Estudo da corda vibrante

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FÍSICA III AULAS 21 E 22: TEORIA ONDULATÓRIA EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Transcrição:

Prática 5 Estudo da corda vibrante 5.1 Objetivo Determinar a velocidade de uma onda transversal que se propaga em uma corda homogênea e o índice de refração relativo de uma corda segmentada. 5.2 Introdução Ondas mecânicas se propagam nos diversos meios materiais com velocidades que dependem das propriedades de inércia e elasticidade do meio. Nesta experiência vamos estudar as ondas transversais em uma corda. Em particular veremos a formação de ondas estacionárias em uma corda tensionada, presa em ambas extremidades, excitada por uma haste vibratória acoplada a um gerador. 5.3 Modelo Vamos rever alguns detalhes importantes sobre a propagação de ondas transversais. Nosso modelo considera que o movimento se dá no plano xy, com a corda ao longo do eixo x. Um pequeno deslocamento vertical y numa corda submetida a uma tensão τ provoca a propagação de uma onda y(x, t) cuja forma mais geral é y(x, t) = f(x vt) + g(x + vt), (5.1) sendo f(x vt) uma onda progressiva que se propaga no sentido positivo do eixo x com velocidade v e g(x + vt), uma onda que se propaga no sentido negativo do eixo x, também com velocidade v. No caso das ondas transversais na corda a velocidade de propagação é dada por v = τ µ, (5.2) sendo µ a densidade linear de massa da corda e τ, a tensão aplicada. Nesta prática a corda será tensionada pelo peso de uma massa, ou seja, a tensão na corda será τ = Mg. Em nosso experimento vamos gerar ondas na corda fazendo com que uma de suas extremidades oscile, com pequena amplitude, numa determinada frequência, ao ser conectada a uma haste vertical que executa um movimento harmônico. O movimento da haste é provocado pela conexão eletro-mecânica dela com um gerador de frequências. Este equipamento nos permite escolher o tipo de movimento e a frequência. Nesta prática vamos gerar ondas harmônicas, ou seja, do tipo seno ou cosseno. Supondo que a corda seja semi-infinita, a conexão com o gerador causaria a propagação de um onda progressiva da forma y(x, t) = A cos[k(x vt) + φ], (5.3) 33

5.3 Modelo 34 onde A é a amplitude da onda, φ é a constante de fase e k é o número de onda. A constante de fase φ depende dos valores iniciais de y e y num determinado ponto. O significado do número t de onda fica claro quando impomos as periodicidades espacial e temporal. Imagine que tiremos uma foto da corda num determinado instante de tempo t = t 0. Nessa foto veríamos a forma harmônica com periodicidade dada pela condição y(x, t 0 ) = y(x + λ, t 0 ) ou cos[k(x vt 0 ) + φ] = cos[k(x + λ vt 0 ) + φ] cos[kx + φ ] = cos[k(x + λ) + φ ] onde φ = φ kvt 0. Para que a condição acima seja satisfeita para qualquer valor de x devemos ter kλ = 2π, ou λ = 2π k. (5.4) A periodicidade temporal pode ser analisada pela observação do movimento harmônico de um ponto da corda, na posição x = x 0. Neste caso teríamos y(x 0, t) = y(x 0, t + T ) ou cos[k(x 0 vt) + φ] = cos {k[x 0 v(t + T )] + φ} cos[kvt φ ] = cos[kv(t + T ) φ ] onde φ = φ + kx 0. Para que a condição acima seja satisfeita para qualquer valor de t devemos ter que kvt = 2π. Lembrando que a frequência f é dada por 1/T e usando a definição de λ, equação (5.4), temos que v = λf. (5.5) Esta relação entre a velocidade, o comprimento de onda e a frequência será bastante explorada nesta prática. Em nosso experimento vamos considerar a corda fixa nas duas extremidades. Supondo que uma das extremidades esteja em x = 0 e a outra em x = L, as condições de contorno ficam: y(0, t) = y(l, t) = 0. (5.6) O fato de termos uma corda finita faz com que seja possível a formação de ondas estacionárias devidas à interferência construtiva entre as ondas incidente e refletida. Neste caso todos os elementos da corda oscilam com a mesma frequência angular ω = 2πf e a mesma fase φ. Cada ponto x da corda oscila com a mesma dependência temporal cos(ωt), mas com uma amplitude A(x). Neste caso as partes espacial e temporal da solução ondulatória fatoram e podemos escrever y(x, t) = A(x) cos(ωt) (5.7) Nesta corda finita e fixa em ambas extremidades apenas podem ocorrer ondas estacionárias tais que L = n λ n (n = 1, 2, 3,...), (5.8) 2 ou seja, apenas ondas estacionárias com comprimento de onda da forma λ n = 2L n (5.9) são possíveis na corda. Cada valor de n define o que chamamos modo normal ou harmônico. A figura 5.1 ilustra os quatro primeiros modos normais da corda fixa nas duas extremidades. Usando a relação (5.5) podemos escrever as frequências dos modos normais como f n = n v 2L. (5.10)

