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EXACTUS SOFTWARE LTDA. FEV. 2012 PESQUISA SOBRE A NEGLIGÊNCIA DO CONTEÚDO EM FAVOR DA FORMA NA CONSOLIDAÇÃO DO SPED Ederson Von Mühlen Analista de Negócios da Exactus Software Contador, Pós-Graduado em Gestão Tributária ederson@exactus.com.br

1. INTRODUÇÃO A Exactus Software, preocupada com a precisão das informações prestadas ao fisco na atual sistemática do SPED, realizou esta pesquisa com objetivo de alertar clientes e contribuintes sobre a importância das revisões do conteúdo das informações fiscais num momento em que o fisco passa a utilizar inteligência artificial no cruzamento de dados, o que aumenta a exposição do contribuinte aos riscos fiscais. Para a realização da pesquisa é considerada conteúdo a obrigação principal que decorre do fato gerador que é constituído de informações fiscais como a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), Código da Situação Tributária (CST), retenções destacadas nos documentos fiscais, créditos utilizados na apuração dos tributos, cálculo de tributos, bem como benefícios e incentivos fiscais utilizados na apuração dos tributos. É considerada forma a obrigação acessória que está relacionada à prestação de informações no interesse do fisco como emissão, geração, validação e transmissão de NF-e, CT-e, NFS-e, SPED Fiscal, EFD- PIS/COFINS, escrituração dos documentos fiscais e fechamento de livros fiscais no final do período. Os objetivos a serem atingidos nesta pesquisa são: a) Constatar a veracidade do pressuposto de que a demanda pelos serviços profissionais da área contábil e tributária busca atender principalmente revisões relacionadas à forma, negligenciando o conteúdo das informações apresentadas ao fisco; b) Verificar qual o tipo de profissional que atualmente revisa as informações fiscais transmitidas através do SPED; c) Identificar as principais revisões das informações fiscais realizadas atualmente na empresa; d) Identificar os principais motivos pelos quais as empresas não possuem profissional especializado para realizar revisões de conteúdo ; e) Apontar a melhor solução para revisões do conteúdo das informações fiscais apresentadas ao fisco. 2

2. TAMANHO DA AMOSTRA Nossa amostra foi respondida por sessenta e quatro (64) profissionais sem interferência do pesquisador, destes 32 são Analista/Assistentes (50,0%), 15 Diretores (23,4%), 9 Gerentes (14,1%) e 8 Supervisores (12,5%), conforme Tabela 2: Tabela 2 Distribuição dos participantes de acordo com cargo Cargo n % Analista/Assistente 32 50,0 Diretor 15 23,4 Gerente 9 14,1 Supervisor 8 12,5 Total 64 100 3

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 QUESTÃO 1 CARGO DOS PARTICIPANTES Da amostra pesquisada, 32 são Analista/Assistentes (50,0%), 15 Diretores (23,4%), 9 Gerentes (14,1%) e 8 Supervisores (12,5%), como observado no Gráfico 1: 12,5% Gráfico 1 Cargo dos participantes 14,1% 50,0% Analista/Assistente Diretor Gerente Supervisor 23,4% 3.2 QUESTÃO 2 - TEMPO DE EXPERIÊNCIA NA ÁREA O tempo de experiência na área é 34 que possuem mais de 10 anos (53,1%), 15 entre 5 e 10 anos (23,4%) e 15 até 5 anos (23,4%), como observado no Gráfico 2: Gráfico 2 Tempo de experiência na área 23,4% 23,4% 53,1% mais de 10 anos entre 5 e 10 anos até 5 anos 4

3.3 QUESTÃO 3 FAIXA ETÁRIA A faixa etária é de 28 que possuem entre 31 e 50 anos (43,8%), 26 até 30 anos (40,6%), 7 entre 51 e 65 anos (10,9%) e 3 acima de 65 anos (4,7%), como observado no Gráfico 3: Gráfico 3 Faixa Etária 40,6% 10,9% 4,7% 43,8% entre 31 e 50 anos até 30 anos entre 51 e 65 anos acima de 65 anos 3.4 QUESTÃO 4 GRAU DE ESCOLARIDADE O grau de escolaridade é de 27 que possuem ensino superior completo (42,2%), 24 pós-graduação (37,5%) e 13 nível médio (20,3%), como observado no Gráfico 4: Gráfico 4 Grau de escolaridade 20,3% 42,2% 37,5% Superior completo Pós-Graduação Nível Médio 5

