Efeitos do Estresse Hídrico no Comportamento Estomático em Plantas de Hyptis pectinata L. Poit.

Transcrição

1 Efeitos do Estresse Hídrio no Comportmento Estomátio em Plnts de Hyptis petint L. Poit. Thigo Tvres Sntos ; Mihelle Fonse Sntos * ; Prisil Argão do Nsimento e Mi 2 ; Aline Alves Ferreir Lim 2 ; Mrelo d Cost Mendonç ; Roerto Rodrigues de Souz 2 ; Crlos Dis d Silv Junior 2 ; Arie Fitzgerld Blnk Universidde Federl de Sergipe - Depto. de Eng. Agronômi, Av. Mrehl Rondon s/n, 49- São Cristóvão-SE. mrelo@ufs.r (*Bolsist PIBIC-UFS). RESUMO A Hyptis petint, plnt mediinl d fmíli Lmiee, é stnte utilizd no nordeste rsileiro por su ção ntiinflmtóri. Nesse trlho, form estuddos rteres fisiológios d referid espéie vegetl fim de nlisr o seu omportmento em situções de estresse hídrio. Form estuddos os seguintes prâmetros: potenil hídrio (Ψh), trnspirção (E), ondutâni estomáti (gs) e fotossíntese (A). Após nálise dos resultdos, oservou-se redução signifitiv em tods s vriáveis estudds, sendo o potenil hídrio folir o ftor que mis influeniou s lterções fisiológis. Os ddos otidos form nlisdos de ordo om o teste de Tukey o nível de % de signifiâni. Plvrs-hve: Hyptis petint, tros gsoss, estresse hídrio, plnts mediinis. ABSTRACT The Hyptis petint, mediinl plnt of the Lmiee fmily, is very used in the Brzilin northest for its ntiinflmmtory tion. In this work, physiologil hrters of the relted vegetl speies were studied in order to nlyze its ehvior in situtions of wter stress. The following prmeters were studied: wter potentil (Ψw), trnspirtion rte (E), stomtl ondutne (gs) nd photosynthesis (A). After the nlysis of the results, it ws oserved signifint redution in ll the studied vrile, eing the folir hídrio potentil the ftor tht more influened the physiologil ltertions. The gotten dt were nlyzed in ordne with the test of Tukey to the level of % of signifine. Keywords: Hyptis petint, gs exhnge, wter stress, mediinl plnts. A Hyptis petint, vulgrmente onheid omo Smitá ou Cnudinho é um representnte d fmíli Lmiee stnte utilizd n mediin populr do Nordeste

2 rsileiro devido à su ção ntiinflmtóri omprovd ientifimente (Bispo et l., 2) por estudos frmológios. Devido o fto de não hver estudos sore o omportmento fisiológio dess espéie vegetl, torn-se neessário mplir os onheimentos reliondos à mesm, fim de otimizr su produção e onseqüente extrção ds sustânis de interesse mediinl, visto que s plnts mediinis presentm erts vntgens, omo um fáil esso, um ixo usto de produção e um omptiilidde ulturl om s trdições populres. A águ é o reurso mis limitnte pr produtividde gríol, por ser essenil os diversos proessos metólios ds plnts, priniplmente durnte o período iniil de desenvolvimento (Souz et l., 2); portnto, s plnts qundo sumetids o estresse hídrio gerlmente presentm mudnçs signifitivs em seus proessos fisiológios. Tis lterções inluem redução do potenil hídrio ds folhs, fehmento estomátio e onseqüente redução de tros gsoss. Conjuntmente, esses ftores rretrão um desjuste nos proessos metólios d plnt, osionndo um redução gerl d produtividde express pel qued n tx fotossintéti. O ojetivo do trlho foi vlir os efeitos do estresse hídrio ns tros gsoss em plnts de Hyptis petint, fim de ompreender omo estes vegetis respondem s ondições nturis dverss d região Nordeste do Brsil. MATERIAL E MÉTODOS A semedur foi feit em ndejs de isopor om um sustrto n proporção de : (pó de oo: estero ovino). Após 4 dis s muds form trnsplntds pr vsos om pidde proximd de 6L onde foi misturdo n proporção de 2: (terr: estero ovino). Um mês pós foi resentdo 2g de duo orgânio (BIOATIVO ) em tods s plnts. O experimento foi onduzido em estuf gríol lolizd no Deprtmento de Biologi/UFS. O delinemento experimentl utilizdo foi em loos o so, formdo por ino loos, ino trtmentos e 3 repetições por trtmento, d um ompost por 3 plnts. O trtmento T (testemunh) irrigdo dirimente, trtmento (T ) um di de estresse; (T 2 ) dois dis; (T 3 ) três dis e (T 4 ) qutro dis sem reeer irrigção. Os prâmetros fisiológios form vlidos em plnts presentvm dis de idde. Pr vlir os efeitos do estresse hídrio form medidos durnte fse experimentl fotossíntese (A), ondutâni estomáti (gs), trnspirção (E) e o potenil hídrio folir (Ψ h ). Os vlores ds tros gsoss o nível d folh form medidos utilizndo-se um equipmento portátil, modelo CIRAS-2, (PPSystems Hithin, UK) e os vlores de Ψ h form otidos trvés de um âmr de pressão modelo 3, (Snt 2

