Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 08/10/2010.

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Transcrição:

PIS/PASEP E COFINS - Regime Não Cumulativo Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 08/10/2010. SUMÁRIO: 1 - INTRODUÇÃO 2 - ALCANÇE DO REGIME NÃO CUMULATIVO 3 - BASE DE CÁLCULO 3.1 - Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo 4 - RECEITAS EXCLUÍDAS DO REGIME DE INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA 5 - ALÍQUOTAS 6 - DESCONTO DE CRÉDITOS 6.1 - Conceito de Insumo 6.2 - Créditos na Aquisição de Papel Imune 6.3 - Créditos Pessoa Jurídica Industrial de Bebidas 6.4 - Bens que já Integraram o Patrimônio 6.5 - Máquinas e Equipamentos 6.5.1 - Quatro Anos 6.5.2 - Dois Anos 6.5.3 - Doze Meses 6.5.4 - Crédito em Montante Integral 6.6 - Vasilhames 6.7 - Utilização de Créditos nas Atividades Imobiliárias 6.8 - Créditos Referentes aos Estoques de Abertura 6.8.1 - Alíquotas 6.8.2 - Forma de Aproveitamento 6.8.3 - Bens Recebidos em Devolução 6.8.4 - Receitas Parciais no Regime 6.9 - Créditos na Exportação 6.9.1 - Utilização do Crédito 6.10 - Crédito Presumido na Atividade Agropecuária 6.10.1 - Crédito Presumido na Atividade Agropecuária (Lei 12.058/09) 6.11 - Crédito Presumido na Subcontratação de Serviço de Transporte de Cargas 6.12 - Limitações ao Desconto de Créditos 6.12.1 - Estorno de Créditos 6.12.2 - Fusão, Cisão e Incorporação 6.13 - Pessoas Jurídicas Sujeitas aos Dois Regimes 7 - APURAÇÃO E PAGAMENTO

1 - INTRODUÇÃO O regime de incidência não cumulativa foi instituído para a Contribuição para o PIS/Pasep em dezembro de 2002 e para o Cofins em fevereiro de 2004. O diploma legal da Contribuição para o PIS/Pasep não-cumulativa é a Lei nº 10.637, de 2002, e o da Cofins a Lei nº 10.833, de 2003. Este regime permite o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Desta forma abordaremos neste trabalho as regras aplicáveis ao regime não cumulativo de Pis/Pasep e Cofins. 2 - ALCANÇE DO REGIME NÃO CUMULATIVO As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real estão sujeitas à incidência não-cumulativa, exceto aquelas pessoas jurídicas que possuem as atividades elencadas no item 4 - Receitas Excluídas do Regime de Incidência Não-cumulativa, deste trabalho. 3 - BASE DE CÁLCULO A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, com a incidência não-cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, 1º e 2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, 1º e 2º).

3.1 - Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, 3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, 3º; IN SRF nº 247, de 2002, art. 24): I - das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); II - das vendas canceladas; III - dos descontos incondicionais concedidos; IV - do IPI; V - do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; VI - das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem ingresso de novas receitas; VII - dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido; VIII - dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e IX - das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente; X - das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida pelo substituto tributário; XI - das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa, constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003; XII - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009) 4 - RECEITAS EXCLUÍDAS DO REGIME DE INCIDÊNCIA NÃO- CUMULATIVA Ainda que a pessoa jurídica esteja submetida ao regime de incidência nãocumulativa, as receitas constantes do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e do

art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, observado o disposto no art. 15 desta última Lei, estão excluídas desse regime, o que significa também que os custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas não geram direito ao desconto de créditos. As receitas excluídas do regime de incidência nãocumulativa são as decorrentes: I - de prestação de serviços de telecomunicações; II - de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; III - de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; IV - de serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e de serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue (ADI SRF nº 26/2004); V - de venda de mercadorias realizadas pelas lojas francas de portos e aeroportos (free shops); VI - de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo; VII - da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia; VIII - de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB); IX - de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; X - da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010; XI - auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido na Portaria Interministerial nº 33, de 2005, dos Ministros de Estado dos Ministérios da Fazenda e do Turismo; XII - de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior. XIII - de contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

