Modelos macroeconômicos para uma economia aberta

Documentos relacionados
O SETOR EXTERNO Bibliografia: capítulo 6 de Bacha (2004), p. 151 a 158; 165 a 175; 177 e 178. Aula 7

ECONOMIA. Macroeconomia. Modelo IS/LM/BP Parte 01. Prof. Alex Mendes

12 Flutuações de Curto Prazo

Capítulo ) Resolução por escrito dos exercícios da página 24 do livro-texto.

Terceira Lista de Exercícios Macro II (Solução)

Fatores Determinantes do

Economia. Funções do governo. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.com

Parte 4 Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as políticas econômicas

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha

Capítulo ) Resolução por escrito dos exercícios da página 24 do livro-texto.

Consequências de políticas fiscais e monetárias com taxas de câmbio fixas e flutuantes

ANEXO 9.B. Análise Gráfica do Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)

Política Cambial Modelo IS LM BP. Prof. Waldery Rodrigues Jr.

Capítulo ) Resolução por escrito dos exercícios da página 24 do livro-texto.

[80] O efeito multiplicador em questão pressupõe que a economia esteja em desemprego.

Exercícios de Macroeconomia

C = 0,8Yd i* = 12 T = 0,25Y X = e I = 300 5i Mimp= 50 6e + 0,1Y G = 400 Md= 0,2Y 12i Ms = 160

Regulação Econômica em Macroeconomia Aberta. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP

Instrumentos de Política Macroeconômica

Capítulo 6. Política Macroeconómica no curto prazo com câmbios fixos. Política macro de curto prazo

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Economia Rua Marquês de São Vicente, Rio de Janeiro Brasil.

UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2014/2

é maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador em (c) será maior se b 1 é grande (investimento é sensível à renda),

Segundo Período, Prof. Dr. Wilson Luiz Rotatori Corrêa. Lista de Exercícios II GABARITO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO JUSTIFICANDO A SUA RESPOSTA:

Variáveis Macroeconômicas nas Economia Aberta. 30. Teoria Macroeconômica das Economia Abertas. Mercado de Fundos. Mercado de Fundos.

MODELO DE EQUILÍBRIO GLOBAL INTERNO E EXTERNO (CONTINUAÇÃO)

Economia, Finanças e Estatística Avançada

Adendo Economia para Concursos Luis Vivanco

A Economia Aberta ANATOMIA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

BALANÇO DE PAGAMENTOS

QUESTÕES. Conceitos da primeira (CP) com a segunda curva de Phillips (LP).

MACROECONOMIA. O problema é que às vezes alguns pormenores importantes são omitidos.

QUESTÕES DE MACROECONOMIA. CONCURSOS BACEN 2005, 2009 e 2003 ÁREA GERAL CESPE

O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio

Aula 01 Balanço de Pagamentos e Contas Nacionais

Produto, taxa de juros e taxa de câmbio CAPÍTULO 20. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Exemplo de Frequência / Exame de Macroeconomia. Grupo I (Teóricas)

ECONOMIA. Macroeconomia. Fundamentos Macroeconômicos Parte 03. Prof. Alex Mendes

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare

Macroeconomia Alex Mendes

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA IGE

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves


Ajustamento da Economia em Regime de Câmbio Fixo

LEC206 - MACROECONOMIA II

Ajustando o Balanço de Pagamentos

ECONOMIA E MERCADO MBA EM CONTROLADORIA E FINANÇAS PGCF PROF. JOÃO EVANGELISTA DIAS MONTEIRO

3. Qual o significado geral da Análise IS-LM? 4. O que vem a ser a curva IS? Quais os fatores ou variáveis que a deslocam?

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UFRJ Economia Internacional Prof. Alexandre B. Cunha P1 2017/1. Resolva 2 (duas) das 3 (três) questões.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Faculdade de Ciências e Letras FCLar Araraquara

Sumário. ) Importações de Bens e de Serviços Não-Fatores (M nf

Políticas de estabilização e movimento de capital. Reinaldo Gonçalves

REGIMES CAMBIAIS LEITURA OBRIGATÓRIA

MODELO IS-LM ECONOMIA ABERTA

Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre.

