FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL. Presidente da FACIMED Sandra Maria Carrijo Veloso Marques. Diretora Geral da FACIMED Daniela Shintani

Documentos relacionados
Presidente da FACIMED Sandra Maria Carrijo Veloso Marques. Diretora Geral da FACIMED Daniela Shintani

APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) e outras estratégias de ensino

Introdução ao TBL (team based learning) Aprendizagem Baseada em Equipes. Noemi Zukowski

Profissão Docente. Outubro Número 2. Aprendizagem colaborativa na formação médica. Editorial

Team-based Learning. Mark A. Serva, Ph.D. University of Delaware

Integrando Team-based Learning & PBL. Mark A. Serva, Ph.D. University of Delaware

O Bê-Á-Bá da Aprendizagem Baseada em Equipe The Bê-Á-Bá of Team-Based Learning

APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) COMO MÉTODO DE APRENDIZAGEM HÍBRIDA EM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE MEDICINA

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA

TITULO EM PORTUGUÊS: Aprendizagem baseada em equipes: da teoria à prática. TÍTULO EM INGLÊS: Team-based learning: from theory to practice.

Artigo Uso da Estratégia Aprendizagem Baseada em Equipes em Disciplinas da Graduação em Farmácia

A coleção Amigável Mente é uma ferramenta de desenvolvimento de competências socioemocionais para escolares (4º, 5º e 6º anos). *7º, 8º e 9º em 2020.

ENSINO DA POLÍTICA DE SAÚDE DO HOMEM NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM COM USO DO TEAM BASED LEARNING (TBL)

PRODUTO 1.FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MEDICINA: ELABORAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA DOCÊNCIA EM HABILIDADES CLÍNICAS.

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL-FACIMED Autorizado Portaria Nº 306, de 20 de maio de Regulamento de Estágio Curricular Supervisionado

Prof. Dr. Carlos Alberto Lazarini Faculdade de Medicina de Marília - Famema

CICLO PRÉ-CLÍNICO (integração ciclos básico/profissional)

Columbia Women s Leadership Network in Brazil

Inscrição para candidatura ao Programa de Desenvolvimento Docente para Educadores Médicos Instituto Regional de Educação Médica FAIMER Brasil 2010

Plano da Unidade Curricular

Plano da Unidade Curricular

Plano da Unidade Curricular

23 de novembro de Aula Magna, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

INFORMAÇÕE GERAIS DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO INFOGRÁFICO DO CURSO E PRINCIPAIS ATIVIDADES E TAREFAS

Cada um dos programas proposto tem por objetivo sensibilizar e capacitar jovens

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL DIREÇÃO ACADÊMICA

Edital do Processo Seletivo de Monitoria da UFG Regional Jataí nº. 03/2018

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE TURISMO DO IF BAIANO - CAMPUS URUÇUCA

TBL TEAM-BASED LEARNING OFICINA SIMPÓSIO DOCENTE

ORIENTAÇO ES PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE INTERVENÇA O

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru Física Física.

E.E. SENADOR LUIZ NOGUEIRA MARTINS

GUIA DO MONITOR DE MEDICINA

REGULAMENTO I I MOSTRA CIENTIFICA DE ADMINISTRAÇÃO DA UFSJ

OS TRÊS EIXOS NORTEADORES DO PROJETO DE MONITORIA DO CURSO GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

A Prática Profissional terá carga horária mínima de 400 horas distribuídas como informado

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA SEMINÁRIOS DE PROJETOS DE PESQUISA II

PLANO GESTÃO Números de alunos da escola e sua distribuição por turno, ano e turma.

Centro de Ensino Superior Dom Alberto Faculdade Dom Alberto

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA SEMINÁRIOS DE PROJETOS DE PESQUISA II

DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE ENFERMAGEM

FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA CURSO DE PEDAGOGIA. PORTARIA NORMATIVA 3, de 18 de fevereiro de 2010.

TUTORIAL DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES FARMÁCIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS IHAC

RESOLUÇÃO - CEPEC Nº 1418

IDEIAS SOBRE PLANO DE AULA

Plano da Unidade Curricular (PUC) (corrigido!)

Portanto, a atividade de monitoria visa fornecer elementos que colaborem na formação de profissionais na área de Gastronomia.