3.5 QUESTÃO 5 NÍVEL DE CONHECIMENTO TRIBUTÁRIO O nível de conhecimento tributário, de acordo com próprio julgamento, é de 32 que possuem bom nível (50,0%), 25 nível regular (39,1%), 5 ótimo (7,8%) e 2 nenhum (3,1%), como observado no Gráfico 5: Gráfico 5 Nível conhecimento tributário 7,8% 3,1% 39,1% 50,0% Bom Regular Ótimo Nenhum 3.6 QUESTÃO 6 NÍVEL CONHECIMENTO SOBRE SPED O nível de conhecimento sobre SPED, de acordo com próprio julgamento, é de 29 que possuem nível regular (45,3%), 25 bom (39,1%), 6 nenhum (9,4%) e 4 ótimo (6,3%), como observado no Gráfico 6: Gráfico 6 Nível conhecimento sobre SPED 9,4% 6,3% 45,3% 39,1% Regular Bom Nenhum Ótimo 6

3.7 QUESTÃO 7 PRINCIPAL SEGMENTO DE ATUAÇÃO Sobre o principal segmento de atuação da empresa dos participantes ou das quais estes prestam serviços, 26 são de Serviços Contábeis (40,6%), 14 de Serviços (21,9%), 14 de Comércio (21,9%), 5 de Fornecedor de Software (7,8%), 4 de Indústria (6,3%) e 1 de Serviços de Consultoria (SPED) (1,6%), como observado no Gráfico 7: Gráfico 7 Principal segmento de atuação empresa dos participantes 6,3% 1,6% 7,8% 40,6% 21,9% 21,9% Serviços Contábeis Comércio Indústria Serviços Fornecedor de Software Serviços de Consultoria (SPED) 3.8 QUESTÃO 8 REGIME TRIBUTÁRIO EMPRESA O regime tributário das empresas dos participantes ou das quais estes prestam serviços é de 25 do Lucro Presumido (39,1%), 22 do Simples Nacional (34,4%) e 17 do Lucro Real (26,6%), como observado no Gráfico 8: Gráfico 8 Principal regime tributário empresa participantes 26,6% 39,1% Lucro Presumido Simples Nacional Lucro Real 34,4% 7

3.9 QUESTÃO 9 - OBRIGATORIEDADE EM RELAÇÃO AOS SUBPROJETOS SPED Foi constatado que de um total de 64 participantes, 37 (23,0%) responderam que estão obrigados à Nota Fiscal Eletrônica; 36 (22,4%) ao EFD-PIS/Cofins, 34 (21,1%) ao SPED Contábil e 38 (17,4%) ao SPED Fiscal. Além dos que já estão obrigados; 16 (9,9%) não estão obrigados ao e 6,2% preveem que futuramente estarão obrigados ao SPED. A expectativa é que grande parte das empresas pesquisadas logo estejam obrigadas a pelo menos um dos subprojetos do SPED, Tabela 3. Tabela 3 Distribuição dos subprojetos SPED por principal segmento de atuação das empresas Subprojetos Principal Segmento de Atuação SPED Serviços Consultoria Serviços Comércio Software Indústria Obrigados Contábeis SPED Total n % n % n % n % n % n % n % NF-e 16 9,9 7 4,3 8 5,0 1 0,6 4 2,5 1 0,6 37 23,0 PIS/Cofins 15 9,3 9 5,6 6 3,7 3 1,9 2 1,2 1 0,6 36 22,4 Contábil 14 8,7 8 5,0 6 3,7 3 1,9 2 1,2 1 0,6 34 21,1 Fiscal 14 8,7 3 1,9 5 3,1 3 1,9 2 1,2 1 0,6 28 17,4 Não 4 2,5 4 2,5 4 2,5 3 1,9 1 0,6 0 0,0 16 9,9 Futuramente 4 2,5 0 0,0 3 1,9 2 1,2 1 0,6 0 0,0 10 6,2 Total 67 41,6 31 19,3 32 19,9 15 9,3 12 7,5 4 2,5 161 100 Com isso verifica-se que a maioria 83,9% já se encontra obrigado a um ou mais subprojetos SPED e apenas 16,1% afirmaram que suas empresas ainda não estão obrigadas, como observado no Gráfico 9: Gráfico 9 - Obrigatoriedade em relação ao SPED 16,1% Obrigados 83,9% Não ou Futuramente estará obrigada ou pretende prestar serviços relacionados ao SPED 8