Modelo Básico de Análise Conjuntural

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial)

Setor externo da economia

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves

Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia LISTA 1

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori

ECONOMIA. Macroeconomia. Modelo IS/LM/BP Parte 05. Prof. Alex Mendes

INFLAÇÃO: TEORIA E EXPERIÊNCIA BRASILEIRA Bibliografia: capítulo 8 de Bacha (2004), p. 215 a 223; 240 a 243

ECONOMIA. Macroeconomia. Fundamentos Macroeconômicos Parte 01. Prof. Alex Mendes

Abordagem Macroeconômica do

Dilemas de Política Econômica e

ECONOMIA E MERCADO MBA EM CONTROLADORIA E FINANÇAS PGCF PROF. JOÃO EVANGELISTA DIAS MONTEIRO

Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2006/2007

TEMA: Paridade da Taxa de Juros Determinação da Taxa de Câmbio sob Câmbio Flutuante

Influência das políticas monetária e fiscal sobre a demanda agregada.

PROV O ECONOMIA. Questão nº 1. Padrão de Resposta Esperado:

Produção e Taxa de Câmbio no Curto Prazo

Aula 07 Modelo IS-LM Parte I

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Economia Aberta

Referencial para Análise do Produto

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples

Curva LM. A curva LM: os pontos sobre ela, à sua direita e à sua esquerda

O Básico sobre a Oferta e a Demanda. Anotações de Aula Professor Adriano Paranaiba 1

INFLAÇÃO: TEORIA E EXPERIÊNCIA BRASILEIRA Bibliografia: capítulo 8 de Bacha (2004), p. 215 a 223; 240 a 243. Aula 8

Modelo Keynesiano 1. (APO) 2. (ESAF 2009) (ESAF 2006)

ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA

SIMULADO PROVA DE MACROECONOMIA. 19/07/2012 Quinta-Feira HORÁRIO: 08:00h às 10:15h

Multiplicador monetário. Suponha que as seguintes hipóteses sejam válidas. 1

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 6ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda Outubro/2016

LISTA 6B ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 6B Introdução à Economia 1

ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA

CAPÍTULO 5. Revisão. Mercado de bens e mercados financeiros: o modelo IS-LM. Olivier Blanchard. Pearson Education

Macroeconomia Aplicada - Notas de Aula Professor: Waldery Rodrigues Júnior

2 - Representações do Sistema Econômico

preço das matérias primas e dos fatores de

Bizú de Noções de Macroeconomia Agente Fiscal de Rendas Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin

A taxa de câmbio ajusta-se automaticamente a movimentos na oferta e demanda de divisas

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

UFRJ Economia Internacional (diurno) Prof. Alexandre B. Cunha P1 2015/2. Resolva 2 (duas) das 3 (três) questões.

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 1ª época

ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA

Flutuações Econômicas no Curto Prazo OA e DA CAPÍTULO 33

Transcrição:

Modelos macroeconômicos para uma economia aberta 1

O modelo IS/LM/BP (também chamado de modelo Mundell-Fleming) Desde o capítulo 5 está sendo considerada uma economia fechada, isto é, sem exportações, sem importações e sem fluxo de capitais entre os países. Essas simplificações serão, agora, suprimidas e surgirá um novo modelo de demanda agregada baseado nas curvas IS, LM e BP, que serão conjugadas com a curva de oferta agregada geral dos novos-kenesianos para uma economia aberta. 2

I. Balança comercial: a qual registra as exportações e importações de mercadorias (ou seja, de bens físicos). II. Balanço de serviços: o qual registra as vendas e compras de serviços de não-fatores. III. Balanço de rendas: que registra as receitas e despesas com serviços de fatores (salários, lucros e juros). IV. Estrutura do Balanço de Pagamentos válida até 2014 (p. 329) Transferências unilaterais correntes, ou donativos: que registra a entrada e saída de doações (donativos). V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV) 3

Balanço de Pagamentos V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV) VI. Conta de capital e financeira: a qual registra a entrada e saída de capitais sob a forma de financiamentos, empréstimos e amortizações. Esta conta inclui os empréstimos de regularização do balanço de pagamentos, a quantidade de moeda nacional em poder de estrangeiros e os atrasados comerciais. VII. Erros e omissões. É a conta de fechamento contábil do balanço de pagamentos. 4

Balanço de Pagamentos V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV) VI. Conta de capital e financeira VII. Erros e omissões. VIII. Saldo do balanço de pagamentos (= V + VI + VII) IX. Variação das reservas internacionais. É igual ao simétrico do saldo do balanço de pagamentos. Ou seja, conta IX = conta VIII. conta IX mostra a forma de financiamento ou de destino do saldo da conta VIII. 5

Considerando nulos os valores das transferências unilaterais correntes (isto é, conta IV = 0)... Considere que X é o valor nominal das exportações de bens e serviços; e M é o valor nominal das importações de bens e serviços (de fatores e não fatores). Logo, (X M) é a soma da balança comercial, do balanço de serviços e do balanço de rendas, que é igual ao saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (CTC). 6