5.3 Modelo 35 Figura 5.1: Quatro primeiros modos normais de uma corda vibrante fixa em ambas extremidades. Assim, cada vez que escolhermos uma dessas frequências no gerador, veremos a corda vibrar como mostrado na figura 5.1. Examinando o padrão de vibração podemos identificar o valor de n e calcular o valor de λ n correspondente usando a expressão (5.9), bastando para isso medir o comprimento L da corda. Para mais detalhes sobre a parte teórica relativa a esta prática consulte [?]. Ondas estacionárias em uma corda segmentada No modelo descrito até então consideramos que o meio de propagação era uma corda homogênea. Vamos ver agora uma situação mais interessante: uma corda composta de dois segmentos com comprimentos, diâmetros e densidades lineares diferentes, que serão identificados pelos subíndices A e B. A corda como um todo será excitada por uma frequência f, escolhida no gerador de frequências, e sujeita a uma tensão τ. As velocidades de propagação nos segmentos são v A = Assim, usando a expressão (5.5) temos τ τ e v B = (5.11) µ A µ B λ A = v A f e λ B = v B f (5.12) Já que os comprimentos de onda em cada segmento são diferentes, podemos ajustar os comprimentos L A e L B de cada um de maneira a colocar ambos em algum modo normal. De acordo com a equação (5.9) os valores de L A e L B devem ser tais que L A = n Aλ A 2 e L B = n Bλ B 2 (5.13) Examinado as expressões para L A e L B acima, vemos ser possivel que n A n B, ou seja, cada segmento pode estar em um harmônico diferente!

5.4 Descrição da experiência 36 Fazendo uma analogia com as ondas eletromagnéticas, podemos definir o ńdice de refração relativo aos meios A e B como η = v A µb = = λ A, (5.14) v B µ A λ B onde usamos as expressões (5.11) para a velocidade das ondas transversais em cada segmento da corda. 5.4 Descrição da experiência Esta experiência tem duas partes. Na primeira usaremos uma única corda e nela vamos observar a formação de diversos modos normais com o objetivo de determinar v apartir da expressão (5.5). Na segunda parte vamos unir duas cordas diferentes formando uma corda segmentada. Neste caso vamos observar a formação de modos normais em cada segmento com o objetivo de determinar as velocidades de propagação em cada parte. Material Régua; Cordas de vários tipos; Massas; Suporte para massas; Roldanas; Gerador de frequências; Conversor digital para ligar o gerador de frequências ao computador: Bobinas; Computador com programa para medida de frequência e também com programa gráfico para análise dos dados. 5.5 Procedimentos experimentais Planejamento Corda homogênea Examine a figura 5.2 e verifique se todo o material está disponível na bancada. Prenda a extremidade da corda mais próxima da bobina a um suporte, depois faça a corda passar por dentro do orifício da haste vibratória, apoie-a na roldana e finalmente amarre a outra extremidade ao suporte com as massas.

5.5 Procedimentos experimentais 37 Figura 5.2: Esquema da montagem experimental para a medida de velocidade de propagação Verifique a posição da bobina e da roldana, a distância entre elas será aproximadamente o comprimento L disponível para a formação das ondas estacionárias. Note que a Figura 5.2 mostra que, devido ao movimento da haste, a posição da mesma não corresponde exatamente a um nó da onda estacionária. Encontre em seu computador o programa Measure - Cobra 3 que dá o valor da frequência fornecida pelo gerador. Coloque a corda para oscilar e ajuste a frequência do gerador até observar um dos modos normais. Colocar uma folha de papel branco como anteparo (atrás da corda) pode ajudar na visualização das ondas estacionárias. Mude um pouco a frequência e observe quanto é possível alterá-la sem sair do modo normal. Estime, a partir deste procedimento, a incerteza na medida da frequência. Corda segmentada Prepare a montagem como na figura 5.3. Note que neste caso são necessárias duas roldanas e que o mesmo valor de massa deve ser usado nas duas extremidades. Verifique de que material os dois segmentos são feitos e quais são seus diâmetros. Experimente variar os comprimentos de cada segmento movimentando o ponto de junção e a posição da bobina. Realização Corda homogênea Prepare a montagem como descrita na figura 5.2. A massa que tensiona a corda deve ser tal que pelo menos 6 modos normais sejam observados, ou seja, a frequência do modo normal fundamental n = 1 não pode ser muito grande (f 1 10 Hz). Para tanto utilize uma massa de 100 g a 200 g.