1. com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central; 2. com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços; e 3. de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data. A IN SRF nº 468, de 2004 conceitua contrato com prazo superior a um ano e preço predeterminado. XIV - de venda de álcool para fins carburantes; XV - das operações sujeitas à substituição tributária; XVI - de venda de veículos usados de que trata o art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998; XVII - das operações de compra e venda de energia elétrica, no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime especial de que trata o art. 47 da Lei nº 10.637, de 2002; XVIII - da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; XIX - de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias; XX - da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo; XXI - das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares às páginas eletrônicas, auferidas por empresas de serviços de informática. A exclusão da não-cumulatividade não alcança a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado; XXII - as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003.

5 - ALÍQUOTAS As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a incidência não-cumulativa, são, respectivamente, de um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento (1,65%) e de sete inteiros e seis décimos por cento (7,6%). NOTA ITC! Há exceções à aplicação das alíquotas mencionadas acima em relação aos produtos inseridos no regime monofásico das contribuições. 6 - DESCONTO DE CRÉDITOS Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores: I - das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês; NOTA ITC! Este valor refere-se a todas as compras efetuadas para revenda, seja de empresa comercial ou industrial. Integra o custo de aquisição dos bens e mercadorias o seguro e o frete pagos na aquisição quando o ônus for do comprador assim como o ICMS, exceto quando cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário. Não integra o custo dos bens e das mercadorias o IPI incidente na aquisição, quando recuperável pelo comprador. Não há crédito nas aquisições de produtos monofásicos ou sujeitos a alíquota zero. II - das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes; III - dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não-cumulativa; Em relação às despesas e custos incorridos no mês, relativos: IV - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; V - a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; VI - a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples;

VII - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; VIII - dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços (IN SRF nº 457, de 2004); IX - dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.; X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção. (Incluído pela Lei nº 11.198, de 8 de janeiro de 2009) O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subseqüentes. O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido da contribuição. NOTA ITC! De acordo com o artigo único do ADI 15/07 as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), observadas as vedações previstas e demais disposições da legislação aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pelo art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 6.1 - Conceito de Insumo Primeiramente é oportuno destacar que a Lei permite o desconto de crédito em relação aos Insumos empregados no processo industrial e/ou na prestação de serviços. Entretanto o legislador deixou os contribuintes em dúvida com a utilização do termo insumos, principalmente em relação ao setor serviços, onde este conceito carrega elevada dose de subjetividade, por não ser comum sua utilização. Assim, se o contribuinte for conservador, pagará um encargo tributário bem mais elevado; por outro lado, se for mais ousado, corre o risco de ser autuado e arcar com pesados acréscimos de multa e juros. As respostas de consultas direcionadas a RFB através de soluções de consulta têm sido bastante conservadoras no sentido de não ser possível utilizar nenhum valor como crédito que não esteja claramente permitido em lei.