PIB pela ótica do dispêndio PIB = Y = C + I + G + (X M) CTC Mas a conta VI do Balanço de Pagamentos (indicando movimentos de capital e financeira) envolve as transferências de recursos e não a produção corrente. Portanto, o saldo da conta VI não apresenta relação direta com o PIB. 7

Saldo Total do Balanço de Pagamentos (BP) Considere que F seja a saída líquida de capitais, ou seja, F = saída de capitais entrada de capitais. O valor F é o simétrico da conta VI (movimento de capital e financeira). ssim, tem-se que o saldo total do balanço de pagamentos (BP) é dado pela fórmula: BP = (X M) F Sendo F = entrada de capital saída de capital = saldo da conta VI do balanço de pagamentos 8

15.1 Equilíbrio no Mercado de Produto Para um dado nível de preços internacionais (P f ) e de renda agregada externa ( f ), as exportações reais (x) dependem: do nível de preços vigentes no Brasil (P); e, da taxa de câmbio (l). Veja que o preço em dólar do produto exportado é P/l. Espera-se que (P/l) x. Portanto: x P 0 x x P, λ x λ 0 9

Equilíbrio no Mercado de Produto s importações reais de bens e serviços (m) dependem (mantendo fixo o nível de preços externos): do nível de renda do Brasil (); da taxa de câmbio (l; e, do preço interno (P). O consumidor brasileiro compara P com P f l. m m, P, λ m 0 m P 0 m λ 0 10

Equilíbrio no Mercado de Produto Para uma economia aberta, tem-se (página 71), lembre-se que se considera i = ir: c c i s g t sendo s compras de produtos brasileiros efetuadas pelo resto do mundo (que são as exportações brasileiras de bens e serviços de não fatores) constituem um acréscimo ao fluxo de renda de equilíbrio; já as importações de bens e serviços de não fatores que o Brasil realiza correspondem a retiradas de renda brasileira de equilíbrio. x m rf 0 11

Equilíbrio no Mercado de Produto Substituindo as equações de comportamento na equação de equilíbrio (há duas versões alternativas desta última), tem-se: c c i t g = c + i + g + x m o = d x o u P m i g c x s s t s u p o n d o,, CR ir, g x P, λ m, P, λ t m rf 0 i r, g x P, λ s t,, CR t m, P, λ P 12

i c Equilíbrio no Mercado de Produto Existem duas equações alternativas para expressar o equilíbrio do mercado de produto t P,, CR ir, g x P, λ m, P, λ r, g x P, λ s t,, CR t m, P, λ P Essas expressões dão a curva IS. Para um nível de preço P 0, uma taxa de câmbio l 0, um certo valor nominal 0 dos ativos líquidos possuídos pelo setor privado e de crédito ao consumo CR 0, encontram-se as combinações (, r) que dão o equilíbrio no mercado de produto. 13

Equilíbrio no Mercado de Produto (p. 332 e 333) r x(p 0 )+g I r 0 C i(r, 1 )+x(p 0, l 0 )+g i(r, 0 )+x(p 0, l 0 )+g r 1 D S i + g + x B 45º 0 1 i + g + x = s + t + m B s + t + m s 0 + t + m(p 0 ) P 0 Para se obter a IS parte-se de um dado e encontra-se o r correspondente. 14

Equilíbrio no Mercado de Produto (p. 333) Efeitos de um aumento no nível de preço sobre a curva IS em uma economia aberta, mantendo l, CR,, g, t, preços e renda internacionais constantes. Um aumento de preço de P 0 para P 1 causa os seguintes efeitos: diminui o valor real dos ativos líquidos possuídos pelo setor privado, diminuindo o consumo do setor privado (c); diminui as exportações reais de bens e serviços (x); aumenta as importações reais de bens e serviços (m) Os efeitos acima mencionados diminuem a renda de equilíbrio no mercado de produto para uma mesma taxa de juros. c t P,, CR ir, g x P, λ m, P, λ Logo, para a mesma taxa de juros, tem-se um nível de renda menor, ou seja, a curva IS se desloca para a esquerda. 15

Equilíbrio no Mercado de Produto (p. 334) x(p 0 )+g r r 0 x(p 1 )+g I 1 I 0 C umento no nível de preços P 1 > P 0 S 0 (P 0 ) i(r, 0 )+x(p 0, l 0 )+g i(r, 0 )+x(p 1, l 0 )+g r 1 D S 1 (P 1 ) i + g + x B 45º 0 i + g + x = s + t + m B s + t + m 0 P 1 s + t + m(p 1 ) s 0 + t + m(p 0 ) P 0 16