Edital 01/2018 PROGRAMA APRENDER NA COMUNIDADE

NORMATIZAÇÃO CGA N o 04/2015

Prestação de Contas e Sumários das atividades do CDDE da FMRP-USP S

Regulamento das Atividades Complementares

ESCOLA SECUNDÁRIA MARTINS SARMENTO GRUPO DISCIPLINAR DE BIOLOGIA E GEOLOGIA CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE BIOLOGIA (12.

Interação Atenção Empenhamento

REGULAMENTO DOS PROJETOS INTEGRADORES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PRÁTICAS EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SELEÇÃO MONITORIA EDITAL Nº 13/2017

Fundação Presidente Antônio Carlos - FUPAC

PORTARIA D.IBB Nº 131, de 16 de dezembro de 2014

Planejamento do Trabalho Pedagógico: elaboração de plano de curso e plano de aula. Profa. Dra. Hilda Mara Lopes Araujo DMTE/CCE

Plano da Unidade Curricular

CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

NORMAS PARA ORIENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA URI

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

Versão: Dezembro/2012. O aluno poderá integralizar os créditos referentes às disciplinas ACH 2017 e ACH 2018 das seguintes formas:

06/03/2013 RODA DE CONVERSA

Resumo expandido APRENDIZAGEM ATIVA NA EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

PROGRAMA DE MONITORIA PLANO DE TRABALHO DO ESTUDANTE MONITOR

NORMAS. Etapa de Preparação Pedagógica (EPP) Etapa de Estágio Supervisionado em Docência (EESD)

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

RESOLUÇÃO - CEPEC Nº 1190

PROGRAMA DE TUTORIA ACADÊMICA INTERNACIONAL NO ENSINO DE GRADUAÇÃO E PÓS- GRADUAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

CHAMADA PÚBLICA 18/2017 ALINHAMENTO TÉCNICO INSTITUCIONAL

BIBLIOTECAS ESCOLARES AUTO-AVALIAÇÃO BIBLIOTECA ESCOLAR DE MARRAZES 2009/2010

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS VIRTUAL

Regulamento do Projeto Integrador I e II - FMB 2019 REGULAMENTO DO PROJETO INTEGRADOR I E II DO C.S.T. EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA

Educação Bilíngue & Competências do Séc. XXI. Virginia Garcia Head of R&D

POR QUE SER COC? Tradição e tecnologia para a Educação APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS

EDITAL N. 02/2016 CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA EDITAL PARA PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA EXTERNA 1º SEMESTRE DE 2017

SISTEMA INTERMUNICIPAL DE CAPACITAÇÃO EM PLANEJAMENTO E GESTÃO LOCAL PARTICIPATIVA CURSO. Prefeitura Municipal de San Salvador

Plano da Unidade Curricular

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL DE MONITORIA

COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL DE TOLEDO Ensino Médio Profissional Integrado

Avaliação no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa PNAIC

OFICINA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

Disciplina (obrigatória): Metodologia do Ensino Superior Carga: 30 horas (2 créditos) Período: 2018/1

O programa Escola de Tempo Integral de São Paulo. Angélica de Almeida Merli Abril/2018

A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NO ENSINO DA MATEMÁTICA E DA ESTATÍSTICA

Questões de Aprendizagem e Pesquisa relacionadas com Instrução Baseada na Web

MINICURSO: FLIPPED CLASSROOM A SALA DE AULA INVERTIDA EM ATIVIDADES DE MODELAGEM MATEMÁTICA

Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico

Objetivo: propor recomendações para o trabalho efetivo dos NDE

Da Educação Infantil ao Simulados Pré-vestibular, o Sistema de Ensino Poliedro oferece coleções de livros didáticos elaborados por autores

Diretoria de Ensino Guarulhos Norte PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS E OBJETIVOS:

REGULAMENTO DO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR (PIM) DOS CURSOS DE TECNOLOGIA DA FACSUL FACULDADE MATO GROSSO DO SUL

Transcrição:

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL Presidente da FACIMED Sandra Maria Carrijo Veloso Marques Diretora Geral da FACIMED Daniela Shintani Coordenador do Curso de Medicina da FACIMED Marcial Francis Galera ELABORAÇÃO: Janice Santana do Nascimento Segura Coordenadora Pedagógica do Curso de Medicina Cacoal RO 2018

SUMÁRIO Introdução... 4 Princípios Fundamentos da ABE... 5 Trabalho em Equipe... 6 Etapas da ABE... 7 Avaliação ABE... 11 Cálculos da Nota Bimestral... 12 Referências... 13