As empresas com valores relevantes nos itens descritos provavelmente irão procurar abrigo no judiciário. Através do endereço eletrônico da RFB, conceituam-se como insumos: I - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a. as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; b. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto; II - utilizados na prestação de serviços: a. os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e b. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 121 de 16 de Abril de 2009 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: INDÚSTRIA. ENTREGA COM FROTA PRÓPRIA. COMBUSTÍVEIS. CRÉDITOS. Os gastos efetuados com combustíveis e lubrificantes, adquiridos para uso em frota própria da consulente, a fim de realizar o transporte das mercadorias aos seus clientes, não configuram insumos na produção ou fabricação de bens, não sendo, por conseguinte, passíveis de gerar crédito na apuração da Cofins não-cumulativa. ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: INDÚSTRIA. ENTREGA COM FROTA PRÓPRIA. COMBUSTÍVEIS. CRÉDITOS. Os gastos efetuados com combustíveis e lubrificantes, adquiridos para uso em frota própria da consulente, a fim de realizar o transporte das mercadorias aos seus clientes, não configuram insumos na produção ou fabricação de bens, não sendo, por conseguinte, passíveis de gerar crédito na apuração da Contribuição para o PIS/Pasep não-cumulativo. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12 de 14 de Abril de 2009 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: EMPRESA VENDEDORA. ENTREGA COM FROTA PRÓPRIA. COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, PEÇAS E SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO. CRÉDITOS. Os gastos com pneus e câmaras, lubrificantes e combustíveis em veículos de empresa vendedora, utilizados na entrega das mercadorias vendidas, bem como os gastos com peças e serviços aplicados na manutenção desses caminhões não geram direito ao crédito na apuração da Cofins não-cumulativa. ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: EMPRESA VENDEDORA. ENTREGA COM FROTA PRÓPRIA. COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, PEÇAS E SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO. CRÉDITOS. Os gastos com pneus e câmaras, lubrificantes e combustíveis em veículos de empresa vendedora, utilizados pela empresa vendedora na entrega das mercadorias vendidas, bem como os gastos com peças e serviços aplicados na manutenção desses caminhões não geram direito ao crédito na apuração da Cofins não-cumulativa. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 179 de 27 de Maio de 2009 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: COFINS NÃO-CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS, E EQUIPAMENTOS. DESPESAS COM AQUISIÇÃO DE PARTES E PEÇAS. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, para manutenção das máquinas e equipamentos empregados na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins não-cumulativa, desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente e desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO. DIREITO DE CRÉDITO. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS e EQUIPAMENTOS. DESPESAS COM AQUISIÇÃO DE PARTES E PEÇAS. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, para manutenção das máquinas e equipamentos empregados na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem

descontados da contribuição para o PIS/PASEP não-cumulativo, desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da contribuição para o PIS/PASEP, desde que as partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente e desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. 6.2 - Créditos na Aquisição de Papel Imune O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda, de papel imune a impostos de que trata o art. 150, inciso VI, alínea d da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos, será determinado mediante a aplicação da alíquota de 3,2% (Cofins) e 0,8% (Pis). 6.3 - Créditos Pessoa Jurídica Industrial de Bebidas As pessoas jurídicas que adquirirem no mercado interno, para incorporação ao seu ativo imobilizado, os equipamentos de envasamento de bebidas poderão deduzir da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apuradas em cada período créditos presumidos relativos ao ressarcimento do custo de sua aquisição, nos termos e condições fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, inclusive quanto às especificações técnicas desses equipamentos. Os créditos presumidos serão calculados com base no valor de aquisição do bem e apropriados no mesmo prazo em que se der a aquisição ou financiamento, proporcionalmente a cada mês, multiplicando-se, para efeito de rateio entre as contribuições: I - pelo fator de 0,177 (cento e setenta e sete milésimos), no caso do crédito da Contribuição para o PIS/Pasep; e (Redação dada pela Lei nº 11.827, de 20 de novembro de 2008) II - pelo fator de 0,823 (oitocentos e vinte e três milésimos), no caso do crédito da Cofins Base Legal: Lei nº 10.833/03, art. 58-R (Incluído pela Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008)

6.4 - Bens que já Integraram o Patrimônio É vedado o crédito relativo a aluguel ou contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica. 6.5 - Máquinas e Equipamentos No caso de máquinas e equipamentos a empresa industrial poderá, conforme a situação, efetuar a apuração dos créditos com base no custo de aquisição em montante integral, doze meses, dois anos ou quatro anos conforme os itens a seguir. 6.5.1 - Quatro Anos Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito, em relação a máquinas e equipamentos, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com a IN SRF nº 457, de 2004. 6.5.2 - Dois Anos Para os bens adquiridos depois de 1º de outubro de 2004, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo, no prazo de 2 (dois) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de aquisição do bem (art. 2º da Lei nº 11.051, de 2004, e Decreto nº 5.222, de 2004, e IN SRF nº 457, de 2004). 6.5.3 - Doze Meses As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de doze meses, dos créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS na hipótese de aquisição de máquinas e equipamentos, relacionados em regulamento e destinados à produção de bens e serviços. Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% e de 7,6%, sobre o valor correspondente a um doze avos do custo de aquisição do bem. Base Legal: Lei nº 11.774/08, art. 1º.