Exercício 1 ) mostre o deslocamento da curva IS quando há o aumento exógeno das exportações (x aumenta); B) mostre o deslocamento da curva IS quando há o aumento exógeno das importações (m aumenta). 17

Equilíbrio no Mercado de Produto (aumento exógeno de x) x 1 (P 0 )+g r I 0 I 1 B x 0 (P 0 )+g B i(r, 0 )+x 1 (P 0, l 0 )+g r 0 S 1 (x 1 ) S 0 (x 0 ) i(r, 0 )+x 0 (P 0, l 0 )+g i + g + x 45º 0 i + g + x = s + t + m s + t + m s 0 + t + m(p 0 ) P 0 18

Equilíbrio no Mercado de Produto (aumento exógeno de m) x(p 0 )+g r r 0 I 0 C umento exógeno das importações de bens e serviços i(r, 0 )+x(p 0, l 0 )+g r 1 D S1 (m1) S 0 (m 0 ) i + g + x D 45º 0 i + g + x = s + t + m D s + t + m 0 P 0 s + t + m 1 (P 0 ) s 0 + t + m 0 (P 0 ) P 0 19

Equilíbrio no Mercado de Moedas p. 335 curva LM no Modelo Estático Básico Geral para uma economia aberta tem a especificação habitual. Isto é, a expressão geral da curva LM é: M r P m r, Lembre-se que a oferta nominal de moeda também depende de instrumentos de política monetária, os quais são: base monetária (B), taxa do redesconto de liquidez do BCEN (rd) e taxa do depósito compulsório (R 3 ). O aumento de B e as reduções de rd e R 3 aumentam a oferta nominal de moeda a cada taxa de juros e nível de preços. 20

Equilíbrio no Mercado de Produto O cruzamento da curva IS com a curva LM dá para certos valores de P (nível de preço), l (taxa de câmbio nominal), (valor nominal dos ativos) e CR (montante de crédito ao consumidor) a combinação (, r) que equilibra, simultaneamente, os mercados de bens e de moeda. Para saber se uma combinação específica ( 0, r 0 ) corresponde a um déficit ou a um superávit do Balanço de Pagamentos é necessário obter no plano cartesiano versus r uma curva em que seus pontos impliquem um superávit do Balanço de Pagamentos (BP) igual a zero. 21

expressão abaixo diz que, em valores nominais, o saldo do balanço de pagamentos é: em que: Curva BP (p. 335) BP = (X M) F F = saída líquida de capitais de um país = saída de capital menos a entrada de capital. Dado um nível de taxa de juros no exterior (r f ) e mantendo estável o risco do país, quanto maior é a taxa de juros real esperada interna (r) menor é a saída de capital e maior é a entrada de capital. Ou seja, r F. Mas lembre-se que se r f subir e r ficar constante, F aumenta. Logo, quanto maior é a taxa de juros interna, menor é o valor de F. F F F r 0 r 22

Para expressar esta equação em valores nominais (isto é, em reais correntes) tem-se: em que: X = P x(p, l) M = l P f m(, P, l) P f é o preço em dólar das mercadorias importadas l é a quantidade de reais trocada por cada dólar (conceito de taxa de câmbio bilateral usado no Brasil). Logo, l.p f importada. Curva BP BP = (X M) F é o preço em reais de cada mercadoria 23

Sabe-se que: Curva BP BP = (X M) F X = P x(p, l) M = l P f m(, P, l) F = F(r) Logo: BP = P x(p, l) l P f m(, P, l) F(r) Um aumento de reduz as exportações líquidas (X M) devido, principalmente, a um aumento no quantum (m) das importações. Logo: (X-M) Para manter BP = 0 é necessário aumentar r para reduzir F. Logo: r F Portanto, a inclinação da curva BP = 0 no espaço versus r é positiva

curva NX: curva da conta em transações correntes, supondo o balanço de renda como sendo nulo NX NX 1 NX = P x(p, l) l P f m(, P, l) Fatores que deslocam a curva NX: taxa de câmbio, preço internacional e preço doméstico. 0 NX 2 1 0 2 NX 0 (P 0, l, P 0f ) NX pode ser tanto reta quanto curva

Deslocamento da curva NX quando a taxa de câmbio nominal cai (l) NX = P x(p, l) l P f m(, P, l) NX Considere uma taxa de câmbio l 0. Temse a curva NX 0 NX 1 0 NX 2 NX 0 1 0 2 Se a taxa de câmbio cair (valorizar-se) para l 1, a curva NX se desloca para a esquerda. NX 0 (P 0, l 0, P 0f ) NX 0 (P 0, l 1, P 0f )

