PROPOSTA DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL PARA A INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO DE CARVÃO, VISANDO A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS LUCAS MACHADO MELLER PROPOSTA DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL PARA A INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO DE CARVÃO, VISANDO A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010.

1 LUCAS MACHADO MELLER PROPOSTA DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL PARA A INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO DE CARVÃO, VISANDO A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, como requisito para obtenção do diploma do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do professor Esp. Clayton Schueroff. CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010.

2 LUCAS MACHADO MELLER PROPOSTA DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL PARA A INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO DE CARVÃO, VISANDO A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, como requisito para obtenção do diploma do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do professor Esp. Clayton Schueroff. Criciúma, Novembro de 2010. BANCA EXAMINADORA Professor Esp. Clayton Schueroff Orientador - Unesc Professor Esp. Luiz Henrique Daufembach Examinador Unesc Professor Adair Moro Examinador - Unesc

3 AGRADECIMENTOS Expresso o meu agradecimento às pessoas que proporcionaram minha chegada até este objetivo. Agradeço primeiramente a Deus, a meus pais Paulo e Clenira, e a minha esposa Carol, pois me entenderam nos momento em que não pude estar presente, quando não de corpo, de mente. Agradeço a pessoa que foi mais que um professor nessa jornada, que se converteu em um grande amigo, o meu orientador Clayton Schueroff. Obrigado pela compreensão, pelo apoio e principalmente por ter se prestado a me ouvir e ajudar. Agradeço também aos colegas com os quais convivi por esses quatro anos e meio. Destaco dentro deste circulo, os colegas que passaram a ser meus amigos e que levarei comigo para a vida toda, Felipe Freitas, André Eyng, Juliana Della Bruna, Ana Lucia Mondardo Cividini, Mariana Just Mondardo, Bruna Pissetti, Karin Lopes, Gabriela Schulter. Um imenso agradecimento a companhia e o apoio durante todos esses anos dos meus já grandes amigos Leandro Warmling, Samuel Tiscoski, Mateus Mezzari, esses foram de extrema importância e boa influência para minha vida. Agradeço ao pessoal do time do curso pelos momentos e títulos que vivemos e conquistamos. O apoio dos de grandes professores como meu orientador Clayton Schueroff e seus gritos à beira do gramado, incentivando e marcando presença nos jogos do curso, Marcos Vianna e nossas boas conversas Grenal, Everton Perin que foi o único feliz em escolher um time pra torcer, Luiz Henrique Daufenbach e sua presença confirma nos eventos da sala, Possoli e toda sua calma para explicar, Pagani e as aulas divertidas, e o coordenador do curso de Ciências Contábeis da UNESC, Sr. Edson Cichella, que considero um exemplo de liderança e humildade, que conseguiu integrar-se aos acadêmicos e transformar o curso em um grande e unido grupo, ocupando uma posição de destaque, sempre contando com o apoio do nosso querido Giassi, a lenda, que dispensa comentários.

4 Viva cada estação enquanto elas duram, respire o ar, beba a bebida, saboreie a fruta, e deixe-se levar pelas influências de cada uma. Henry David Thoreau

5 RESUMO MELLER, Lucas Machado. Proposta de orçamento empresarial para a indústria de mineração de carvão visando à maximização dos lucros. 2010. 72 pg. Orientador (a): Clayton Schueroff. Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Contábeis. Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC. Criciúma SC. A globalização econômica, tem contribuido para que ambiente empresarial atualmente, seja comercial ou industrial, esteja em constatnte processo de concorrência, que envolve empresas de todos os cantos do mundo. Neste cenário, é essencial a que cada organização esteja em harmonia com suas metas e objetivos, e que esses, sejam traçados de maneira a dar possibilidade de que sejam alcançados. Diante deste quadro, a organização das empresas é de grande importância, para que esses objetivos sejam alcançados. Na região sul brasileira, mais precisamente na região sul catarinense, existem carboniferas que necessitam de um controle sobre seus gastos, pois com vendas contratuais e sem oscilações, os gastos gerais dessas companhias tornam-se peça fundamental na maximização dos seus lucros. Como a ferramenta do orçamento empresarial é pouco utilizada por essas empresas, as mesmas possuem pouco controle sobre seus gastos, e por ser vendas contratuais, produzem a qualquer custo sem a preocupação com o que está sendo gasto. Diante do exposto, o trabalho apresentado à seguir, visa a confecção de um modelo orçamentário que venha a atender a necessidades dessa empresas, usando como modelo foco, uma industria desse ramo na região. Para o tal, foram utilizadas as informações de resultado de exercícios passados dessa companhia, em conjunto com seus processos de extração e beneficiamento, bem como administrativos dessa empresa, que se assemelha a todas as demais. Palavras Chave: Orçamento, Maximização de Lucro, Mineração de Carvão.

6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 Ciclo de Produção... 48

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Resultados de Exercícios Anteriores... 48 Tabela 2: Contrato de Venda... 50 Tabela 3: Orçamento de Produção... 52 Tabela 4. Preços de Venda... 53 Tabela 5. Orçamento de Receitas... 53 Tabela 6: Orçamento de Impostos... 54 Tabela 7: Orçamento de Receitas... 55 Tabela 8: Orçamento de Despesas Gerais e Administrativa... 57 Tabela 9: Orçamento de Despesas Tributárias e Financeiras... 57 Tabela 10: Orçamento de Salários e Ordenados... 59 Tabela 11: Custos Diretos Subsolo... 60 Tabela 12: Custos Diretos Superfície... 61 Tabela 13: Custos de Detonação... 62 Tabela 14: Custos de Furação de Frente... 63 Tabela 15: Custos de Furação de Teto... 64 Tabela 16: Custos do Beneficiamento... 65 Tabela 17: Custos Transporte de Carvão... 66 Tabela 18: Custos das Oficinas de Manutenção... 67 Tabela 19: Custos dos Investimentos... 68