6.5.4 - Crédito em Montante Integral Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins, sobre aquisições de bens incorporados ao ativo imobilizado poderão ser descontados, em seu montante integral, a partir do mês de aquisição no mercado interno ou de importação, na hipótese de referirem-se a bens de capital destinados à produção ou à fabricação dos produtos: I - classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006: a) nos códigos 0801.3, 42.02, 50.04 a 50.07, 51.05 a 51.13, 52.03 a 52.12, 53.06 a 53.11; b) nos Capítulos 54 a 64; c) nos códigos 84.29, 84.32, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06; e d) nos códigos 94.01 e 94.03; e II - relacionados nos Anexos I e II da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002: Os créditos serão determinados: I - mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% e de 7,6% sobre o valor de aquisição do bem, no caso de aquisição no mercado interno; ou II - na forma prevista no 3o do art. 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, no caso de importação. Base Legal: Lei nº 11.529 de 2007, art. 1º. 6.6 - Vasilhames Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito relativo à aquisição de embalagens de vidro retornáveis, classificadas no código 7010.90.21 da Tipi, destinadas ao ativo imobilizado, de acordo com regulamentação da Secretaria da Receita Federal do Brasil: (Redação dada pela Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008) I - no prazo de 12 (doze) meses, à razão de 1/12 (um doze avos); ou (Incluído pela Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008) II - na hipótese de opção pelo regime especial instituído pelo art. 58-J desta Lei, no prazo de 6 (seis) meses, à razão de 1/6 (um sexto) do valor da contribuição incidente, mediante alíquota específica, na aquisição dos

vasilhames, ficando o Poder Executivo autorizado a alterar o prazo e a razão estabelecidos para o cálculo dos referidos créditos. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008 6.7 - Utilização de Créditos nas Atividades Imobiliárias A pessoa jurídica que adquirir imóvel para venda ou promover empreendimento de desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado a venda, utilizará o crédito referente aos custos vinculados à unidade construída ou em construção somente a partir da efetivação da venda. A IN SRF nº 458, de 2004, dispõe sobre a incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes das atividades imobiliárias em questão. 6.8 - Créditos Referentes aos Estoques de Abertura Os estoques de abertura de bens destinados à venda e de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive estoques de produtos acabados e em elaboração, existentes na data de início da incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dão direito ao desconto de crédito presumido. Inclui-se nesta regra os estoques de produtos destinados à fabricação de produtos sujeitos à incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição por terem sido adquiridos na época em que a incidência monofásica não estava integrada à não-cumulatividade, exceto nos casos em que os produtos foram adquiridos com a alíquota 0 (zero), isentos ou não foram alcançados pela incidência das contribuições. 6.8.1 - Alíquotas O montante do crédito da Contribuição para o PIS/Pasep, referente a estoques, será igual ao resultado da aplicação do percentual de 0,65% sobre o valor dos estoques. E o montante do crédito referente a estoques da Cofins será igual ao resultado da aplicação do percentual de 3%. No caso dos estoques de produtos destinados à fabricação de produtos sujeitos à incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição, o crédito presumido será calculado mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% (Contribuição para o PIS/Cofins) e 7,6% (Cofins).