Exercício 2 a) mostre o deslocamento da curva NX quando a taxa de câmbio aumenta (ou seja, o real se desvaloriza frente à moeda estrangeira de referência); b) mostre o deslocamento da curva NX quando o nível de preço doméstico (P) aumenta; c) mostre o deslocamento da curva NX quando o nível de preço internacional (P f ) aumenta.

curva F (p. 337) F = F(r, r f, risco país) r r 0 r 2 r 1 F 2 0 F 1 F posição da curva F depende da taxa de juros internacional e do risco país

Deslocamento da curva F quando aumenta a taxa de juros internacional F = F(r, r f, risco país) r r 2 r 0 r 1 F 2 0 F 1 F O aumento da taxa de juros internacional faz diminuir a entrada de capitais e aumentar a saída de capitais. Portanto, para cada taxa de juros real esperada doméstica, tem-se maior valor de F (saída de capitais entrada de capitais)

Exercício 3 2.a) mostre o deslocamento da curva F no plano cartesiano F versus r quando há diminuição da taxa de juros internacional (r f ); 2.b) mostre o deslocamento da curva F no plano cartesino F versus r quando há aumento do risco do país.

Curva BP (p. 338 e 339) Suponha o nível de preço interno P 0 e a taxa de câmbio l 0 r D Po r 0 superávit do BP (BP>0) Saída Líquida de Capitais F(r) r 1 Bo B C déficit do BP (BP<0) F F 1 F 0 1 0 45º (X M) 0 Exportações Líquidas P 0.x(P 0, l 0 ) l 0.P f.m(, P 0, l 0 ) (X M) 1 X M = F X M 31

Curva BP Situação de equilíbrio interno da economia com a presença de déficit do saldo do balanço de pagamentos. O ponto r I P (de equilíbrio M interno) está à direita da curva BP, o que é o mesmo que r 0 dizer que a curva BP L S está a B esquerda do ponto. 0 32

Curva BP Situação de equilíbrio interno da economia com a presença de superávit do saldo do balanço de pagamentos. r I M P r 0 L B S O ponto está à esquerda da curva BP. 0 33

Curva BP Situação de equilíbrio interno da economia com saldo nulo do balanço de pagamentos. r I P M r 0 O ponto está sobre a curva BP. L B S 0 34

Inclinações especiais da curva BP (p. 340 e 341) curva BP pode ter duas inclinações extremas: 1) ser horizontal no plano cartesiano versus r se houver plena mobilidade de capitais entre os países. Neste caso, a taxa de juros interna será igual à taxa de juros externa ou existirá o preço único, isto é, r E = r + variação cambial. 2) ser vertical no plano cartesiano versus r se não houver mobilidade de capitais entre os países. 35

Fatores que deslocam a curva BP (p. 341) Dois fatores principais deslocam a curva BP: o nível de preço (P) a taxa de câmbio nominal (l) s exportações líquidas (X M) = NX têm a posição de sua curva determinada para certo nível de preço, dada a taxa de câmbio nominal. 36

Deslocamento da curva NX quando o nível de preço interno aumenta (P) NX NX 1 0 NX 2 NX 0 NX = P x(p, l) l P f m(, P, l) 1 0 2 NX 0 (P 0, l, P 0f ) NX 0 (P 1, l, P 0f ) Considere um nível de preço P 0. Tem-se a curva NX 0 Se o nível de preço subir para P 1, a curva NX se desloca para a esquerda, se as exportações forem elásticas às variações de preços. 37

Deslocamento da Curva BP quando P sobe (p. 342) Se o nível de preço subir de P 0 para P 1 M e X r 1 r P 1 (P 1 ) P 0 (P 0 ) r 0 F(r) B 1 B 0 F C 45º C 0 P 1.x(P 1 ) l 0.P f.m(p 1 ) P 0.x(P 0 ) l 0.P f.m(p 0 ) X M = F X M 38

Fatores que deslocam a curva BP (último parágrafo da p. 342) Os efeitos da variação da taxa de câmbio sobre a curva BP são similares às variações dos preços. Uma redução de l (uma valorização da taxa de câmbio) reduz X e aumenta M (supondo P f fixo e que a demanda de importações seja elástica a variações da taxa de câmbio). Ocorre, dessa maneira, a redução das exportações líquidas, gerando o deslocamento da curva BP para esquerda (para cima) no plano cartesiano versus r. De outro lado, um aumento de l (uma desvalorização da taxa de câmbio) aumenta as exportações líquidas que, por sua vez, provoca o deslocamento da curva BP para direita (para baixo). 39

