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Transcrição:

Espaços Euclidianos Comprimento e Distância Se P e Q são dois pontos no R n, escrevemos PQ para o seguimento ligando P e Q e PQ para o vetor de P a Q. O comprimento do segmento de reta PQ é denominado pelo símbolo PQ, valor absoluto na reta. Sejam P e Q εr 2, para calcularmos o comprimento do segmento l ligando esses dois pontos P(a 1,b 1 ) e Q(a 2,b 2 ) marcamos um ponto intermediário R(a 2,b 1 ). Seja m o segmento de reta (horizontal) de P(a 1,b 1 ) a R(a 2,b 1 ) e n o segmento de reta (vertical) de Q(a 2,b 2 ) a R(a 2,b 1 ). O triângulo correspondente PRQ é um triângulo retângulo cuja hipotenusa é o segmento de reta l. l 2 = a 1 a 2 2 + b 1 b 2 2 PQ = (a 1 a 2 ) 2 + (b 1 b 2 ) 2 x y é o vetor ligando os pontos x e y respectivamente e seu cmprimento é x y que é o mesmo que a distância entre esses dois pontos. x y = (x 1 y 1 ) 2 + (x 2 y 2 ) 2 +... + (x n y n ) 2 Em particular se y é (0,...,0) a distância do ponto x = (x 1,x 2,...,x n ) à origem ou o comprimento do vetor x é x = x1 2 +... + x2 n Teorema. 10.1 r.v = r. v rεr e vεr n Demonstração. r (v 1,...,v n ) = (rv 1,...,rv n ) = r 2 (v 1 ) 2 +... + r 2 (v n ) 2 r v 2 1 +... + v2 n r. v Soponha que V seja um vetor de deslocamento não-nulo. Ocasionalmente precisamos encontrar um vetor w que tenha a mesma direção e sentido que v, mas possua o comprimento 1. Tal vetor w é denominado vetor unitário na direção de v. Para obter tal vetor w, simplesmente multiplique v pelo escalar r = 1 v. 1 v.v = 1 v. v = 1 v. v = 1 Ex: (1, 2,3) = 1 2 + ( 2) 2 + 3 2 = 14 ( 1 1 (1, 2,3) =, 2 ) 3, 14 14 14 14 1

Produto Interno (Produto Escalar) Definição. Sejam u = (u 1,...,u n ) e v = (v 1,...,v n ) dois vetores em R n. O produto interno euclidiano de u e v, denotado por u.v é o número u.v = u 1 v 1 + u 2 v 2 +... + u n v n Teorema. 10.2 Sejam u,v e w vetores aleatórios em R n e r um escalar. Então, (a) u.v = v.u (b) u.(v + w) = u.v + u.w (c) u.(rv) = r (u.v) = (r.u).v (d) u.u 0 (e) u.u = 0 u = 0, e (f) (u + v).(u + v) = u.u + 2(u.v) + v.v u.u = u 2 1 +... + u2 n u = u.u u v = (u v).(u v) Teorema. 10.3 Sejam u e v dois vetores em R n. Seja θ o ângulo entre dois vetores. Então, u.v = u. v.cosθ Lembramos que o cosseno de θ está entre -1e 1 cosθ > 0 se θ é agudo cosθ < 0 se θ é obtuso cosθ = 0 se θ é reto Demonstração. Suponha que u e v sejam vetores com ponto inicial na origem 0; Digamos que u = O P e v = O Q. Seja l a reta pelo vetor v, ou seja, a reta pelos pontos 0 e Q. Seja m o segmento de reta perpendicular do ponto P à reta l. Seja R o ponto em que m encontra l. Como R está em l, O R é um múltiplo escalar de v = O R. Escreva O R como t.v. Como u, t.v e o segmento m são os três lados do triângulo retângulo POR, podemos escrever m como o vetor u tv. Como u é a hipoensa desse triângulo retângulo, cosθ = tv u = t v u (4) Por outro lado, pelo teorema de Pitágoras e o teorema 10.2, o quadrado do comprimento da hipotenusa é: u 2 = t.v 2 + u t.v 2 = t 2 v 2 + (u tv).(u tv) = t 2 v 2 + u.u 2u.(tv) + (tv).(tv) = t 2 v 2 + u 2 2t.(uv) +t 2 v 2 2