INTRODUÇÃO Conforme especificado nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Medicina em seu artigo Art. 26. o projeto pedagógico do curso deverá estar centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo, e deverá utilizar metodologias ativas de ensino (Art. 32). Cada vez mais as metodologias ativas de ensino vêm sendo utilizadas na área médica, atendendo ao desafio de contínuo aprendizado e mudança da relação de quem ensina e de quem aprende. Este movimento de transformação da educação tem no aluno o centro do processo ensino-aprendizagem. O curso de medicina da FACIMED aposta no método ativo de aprendizado, em que o aluno é protagonista do seu próprio processo de formação. Para isso, usa especificamente a metodologia TBL, abreviação para Team Based Learning. A Aprendizagem Baseada em Equipes ABE é uma estratégia educacional constituída por um conjunto de práticas sequenciadas de ensino-aprendizagem (PARMELEE et. al, 2012). É uma proposta metodológica que favorece a interação social dos alunos em sala de aula e visa desenvolver no estudante níveis avançados de aprendizagem (análise, aplicações, avaliações e criatividade), fornecendo tarefas de aprendizagem significativa (MICHAELSEN, 2002). Este manual tem o objetivo de apresentar o método Team-Based Learning (TBL) ou Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE), como um guia objetivo de consulta em relação a metodologia. 4

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ABE Para Michaelsen & Sweet (2008) quatro princípios são fundamentais para alcançar níveis avançados de aprendizagem propostos no ABE. Equipes permanentes, estrategicamente formadas e sua adequada condução; Responsabilização dos alunos pela qualidade do trabalho individual e em equipe; Fornecimento de feedback frequente, imediato e oportuno, fornecido através das avaliações individuais, em grupo e na aplicação dos conceitos; Tarefas para a equipe que promovam tanto a aprendizagem individual como o desenvolvimento da equipe. Fonte: https://catracalivre.com.br/pessoas diferentes A coordenação pedagógica é responsável pela formação das equipes. Os critérios utilizados são: Preferencialmente ter um número ímpar de participantes, para facilitar o desempate nas decisões. Ser compostas por cinco a sete estudantes, para favorecer a aprendizagem ativa e ampliar a troca de saberes entre os participantes. 5

Composição heterogênea (diferentes características, habilidades e personalidades) Permanência por longo período de tempo (mínimo 1 ano) para a coesão dos seus membros e alcançar uma aprendizagem efetiva em equipe. São fatores dificultadores à coesão do grupo: vínculos afetivos entre componentes (irmãos, namorados, amigos muito próximos), expertise diferenciada de alguns membros (tenderão a se isolar), entre outros. TRABALHO EM EQUIPE O ABE é uma estratégia pedagógica embasada em princípios centrais da aprendizagem de adultos. Tem como característica a valorização da responsabilidade individual dos estudantes perante as suas equipes de trabalho. É na fase da preparação individual que os alunos possuem a responsabilidade de se prepararem previamente para o trabalho em equipe através da realização de determinadas tarefas. A não realização das atividades individuais resultará em atraso e, consequentemente na perca de eficiência no desenvolvimento do trabalho em equipe. Por isso, é muito importante que cada estudante tenha discernimento do que é trabalhar em equipe. Uma equipe deve ter como essência a colaboração mútua, o compromisso comum e a integração. Segundo Katzenbach e Douglas (1993), "o desempenho de um grupo de trabalho é resultado da soma dos desempenhos individuais. Assim, o desempenho de uma equipe, além de incluir os resultados individuais, inclui o resultado do trabalho coletivo. Beyerlein, (1991) refere que o melhor desempenho é obtido quando há alta colaboração dentro e entre equipes. 6

Segundo Katzenbach & Douglas (1993), o trabalho em equipe apresenta um conjunto de valores que ajudam as equipes, como um todo, a obterem desempenho, além de promover o próprio desempenho individual. Quanto ao aspecto responsabilização dos alunos pela qualidade do trabalho individual e em equipe, a avaliação por pares sobre a contribuição do estudante para o sucesso do trabalho em equipe contribui neste aspecto. ETAPAS DA ABE Na ABE, cada tema principal (denominado por Michaelsen como macrounidade ou unidade maior) a ser trabalhado em um módulo requer três etapas, que incluem diversos processos (KRUG,2016). No final do processo o aluno irá verificar cada tema três vezes. Duração: Tempo necessário para o estudante realizar a tarefa Variável 50 a 90 minutos 50 a 90 minutos 1. Preparação 2. Garantia de Preparo 3. Aplicação de conceitos Pré-classe Estudos individuais Entrevista Conferência Filmes Experiências, etc. Na Classe 2.1 Teste individual 2.2. Teste em grupo 2.3 Aplicação do conceito 2.4 Feedback do professor Na classe (com aplicação das 4 características*) Testes múltipla escolha Questões verdadeiro ou falso Casos clínicos: dignósticos, exames, terapêutica Figura 1: Etapas do TBL e sua duração aproximada. *Problema significativo, mesmo problema, escolha específica, relatos simultâneos 7

Fonte: https://www.zun.com.br/fotos Preparação consiste no preparo prévio pelo estudante de uma tarefa proposta pelo professor fora da sala de aula. Esta fase é o primeiro contato do aluno com a matéria nova. Esta tarefa tem como objetivo a contextualização da temática e o embasamento para as questões a serem exploradas, tanto individualmente como em equipe. Este preparo será conferido na garantia de preparo, que ocorre em sala de aula. Poderá ser utilizado leitura de textos, filmes, entrevista, conferências, fazer atividade em laboratório, entre outros. Os textos devem ser simples, de fácil leitura e não muito longos. Para o preparo prévio os docentes deverão enviar o Protocolo da fase de preparação individual para sessão da ABE (ANEXO 1), contendo o nome da disciplina, do professor, do tema e data da sessão, os objetivos, seleção do conteúdo contendo as referências bibliográficas: (livro, vídeo, artigo, etc.), o detalhamento (capítulo do livro, páginas) e os tópicos das referências. O envio do protocolo deverá ser enviado com no mínimo uma semana de antecedência da sessão de ABE. 8

É necessário que cada aluno tenha compromisso e responsabilidade em relação ao preparo, pois permitirá de forma efetiva a sua contribuição na equipe. Fonte: http://bomjardimnoticia.com Garantia do Preparo é realizada em sala de aula inicialmente por meio de teste individual e posteriormente o mesmo teste em equipe, com feedback, possibilidade de apelação e uma breve apresentação do professor. Finalizado o teste em equipe, o professor recolhe o gabarito e faz um levantamento com a turma toda sobre as respostas das equipes a cada questão, de forma que cada equipe possa comparar suas escolhas com as das outras equipes. Para isso são utilizadas placas, previamente confeccionadas. Neste momento pode ocorrer a apelação, quando a equipe discorda do gabarito. Caso o professor considere a justificativa adequada e aceitar a resposta da equipe, apenas a equipe que fez a apelação receberá ponto na questão (Anexo 2). O processo é seguido por conferência para esclarecimento quando o professor faz uma revisão ou discussão breve dos temas abordados no teste para esclarecer os assuntos para os alunos que não entenderam ou completar informações que não foram plenamente cobertas pelo teste e preparar para a fase seguinte, que é a resolução de problemas mais complexos. 9

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qk6vs8udt0c Aplicação de Conceitos consiste na execução de várias tarefas em equipe propostas pelo professor, que, geralmente, envolvem resolução de problemas e tomadas de decisão, seguidas por sua apresentação e feedback. A aplicação de conceitos é a fase mais importante para a consolidação dos conhecimentos. Os exercícios apresentam situações e cenários semelhantes aos que os estudantes vivenciarão ao longo de sua formação e vida profissional. Estes levam os estudantes a fazer interpretações, cálculos, comparações, previsões, análises, avaliações e sínteses das informações. Os exercícios de aplicação, são resolvidos primeiramente em equipe, e em seguida reúne-se todas as equipes para discutirem as respostas à questão, devendo explicar e defender sua decisão. As atividades devem contemplar algumas características chamadas de 4S em inglês, que representam Significant, Same, Specific, Simultaneous (BOLLELA et. al., 2014). 10

a. Problema significativo (Significant): Os estudantes resolvem problemas reais, contendo situações contextualizadas semelhantes aos que vivenciarão ao longo de sua formação e vida profissional. b. Mesmo Problema (Same): cada equipe recebe o mesmo problema e ao mesmo tempo de modo que cada equipe se preocupa com as conclusões e fundamentos de outras equipes para estimular o futuro debate. C. Escolha específica (Specific): cada equipe deve buscar uma resposta curta e facilmente visível por todas as outras equipes. d. Relatos simultâneos (Simultaneous report): as respostas devem ser mostradas simultaneamente, de modo a inibir que alguns grupos manifestem sua resposta a partir da argumentação de outras equipes. Nesta fase, a apelação também é incentivada e segue as mesmas recomendações na fase de garantia de preparo. Observação: Assim como nas avaliações tradicionais, o uso do celular ou qualquer outro material de pesquisa é proibido, tato na fase de garantia de preparo como na aplicação de conceito. AVALIAÇÃO DA ABE A avaliação é feita com base no desempenho dos testes individuais e da equipe, nos exercícios de aplicação dos conceitos em equipe, bem como na contribuição do estudante para o sucesso do trabalho da equipe (avaliação por pares). A contribuição nas atividades de preparo individual para o trabalho em equipe poderá ser na participação nas discussões, participação em reuniões de equipe 11

que possam ter o corrido fora da classe, dar feedback positivo para a equipe após as discussões, e valorizar as contribuições encorajando outros membros da equipe. Para a avaliação por pares, o aluno irá preencher um formulário estruturado (Anexo 3). A periodicidade da avaliação por pares seguirá os critérios de cada disciplina pela especificidade de cada uma. Visa-se com isto incentivar as contribuições individuais e o princípio de valorização do trabalho em equipe. Cada sessão de ABE será valorada de 0 a 100. O aproveitamento final, então, será o resultado da média das notas parciais das diversas sessões de ABE. Cada componente da ABE tem um peso no sistema de avaliação: Teste individual de Garantia de preparo: peso 3 Teste em equipe de Garantia de preparo: peso 1 Aplicação do Conceito: peso 2 Média de Avaliação por pares: 0 a 0,5 pontos A decisão sobre o peso de cada uma destas avaliações poderá ser alterada quando o NDE/Colegiado de Curso achar conveniente e estarão definidos no plano de ensino de cada disciplina. CÁLCULO DA NOTA BIMESTRAL (N1/N2) A nota bimestral será composta pela média das sessões de ABE (mínimo 50% da nota), podendo ser complementada por outras modalidades de avaliação, devido as particularidades de cada disciplina. 12

REFERÊNCIAS BEYERLEIN, MICHAEL. Editorial. Center for the Study of Work Teams- Newsletter, v.1 n.2, 1991. BOLLELA VR, SENGER MH, TOURINHO FSV, AMARAL E. Aprendizagem baseada em equipes: da teoria à prática. Medicina (Ribeirão Preto) 2014;47(3):293-300. Disponível em http://revista.fmrp.usp.br/. FARLAND MZ, SICAT BL, FRANKS AS, PATER KS, MEDINA MS,PERSKY AM. Best Practices for Implementing Team-Based Learning in Pharmacy Education. Am J of Pharm Educ2013;77(8). KATZENBACH, JON R.; SMITH, DOUGLAS K. The discipline of teams. Harvard Business Review, Março/Abril 1993. KRUG, Rodrigo de Rosso et al. O Bê-Á-Bá da Aprendizagem Baseada em Equipe.Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 40, n. 4, p. 602-610, Dec. 2016. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0100-55022016000400602&lng=en&nrm=iso>. access on 11 Dec. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v40n4e00452015. MICHAELSEN LK, SWEET M. Fundamental principles and practices of Team-Based Learning. In: MICHAELSEN LK, PARMELEE D, MACMAHON KK, LEVINE RE. Team-Based Learning for health professions education: a guide to using small groups for improving learning. Sterling, VA: Stylus Publishing; 2008. 9-34 MICHAELSEN LK. Getting Started with Team-Based Learning. In: Michaelsen LK, Knight AB, Dee Fink L. A Transformative Use of Small Groups. Westport: Praeger Publishers; 2002. 27-52 MCMAHON KK. Team-Based Learning. In: Jeffries WB, Huggert KN. An introduction to Medical Teaching. New York:Sringer. 2010; 55-64. PARMELEE D, MICHAELSEN LK, COOK S, HUDES PD. Team-based learning: a practical guide: AMEE guide no. 65. Med Teach 2012;34(5):e275-e7 PARMELEE DX, MICHAELSEN LK. Twelve tips for doing effective Team-Based Learning (TBL). Med Teach 2012;32:118-22. 13

ANEXO 1 Modelo de Protocolo da fase de preparação individual para sessão da ABE 14

ANEXO 2 Roteiro de Apelação 15

ANEXO 3 Avaliação por pares 16

facimedonline facimedonline facimed