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 10 1.1 Tema e Problema... 11 1.2 Objetivos da pesquisa... 12 1.3 Justificativa... 13 1.4 Metodologia... 14 2 REFERENCIAL TEORICO... 17 2.1 Setor carbonífero... 17 2.2 O carvão no sul Catarinense... 18 2.3 Contabilidade... 19 2.4 Demonstrações contábeis... 20 2.5 Controladoria... 21 2.6 Planejamento Estratégico... 22 2.6.1 Missão... 24 2.6.2 Visão... 24 2.6.3 Objetivos... 25 2.6.4 Estratégias... 25 2.6.5 Planos de ação... 26 2.6.6 Analise interna e externa... 26 2.6.7 Controle Interno... 27 2.7 Orçamento... 28 2.7.1 Aspectos históricos... 29 2.7.2 Conceito de Orçamento... 30 2.7.3 Principais tipos de Orçamento... 33 2.7.3.1 Orçamento Contínuo... 33 2.7.3.2 Orçamento de Tendências / Base Histórica... 333 2.7.3.3 Orçamento Base Zero... 334 2.7.3.4 Orçamento Estático... 335 2.7.3.5 Orçamento Flexível... 335 2.7.3.6 Orçamento por atividades... 336 2.7.4 Orçamento em empresa industrial... 36 2.8 Fases do Planejamento orçamentário... 39

9 2.8.1 Orçamento de operações... 40 2.8.2 Orçamento de Investimentos... 43 2.8.3 Orçamento de financiamento... 43 2.9 Gestão e analise orçamentária... 44 3 ESTUDO DE CASO... 46 3.1 Caracterização da empresa... 46 3.2 Logística de Produção do Setor Carbonífero sul catarinense... 47 3.3 Situação atual da empresa.... 48 3.4 Premissas Orçamentárias... 49 3.5 Orçamento... 49 3.6 Proposta de Orçamento... 50 3.6.1 Orçamento de Produção... 50 3.6.2 Orçamento de Receitas e impostos... 53 3.6.3 Orçamento Despesas... 54 3.6.4 Orçamento Salários e Ordenados... 58 3.6.5 Orçamento de Custos... 59 3.6.6 Resultados do Orçamento... 68 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... Erro! Indicador não definido.

10 1 INTRODUÇÃO A economia global esta em constante transformação nos últimos anos, lançando no mercado uma quantidade enorme de empresas, o que vem elevando a concorrência a um nível nunca antes visto. A globalização econômica vem transpondo alfândegas e quebrando todas as barreiras, deixando a disposição do consumidor uma cartela sem fim de opções para suas aquisições. Isso tende a vir transformar um até então consumidor sem opções e conceitos, em um consumidor mais exigente quando a qualidade dos produtos que visa adquirir. Também é altamente relevante que um dos quesitos que mais tem importância na hora de uma decisão de compra por parte do consumidor, é o fator preço. No entanto, o preço e qualidade do produto são duas variáveis que costumam crescer proporcionalmente dentro de uma indústria, ou seja, quanto maior for à atenção à qualidade deposta no produto, teoricamente maior também será o gasto para sua confecção, e consequentemente maior será seu preço final. A resposta para este problema pode estar na organização e controle da entidade. Uma empresa cuja organização é deficiente terá também uns controles deficiente, e consequentemente, possíveis resultados aquém do esperado. Dentre os principais fatores que contribuem para resultados negativos na empresa, MEGLIONI (2001) cita o alto custo devido à falta de planejamento e estratégias de controle. ZDANOWICZ (2002) inclui também a falta de controle com os resultados não operacionais nesse contexto, principalmente no que diz respeito a despesas. Diante da situação apresentada, é oportuno um estudo que releve esses dois quesitos, pois os gastos interferem diretamente na formação de preços e no resultado operacional da empresa. Conforme citado por Roesch (1999, p.197) o estudo de caso foca principalmente o estudo dos processos e exploração dos fenômenos. Também em muitos casos as empresas que apresentam um resultado operacional positivo, podem ter seu resultado liquido negativo em função dos

11 resultados não operacionais, principalmente ligadas a despesas financeiras bancárias e de empréstimos. 1.1 Tema e Problema Diante da globalização da economia mundial, a distância entre o mercado e o consumidor passou a ser ignorada, tendo em vista o exemplo de que a internet e as compras online vêm tornando essas distâncias antes quilométricas e demoradas, em algo que dificilmente ultrapasse 15 dias, desde a compra ao recebimento de um produto do outro lado do globo. Isso também já está se tornando realidade no quadro industrial, onde a globalização está facilitando a aquisição de matérias prima e até mesmo produtos de outras localidades e países, ocasionando uma concorrência mundial entre as empresas de todos os cantos do planeta. Diante deste cenário é observável que o perfil do consumidor está mudando e este passando a ser cada vez mais exigente, principalmente no que diz respeito à qualidade e preço. Esse tipo de mentalidade também está cada vez mais presente nas empresas quanto à aquisição de matéria prima para fabricação de seu produto. O que as organizações devem ter em mente é que sua atividade deve ser consciente e controlada, para que desse modo seja possível um controle de gastos eficiente, porém não tão demasiado a ponto de prejudicar a qualidade dos processos e do produto, uma vez que além do preço, a qualidade também é essencial para o consumidor. O controle, conforme citado por Sanvicente (1995, p.22): Controlar é, esencialmente, acompanhar a execução de atividades da maneira mais rápida possível, e comparar o desempenho efetivo com o planejado, isto é, o que tenha sido originalmente considerado desejável, satisfatório ou viável para a empresa e suas subunidades. É justamente focando no fato de que uma falta de controle pode levar uma organização a uma queda acentuada em seus resultados e até mesmo sua falência, que o objeto deste, será a elaboração de um modelo orçamentário, que a