6.8.2 - Forma de Aproveitamento Os créditos assim calculados podem ser utilizados em 12 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir do mês em que iniciar a incidência não-cumulativa. 6.8.3 - Bens Recebidos em Devolução Os bens recebidos em devolução, tributados antes do início da incidência nãocumulativa, serão considerados como integrantes do estoque de abertura, devendo o crédito ser utilizado em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas a partir da data da devolução. 6.8.4 - Receitas Parciais no Regime A pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, em relação apenas à parte de suas receitas, deve apurar crédito apenas em relação aos estoques vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. No caso de estoques de bens vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos serão determinados pelo método de apropriação direta ou rateio proporcional, conforme o caso. 6.9 - Créditos na Exportação A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes de operações de exportação de mercadorias para o exterior, prestação de serviços à pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora, poderá calcular os créditos em relação a custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. Somente gera direito aos créditos os custos, despesas e encargos vinculados às receitas de exportação de produtos ou de prestação de serviços, que estariam sujeitas à incidência não-cumulativa, caso as vendas fossem destinadas ao mercado interno. 6.9.1 - Utilização do Crédito A pessoa jurídica vendedora poderá utilizar os créditos decorrentes de exportação para fins de: I - dedução do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins a recolher, decorrentes das demais operações no mercado interno; II - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação específica aplicável à matéria.

A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar os créditos por qualquer das formas previstas acima poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria. A compensação e o ressarcimento estão limitados aos créditos decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação devendo ser feito o rateio proporcional ou apropriação direta, conforme o caso, em relação aos custos, despesas e encargos comuns a receitas de exportação e de venda no mercado interno. O direito de utilizar os créditos não beneficia a empresa comercial exportadora que tenha adquirido mercadorias com o fim específico de exportação, ficando vedada, nesta hipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação. NOTA ITC! A partir de 1º de fevereiro de 2010, nas hipóteses de créditos de PIS/Pasep e da Cofins não-cumulativos, o pedido de ressarcimento e a declaração de compensação somente serão recepcionados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) após prévia apresentação dos arquivos digitais com os documentos fiscais de entradas e saídas relativos ao período de apuração do crédito, conforme definido na IN RFB Nº 981/2009. O arquivo digital deverá ser transmitido por estabelecimento, mediante o Sistema Validador e Autenticador de Arquivos Digitais (SVA), e com utilização de certificado digital válido. Fica dispensado da apresentação do arquivo digital no caso acima, o estabelecimento da pessoa jurídica que, no período de apuração do crédito, esteja obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD). Após a transmissão dos arquivos de notas fiscais, será emitido um código de identificação, que deverá ser utilizado quando do preenchimento do PERDCOMP. A transmissão do PERDCOMP é feita normalmente, via Receitanet, com uma novidade - exigência de certificação digital para Pessoas Jurídicas, nas seguintes hipóteses: I - Declarações de Compensação; II - Pedidos de Restituição, exceto para créditos decorrentes de pagamentos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e III - Pedidos de Ressarcimento. 6.10 - Crédito Presumido na Atividade Agropecuária O art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas

agroindustriais, inclusive cooperativas, que produzam as mercadorias de origem animal ou vegetal relacionadas em seu caput e destinadas à alimentação humana ou animal. O crédito presumido será calculado em razão de: I - 60% (sessenta por cento) das alíquotas de 1,65% referente ao Pis/Pasep e 7,6% referente ao Cofins, para os produtos de origem animal classificados nos Capítulos 2 a 4, 16, e nos códigos 15.01 a 15.06, 1516.10, e as misturas ou preparações de gorduras ou de óleos animais dos códigos 15.17 e 15.18; e II - 50% (cinqüenta por cento) das alíquotas de 1,65% referente ao is/pasep e 7,6% referente ao Cofins, para a soja e seus derivados classificados nos Capítulos 12, 15 e 23, todos da TIPI; e (Redação dada pela Lei n o 11.488, de 15 de junho de 2007) III - 35% (trinta e cinco por cento) das alíquotas de 1,65% referente ao Pis/Pasep e 7,6% referente ao Cofins, para os demais produtos. (Renumerado pela Lei n o 11.488, de 15 de junho de 2007) O art. 15 da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam vinhos de uvas frescas. Base Legal: Lei nº 10.925, de 2004, arts. 8º e 15; Lei nº 11.051, de 2004, art. 9º O valor dos créditos apurados de acordo com este artigo: I - não constitui receita bruta da pessoa jurídica agroindustrial, servindo somente para dedução do valor devido de cada contribuição; e II - não poderá ser objeto de compensação com outros tributos ou de pedido de ressarcimento. NOTA ITC! A partir DE 01/02/2010 não mais se aplica o disposto acima, às mercadorias ou produtos classificados nas posições 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21, 02.06.29 e 15.02.00.1 da NCM. 6.10.1 - Crédito Presumido na Atividade Agropecuária (Lei 12.058/09) A pessoa jurídica, tributada com base no lucro real, que adquirir para industrialização ou revenda as mercadorias classificadas nos códigos 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21, 02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10, 15.02.00.1, 41.01.20.10, 41.04.11.24 e 41.04.41.30 da NCM poderá descontar da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, devidas em cada período de apuração, crédito presumido, determinado mediante a aplicação, sobre o valor das aquisições, de percentual correspondente a 40% (quarenta por cento) das alíquotas de 1,65% referente ao Pis/Pasep e 7,6% referente ao Cofins.