3.10 QUESTÃO 10 - TIPO DE PROFISSIONAL QUE ATUALMENTE REVISA AS INFORMAÇÕES FISCAIS TRANSMITIDAS ATRAVÉS DO SPED Observa-se que 47 (73,5%) das empresas pesquisadas utilizam principalmente o escritório de contabilidade para revisar o conteúdo das informações fiscais ou validar e transmitir o SPED e que apenas 9 (14,1%) possui serviço de consultoria tributária ou profissional especializado para revisar o conteúdo das informações fiscais, como observado no Gráfico 10: Gráfico 10 - Tipo de profissional que revisa as informações fiscais do SPED Série1 Escritório de Contabilidade somente para validar e transmitir o SPED 31,3% Escritório de Contabilidade para revisar o conteúdo das informações fiscais 23,4% Escritório de Contabilidade somente para validar e transmitir o SPED, Escritório de Contabilidade para revisar o conteúdo das informações fiscais 18,8% Contabilidade na empresa somente para validar e transmitir o SPED 12,5% Empresa de Consultoria Tributária ou Profissional Especializado para revisar o conteúdo das informações fiscais 10,9% Escritório de Contabilidade para revisar o conteúdo das informações fiscais, Empresa de Consultoria Tributária ou Profissional Especializado para revisar o conteúdo das Escritório de Contabilidade somente para validar e transmitir o SPED, Escritório de Contabilidade para revisar o conteúdo das informações fiscais, Empresa de 1,6% 1,6% 9

3.11 QUESTÃO 11 - PRINCIPAIS REVISÕES DAS INFORMAÇÕES FISCAIS REALIZADOS ATUALMENTE NA EMPRESA Para conhecer as principais revisões das informações fiscais realizadas atualmente na empresa, foram apresentadas aos participantes da pesquisa 18 opções, sendo 7 opções de forma e 11 de conteúdo, permitindo-se aos mesmos assinalarem mais de uma que considerassem relevantes. Esta foi a distribuição das opções respondidas pelos participantes no questionário, Tabela 4. Tabela 4 Distribuição das principais revisões das informações fiscais realizadas atualmente da empresa. A classificação está em ordem decrescente orientada pela quantidade de indicações nos questionários Principais Revisões Tipo de Revisão forma conteúdo n1 n2 % n % * ** Escrituração mensal dos documentos fiscais 37 58 13,0 Geração, Validação, Transmissão e Emissão da NF-e 37 58 13,0 Geração, Validação e Transmissão do SPED EFD-PIS/COFINS 35 55 12,3 Fechamento de livros fiscais no final do período 28 44 9,9 Geração, Validação e Transmissão do SPED Fiscal 28 44 9,9 Revisão do calculo dos tributos destacados no documento fiscal 21 4,7 Geração, Validação, Transmissão e Emissão da NFS-e 14 22 4,9 Revisão dos créditos utilizados na apuração dos Tributos 19 4,3 Revisão no CFOP e CST utilizados nas operações 17 3,8 Revisão das retenções destacadas nos documentos fiscais 17 3,8 Revisão no calculo de ICMS Substituição Tributária 16 3,6 Revisão dos dispositivos legais destacados nos documentos fiscais 14 3,1 Revisão dos dados cadastrais de clientes e fornecedores 13 2,9 Revisão na Classificação fiscal (NCM) associado a cada produto 12 2,7 Revisão dos benefícios fiscais utilizados na apuração dos Tributos 11 2,5 Revisão dos incentivos fiscais utilizados apuração dos Tributos 9 2,0 Revisão no calculo dos Tributos em operações de Importação 8 1,8 Geração, Validação, Transmissão e Emissão do CT-e 5 8 1,8 Total 184 289 64,8 157 35,2 *Quantidade Respondida (n1) Fator de Equivalência Proporcional (FEP): Quantidade Revisões conteúdo (11) / Quantidade Revisões forma (7) = 1,57 **Quantidade Proporcionalizada (n2) = (n1 x FEP (1,57)) 10