Segue que 2t.(uv) = 2t 2 v 2 Substituindo (5) em (4) resuta: t = u.v v 2 (5) cosθ = u.v v 2. v u = u.v u. v Exemplo. 10.3 Considere um cubo em R 3 com cada aresta de comprimento c. Posicion este cubo em R 3, de modo natural, ou seja, com os vértices em O(0,0,0), P 1 (c,0,0), P 2 (0,c,0) e P 3 (0,0,c). Escreva u i para o vetor O P i com i = 1,2,3. Então, a diagonal d é u 1 + u 2 + u 3, que é o vetor (c,c,c). O ângulo θentre u 1 e d satifaz cosθ = u 1.d u 1. d = (c,0,0).(c,c,c) c. c 2 + c 2 + c 2 = c2 c.3 c 2 = 1 3 Teorema. 10.4 O ângulo entre os vetores u e v em R n é: (a) agudo se u.v > 0 (b) obtuso se u.v < 0 (c) reto se u.v = 0 Quando esse ângulo é reto dizemos que u e v são ortogonais. ortogonais se, e somente se, u.v = u 1 v 1 +... + u n v n = 0 Teorema. 10.5 Para quaisquer vetores u e v emr n, u + v u + v Dizemos que u e v são Essa regra afirma que qualquer lado de um triângulo é mais curto do que a soma dos comprimentos dos outros dois lados. u.v Demonstração. u v = cosθ 1 A função cosseno está definida da seguinte forma: f : R [ 1, 1] Pelo teorema 10.3 u.v u. v Multiplique por 2 e some por u 2 + v 2 u 2 + 2(u.v) + v 2 u 2 + 2 u. v + v 2 u.u + u.v + v.u + v.v ( u + v ) 2 (u + v).(u + v) ( u + v ) 2 u + v 2 ( u + v ) 2 u + v ( u + v ) 3

Teorema. 10.6 Para quaisquer dois vetores x e y em R n, x y x y Demonstração. Aplique o teorema 10.5 com u = x y e v = y em (6) para obter a desigualdade x x y + y ou x y x y (7) Aplique o teorema 10.5 com u = y x e v = x em (6) u + v u + v y x + x y x + x As desigualdades (7) e (8) implicam y x y x (8) x y x y Propriedades do comprimento Euclidiano: (norma) 1. u 0 e u = 0 somente se u = 0 2. ru = r u 3. u + v u + v Qualquer associação de números reais e vetores que satisfaça essas 3 propriedades é denominada norma. Exercício. 10.15 Prove que u v 2 = u 2 2u.v + v 2 u v 2 = (u v).(u v) = u.u 2u.v + v.v = u 2 2u.v + v 2 Exercício. 10.16 Prove que (u 1,u 2 ) = u 1 + u 2 (1) e (u 1,u 2 ) = max{ u 1, u 2 }(2) são normas no R 2 Prova (1) u 0 se, e somente se mbos são iguais a zero. u 1 + u 2 0 ru = ru 1 + ru 2 = r ( u 1 + u 2 ) = r u (2) u + v = u 1 + v 1 + u 2 + v 2 u 1 + u 2 + v 1 + v 2 = u + v u = max{ u 1, u 2 } 0 4