5.5 Procedimentos experimentais 38 Figura 5.3: Esquema da montagem experimental para a medida do índice de refração relativo Prenda o suporte em uma das corda e coloque a massa escolhida no mesmo. Meça distância entre a bobina e a roldana; esta será aproximadamente a distância L mostrada na figura 5.1. Coloque a corda para oscilar, ajustando a amplitude e a frequência do gerador. Comece com uma amplitude correspondendo é metade da escala do gerador e com uma frequência menor que 10 Hz. Aumente a frequência aos poucos até que a onda estacionária correspondendo a λ/2 seja observada. Faça a leitura da frequência de excitação da bobina no computador. Continue aumentando a frequência gradativamente para observar cada uma das ondas correspondentes a λ, 3λ/2, 2λ, 5λ/2.... Para saber o comprimento de onda em cada caso, utilize o L medido e lembre-se da equação (5.9). Meça o comprimento L da corda e a massa M que a tensiona. Construa a tabela a seguir:

2. 5.6 Análise dos dados 39 L = M= λ ( ) σ λ ( ) f ( ) σ f ( ) 1 8 Meça a massa do pedaço de um pedaço de corda avulso, m c, e seu comprimento, L c. Calcule agora o valor de µ = m c /L c, incluindo sua incerteza. Meça a massa que tensiona a corda, incluindo o suporte. A partir deste valor e usando a equação 5.2 determine a velocidade de propagação na corda, incluindo sua incereteza. Corda segmentada Amarre dois pedaços de corda e prenda suas extremidades livres a massas idênticas. Uma das pontas livres deve passar primeiro pela bobina, como indicado na figura 5.3. As massas devem ser idênticas. Varie a frequência do gerador até que você observe a formação dos modos normais. Os valores de L A e L B podem ser facilmente ajustados pela movimentação do ponto de junção primeiro e depois pelo deslocamento da bobina. O objetivo é que cada segmento tenha um número inteiro de meios comprimentos de onda. Escolha uma frequência tal que a corda segmentada vibre nos harmônicos n A e n B preencha a tabela do relatǿrio com esses valores, assim como os de L A e L B. e 5.6 Análise dos dados Corda homogênea A tabela com os dados obtidos com a corda homogênea será usada para o gráfico de f em função de λ. A relação entre essas grandezas, equação (5.5) é claramente não linear e a obtenção experimental de v depende do resultado do ajuste explicado no Apêndice D. Vamos associar a variável x a λ e y a f. Nesta experiência podemos usar duas funções de ajuste y = a x + b, (5.15) ou y = a + b. (5.16) x No caso da função (5.15), comparando com a expressão (5.5), vemos que o parâmetro a será a velocidade de propagação da onda na corda e b um parâmetro de correção para o comprimento de onda. Esta correção pode ser necessá ria se a posição da bobina não corresponder a um nó da onda na corda, conforme mostra a figura 5.2.

5.6 Análise dos dados 40 Se a função (5.16) for usada, a comparação com a expressão (5.5) nos leva a concluir que a será a velocidade de propagação da onda na corda e b um parâmetro de correção para a frequência. Esta correção pode ser necessá ria se o offset (um pequeno acré cimo de frequência) for não nulo. Discuta com seu professor qual a função mais adequada em seu caso. Você pode, inclusive, realizar os dois ajustes e verificar qual o mais adequado a seus dados. Seja qual for a função utilizada, estamos fazendo um ajuste não linear e a escolha adequada dos valores iniciais de a e b é fundamental para o sucesso do ajuste. O valor de a pode ser facilmente estimado pelo cá lculo de v pela equação (5.2). O valor inicial de b em ambos os caso, não precisa ser alterado. Corda segmentada A partir dos valores de L A, n A, L B e n B, usando a expressão (5.9) você pode determinar os comprimentos de onda λ A e λ B e assim fazer uma primeira determinação de η a partir da expressão (5.14). Usando a expressão abaixo, você fará uma segunda determinação do índice de refração relativo, que chamaremos de η. η = v A µb =, v B µ A