Para não criar uma tendência a confirmar a hipótese do autor foram apresentadas mais opções de conteúdo que de forma. Para tornar proporcional a quantidade de alternativas que se referem a forma (7) e a conteúdo (11) foi realizado um calculo simples de equivalência onde cada (1) alternativa de forma equivale a (1,57) alternativa de conteúdo. Depois de igualadas as quantidades tem-se a distribuição mostrada no Gráfico 11: Gráfico 11 - Principais revisões das informações fiscais realizados na empresa Série1 Escrituração mensal dos documentos fiscais Geração, Validação, Transmissão e Emissão da NF-e Geração, Validação e Transmissão do SPED EFD-PIS/COFINS Geração, Validação e Transmissão do SPED Fiscal Fechamento de livros fiscais no final do período Revisão do calculo dos tributos destacados no documento fiscal Geração, Validação, Transmissão e Emissão da NFS-e Revisão dos créditos utilizados na apuração dos Tributos Revisão das retenções destacadas nos documentos fiscais Revisão no CFOP e CST utilizado nas operações Revisão no calculo de ICMS Substituição Tributária dos documentos fiscais Revisão dos dispositivos legais destacados nos documentos fiscais Revisão dos dados cadastrais de clientes e fornecedores Revisão na Classificação fiscal (NCM) associado a cada produto Revisão dos benefícios fiscais utilizados na apuração dos Tributos Revisão dos incentivos fiscais utilizados apuração dos Tributos Revisão no calculo dos Tributos em operações de Importação Geração, Validação, Transmissão e Emissão do CT-e 4,7% 4,9% 4,3% 3,8% 3,8% 3,6% 3,1% 2,9% 2,7% 2,5% 2,0% 1,8% 1,8% 9,9% 9,9% 13,0% 13,0% 12,3% 11

Além da apuração global demonstrada na Tabela 4 e no Gráfico 11, também foi apurado se as opções escolhidas por cada um dos 64 profissionais indagados referiam-se mais a forma ou a conteúdo, utilizou-se também o Fator de Equivalência Proporcional (FEP) conforme demonstrado, Tabela 5. Tabela 5 Distribuição do resultado individual de cada profissional com base nas principais revisões das informações fiscais realizadas atualmente da empresa. Tipo de Revisão n % forma 53 82,8 Conteúdo 11 17,2 Total 64 100,00 Com isso, conclui-se que 82,8% das revisões das informações fiscais realizadas atualmente na empresa correspondem a forma e apenas 17,2% a Conteúdo, como observado no Gráfico 12: Gráfico 12 - Conclusão sobre hipótese da negligência do conteúdo em favor da forma com base resultado individual 17,2% 82,8% Mais "Forma" Mais "Conteúdo" 12

3.12 QUESTÃO 12 - OPINIÃO SOBRE HIPÓTESE DA NEGLIGÊNCIA DO CONTEÚDO EM FAVOR DA FORMA Dentre os 64 profissionais indagados sobre o pressuposto de que a demanda pelos serviços de profissionais da área contábil e tributária busca atender principalmente revisões relacionados à forma, negligenciando o conteúdo das informações apresentadas ao fisco, 43 profissionais (67,2%) responderam que concordam e 21 profissionais (32,8%) responderam que não concordam, conforme agrupamento por nível de conhecimento sobre o SPED na Tabela 6. Tabela 6 Distribuição das respostas, (sobre a hipótese da negligência do conteúdo em favor da forma ), pelo nível de conhecimento sobre SPED dos indivíduos pesquisados. Opinião sobre Hipótese Nível Concorda? (Sim/Não) Sim Não Total n % n % N % Regular 22 34,4 7 10,9 29 45,3 Bom 15 23,4 10 15,6 15 39,1 Nenhum 3 4,7 3 4,7 6 9,4 Ótimo 3 4,7 1 1,6 4 6,3 Total 43 67,2 21 32,8 64 100 Com isso, conclui-se que 67,2% profissionais concordam com hipótese da negligência do conteúdo em favor da forma e 32,8% não concordam. Gráfico 13: Gráfico 13 - Opinião sobre hipótese da negligência do conteúdo em favor da forma 32,8% 67,2% Sim, concordo Não, concordo 13

3.13 QUESTÃO 13 - MOTIVOS PARA NÃO POSSUIR REVISÕES DE "CONTEÚDO" REALIZADAS POR PROFISSIONAL ESPECIALIZADO De acordo com 68,8% das respostas conclui-se que os principais motivos pelos quais as empresas não possuem revisões de conteúdo realizadas por profissional especializado são por que acham os serviços de consultoria especializada muito caros e por que o escritório de contabilidade não possui profissionais especializados, oberve Gráfico 14: Gráfico 14 - Motivos para não possuir revisões de "conteúdo" realizadas por profissional especializado Série1 Serviços de consultoria especializada são muito caros 39,1% Meu escritório de contabilidade não possui profissionais especializados, Serviços de consultoria especializada são muito caros 17,2% Já possuo Consultoria Tributária Especializada 14,1% Não considero um trabalho necessário para minha empresa 14,1% Meu escritório de contabilidade não possui profissionais especializados 12,5% Não considero um trabalho necessário para minha empresa, Serviços de consultoria especializada são muito caros 3,1% 14