Deslocamento da Curva BP quando l diminui Se a taxa de câmbio nominal cair de l 0 para l 1 M e X r 1 r P 1 (l 1 ) P 0 (l 0 ) r 0 F(r) B 1 B 0 F C 45º C 0 P 0.x(l 1 ), l 1.P f.m(l 1 ) P 0.x(l 0 ) l 0.P f.m(l 0 ) X M = F X M 40

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada (p. 343) Situação de equilíbrio interno da economia com a presença de superávit do saldo do balanço de pagamentos r I P M r 0 L B S 0 41

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada Se a situação de equilíbrio interno da economia com a presença de superávit do saldo do balanço de pagamentos for a desejada pelo governo (que deseja acumular divisas para pagar dívidas nos próximos anos como ocorreu no Brasil nos anos 1970 e 1980, ou como a China nas duas primeiras décadas do século XXI), os efeitos do superávit do balanço de pagamentos sobre a oferta nominal de moeda podem ser anulados com operações de open market. 42

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada Como a taxa de câmbio nominal é suposta fixa, o Banco Central tem que comprar o excesso de dólares na economia (igual ao superávit do balanço de pagamentos) e pagá-los com a emissão de reais. Caso do Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Caso atual da China. Se, logo em seguida, o Banco Central lançar títulos públicos no mercado para enxugar a quantidade de papel-moeda emitido, ter-se-á que a base monetária não vai se alterar e, portanto, não se altera a oferta de moeda (M). 43

Banco Central comprando dólares e vendendo títulos públicos Setor privado Vende dólares Emissão de moeda ($) Banco Central Criação de moeda Setor privado Vende títulos públicos Paga com moeda ($) Banco Central Destruição de moeda Veja que neste caso o acúmulo de reservas implica aumento da dívida pública interna em poder do setor privado 44

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada (p. 344) Equilíbrio interno da economia com a presença de superávit do balanço de pagamentos r r 0 P P 0 D 0 I 0 L 0 S 0 D 0 M 0 B 0 S S 0 P 0 Considere que o Banco Central compre dólares (que se originam do superávit do balanço de pagamentos) emitindo papel-moeda, mas o Banco Central NÃO realiza uma operação de esterilização desse aumento da oferta nominal de moeda através de operações no mercado aberto. 0 45

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada (p. 344) O aumento da base monetária (que surge quando o Banco Central compra dólares do setor não bancário) elevará a oferta nominal de moeda M, deslocando a curva LM para direita. r r 0 r 1 P P 0 D 0 I 0 L 0 S D 1 0 L 1 D 0 M 0 B B 0 1 B S S 0 D 1 P 0 M 1 Isto tem o efeito de deslocar a curva de demanda agregada para a direita, causando, no nível de preço P 0, um excesso de demanda agregada. 0 1 46

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada (p. 344) Os preços subirão, diminuindo o deslocamento da curva LM para a direita (mas não o anulando, pois M subiu). r r 0 r 1 P P 1 P 0 I 0 I 1 D 0 L 0 S D 1 0 L 2 B 1 L 1 D 0 M 0 C B P 1 B 0 1 B S M 2 S 0 S 1 D 1 P 0 M 1 O P tem o efeito de deslocar a curva IS para a esquerda, pois o P provoca: valor real de ativos (a ) c x e m O P também desloca a curva BP para a esquerda, pois o aumento de preços reduz as exportações líquidas de bens e de serviços. 0 2 1 47

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada Portanto, a economia tende ao ponto de cruzamento das curvas I 1 S 1, L 2 M 2 e B 1 P 1 r r 0 r 1 P P 1 P 0 I 0 I 1 D 0 L 0 S D 1 0 L 2 C B 1 L 1 2 D 0 M 0 C B P 1 B 0 1 B S M 2 S 0 S 1 D 1 P 0 M 1 0 2 1 48

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada r r 0 r 1 P P 1 P 0 I 0 I 1 D 0 L 0 S D 1 0 L 2 C B 1 L 1 2 D 0 M 0 C B P 1 B 0 1 B S M 2 S 0 S 1 D 1 P 0 M 1 Em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e sem operações de mercado aberto compensatórias, um superávit do balanço de pagamentos se autoliquida ao provocar o aumento da oferta nominal de moeda e este, por sua vez, provoca o aumento no nível de preços da economia. 0 2 1 49

