FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Título do Projeto: Oficinas de Leitura em Língua Estrangeira: Inglês e Espanhol 1.2 Coordenador: Miquela Piaia 1.3 Câmpus envolvido(s): Santo Augusto 1.4 Curso ou Área de Vinculação: Cursos técnicos do IFF campus Santo Augusto-RS 1.5 Público Alvo: alunos dos 2º anos dos cursos técnicos do IF Farroupilha campus Santo Augusto-RS 1.6 N de Pessoas a serem diretamente atingidas: 32 1.7 Período e local de Realização: abril à outubro de 2014 1.8 Projeto de: ( ) Longa Duração ( x ) Curta Duração Carga Horária Total: 60h 2. RECURSOS HUMANOS a) Coordenador Nome: Miquela Piaia SIAPE: 18921817 E-mail: miquela@sa.iffarroupilha.edu.br Cel: 55 9136 2326 b) Colaborador(es) Nome Câmpus SIAPE Miquela Piaia Daniele Schaedler Santo Augusto Santo Augusto N de horas no projeto 18921817 30 30 Rubrica 3. APROVAÇÃO DIREÇÃO DE ENSINO / DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO* Nome Função Assinatura DE 4. DECLARAÇÃO DE CEDÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Eu, Miquela Piaia, autorizo a destinação desse Projeto ao Banco de Projetos de Ensino do Instituto Federal Farroupilha e sua execução em outro Câmpus, desde que citada a autoria. Assinatura Nome MIQUELA PIAIA * A Diretoria de Ensino deverá aprovar caso haja previsão orçamentária do Câmpus para a execução do Projeto.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA Câmpus Santo Augusto OFICINAS DE LEITURA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: INGLÊS E ESPANHOL Santa Maria 2014
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 2 2 OBJETIVOS...? 2.1 OBJETIVO GERAL...? 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...? 3 JUSTIFICATIVA...? 4 RESULTADS ESPERADOS...? 5 REVISÃO DA LITERATURA...? 6 METODOLOGIA...? 7 CRONOGRAMA...? 8 ORÇAMENTO...?
2 1 INTRODUÇÃO Esse projeto de ensino tem como proposta principal desenvolver a habilidade de leitura em língua estrangeira (inglês e espanhol) através de oficinas de estratégias e atividades que auxiliem na compreensão leitora dos alunos envolvidos (2ºs anos dos cursos técnicos do Instituto Federal Farroupilha Câmpus Santo Augusto) para que esses tornem-se leitores mais eficientes e autônomos. Tendo em vista que o objetivo do leitor é a (re)construção de significado e não a prática de estruturas da língua, a linguagem do texto passa a ser um meio para se alcançar tal fim, ou seja, a compreensão. Para chegar a compreensão, o leitor executa um processo ativo de construção de sentido, relacionando a informação nova obtida ao conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, a saber: linguístico, textual, prévio, e estratégico, que o leitor consegue (re) construir o sentido do texto. As oficinas ocorreram semanalmente, onde serão propostas atividades expositivas, dialogadas, aliando teoria e prática. Estratégias de leitura serão explicadas e propostas por meio de atividades, que alinhem à natureza social do uso da linguagem. Esperamos ao final das oficinas que os alunos aprendam a ler em língua estrangeira, para então ler para aprender. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Capacitar os alunos para a leitura de textos técnicos e não técnicos, por meio de estratégias de leitura em língua inglesa e espanhola. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3 Desenvolver atividades que oportunizem o contado com os mais diversos textos em língua inglesa e espanhola, inclusive textos literários, demonstrando aos aprendizes que com o uso de estratégias de leitura é possível compreender e interpretar textos com mais precisão e facilidade; Contribuir para a atribuição de sentido ao texto, de forma contextualizada através de atividades preparatórias; Mostrar aos estudantes que mesmo com um conhecimento linguístico limitado, através do uso das estratégias de leitura, é possível compreender o texto; Utilizar textos com assuntos de interesse dentro das áreas técnicas de administração, agropecuária, informática e alimentos, que os auxiliem em diversas disciplinas no decorrer do curso técnico integrado do qual fazem parte. 3 JUSTIFICATIVA O processo de ensino- aprendizagem e a utilização de estratégias de leitura representam tema importante e bastante pesquisado atualmente. Durante muito tempo acreditava-se que uma leitura eficiente em língua estrangeira tinha como pressuposto, acima de tudo, um perfeito conhecimento do léxico da língua. Assim, o foco no aprendizado da leitura em língua inglesa envolvia um trabalho intensivo com vocabulário. Esse método ainda encontra razoável aceitação em algumas instituições e em alguns livros didáticos. A ênfase na palavra ocorre em um plano linear, abstrato, nada interativo. As estratégias de leitura visam a desenvolver habilidades tais como deduzir o significado e uso de itens lexicais não familiares; entender a informação explícita e a implícita dentro da sentença; entender o valor comunicativo das sentenças; extrair seletivamente pontos relevantes do