3 Bárr Soil Moisture, Snt Bárr, USA), seguindo téni desrit por Kufmnn (968). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultdos presentdos n (Figur ) mostrm que s plnts de Hyptis petint sofrerm restrição d fotossíntese líquid e d trnspirção devido o fehmento estomátio. A fotossíntese líquid tingiu seu vlor máximo no trtmento ontrole (T), µmol.m -2. s - e redução signifitiv nos trtmentos sumetidos o estresse hídrio, hegndo vlores próximos zero em T2, e vlores negtivos nos trtmentos T3 e T4, nos quis respirção foi predominnte (Figur A). A qued d fotossíntese está ssoid à diminuição do potenil hídrio em função d redução d disponiilidde de águ no solo (figur D). A ondutâni estomáti (gs) (Figur B) presentou vlores mis elevdos no trtmento T, próximos 6 mmol.m -2 -s - e qued signifitiv, pós o primeiro di, ns plnts sumetids o trtmento T, e vlores próximos de zero em T2, T3 e T4. O fehmento pril ou totl dos estômtos, deorrente d supressão d irrigção, foi influenido pelo potenil hídrio, que foi mis negtivo pr s plnts estressds. Com o fehmento dos estômtos oorre redução n ssimilção de CO 2, restrição do o influxo de CO 2 ns éluls do mesófilo e onseqüentemente, redução n produção de mtéri se. A redução de E (FigurC) está ssoid à ção onjunt de gs e d redução do potenil hídrio. Os vlores máximos d trnspirção form registrdos pr s plnts T, próximos 7 mmol.m- 2.s - e os vlores menores pr os trtmentos T2 e T3. Apesr d ondutâni estomáti presentr vlores próximos zero, s plnts mntiverm um ix tx de trnspirção, próximo mmol.m -2.s -, o que demonstr permeilidde d utíul fvoreendo perd de águ. 3

4 2 A 9 8 C A ( mol.m -2.s - ) E (mmol.m -2.s - ) d e B 2 d e T T T 2 T 3 T 4 gs (mmol.m -2.s - ) h (MP) d d T T T 2 T 3 T 4 Trtmentos -4 D Trtmentos Figur. Respost d fotossíntese (A), ondutâni estomáti (B), trnspirção (C) e do potenil hídrio folir (D) em plnts de Hyptis petint, sumetido estresse induzido pel suspensão d irrigção. As rrs representm os vlores médios de ino determinções om o desvio pdrão. LITERATURA CITADA BISPO, M. D.; MOURÃO, R.H.V.; FRANZOTTI, E.M..; BOMFIM, K.B.R.; ARRIGONI-BLANK, M.R.; MORENO, M.P.N.; MACHIORO, M. & ANTONIOLLI, A.R., 2.Antinoieptive nd ntiedemtogeniti effet of extrt Os Hyptis petint leves in experimentl nimls. J. Etnophrm., v.76, p.8-86 MEDINA, C.L.; MACHADO, E.C. & GOMES, M.M.A., 999. Condutâni estomáti, trnspirção e fotossíntese em Lrnjeir Vlêni so defiiêni hídri. Revist Brsileir de Fisiologi Vegetl, :

5 ROCHA, A.M.S. & MORAES, J.A.P.V., 997. Influêni do estresse hídrio sore s tros gsoss em plnts jovens envsds de Stryphondedron dstringens (Mrt.) Coville.997. Revist Brsileir de Fisiologi Vegetl, 9: SOUZA, C.D.; SOARES, A.M. & REGINA, M.A., 2. Tros gsoss de muds de videir, otids por dois port-enxertos sumetids à defiiêni hídri. Pesq. Agrope. Brs. 36: KAUFMANN, M. 968 Evlution of the pressure hmer method for mesurement of wter stress in itrus. Proeeding of the Amerin Soiety for Hortiulturl Siene. 93: