr, representdo por seis mteriis genétios (Florid, Woodrd, Bluegem, Blueelle, Clímx e Brite Blue). Experimento 2 Ests heráes ds ultivres Clímx, Blueelle e Britelue form preprds om proximdmente 12 m de omprimento, om um orte horizontl d se e em isel n extremidde superior, om folhs ortds o meio. Posteriormente, s ests form trtds om áido indolutírio, diluído em álool etílio 96º, ns onentrções de zero, 25, 5 e 75 mg.l -1 de AIB, imergindo 2m d se durnte 15 segundos e olods pr enrizr em ixs plástis ontendo omo sustrto omposto de rei e terr, em s de vegetção so neulizção intermitente, om tempertur médi de 25ºC, durnte 9 dis. Deorrido esse período vliou-se porentgem de ests enrizds. O delinemento experimentl utilizdo foi inteirmente sulizdo, om qutro repetições e d unidde experimentl ompost por 12 ests, perfzendo um ftoril 3 x 4, sendo o ftor ultivr, representdo por três mteriis genétios (Blueelle, Clímx e Brite Blue), e o ftor AIB por qutro onentrções (zero, 25, 5 e 75 mg.l -1 ). Ciên. grote., Lvrs, v. 32, n. 2, p. 42-46, mr./r., 8

44 TREVISAN, R. et l. Os ddos form sumetidos à nálise de vriâni e s médis o teste de Dunn, 5%. As nálises form proessds pelo progrm SANEST. Os ddos reltivos porentgem, form trnsformdos pr r sen x /1. Experimento 1 RESULTADOS E DISCUSSÕES De ordo om nálise d vriâni, oservou-se que houve diferenç signifitiv entre s ultivres vlids n porentgem de enrizmento ds ests (Figur 1A). Esse resultdo denotou diferenç de potenil que s ultivres têm em emitirem rízes dventíis, e que o reguldor de resimento, AIB, não teve efeito signifitivo, em omo interção dos ftores. Esse efeito negtivo do AIB n formção de rízes dventíis tmém foi oservdo por Wgner Junior et l. (4). Entretnto, o porentul de enrizmento ds ultivres estudds pelos utores foi em torno de 5% mior que os enontrdos nesse trlho. Isso denot que respost o enrizmento ds ests pode diferir entre os nos, provvelmente pelos trtos ulturis empregdos, omo nutrição e irrigção, que são de fundmentl importâni n mnutenção do vigor d plntmãe, o que irá refletir n qulidde dos propágulos vegettivos (XAVIER et l., ). Kossuth et l. (1981) já reltvm existêni d diferenç do potenil de enrizmento entre s ultivres de mirtilo. Entre s ultivres vlids, Clímx não presentou emissão de rízes dventíis ns ests, otendo mis de 9% de ests morts (Figur 1B). Nesse speto diferiu dos resultdos de Wgner Junior et l. (4) que otiverm 56% de enrizmento, e de Hoffmnn et l. (1995), om 4% de ests enrizds n mesm ultivr, Clímx. Nesse trlho, provvelmente dose do fitoreguldor de mg L -1, não tenh sido sufiientemente pz de usr estímulo à formção de rízes dventíis, pr ess ultivr. Apesr ds ests terem sido olhids no período de lt tividde meristemáti e ixo gru de lignifição (fevereiro), vários ftores podem ter influenido no ixo porentul de enrizmento, pois, no período, foi registrd pou preipitção pluviométri (4,4mm no mês que nteedeu olet ds ests), interferindo ssim n ondição fisiológi d plnt mtriz, no teor de reservs e de nutrientes. Em relção à lesão relizd n se ds ests, om o intuito de estimulr divisão elulr e promover formção de primórdios rdiulres, verifiou-se que el não ontriuiu pr um mior enrizmento, independentemente d ultivr e d onentrção do reguldor de resimento