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada r r 0 r 1 P P 1 P 0 I 0 I 1 D 0 L 0 S D 1 0 L 2 C B 1 L 1 2 D 0 M 0 C B P 1 B 0 1 B S M 2 S 0 S 1 D 1 P 0 M 1 Na situação de equilíbrio final da economia é encontrado um maior valor da renda de equilíbrio ( 2 > 0 ) e um menor valor da taxa de juros real esperada (r 1 < r 0 ), em relação à situação da qual se partiu. O ajustamento da economia ocorre até o saldo do balanço de pagamentos ser zerado. 0 2 1 50

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e inalterada Equilíbrio interno da economia com a presença de déficit do balanço de pagamentos. r r 0 P P 0 I 0 B 0 S D 0 L 0 P 0 E 0 M 0 S D 0 S 0 Exercício: Verificar que na situação de equilíbrio final da economia, é encontrado um menor valor da renda de equilíbrio e um maior valor da taxa de juros, em relação à situação de onde se partiu. O ajustamento da economia ocorre até o saldo do balanço de pagamentos ser zerado. 0 51

Outras grandes medidas para equilibrar o BP (p. 348) Pode-se ter outras medidas diretas para deslocar a curva BP. Elas atuam sobre o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (X M) ou sobre a saída líquida de capitais [F(r)]. 52

Outras grandes medidas para equilibrar o BP Sobre as exportações líquidas, têm-se as medidas de manipulação de tarifas alfandegárias, quotas de importação, impostos sobre as importações ou subsídios às exportações. Elas deslocam a curva [P 0 x(p 0, l 0 ) l 0 P f m(, P 0, l 0 )] para distante da origem dos eixos cartesianos, deslocando a curva BP para a direita. Se a elasticidade-preço da demanda por bens importados for, em valor absoluto, maior que hum, um aumento nas tarifas de importação causará a redução do valor em reais das importações, deslocando a curva BP para a direita. 53

Outras grandes medidas para equilibrar o BP Sobre as importações líquidas, têm-se as medidas de manipulação de tarifas alfandegárias (caso da Guerra Comercial atual promovida pelo Governo Trump), quotas de importação, impostos sobre as importações ou subsídios às exportações. Elas deslocam a curva [P 0 x(p 0, l 0 ) l 0 P f m(, P 0, l 0 )] para distante da origem dos eixos cartesianos, deslocando a curva BP para a direita. Já as quotas de importação (adotadas nos Governos rgentinos de Cristina Kirchner) reduzem as importações no nível fixado por elas, também deslocando a curva BP para a direita. 54

Outras grandes medidas para equilibrar o BP Sobre as importações líquidas, têm-se as medidas de manipulação de tarifas alfandegárias, quotas de importação, impostos sobre as importações ou subsídios às exportações. Elas deslocam a curva [P 0 x(p 0, l 0 ) l 0 P f m(, P 0, l 0 )] para distante da origem dos eixos cartesianos, deslocando a curva BP para a direita. O aumento de impostos sobre as importações ou a concessão de subsídios às exportações também deslocam a curva BP para direita. 55

Outras grandes medidas para equilibrar o BP manipulação de tarifas alfandegárias, a fixação de quotas de importação, a alteração de impostos sobre as importações e de subsídios sobre as exportações reduzem os ganhos em eficiência e em bem-estar obtidos com o livre comércio e, por isso, são condenáveis e combatidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). lém disso, aquelas medidas alteram as exportações líquidas (X M), deslocando a curva IS. s medidas comentadas ou aumentam as exportações reais de bens e serviços (x) ou reduzem as importações reais de bens e serviços (m), provocando o deslocamento da curva IS para a direita. 56

Outras grandes medidas para equilibrar o BP Sobre a saída líquida de capital pode-se estabelecer medidas de incentivo à tomada de empréstimos estrangeiros (com o aval do governo) e empréstimos externos tomados pelo setor privado e a possibilidade do setor privado repassar esses empréstimos ao governo antes de seu prazo final de pagamento. Isto era estabelecido pela instrução normativa 63 do BCEN vigente nas décadas de 1970 e 1980. Essas medidas deslocam a curva F(r) em direção à origem do plano cartesiano F versus r, deslocando a curva BP para a direita no plano cartesiano versus r. Se as medidas de incentivo à entrada de capital estrangeiro em um país afetarem o nível interno de investimento privado (i), as exportações reais de bens e de serviços (x) e/ou as importações reais de bens e serviços (m), ocorrerá a alteração da curva IS. 57