4 texto; distinguir ideias principais das secundárias, etc. As habilidades de leitura são desenvolvidas por diferentes tipos de atividades. Estas atividades visam desenvolver as estratégias de leitura. Como estratégias de leitura podem ser citadas, entre outras: inferência: deduzir o significado e uso de itens lexicais não familiares por meio de dicas contextuais; skimming: ler rapidamente o texto para obter a ideia principal, com a ajuda do título e de figuras; scanning: ler rapidamente o texto com o objetivo de encontrar uma informação específica no texto; antecipação: encorajar os alunos a refletirem sobre o tema do texto antes de lê-lo; previsão: adivinhar sobre um determinado texto simplesmente pela análise do título e das figuras. É ineficaz escolher um texto para aplicação de conteúdos gramaticais, por exemplo. Em grande parte dos textos escolhidos com essa finalidade são descontextualizados do mundo do aluno e de sua prática social. Quanto à prática de compreensão e interpretação, acontecem sem nenhuma preparação prévia para o entendimento do texto. A preocupação com a leitura restringe-se a transcrição de partes do texto. Dessa maneira o que o professor faz é contribuir para o conformismo do aluno, que não consegue perceber referências, pressupostos, informações implícitas, ambiguidades, intertextualização, contextualização e tantos outros aspectos semânticos e pragmáticos que atuam no sentido das palavras. Aspectos semânticos e pragmáticos devem ser trabalhados na interação com alunos, fazendo-os refletir sobre o seu papel na sociedade, sobre a importância da língua em todo e qualquer ambiente em que se vive, e sobre o sentido das palavras contextualizadas. Uma boa e eficaz abordagem de leitura não mantém seu foco em elementos isolados, ela leva em consideração a dimensão da palavra e do
5 texto, assim como aquilo que caracteriza todo o processo de comunicação a interação. Os leitores devem prestar atenção nos elementos extratextuais, tais como títulos, letras em negrito ou itálico, palavras sublinhadas, gráficos, figuras, mapas ilustrados, referências. Isso facilita a interpretação e compreensão do texto. Ler é ir além da codificação simples de palavras unitárias. Nas oficinas de leitura, o contato com textos em língua inglesa e espanhola, desenvolvidos através de técnicas de compreensão, demonstrando aos alunos que por meio de estratégias de leitura é possível inferir as ideias principais do texto, oportuniza um processo de construção de sentido e de aprendizagem verdadeiramente relevantes. Para proporcionar um ambiente agradável para a prática da leitura, identificar temas de interesse dos alunos é sempre uma boa estratégia. Em seguida, pode-se desenvolver atividades preparatórias, como discussão prévia sobre o assunto. Dentro de um contexto de rápidas mudanças tecnológicas, o sistema educacional está sendo desafiado a oferecer oportunidades a um número cada vez maior de pessoas que buscam o conhecimento como um meio para se aperfeiçoarem profissionalmente. A globalização da economia e a rapidez das inovações tecnológicas estão exigindo maior esforço em formação e treinamentos. Dessa forma, o aprendizado de uma língua estrangeira é de suma importância, pois através dele torna-se possível um contato com novas culturas e novos conhecimentos. Nesse contexto, o desenvolvimento da habilidade de leitura de textos em língua inglesa e espanhola oferece a possibilidade de aumentar a gama de conhecimentos de cada um, em um processo de construção de sentido e aprendizagem. Mais importante do que ensinar aos alunos o conteúdo é promover aos estudantes a consciência dos processos pelos quais se aprende. A língua não será mais empecilho, mas sim ferramenta para novas descobertas.
6 4 RESULTADOS ESPERADOS Ao final do curso espera-se formar leitores instrumentalizados, que consigam compreender e interpretar de forma autônoma, tornando-se também leitores críticos, reflexivos e independentes. Dessa forma serão capazes de ler informações relevantes nas suas áreas de estudo, como artigos científicos, que são publicados em língua inglesa e espanhola. 5 REVISÃO DA LITERATURA Estudiosos e pesquisadores da área de linguística aplicada como Luiz Paulo da Moitta Lopes, Desiré Motta-Roth e Márcia Zimmer defendem que o que importa na aula de língua estrangeira é muito mais que repetir estruturas linguísticas aula após aula, é criar oportunidades para a leitura em que os participantes, em grupos pequenos, para que se alcance efetivamente o todo, possam engajar-se em práticas que os tornem cada vez mais proficientes como analistas de textos. Através da vivência continuada e aprofundada com textos relevantes, desafiadores e instigantes, porque permitem a discussão de sua temática e a ampliação de repertórios linguísticos para novos contextos de uso da língua, buscando promover a compreensão e a reflexão sobre o seu ligar e a sua posição como cidadãos, e inserir-se criticamente em novos campos de atuação humana. Para isso, é também dever da escola, proporcionar oportunidades de práticas que promovam o letramento e o uso da língua em diferentes práticas sociais. As seguintes obras e autores embasaram teoricamente o nosso trabalho: ALADREN, Maria Del Carmen. Español actual: textos, gramática, ejercicios. [S.l.]. Sagra
7 Luzzatto, [2]. ALMEIDA, Rubens Queiroz de. As palavras mais comuns da língua inglesa. 2. ed. São Paulo: Novatec, 2003. BARALO, Marta. La adquisición del español como lengua extranjera. Madrid: Arco/Libros, [2]. BRASIL. MEC. Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: língua estrangeira. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, p. 87 a 122, 2006. CITELLI, Adilson; CHIAPPINI, Ligia. Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática. -4. ed. - São Paulo: Cortez, 2004. ESTERAS, Santiago Remacha. Infotech: English for computer users. New York: Cambridge University Press, 1997. FANJUN, Adrián. Gramática y práctica de Español para brasileños: com respuestas. São Paulo: Moderna, 2005. KARWOSKI, Acir Mário (org.) et al. Gêneros textuais: reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. MUNHOZ, Rosângela. Inglês instrumental: estratégias de leitura. Módulo I. São Paulo: Textonovo, 2000. p. 18. MOITA LOPES, L.P. da Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade) 192 p., 1996. MOTTA-ROTH. Questões de metodologia em análise de gêneros. In: A.M.KARWOSKI; B. GAYDECZKA; K.S.BRITO (orgs.). Gêneros textuais:reflexão e ensino. 2º ed., Rio de Janeiro, Lucerna, p. 145-164, 2006. NUTTALL, Christine. Teaching reading skills in a foreign language. Oxford: Macmillan, 2005 ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. Campinas: Mercado das Letras, 2000. SEDYCIAS, João (org.). O ensino do espanhol no Brasil; presente, passado, futuro. São Paulo: Parábola, 2005. ZIMMER, Márcia Cristina. A interdependência entre a recodificação e a decodificação na aprendizagem de leitura: uma abordagem conexionista. Letras de Hoje. Porto Alegra, v. 36, n.3, p. 409-415, 2001. ZIMMER, Márcia Cristina; BLASKOWSKI, Maria José; GOMES, Neiva Maria Tebaldi. Desvendando os sentidos do texto: cognição e estratégias de leitura. Nonada. Porto Alegre, n.7, p. 97-127, 2004. 6 METODOLOGIA O projeto é destinado a alunos que estão cursando o segundo ano dos cursos técnicos de Administração, Alimentos, Informática e Agropecuária, sendo 8 vagas para cada curso, havendo sorteio se houver maior número de inscritos. As aulas ocorrerão nas terças-feiras, das 11h25min até 12h25min, com início em abril e término em outubro.
8 A metodologia que será posta em prática basear-se-á na participação, problematização, construção e contextualização de conhecimentos, ancorados em textos de diferentes gêneros discursivos. Os professores envolvidos no projeto elaborarão atividades e acompanharão o desenvolvimento e evolução dos alunos no decorrer das oficinas, sempre informando ao coordenador sobre o andamento e evolução do processo de aprendizagem. Acontecerão encontros mensais entre a coordenadora e professores colaboradores para discutir questões pertinentes ao andamento do projeto. 7 CRONOGRAMA ETAPA Abril Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Seleção dos alunos x Período das aulas x x x X X x x Relatório final das atividades X 8 ORÇAMENTO a) Materiais de Consumo* Descrição Unidade Quantidade Valor Unit. (R$) Valor Total (R$) TOTAL (R$) * Indicar somente os materiais que precisam ser adquiridos
9 b) Materiais Permanentes* Descrição Unidade Quantidade Valor Unit. (R$) Valor Total (R$) TOTAL (R$) * Indicar somente os materiais que precisam ser adquiridos c) Diárias Descrição do deslocamento Unidade Quantidade Valor Unit. (R$) Valor Total (R$) TOTAL (R$) d) Recursos Humanos PROJETOS DE CURTA DURAÇÃO Participantes do projeto N de horas no projeto Valor da hora Total Coordenador 6 67,30 403,80 Colaborador 1 30 67,30 2019,00 Colaborador 2 30 67,30 2019,00 Colaborador 3 Colaborador 4 Colaborador 5 TOTAL (R$) 4.441,80 Valor Total de Recursos para Projeto de Curta Duração (a+b+c+d) 4.441,80
10 e) Recursos Humanos PROJETOS DE LONGA DURAÇÃO Coordenador Bolsista 1 Bolsista 2 Bolsista 3 Bolsista 4 Participantes do projeto Número de bolsas (6 ou 8) TOTAL (R$) Valor Total de Recursos para Projeto de Longa Duração (a+b+c+e) Valor da bolsa Total f) Origem dos recursos financeiros necessários para a execução do projeto (itens a, b e c) ( ) Bolsa/horas atividade do coordenador ( ) Orçamento do Câmpus* Detalhamento * Neste caso a previsão orçamentária deverá ser realizada em conjunto e com a autorização da Direção de Ensino e da Diretoria de Administração com detalhamento dos itens que serão custeados pelo orçamento do Câmpus.