Como acelerar o Fluxo de Caixa da empresa?
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- Liliana Corte-Real Dreer
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1 Como acelerar o Fluxo de Caixa da empresa? João Henrique Almendro, sócio fundador da AG50 C omo acelerar o Fluxo de Caixa da empresa? Essa questão da maior importância para gestão das empresas hoje em dia, nos leva a refletir também sobre de quem é a responsabilidade efetiva pelo caixa da empresa. Uma frase que podemos associar ao que estamos propondo nesse boletim informativo é: As empresas não quebram por falta de LUCROS, elas quebram por falta de CAIXA, frase esta dita em 1992 por Terry Smith em seu livro Accounting for Growth (Contabilidade para o crescimento). Realmente essa frase tem todo sentido nos dias atuais, pois bem me lembro que no início de minha jornada nessa área de Custos e Orçamentos em meados dos anos 80/90, e que atualmente incorporada à área da Controladoria, alguns gestores tinham como preocupação principal o LUCRO, ou seja, todos os esforços deveriam ser focados na melhoria do resultado, por meio da análise da Demonstração de Resultado (DRE) sem a devida preocupação com o Fluxo de Caixa ou com a Análise do Capital de Giro. O tempo passou, e atualmente, a preocupação não é apenas com a demonstração de resultado (DRE) em si, mas também com a gestão dos investimentos operacionais, que certamente pode afetar a rentabilidade do negócio quando mal gerida. Por isso, o objetivo dos gestores, em especial os da área financeira, é maximizar o valor da empresa com mínimo de risco, ou seja, por meio de uma ótima alocação dos recursos
2 disponíveis associada a obtenção de ótimas fontes de recursos. Quando citamos a gestão dos investimentos operacionais, devemos considerar todas aquelas contas patrimoniais que compõem, por exemplo, o capital de giro (Caixa, Contas a Receber, Estoques, Passivos não onerosos) e outras como o Ativo permanente utilizado no processo operacional de negócio. Como fazer isso na prática? Será que os gestores da área financeira têm condições de atuarem sozinhos na melhoria da rentabilidade da empresa? Essa melhoria na rentabilidade, que tanto as empresas buscam, deve estar associada às iniciativas conjuntas e que envolvem todas as pessoas na organização. Assim, um outro questionamento derivado desse que apontamos no título desse boletim seria: De quem é a responsabilidade pelo Caixa da empresa? Quando levantamos essa questão em sala de aula e nos treinamentos que ministramos, é comum os profissionais associarem a responsabilidade pelo caixa como sendo do Gerente Financeiro ou Diretor Executivo Financeiro (CFO). Essa percepção está ligada ao fato de que esses profissionais estão à frente da gestão dos recursos financeiros que são gerados pelo negócio e que precisam ser maximizados por meio de uma boa aplicação, como mencionamos anteriormente. Se voltarmos no tempo, poderíamos entender essa percepção como uma premissa válida, na medida em que, não havia sistemas integrados de informação, os famosos ERPs de hoje, e que todos os fatos registrados pela contabilidade financeira estavam concentrados nesse departamento. Atualmente, as informações e os procedimentos para contabilização dos fatos contábeis ocorridos na empresa acontecem de forma descentralizada. A implementação dos Sistemas Integrados (ERPs) ocorrida em grande parte das empresas, levaram a essa descentralização. Todos dentro da organização, nos mais variados departamentos, e que são os usuários-chave dessas áreas e que operam de alguma forma o sistema, tomam decisões de consumo de algum recurso disponível na empresa. Logo, concluímos que todos são responsáveis pelo caixa da empresa.
3 Portanto, partindo dessa nova percepção, entendemos que o CAIXA é responsabilidade de TODOS. Se o caixa é responsabilidade de todos, como podemos trabalhar no sentido de acelerar o seu fluxo, de forma que as entradas de caixa superem as saídas? Os objetivos só serão alcançados, por meio de um: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Ensinando o que é Fluxo de Caixa a todos os colaboradores; Provendo educação e treinamento, para que todos possam entender o que influencia o fluxo de caixa e o uso correto das ferramentas de melhoria; Instituindo um vocabulário comum entre todos os participantes. Se tomarmos como exemplo, uma análise do processo de venda de um produto ou serviço, devemos ficar atentos às atividades que estão sendo realizadas, e cuidar para que tudo saia de acordo com os objetivos da empresa e que atenda às necessidades dos clientes.
4 O que pode dar errado durante esse processo de venda? Podemos observar que, o que impede a empresa de atingir seus objetivos em relação ao fluxo de caixa, são vários eventos inesperados e que se interdependem, tais como: termos confusos, erros no planejamento da produção, horas-extras não planejadas, erro no preço, problemas na logística. O caixa será afetado negativamente a cada evento que ocorra de maneira não planejada, ou seja, fora dos procedimentos internos elaborados pela empresa. O que precisa ser assegurado é que todas as atividades sejam executadas de maneira correta, para garantir que o caixa seja impactado positivamente.
5 Para Reflexão Educação para o Fluxo de Caixa deve ser um trabalho de todos, mas quem deve liderar esse processo de aculturamento da empresa, a meu ver, é o presidente (CEO) ou proprietário da empresa. O papel do Controller nesse processo deve ser primordial, pois sua função além de projetar e operar um sistema de controle contábil e gerencial, ele deve também compartilhar e multiplicar seus conhecimentos para todos que fazem parte da organização. E certamente alguns fatores contribuirão para o sucesso de um programa dessa magnitude, que são: Então, mãos à obra! Vamos acelerar o Fluxo de Caixa da empresa. Até o próximo Boletim!
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