utilizdo (Figur 1C). Esses resultdos estão de ordo om os enontrdos por Bstos et l. (5) que, o relizrem lesões em ests de rmoleir, não verifirm enefíios d téni no estímulo de formção de rízes. D mesm mneir não foi verifido tl efeito no trlho relizdo por Wgner Junior et l. (4), em ultivres de mirtilo. Porém, tem-se oservdo que, o se efetur lesão n se ds ests de mirtilo, oorre um nerose intens n região do dno. Como ns ests heráes, os primórdios rdiulres surgem entre e for dos feixes vsulres, om nerose esteleid, ess impede o proesso de diferenição, reduzindo e nulndo emissão de rízes dventíis. Experimento 2 Não houve efeito signifitivo entre s ultivres n formção de rízes ns ests (Tel 1). Isso pode ser explido, em prte, pelo fto de que o mteril poderi estr em pleno desenvolvimento, onde o lnço hormonl interno mostrv-se fvorável o enrizmento, oorrendo, portnto um respost negtiv às plições hormonis exógens. Supõe-se que os níveis de uxin presente ns ests heráes form sufiientes pr formção ds rízes. Entretnto, s plições exógens de reguldores de resimento, priniplmente uxins, proporionm mior porentul, veloidde e qulidde pr o enrizmento, emor s onentrções de reguldores de resimento pr o enrizmento ser plido vriem em função d espéie, do estdo de mturção, ds ondições mientis e d form de plição (HARTMANN et l., 1997). Pr porentgem de ests enrizds, verifiou-se que s ultivres Blueelle e Britelue otiverm 5% de enrizmento, já ultivr Clímx oteve 19,8%, rterizndo diferenç do potenil genétio de d ultivr em emitir rízes dventíis sem intervenção do reguldor de resimento (Tel 1) emor no experimento 1, ultivr Clímx não tenh presentdo ests enrizds. Vários utores reltm importâni desse reguldor, o AIB omo promotor de enrizmento de ests (FACHINELLO et l., 5). O método de propgção por estqui pode proporionr ons resultdos, ms stnte vriáveis om ultivr. Hoffmnn et l. (1995) o relizrem estqui em novemro, otiverm porentuis de enrizmento próximos 8% n ultivr Powder Blue e 4% om ultivr Clímx, e s onentrções de e 4 mg.l -1 form s que proporionrm melhores resultdos. Vários são os ftores que influenim o enrizmento de ests, e eles são stnte vriáveis; su tução pode oorrer de mneir isold ou por interção om os demis. Assim, é neessário que se estude profundmente d um desses ftores, tendo em vist que, om um simples modifição em um ou mis ondições, pode-se viilizr propgção vegettiv de espéies onsiderds de difíil enrizmento, omo o mirtilo. Ciên. grote., Lvrs, v. 32, n. 2, p. 42-46, mr./r., 8

Enrizmento de ests heráes de mirtilo: influêni... 45 porentgem de enrizmento 5 4 3 1 Blue elle Bluegem Woodrd Brite lue Florid Climx A porentgem de ests morts 1 8 6 4 Blue elle Bluegem Woodrd Brite lue Florid Climx B porentgem de enrizmento 4 3 1 Sem lesão Com lesão C Figur 1 Porentgem de enrizmento de ests heráes de diferentes ultivres de mirtilo (A), porentgem de ests morts (B), porentgem de ests sumetids à lesão n se d est (C) e o AIB. Pelots, 6. Médis seguids pel mesm letr, não diferem pelo teste de Dunn, 5% de proilidde. Ciên. grote., Lvrs, v. 32, n. 2, p. 42-46, mr./r., 8