3.14 QUESTÃO 14 - SOLUÇÃO PROPOSTA PARA REVISAR O "CONTEÚDO" DAS INFORMAÇÕES FISCAIS De acordo com as repostas dos participantes conclui-se que a melhor solução para atender revisões de conteúdo é criar um departamento de inteligência fiscal no escritório contabilidade, conforme opção assinalada por 40,6% dos participantes. Observe Gráfico 15: Gráfico 15 - Soluções propostas para revisar o "conteúdo" das informações fiscais Série1 Criar departamento especializado em Inteligência Fiscal no escritório contabilidade 40,6% Contratar serviço de consultoria especializada 29,7% Criar departamento de Inteligência Fiscal no escritório contabilidade e Contratar de serviços de consultoria especializada 25,0% Outro - Os empresários darem mais importância e se adequarem as exigências, sempre tudo os Contadores tem que dar um jeito. 1,6% Outro - Focar o profissional da empresa através de atualização continua 1,6% Outro - Mais treinamento com software da EXACTUS para geração do SPED 1,6% 15

4. CONCLUSÕES Considerando os resultados demonstrados, este trabalho atingiu satisfatoriamente os objetivos estabelecidos, conforme segue: a) Constatou-se através dos resultados desta pesquisa que é verdadeiro o pressuposto de que a demanda pelos serviços de profissionais da área contábil e tributária busca atender principalmente revisões relacionadas à forma, negligenciando o conteúdo das informações apresentadas ao fisco. Esta constatação é verificada em empresas de todos os ramos de atividade e setores da economia. O pressuposto foi confirmado, tanto pela pergunta direta realizada aos participantes se concorda ou não, quanto pela análise das respostas individuais sobre as principais revisões realizadas atualmente na empresa, ambas as alternativas comprovam o pressuposto com um percentual considerável 67,2% e 82,8% respectivamente. b) Verificou-se também que atualmente, de acordo com a amostra pesquisada, quem revisa as informações fiscais transmitidas através do SPED em 73,5% dos casos é o escritório de contabilidade que fica responsável revisar o conteúdo, validar e transmitir ao SPED. c) Identificou-se na análise global das principais revisões de informações fiscais que 64,8% estão relacionadas à forma e somente 35,2% a conteúdo. Além disso, constatouse na análise individual de cada um dos 64 profissionais indagados que 82,8% das revisões das informações fiscais realizadas atualmente na empresa correspondem a forma e apenas 17,2% a conteúdo. d) Identificou-se também que as empresas não realizam revisões de conteúdo por profissional especializado porque consideram os serviços de consultoria especializada muito caros ou por que o escritório de contabilidade não possui profissionais especializados, alternativas que juntas somam 68,8%. e) Contatou-se que a melhor solução para atender a demanda por revisões de conteúdo das informações fiscais é, de acordo com resposta de 40,6% dos participantes, criar um departamento de inteligência fiscal no escritório contabilidade. Os resultados sugerem a implantação de um processo de revisão do conteúdo das informações fiscais: A primeira etapa do processo de revisão para melhorias na qualidade da informação fiscal começa com a revisão do conteúdo que abrange verificação da correta 16

utilização dos códigos de Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), Código da Situação Tributária (CST), revisão de retenção destacada nos documentos fiscais, de créditos utilizados na apuração dos Tributos, de cálculo de tributos, bem como revisão de benefícios e incentivos fiscais utilizados apuração dos Tributos. A segunda etapa do processo refere-se à revisão da forma que abrange a emissão, geração, validação e transmissão das principais obrigações acessórias como NFe, CT-e, NFS-e, SPED Fiscal, EFD-PIS/COFINS, escrituração dos documentos fiscais e fechamento de livros fiscais no final do período. Seguindo estas etapas o contribuinte assegura maior precisão nas informações fiscais prestadas ao fisco, o que diminui sua exposição ao risco de sanções fiscais neste momento em que o fisco passa a utilizar inteligência artificial no cruzamento de dados, sabendo que este processo de digitalização é irreversível e tende a se aprimorar. O processo de revisão proposto deve ser executado por serviço de consultoria especializada ou através de um departamento especializado em inteligência fiscal no escritório contabilidade. Segue abaixo organograma com a representação do modelo ideal para o fluxo da informação fiscal precisa conforme Figura 1: Figura 1 Organograma do modelo ideal para fluxo da informação fiscal precisa Fonte: Sugestão do autor, 2012. 17