12 ser apresentado para aplicação em uma empresa de mineração de carvão para geração de energia termoelétrica. Verificando a realidade dessa empresa, foi possível constatar que suas vendas são garantidas mediante a um contrato firmado com o cliente e com intervenções do governo estadual e federal. Desse modo, qualquer resultado negativo não é proveniente de desempenho em vendas, mas sim de problemas relacionados controle interno e metas orçamentárias setoriais a serem obedecidas. No entanto deve-se analisar também a viabilidade da implantação desse planejamento orçamentário, pois de acordo com o que menciona Welsch (1983) tudo deve ser feito de modo a não atrapalhar, mas sim facilitar o desempenho dos processos administrativos, para que esse traga benefícios à execução das responsabilidades. Diante do exposto, fica o seguinte questionamento: O planejamento orçamentário trará possibilidades de uma maximização nos lucros da empresa, por meio da informação e administração de seus gastos? 1.2 Objetivos da pesquisa Esta pesquisa tem por objetivo verificar a importância de um planejamento orçamentário para traçar metas e manter os setores com um controle sobre seus limites de gastos, visando assim à confecção de uma proposta de orçamento para uma mineradora de carvão mineral, o que contribuirá para o sucesso administrativo da organização, visando à maximização de seus lucros. A pesquisa consiste em uma pesquisa bibliográfica sobre orçamento, e um aprofundamento maior na confecção deste modelo aplicável, para que a empresa possa traçar suas metas e objetivos. Para alavancar este estudo, faz-se necessário o alcance de três pontos específicos que contribuirão diretamente para o sucesso deste caso: Uma pesquisa bibliográfica sobre orçamento e técnicas de implantação do mesmo; Identificar que tipo de orçamento terá maior facilidade de implantação na empresa foco.

13 Apresentar um orçamento modelo à empresa, que venha atender suas necessidades administrativas e uma possível previsão de maximização dos lucros. 1.3 Justificativa Para que uma empresa tenha sucesso e consiga administrar seus gastos sem prejudicar a qualidade de seu produto e o desempenho de suas atividades, são necessárias algumas diretivas para nortear o trabalho da mesma. É certo que cada setor se preocupe em fazer sua parte para executar as tarefas de maneira a atender as necessidades da empresa para que a mesma se mantenha em funcionamento, no entanto, muitas vezes esses mesmos setores se apegam somente em cumprir suas tarefas, ignorando se essas estão sendo realizadas à base de um gasto elevado, ou se existe e eles estão buscando cumprir as metas a eles impostas. Conforme a opinião de NAKAGAWA (1993), o orçamento vem justamente para manter os gestores informados quanto aos gastos e rumos de seus setores. Uma empresa que tem seus objetivos a curto e longo prazo traçados, pode também ter suas ações previamente planejadas para alcançá-los. Também é possível tomar atitudes de modo a corrigir o andamento da empresa quando o rumo das coisas saírem do previsto. Conforme mencionado por Attie (1998, p.31), as ações são sempre mais eficaz, se tomadas no início dos problemas que em estágios mais avançados.. Segundo a opinião de Silva (2000 p.125) é por meio das demonstrações contábeis que se avalia a situação e os resultados da empresa.. Dessa forma, é possível constatar que o controle da empresa está cada vez mais importante para seus gestores quanto à tomada de decisão. Também são observáveis que as ferramentas contábeis são as opções mais exatas e confiáveis para serem utilizadas na efetivação desse controle. A empresa escolhida para o estudo foi uma empresa no setor de mineração de carvão. Foi constatado por meio de suas demonstrações contábeis, que a empresa esta precisando de metas e objetivos a ser seguidos, bem como

14 limites de gastos setoriais, que são muito variados, sem se manter constantes, e que os setores não possuem limites de gastos, mas somente o objetivo de cumprir suas obrigações. É esperado que as informações rápidas e precisas aos gestores ajudem para o controle dos gastos setoriais. 1.4 Metodologia Esta monografia visa à criação de um modelo de orçamento a ser apresentado à organização citada. Em um trabalho de pesquisa, é necessário o seguimento de uma metodologia. Esta metodologia nada mais é que um conjunto de regras e métodos que descrevem os passos a serem seguido para alcançar um objetivo préestabelecido. Conforme citado por Marconi e Lakatos (2008, p.223) metodologia responde, a um só tempo, às questões, como? com quê? onde?, e quanto?. Para o desenvolvimento deste, foram utilizados diversos métodos de pesquisa. Para Leopardi (2001, p.187) o método é: o caminho pelo qual se chega à meta, sendo a essência da descoberta e do fazer científico e representa o aspecto formal da pesquisa, o plano pelo qual se põe em destaque às articulações entre os meios e os fins, por meio de uma ordenação lógica de procedimentos. O presente trabalho foi realizado tomando-se por base o método de pesquisa explicativa, acompanhado de um estudo de caso, uma vez que Gil (1991, p.41) entende a que: pela definição, a pesquisa explicativa tem por principal objetivo identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão das coisas. Isso possibilitará entender sobre orçamento e os métodos utilizados pela empresa em sua gestão, bem como suas deficientes, tomando-se estas informações como base na formulação do orçamento.

15 Todos estes dados necessários serão levantados junto à empresa foco do estudo, que concedeu acesso total a seus dados, e recorrido à opinião de autores conceituados no assunto visando conhecimento para elaboração do orçamento. Será para isso, utilizado também uma pesquisa bibliográfica com o intuito de esclarecer conceitos e procedimentos sobre planejamento orçamentário, uma vez que este é este o ponto central desta pesquisa. Conforme pensa Martins (2007, p. 15), ele entende que: a pesquisa bibliográfica define-se como sendo uma discussão e explicação de um tema ou problema, embasado para isso em referencial teórico publicado em livros, revistas, periódicos entre outros meios de informação com larga circulação. Esta pesquisa será uma pesquisa participante, visando apresentar um modelo de sistema orçamentário possivelmente a ser implantado na empresa em questão. Roesch (1999, p.197) define estudo de caso como: uma estratégia de pesquisa permite o estudo de fenômenos em profundidade dentro de seu contexto; é especialmente adequado ao estudo de processos e explora fenômenos com base em vários anglos. quantitativo. Para o tal, a abordagem do problema será feita por meio do método De acordo com Martins Junior (2008, p.128) a pesquisa quantitativa é: a quantificação dos resultados provenientes da coleta dos dados sob a forma de símbolos matemáticos e/ou estatísticos. Para isso, são necessários dois procedimentos a tabulação dos dados e sua representação sob a forma de tabelas ou gráficos. De acordo com o pensamento de Rauen(1999), a análise e a interpretação dos dados são as etapas do trabalho que corresponde à apresentação dos resultados obtidos na pesquisa e n estudo de caso, e sua análise relacionada aos objetivos e hipóteses do trabalho. Após a implantação do orçamento nos setores propostos, a interpretação dos dados coletados e dos objetivos alcançados será demonstrada por meio de planilhas e textos discorridos, bem como o resultado alcançado pela empresa nesse período.

16 Utilizando-se das metodologias e técnicas apresentadas, será perfeitamente possível chegar ao objetivo principal deste trabalho acadêmico, e apresentar a interpretação dos dados de modo claro e objetivo, fazendo-se possível a identificação dos problemas encontrados e os resultados alcançados após esse feito.

17 2 REFERENCIAL TEORICO Para um completo entendimento da monografia, é necessária a compreensão de alguns termos com os quais este trabalho foi baseado e construído, e seus resultados serão implantados e interpretados. No presente capítulo serão expressos todos os conceitos pertinentes à elaboração deste trabalho, bem como noções de planejamento para que por fim torne-se possível chegar um entendimento sobre orçamento antes de elaborar o modelo aqui proposto. 2.1 Setor carbonífero Também se faz necessário um prévio conhecimento da historia do setor a ser efetuado o estudo de caso, para o bom desenvolvimento deste. Conforme informações do SIECESC (Sindicado das Indústrias de Extração de Carvão de Santa Catarina), em Santa Catarina, o início das atividades carboníferas aconteceu no final do Século XIX, realizadas por uma companhia britânica que construiu uma ferrovia e explorava as minas. Em 1885 foi inaugurado o primeiro trecho da ferrovia Dona Tereza Cristina, ligando Lauro Müller ao Porto de Laguna, e chegando, em 1919, a São José de Cresciuma. Como o carvão catarinense era considerado de baixa qualidade, sua exploração não despertou muito o interesse por parte dos ingleses. Diante desse quadro, o Governo Federal repassou a concessão para indústrias cariocas, destacando-se, inicialmente, Henrique Lage e, depois, Álvaro Catão e Sebastião Netto Campos. Com a queda da compra do carvão importado, durante a Primeira Guerra Mundial, o produto catarinense assistiu seu primeiro surto de exploração, época em que foram ampliados os ramais ferroviários no Sul do estado e inauguradas novas empresas mineradoras. Em 1917 entra em operação a Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá (CBCA) e, 1918, a Companhia Carbonífera Urussanga (CCU). Na década seguinte, em 1921, surgem a Companhia Carbonífera próspera e

18 a Companhia Carbonífera Ítalo-Brasileira em, em 1922, a Companhia Nacional Mineração Barro Branco. O segundo surto veio no Governo Federal Getúlio Vargas, com decreto determinando o consumo do carvão nacional e com a construção da Companhia Siderúrgica nacional (CSN). A obrigatoriedade da utilização do carvão nacional foi estabelecida em 10% em 1931, aumentando esta cota para 20% em 1940. A CSN foi construída em 1946. Nos anos 40 e 50 várias minas operavam na região e pertenciam a pequenos proprietários locais, grandes empreendedores cariocas e uma estatal, a Companhia Próspera, subsidiária da CSN. Ao longo dos anos 60 ocorrem profundas mudanças no setor e, no início dos anos 70, estava em atividades apenas 11 mineradoras, a maioria pertencente a empresários locais. O último boom no setor foi com a crise do petróleo em 1973, com as atenções voltadas novamente para o uso do carvão nacional. No início da década de 90 o setor é desregulamentado por decreto do Governo Federal, mergulhando toda a região sul catarinense em profunda crise. O início de uma nova fase de desenvolvimento da atividade carbonífera no Sul do estado se avizinha com a implantação de um parque térmico na região. Estudos técnicos vêm sendo realizados com base em tecnologias avançadas já desenvolvidas nos Estados Unidos. O trabalho tem envolvido as empresas mineradoras da região que, nos últimos cinco anos, priorizaram políticas de recuperação e proteção ambiental, de segurança e saúde do trabalhador e investimentos na qualificação tecnológica das minas. 2.2 O carvão no sul Catarinense Conforme dados do SIESESC, o carvão mineral é um recurso natural presente em abundancia na região sul do Brasil, mais precisamente no sul de Santa Catarina e no estado do Rio Grande do Sul. Como tem grande poder de combustão, o carvão mineral é fortemente utilizado para geração de energia elétrica. Mais de 90% da produção da região é

19 encaminhada a usina Jorge Lacerda da empresa Tractebel, que está localizada no município de Capivari de Baixo. Para região sul catarinense, denominada região carbonífera, o carvão é sinônimo de entrada continua e garantida de capital, que soma quantias superiores a R$ 38.000.000,00 por mês. Apesar dos altos e baixos do setor, principalmente por questões socioambientais, este tem suma importância como fonte de desenvolvimento regional. É por meio destas jazidas, que são extraídas matéria prima para geração de energia termoelétrica, que abastece toda região sul catarinense. Responsável direto por aproximadamente 3000 empregos diretos e cerca de 5000 indiretos, o setor carbonífero é tido como uma grande fonte de emprego, renda e desenvolvimento tecnológico para região, que atualmente conta com cinco mineradoras de carvão de grande porte, outras pequenas empresas nesse ramo. O setor estava estagnado quanto a crescimento, porém com a aprovação do projeto USITESC em 2010, é previsto a implantação de uma usina termoelétrica na região, o que virá a alavancar o seguimento, prevendo grande crescimento e desenvolvimento, até a abertura de novas mineradoras, para suprir a demanda que será exigida. O setor carbonífero foi e ainda é de suma importância pra região sul catarinense, por tudo que já contribuiu para seu desenvolvimento por toda perspectiva que gera com seu futuro promissor. 2.3 Contabilidade Primeiramente, é de grande importância conceituar contabilidade, tendo por base de que é a esta ciência que pertence à ferramenta orçamentária. É de suma importância saber o qual é o objetivo geral da contabilidade. Segundo Braga (1999, p. 55), a contabilidade tem por objetivo: o estudo e o controle do patrimônio das entidades econômicas, empresa ou instituições sem fins lucrativos, a fim de fornecer informações sobre sua composição e suas variações qualitativas e quantitativas da situação de seus bens patrimoniais.

20 Para Braga, a contabilidade atua principalmente como um reflexo patrimonial da empresa. Na opinião de Perez (1999, p. 13), a contabilidade deve ser vista como: Um sistema de informações, cujo método de trabalho consiste, simplificadamente em, coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômico-financeira de uma entidade em determinado momento e sua evolução em determinado período. Desse modo, segundo os autores, a contabilidade é uma ferramenta que tem por objetivo transmitir a situação patrimonial da entidade e suas variações em determinado espaço de tempo. 2.4 Demonstrações contábeis Os resultados do orçamento empresarial se refletem em demonstrações contábeis, desse modo é importante definir esse termo para um com entendimento do estudo. Também é importante para este estudo, além da definição da contabilidade, explicar em que consistem as demonstrações contábeis, uma vez que estas serão utilizadas na interpretação dos resultados. Na opinião de Gonçalves (1996, p.24), ele pensa que: O simples registro dos fatos que afetam o patrimônio não possibilita ao administrador ter uma visão abrangente e consolidada da situação patrimonial da entidade de modo a subsidiar o processo decisório. Segundo a visão do autor, as demonstrações contábeis têm uma importância crucial para a correta tomada de decisão dentro da empresa, conforme pensa também. Silva (2000, p.125), onde ele diz que: Mediante a análise das demonstrações contábeis, é possível fazer considerações importantes sobre o desempenho da empresa e projetar seus resultados futuros. Praticamente todos os usuários de informações contábeis, fazem analise das demonstrações contábeis.

21 Os autores afirmam que não é possível tomar decisão baseado em outra coisa que não seja um conjunto de demonstrações contábeis. 2.5 Controladoria A controladoria vem torna-se cada vez mais essencial em uma organização que objetive alcançar um sucesso. Padoveze (2003, p.6) afirma que controladoria é ciência e, na realidade, é o atual estágio evolutivo da contabilidade.. De acordo com o pensamento de Ricardino (2005), aos poucos a controladoria foi ganhando espaço, e somente ao início do século, foi quando o profissional contábil foi ganhando força dentro da organização, principalmente pelo fato de ter habilidade em lidar com as informações, e desse modo, deu-se espaço ao surgimento da controladoria, que atualmente veio ser uma das principais áreas de uma empresa. Anteriormente tido como um guarda livros, o profissional contábil pouco participava ativamente da gesta das organizações, sendo requisitada, apenas para serviços de escrituração e poucas vezes interpretação de alguns dados, e que conforme o autor salienta, aos poucos foi ganhando espaço dentro da organização. Mosinam e Fisch (1999) entendem por controladoria como uma ciência autônoma que se faz com muita vigor das ferramentas contábeis, mas que, no entanto não se confunde com contabilidade. Para Catelli e Guerreiro (1999), a controladoria é uma evolução da compreensão de contabilidade, mas a controladoria estratégica deve ser tida com uma evolução da controladoria tradicional. Os autores Mosinan e Fisch, supracitados compreendem que a controladoria é uma ciência aparte da contabilidade que se utiliza de suas ferramentas, já Catelli e Guerreiro, a colocam em outro patamar, afirmando que a controladoria é uma evolução da própria contabilidade. No entanto, Marion (2000) por sua vez pensa que a controladoria, como ciência da contabilidade, encarrega-se de fatos exteriores relacionados com a

22 atividade econômica das entidades e dos efeitos econômicos inseridos no patrimônio dessas entidades. Conforme os autores acima são possíveis observar a existência de um impasse quanto à posição da controladoria como ciência, mas é claro e observável que todos concordam que a controladoria é a ciência que lhe da com os fatos contábeis de forma mais abrangente e interpretativa, se fazendo dos números para retirar e apresentar a gerencia da empresa informações de valor quanto às decisões da empresa. BEUREN (2006) pensa que no Brasil, a controladoria começou a ser desenvolvida por influencia das multinacionais. Já no âmbito nacional, a controladoria é uma ciência relativamente nova. Com a invasão do mercado estrangeiro no país, muitos aspectos positivos vieram juntos, como modelos administrativos, e a própria utilização da contabilidade no patamar de controladoria. Para Oliveira (1998), é evidente que a controladoria pode ser entendida como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais. Entende-se, contudo que o papel principal da controladoria é a interpretação de todas as informações gerenciais, e repassá-las aos gestores da organização. Quanto à função da controladoria, Kanitz (1976), entende que esta não se limita a administrar o sistema contábil da empresa. Diante da visão dos autores, a controladoria vem se distanciando do conceito de contabilidade e deve ser tratada com uma ciência derivada desta, e que esta a abranger um leque maior de funções, do que simplesmente a administração contábil das organizações. 2.6 Planejamento Estratégico Quando uma empresa quer uma visão de mercado de modo que possa extrair dela objetivos e metas a serem alcançados, ela precisa ter em mente que necessitará de um bom planejamento, conforme mencionado por Frezatti (2000,

23 p.4), onde ele diz que planejar significa decidir antecipadamente, optar por uma alternativa de ação e detrimento de outras possíveis, em função de preferências, disponibilidades, grau de aceitação de risco etc. O planejamento estratégico dentro da organização é uma ferramenta que demonstra resumidamente os objetivos desta, bem como suas ideologias. De acordo com o que Tachizawa & Rezende, (2000, p.33), conceitua, o planejamento é um conjunto de definições que visa por meio deste, atingir algum objetivo especifico. Ou seja, na visão do autor, para se atingir algum objetivo, é necessário que se faça um planejamento. O planejamento estratégico vem justamente para preencher esta lacuna dentro da empresa. Para Kotler (1992, p.63), planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado. Desse modo, pode-se dizer que ele afirma o Planejamento Estratégico com sendo uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela Organização, visando maior grau de interação com o ambiente. É preciso entender que são por meio desse conjunto de definições, que os gestores deverão tomar base para a execução das tarefas, visando sempre o bem comum, que é alcanças os objetivos ali traçados, o que exige uma estrutura administrativa eficaz e adequada. É também importante ressaltar que o planejamento estratégico possui cinco características distintas. Para Matos (1999, p.30), essas características são: Adaptar a organização foco, a um ambiente de constantes mudanças; Focado em objetivos futuros, ou seja, resultados a serem alcançados em longo prazo; Compreender a organização inteira, tornando-a como um todo, buscando utilizar todos os seus recursos focando um bem maior. Ser uma ferramenta de consenso entre os mais diversos setores da empresa, visando atender a todos os envolvidos em função do sucesso da organização; Ser um processo de aprendizado dentro da organização, uma vez que, ele deve se moldar e adaptar-se à situação da mesma;

24 É também por meio do planejamento estratégico que a empresa define alguns elementos de apresentação importantes, como sua missão, visão, analise interna e externa, oportunidades e ameaças, bem como seu plano de ações. 2.6.1 Missão A missão da empresa é o objeto que demonstra qual o motivo e o porquê de ela estar atuando nesse segmento, e onde pretende chegar. Conforme observa Almeida (2001, p. 15) a missão é a razão de ser da entidade, e serve para delimitar seu campo de atuação, como também para indicar as possibilidades de expansão de suas ações. É justamente na missão que a empresa define seus objetivos, modelando-se de acordo com o que pede o mercado, a fim de completar seu planejamento. 2.6.2 Visão A visão da empresa é o pondo de partida para elaboração do planejamento, pois é por meio dela que se identificam os limites de atuação da empresa em certo período de tempo. Oliveira (2002) afirma que a visão pode ser considerada como os limites que a alta gerencia da empresa consegue prever em longo prazo para que se possa ter uma abordagem mais completa da situação. Para OLIVEIRA(2002, p. 88), a visão da entidade: é conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Nesse contexto, a visão proporciona o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado pela empresa. A visão representa o que a empresa quer ser.

25 Desse modo fica compreensível que a visão demonstra de que maneira que a alta administração da empresa objetiva que esta esteja atuando em um futuro médio ou longo, com a qualidade de seus produtos e serviços, bem como em seus aspectos financeiros. 2.6.3 Objetivos Das metas que direcionam a empresa é pode ser extraído o objetivo da mesma, para que esta elabore seu orçamento de acordo com as suas necessidades. um futuro. Isso tudo visa demonstrar onde exatamente a empresa deseja estar em Conforme pensa Gray e Johnston (1977, p. 23) os objetivos constituem o elo de ligação entre metas e orçamentos. Por objetivos estratégicos entende-se, neste estudo, o alvo ( resultados esperados ou estados futuros desejados) a ser atingido pela organização no período considerado. Os objetivos devem expressar em termos concretos as metas que a empresa quer atingir e o prazo, já que essas metas irão atuar como parâmetros para avaliar o grau de atendimento dos objetivos relacionados. (OLIVEIRA, PEREZ e SILVA, 2002, p. 46). São esses objetivos de definem aonde a empresa quer chegar e quais suas metas para que venha a obter sucesso em sua gestão visando bons resultados. 2.6.4 Estratégias As estratégias visam informar de que maneira a empresa irá desenvolver seus trabalhos para atingir os objetivos. Para Oliveira (1995, p. 172) a finalidade das estratégias é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos e desafios estabelecidos.

26 Oliveira (2002), também define que o empresário pode, de acordo com a situação de sua empresa, passar a definir estratégias que caibam no atual quadro dela. Desse modo, as empresa devem ficar atentas os seus objetivos, para então desenvolver uma estratégia que caiba neles. As estratégias devem ser crescimento, desenvolvimento e manutenção. Oliveira (1995) coloca que a estratégia de crescimento serve para empresas que desejam expandir seus negócios. As de desenvolvimento são pertinentes às empresas que desejam desenvolver seus produtos e serviços a as de manutenção, para companhias que querem manter seus ritmos de crescimento e desenvolvimento. 2.6.5 Planos de ação orçamentário. O plano de ação é uma questão de grande importância para o processo O projeto é o instrumento de interligação do plano prescritivo com o plano quantitativo na terceira fase do planejamento estratégico; e isto porque são por meio dos projetos que se alocam recursos ao longo do tempo, compatibilizando-os com o planejamento orçamentário, que é desenvolvido pelo plano quantitativo. (OLIVEIRA, 1995. p.222). É esse plano que fica responsável pelas estratégias responsáveis pelos prazos de elaboração e execução das atividades. 2.6.6 Analise interna e externa Este tipo de analise visa um estudo dos fatores internos e externos que podem interferir nos negócios A respeito de analise externa, Oliveira(2002, p.92) fala sobre o ambiente empresarial, onde ele afirma que: O ambiente empresarial não é um conjunto estável, uniforme e disciplinado, mas um conjunto bastante dinâmico em que atua, constantemente, grande

27 quantidade de forças, de diferentes dimensões e naturezas, em direções diferentes, e que muda a cada momento, pelo fato de cada uma dessas forças interferirem, influenciar e interagir com as demais forças do ambiente. Este tipo de analise é de grande importância para qualquer tipo de planejamento, pois conseguem de certa forma mensurar quais são as oportunidades e necessidades de mercado, pertinentes ao seu produto. Por outro lado, a análise interna de uma organização visa demonstrar os pontos fortes aos quais podem ser explorados pela empresa e em contrapartida os pontos fracos que a mesma dever eliminar. Conforme pensa Oliveira (2002), a análise interna objetiva a verificação dos pontos fortes, fracos e neutros dentro da entidade, objetivando uma demonstração da real situação da empresa. Os pontos fortes da empresa são formados pelos diferenciais que a empresa tem em relação a seus concorrentes, ou até mesmo pelos produtos únicos, por inovações entre outros. 2.6.7 Controle Interno A base de um bom sistema orçamentário é sem dúvida e existência e implantação de um ótimo controle interno. A definição desses Controles Internos na opinião de Boynton,W.C.; Johnson,R.N.; Kell,W.G., (2002, p.113) é: compreende: um processo operado pelo conselho de administração, e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas seguintes categorias: - confiabilidade de informações financeiras; - obediência (compliance) às leis e regulamentos aplicáveis; - eficácia e eficiência de operações. Já no pondo de vista de Attie (1998, p.111): O controle interno o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.

28 Para um estudo do controle interno também deve ser compreendido suas finalidades, tendo como as principais finalidades, citadas por Chiavenato (1997, p.273), onde ele opina que: O controle interno tem a finalidade de assegurar que os resultados daquilo que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos. A essência do controle reside na verificação se a atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou resultados desejados. O controle consiste fundamentalmente em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado. Alem do já citado, o controle interno também proporciona um controle estratégico para empresa. Maximiniano (2000, p.83), compreende que o controle estratégico tem a finalidade de: Avaliar o desempenho da organização na realização de suas missões e acompanhar os fatores externos que influenciam na sua organização. Produz informações de análise interna e externa, permitindo corrigir o desempenho defeituoso. Ou seja, as informações da empresa devem registradas com o auxilio de um bom sistema de controle interno. Somente assim a credibilidade das informações será aceitável. 2.7 Orçamento De acordo com Hoji & Silva(2010, p.19), o sistema de orçamentos é um excelente instrumento de planejamento e controle de resultados financeiros. Todo bom planejamento deve vir acompanhado de um sistema orçamentário, podendo desse modo nortear os gestores quando a valores. Para muitas empresas, a necessidade de implantação de um orçamento é percebida somente quando da necessidade desta de enfrentar uma má situação financeira, no entanto seria interessando esta ferramenta fazer parte da gestão da empresa desde o inicio de suas atividades.

29 Segundo Padoveze(2009, p.197): O orçamento pode e deve reunir diversos objetivos empresariais, na busca da expressão do plano de resultados. Portanto, convém ressaltar que o plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. O ponto fundamental é o processo de estabelecer e coordenar os objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca de planos de lucros. Desse modo, a empresa deve se utilizar do orçamento como forma de prever ações em curto prazo, objetivando um resultado projetado futuro satisfatório, de modo a refletir quantitativamente as ações futuras da organização. 2.7.1 Aspectos históricos Já nas empresas privadas, o orçamento surgiu em meados do ano de 1920, como sendo uma ferramenta para gestão de custos. Para tal eram utilizadas metas fixas e um planejamento contábil para o futuro. Esse método de gestão logo chamou atenção de empresas como a General Motors e a Siemens, as quais aderiram a essa ferramenta sem muito questionar. Posteriormente essa ferramenta seria ajustada e melhorada por Henry Ford, que se fazia da lógica de primeiro produzir muito e depois vender. Logo veio a segunda guerra mundial, que foi uma época em que a grande maioria das empresas passou a focar seus esforços na produção de apetrechos para a guerra. Esse período exigiu um desenvolvimento tecnológico muito efetivo, pois era necessária grande produtividade a baixos custos. Welsch(1983) conta que durante esse período, o surgimento de novas tecnologias foi demasiado. Daí então o cenário econômico passou por grandes mudanças devido ao aproveitamento dessas novas tecnologias para utilização nas empresas. A forte evolução do planejamento durante esta época, visando ações efetivas com custos reduzidos, também contribuíram para o rápido desenvolvimento. O fato de a maioria dos países envolvidos na guerra estarem acabados, com a economia a estrutura em destruídas, elevou a demanda de procura de produto norte americano. Tudo isso teria levado às empresas a adotar, no pós-

30 guerra, métodos parecidos com os utilizados, para gerir suas atividades e atender as necessidades. Padoveze(2009), explica que Robert Anthony desenvolveu por volta de 1960, uma estrutura de controle gerencial, definindo o planejamento operacional e o estratégico como processos complementares ao orçamento. A partir dessa década, surgiu também o conceito de remuneração dos executivos da empresa baseando-se no cumprimento de metas. Isso veio a alavancar o interesse desses no corrente crescimento da empresa. Por si só os executivos passaram a definir metas a suas equipes para que a responsabilidade fosse dividida entre os membros. Cruz(2004) afirma que assim surgiram as pressões para a eficácia de ações em curto prazo, que objetivem o alcance dessas metas. Todo esse processo de planejamento orçamentário ganhou mais atenção após a globalização econômica mundial, que abriu as portas para concorrência mundial. Atualmente o orçamento é uma ferramenta necessária para empresas que querem alcançar uma posição de destaque nesse cenário. 2.7.2 Conceito de Orçamento O conceito de orçamento pode ser parecido com o de planejamento, uma vez que segundo Sanvicente (1995), designa uma direção e algunas instruções para execução dos planos, e um acompanhamento, levando ao controle, dessa forma permitindo a comparação das realizações da empresa ao que tenha sido planejado. O orçamento nesse contexto, pode ser confundido com planejamento, afinal de contas, mesmo tendo suas peculiaridades, o orçamento não deixa de ser m planejamento. Conforme define Limmer (1997) o orçamento é a determinação dos gastos necessários para que se possa realizar um projeto, seguindo um plano de execução previamente concebido, de forma que se possam quantificar esses gastos. Com isso, fica evidente que orçar, é planejar com antecedência o que irá entrar e sair da instituição.

31 Segundo Nakagawa (1993:68), o orçamento é: A necessidade que a empresa tem de comunicar a seus gerentes os planos de ação, que, se forem executados de acordo com as políticas e diretrizes neles embutidos, deverão dar origem a resultados, que, em termos econômicos e financeiros, deverão corresponder às metas e aos objetivos programados e que possibilitarão à empresa atingir sua missão e propósitos básicos. Assim Nakagawa define o objetivo do orçamento principalmente com o de dar aos gestores, informações como os gastos e as entradas de capital na empresa, como o que se espera desse assunto referente ao setor deles. Por sua vez, Figueiredo (2004, p.139) define que: O planejamento financeiro ou orçamentário é uma atividade que deve ser vista como uma implementação de um segmento anual do planejamento de longo prazo; o orçamento expressa este plano em termos financeiros e à luz das condições correntes. Corroborando as ideia acima, Frezatti (2000, p.40) pensa que: Controle orçamentário, deve ser instrumento que permite à organização entender quão próximos estão seus resultados em relação ao que planejou para dado período. Por meio da opinião dos diversos autores citados, fica compreensível que o orçamento é o planejamento com antecedência, dos resultados da empresa e dos caminhos pelos quais deverá chegar a este resultado, para que desse modo seja possível perceber os desvio que a entidade ira tomar e aplicar a devida correção, para que volte a caminha pelos rumas mais próximos ao previsto. Pode-se perceber então, que é por meio do orçamento proposto na empresa, que os gestores poderão tomar suas decisões de modo coerente e na realidade da empresa para prevenir algumas situações adversas e corrigir possíveis fugas do foco ao planejamento. Dentre outros fatores, o orçamento também depende de que exista na organização áreas autônomas quanto a certas questões. Dentre as etapas de orçamento, seve-se ter ênfase nas seguintes: 1. Orçamento de vendas; 2. Orçamento de produção; 3. Orçamento de consumo de matéria-prima; 4. Orçamento de compras;

32 5. Orçamento de mão de obra direta; 6. Orçamento de custos indiretos; 7. Orçamento de estoque final; 8. Orçamento de despesas administrativas e de vendas; 9. Orçamento de despesas de capital; 10. Orçamento de custos das mercadorias vendidas; 11. Orçamento de caixa; 12. Projeção da demonstração de resultados; e 13. Projeção do balanço. Um dos maiores problemas do orçamento se encontra em vendas. Conforme cita Zdanowicz (2002,p.130): É de extrema necessidade a observância de alguns fatores como, por exemplo, a situação econômica do país e o caminho das negociações tanto nacionais como internacionais. Desse modo, Zdanowicz quer dizer que o problema do orçamento em vendas, que esse setor depende de muitas outras questões da qual não tem controle, como a exemplo da atual situação econômica em que o país está vivendo. Padoveze (2004, p.128), salienta que o orçamento deve conter alguns propósitos gerais como: a) orçamento como sistema de autorização: o orçamento aprovado é um meio de autorização de recursos para todos os setores da empresa; b) um meio para projeções e planejamento, as peças orçamentárias serão utilizadas para os processos de projeções e planejamento permitindo estudos para períodos posteriores. c) um canal de comunicação e coordenação, é um instrumento para comunicar e coordenar os objetivos corporativos e setoriais; d)um instrumento de motivação, ele permite um grau de liberdade de atuação dentro das linhas aprovadas; e) um instrumento para avaliação e controle, avalia o desempenho dos gestores e controla os objetivos corporativos e setoriais. f) uma fonte para a tomada de decisão, por conter os dados previstos e esperados é uma ferramenta fundamental para a tomada de decisões sobre os eventos econômicos diários de responsabilidade dos gestores operacionais. As vendas também dependem do fator qualidade e preço, esse segundo, sendo ditado quase que totalmente pelos gastos que serão despendidos custo de produção.

33 2.7.3 Principais tipos de Orçamento O orçamento pode ser classificado em tipos, definidos pela maneira com que este será elaborado. Os principais tipos de orçamento são: o orçamento por histórico ou tendência, o orçamento base zero, orçamentos globais e parciais, orçamento estático, orçamento ajustado e corrigido, orçamentos flexíveis e variáveis. 2.7.3.1 Orçamento de contínuo O orçamento contínuo é o tipo de orçamento elaborado para empresas que necessitam de mais de um ano de planejamento, como o caso das organizações do ramo de tecnologia. Hoji & Silva(2010, p.30) definem o orçamento contínuo consiste em: trabalhar sempre com prazo de 12 meses à frente, da seguinte forma: se o período orçamentário atual é de janeiro a dezembro(12 meses ou um ano), ao chegar-se em fevereiro, exclui-se o janeiro do ano corrente e acrescentase o janeiro do ano seguinte, mantendo sempre um prazo d 12 meses. Desse modo, conforme pensam os autores, a ideia deste tipo de orçamento é acrescentar ao fim de cada mês, um novo mês ao fim do ciclo, mantendo desse modo sempre uma continuidade de 12 meses. 2.7.3.2 Orçamento de Tendências/Base Histórica O orçamento de tendências é do tipo que utiliza as informações passadas da empresa, para a elaboração do orçamento. Conforme pensa Hoji & Silva(2010, p.31): É a pratica orçamentária comum projetar situações futuras seguindo a tendência apresentada pelos dados históricos. Este método pode funcionar relativamente bem se as condições econômicas e ambientais não sofrerem mudanças substanciais.