se, e somente se ambos forem iguais a zero ru = max{ ru 1, ru 2 } = r max{ u 1, u 2 } = r u + v = max{ u 1 + v 1, u 2 + v 2 } max{ u 1 + v 1, u 2 + v 2 } Produto Vetorial max{ u 1, u 2 } + max{ v 1, v 2 } = u + v É uma multiplicação usada para vetores de R 3. Nesta operação o produto de 2 vetores no R 3 é um vetor no R 3. (u 1,u 2,u 3 ).(v 1,v 2,v 3 ) = (u 2 v 3 u 3 v 2 ;u 3 v 1 u 1 v 3 ;u 1 v 2 u 2 v 1 ) ( u = 2 u 3 v 2 v 3, u 1 u 3 v 1 v 3, u 1 u 2 v 1 v 2 As propriedades do produto vetorial são as seguintes: a) u.v = v.u b) u.v é perpendicular a u c) u.v é perpendicular a v d) (ru).v = r (u.v) = u.(rv) e) (u 1 + u 2 ).v = (u 1.v) + (u 2.v) f) u.v = u. v senθ g) u.v 2 = u 2. v 2 (u.v) 2 h) u.u = 0 u 1 u 2 u 3 i) u.(v.w) = v 1 v 2 v 3 w 1 w 2 w 3 ) Retas Os objetos da geometria euclidiana são retas e planos e pontos. Inicialmente trabalhamos com retas no R 2 Por exemplo: x 2 = mx 1 + b Não sabemos resolver x 2 em termos de x 1. Formalmente precisamos de uma representação paramétrica que expressa x 1 e x 2 em termos de t. O ponto x em R 2 está na reta se x = (x 1 (t ),x 2 (t )) com tεr. Uma reta fica claramente determinada por dois aspectos: um ponto x 0 na reta e uma direção v na qual move-se a patir de x 0. x(t) = x 0 +tv Ex: A reta que passa pelo ponto (4,2) na direção (1,1) x(t) = (x 1 (t),x 2 (t)) 5

= (4,2) +t (1,1) = (4 +t.1,2 +t.1) x 1 = 4 +t.1 x 2 = 2 +t.1 Uma outra maneira de determinar uma reta é identificando dois de seus pontos. Digamos que x e y são dois pontos da reta l. Então, l pode ser vista como a reta que passa por x e aponta na direção y x. Assim uma parametrização para essa reta é x(t) = x +t (y x) = x +ty tx = (1 t)x +ty Quando t = 0 estamos no pontox; e quando t = 1 estamos no ponto y. Se tε [0,1] estamos em pontos entre x e y. Definição. Segmento de reta O segmento de reta de x a y pode ser expresso como l(x,y) = {(1 t)x +ty : 0 t 1} Definição. Plano Seja P um plano em R 3 pela origem. Sejam v e w dois vetores em P, escolha v e w de modo que apontem para direções diferentes, de tal modo que nenhum deles seja um múltiplo escalar do outro. Para quaisquer escalares s e t o vetor sv +tw é denominado combinação escalar de v e w. Pela nossa interpretação geométrica da adição e da multiplicação, fica claro que todas as combinações lineares de v e w estão no plano P. x = sv +tw x 1 = sv 1 +tw 1 x 2 = sv 2 +tw 2 x 3 = sv 3 +tw 3 6

Parametrização Se o plano P não passa pela origem, mas sim pelo ponto p 0 e se v e w são dois vetores direcionais linearmente independentes posicionados em p que estão no plano, podemos parametrizar o plano da seguinte for x = p + sv +tw s,tεr Para encontrarmos a equação paramétrica contendo os pontos p. q e r observa-se que podemos visualizar q p e r p como vetores deslocamento localizados nesse plano com ponto inicial em p. x(s,t) = p + s(q p) +t (r p) = (1 s t) p + sq +tr Uma reta em R 2 e um plano em R 3 são exemplos de conjuntos descritos por uma simples equação linear em R n. Tais espaços são muitas vezes denominados de hiperplanos. Um hiperplano em R n pode ser escrito em forma ponto-normal como: a 1 x 1 + a 2 x 2 +... + a n x x = d O hiperplano ) pode ser entendido como o conjunto de todos os vetores com cauda em (0,..,0, d que são perpendiculares ao vetor n = (a an 1,...a n ) n é um vetor normal ao hiperplano. Um hiperplano que surge frequentemente nas aplicações é o espaço de vetoresprobabilidade Que denominamos de probabilístico. P n = {(p 1,..., p n ) : p i 0ep 1 + p 2 +... + p n = 1} 7