Modelo Novo-Kenesiano para uma economia aberta com taxa de câmbio fixa (p. 350 e 351) Equilíbrio no mercado de produto c t P,, CR ir, g x P, λ m, P, λ Equilíbrio no mercado monetário Função de produção M r m r, N, M, K P p Equação de determinação de salários W W 1 1 p Curva de oferta agregada W 1 p P m p P m 1 PMET p PMET PMEMP Equação do saldo do balanço de pagamentos f BP P x P, l l P m, P, l F r 58

Modelo Novo-Kenesiano para uma economia aberta com taxa de câmbio fixa Com as equações do slide anterior é possível encontrar o equilíbrio interno com BP = 0 (se o Banco Central não esterilizar os efeitos do saldo do balanço de pagamentos sobre a oferta nominal de moeda) ou o equilíbrio interno com desequilíbrio no balanço de pagamentos (quando o Banco Central esteriliza os efeitos do BP 0 sobre a oferta nominal de moeda). 59

O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível (p. 351 e 352) Foi trabalhado com a taxa de câmbio sendo fixada pelo Banco Central. Não obstante, essa taxa de câmbio pode ser determinada no mercado, e não ser ditada pelo Banco Central. Considere o regime de taxa de câmbio flexível. Ela é fixada pela oferta e pela demanda de divisas no mercado. oferta de divisas é fornecida pelas exportações [P x(p,l)]. E a demanda de divisas corresponde às importações mais a saída líquida de capital [l P f m(,p,l) + F(r)]. 60

O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível Para certo nível de renda 0, nível interno de preço P 0, preço internacional dos produtos importados P f e taxa de juros r 0, existe l e tal que: P 0 x(p 0, l e ) = l e P f m( 0,P 0,l e ) + F(r 0 )] Ou seja, um l e tal que BP = 0. 61

O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível (p. 352) Determinação da taxa de câmbio l l e P 0.x(P 0, l) l.p f.m( 0, P 0, l) + F(r 0 ) divisas Uma valorização da moeda nacional (isto é, a diminuição de l) provoca a redução das exportações reais de bens e serviços e o aumento das importações reais de bens e serviços. ssim, quando l diminui, ocorre a diminuição de x (diminuindo a oferta de divisas, andando para baixo na curva de oferta) e o aumento de m (aumentando a demanda de divisas, andando para a direita na curva de demanda). 62

Relação entre taxa de juros e taxa de câmbio Observe que no sistema de taxa de câmbio flexível, o aumento da taxa de juros real esperada interna (r), em condições ceteris paribus, causa a diminuição da saída líquida de capitais (F), deslocando a curva de demanda de divisas para a esquerda e, consequentemente, a taxa de câmbio cai (l), ou seja, há valorização da moeda nacional. l P 0.x(P 0, l) l e l 1 l.p f.m( 0, P 0, l) + F(r 1 ) l.p f.m( 0, P 0, l) + F(r 0 ) divisas Portanto, r l, lembrando que esse r é a taxa de juros real esperada (ver p. 96, Boxe 5). 63

Modelo Novo-Kenesiano para uma economia aberta supondo equilíbrio do BP e taxa da câmbio flexível (p. 353 e 354) Equilíbrio no mercado de produto c t P,, CR ir, g x P, λ m, P, λ Equilíbrio no mercado monetário Função de produção M r m r, N, M, K P p Equação de determinação de salários W W 1 1 p Curva de oferta agregada W 1 p P m p P m 1 PMET p PMET PMEMP Equilíbrio no mercado de divisas f P x P, l l P m, P, l F r 64

Modelo Novo-Kenesiano para uma economia aberta supondo equilíbrio do BP e taxa da câmbio flexível O sistema de equações do slide anterior é um sistema interativo. Uma modificação de l provoca o deslocamento da curva IS. (altera o equilíbrio no mercado de produtos) Este deslocamento da curva IS provoca, por sua vez, o deslocamento da curva de demanda agregada. O deslocamento da curva de demanda agregada provoca a modificação no nível de preço. variação no nível de preço provoca o deslocamento da curva IS e o deslocamento da curva LM. 65

Modelo Novo-Kenesiano para uma economia aberta supondo equilíbrio do BP e taxa da câmbio flexível variação no nível de preço provoca o deslocamento da curva IS e o deslocamento da curva LM. s modificações na quantidade demandada provocam modificações na quantidade produzida, alterando o nível de preço (observe a curva de oferta agregada). Isto ocorre porque as modificações na quantidade produzida provocam modificações na quantidade de trabalho e no salário nominal (veja a função de produção e a equação de determinação de salários). 66