46 TREVISAN, R. et l. Tel 1 Porentgem de ests enrizds de três ultivres de mirtilo, trtds om diferentes onentrções de AIB. Pelots, 6. Cultivres Ests enrizds (%) Blueelle 51,6 Brite lue 5,9 Climx 19,8 AIB (mg.l -1 ) Zero 44,9 25 4,4 75 4, 5 35,3 Médi 39,3 CV (%) 35, Médis seguids pel mesm letr não diferem entre si pelo teste de Dunn, 5% de proilidde de erro. CONCLUSÕES De ordo om os resultdos e s ondições em que form relizdos os trlhos, onlui-se que: - o uso do áido indolutírio não proporionou estímulo n emissão de rízes dventíis; - lesão n se ds ests om plição do áido indolutírio não influeniou no enrizmento ds ests heráes de mirtilo vlids; - ultivr Blueelle presentou miores porentuis de ests enrizds (44,8% e 51,6%), e Clímx, os menores porentuis (zero e 19,8%); - s ultivres presentm potenil genétio de enrizmento diferenido, e s ultivres lssifirmse n seguinte ordem deresente de enrizmento: Blue elle, Bluegem, Woodrd, Brite lue, Florid e Clímx. AGRADECIMENTO À Fundção de Ampro à Pesquis do Estdo do Rio Grnde do Sul (FAPERGS), pelo poio finneiro ddo o projeto 4.668.7, Prooredes I, e o Conselho Nionl de Desenvolvimento Científio e Tenológio e (CNPq) pel onessão de uxílio finneiro e olss de pesquis (EV e PQ), os utores do trlho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASTOS, D. C.; SCARPE FILHO, J. A.; FATINANSI, J. C.; PIO, R. Estiolmento, inisão n se d est e uso de AIB no enrizmento de ests heráes de rmoleir. Revist Brsileir de Frutiultur, Jotil, v. 27, n. 2, p. 281-284, 5. CHALFUN, N. N. J.; HOFFMANN, A. Propgção do pessegueiro e d meixeir. Informe Agropeuário, Belo Horizonte, v. 18, n. 189, p. 23-29, 1997. FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C. Propgção de plnts frutífers. Brsíli, DF: [s.n.], 5. 221 p. HARTMANN, H. T.; KESTER, D. E.; DAVIES JUNIOR, F. T.; GENE, T. L. Plnt propgtion: priniples nd prties. New Jersey: Prentie-Hll, 1997. 77 p. HOFFMANN, A.; FACHINELLO, J. C.; SANTOS, A. M. dos. Propgção de mirtilo (Vinium shei Redi) trvés de ests. Pesquis Agropeuári Brsileir, Brsíli, v. 3, n. 2, p. 231-236, 1995. HINOJOSA, G. F. Auxins. In: CID, L. P. B. Introdução os hormônios vegetis. Brsíli, DF: Emrp,. p. 15-54. KOSSUTH, S. V.; BIGGS, R. H.; WEBB, P. G. Rpid propgtion tehniques for fruit rops. Proeedings of Florid Stte Hortiulture Soiety, Lke Buen Vist, v. 94, p. 323-328, 1981. MAINLAND, C. M. Propgtion nd plnting. In: ECK, P.; CHILDERS, N. F. Blueerry ulture. New Brunswik: Rutgers University, 1966. p. 111-131. STRICK, B. Chroni hortiulture. Blueerry: An expnding world erry rop. Belgium, v. 45, n. 1, p. 7-12, 5. TREVISAN, R.; SCHWARTZ, E. L.; KERSTEN, E. Cpidde de enrizmento de ests de rmos de pessegueiros (Prunus persi ( L). Bsth) de diferentes ultivres. Revist Científi Rurl, Bgé, v. 5, n. 1, p. 29-33,. VILLA, F.; PIO, R.; CHALFUN, N. N. J.; GONTIJO, T. C. A.; DUTRA, L. F. Propgção de moreir-pret utilizndo ests lenhoss. Ciêni e Agrotenologi, Lvrs, v. 27, n. 4, p. 829-834, 3. WAGNER JÚNIOR, A.; COUTO, M.; RASEIRA, M. do C. B.; FRANZON, R. C. Efeito d lesão sl e do áido indolutírio no enrizmento de ests heráes de qutro ultivres de mirtilo. Revist Brsileir de Agroiêni, Pelots, v. 1, n. 2, p. 251-253, 4. XAVIER, A.; SANTOS, G. A. dos; WENDLING, I.; OLIVEIRA, M. L. de. Propgção vegettiv de edro ros (Cedrel fissilis) por miniestqui. Revist árvore, Viços, v. 24, n. 2, p. 181-186,. Ciên. grote., Lvrs, v. 32, n. 2, p. 42-46, mr./r., 8