É vedada a apuração do crédito presumido de Pis/Pasep e Cofins nas aquisições realizadas pelas pessoas jurídicas mencionadas no inciso II do caput do art. 32 da Lei 12.058/09. II - produtos classificados nas posições 02.01, 02.02, 02.06.10.00, 02.06.20, 02.06.21, 02.06.29, 05.06.90.00, 05.10.00.10, 15.02.00.1, 41.01.20.10, 41.04.11.24 e 41.04.41.30, da NCM, quando efetuada por pessoa jurídica que industrialize bens e produtos classificados nas posições 01.02, 02.01 e 02.02 da NCM. O direito ao crédito presumido somente se aplica às mercadorias de que trata o caput deste artigo, adquiridas com suspensão das contribuições, no mesmo período de apuração, de pessoa jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no 4 o do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. 6.11 - Crédito Presumido na Subcontratação de Serviço de Transporte de Cargas A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de transporte de carga prestado por pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devida em cada período de apuração, crédito presumido de 5,7% e 1,2375% calculados sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses serviços. 6.12 - Limitações ao Desconto de Créditos O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País; III - aos encargos de depreciação e amortização de bens adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País. Excetua-se a esta limitação o direito ao crédito em relação às contribuições efetivamente pagas na importação de bens e serviços, na forma da Lei nº 10.865, de 2004. Não dará direito ao crédito: I - a aquisição para revenda de bens submetidos a alíquotas concentradas, de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária, e de álcool para fins carburantes;

II - o valor da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição; III - o pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; e IV - aquisições de desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou aço, de cobre, de níquel, de alumínio, de chumbo, de zinco e de estanho, classificados respectivamente nas posições 39.15, 47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02, 78.02, 79.02 e 80.02 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI, e demais desperdícios e resíduos metálicos do Capítulo 81 da TIPI, utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda. 6.12.1 - Estorno de Créditos Deverá ser estornado o crédito relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma destinação. 6.12.2 - Fusão, Cisão e Incorporação A versão de bens e direitos, em decorrência de fusão, incorporação e cisão de pessoa jurídica domiciliada no País considera-se aquisição, para fins do desconto do crédito previsto nos arts. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, somente nas hipóteses em que fosse admitido o desconto do crédito pela pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida. 6.13 - Pessoas Jurídicas Sujeitas aos Dois Regimes Os créditos só podem ser apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados a receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. No caso de custos, despesas e encargos vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos serão determinados, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

I - apropriação direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência nãocumulativa e os custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou II - rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência nãocumulativa e a receita bruta total, auferidas no mês. Neste caso poderá ser utilizada a seguinte fórmula: Receitas sujeitas ao regime não-cumulativo / Receita Total x 100 = Percentual da receita sujeito ao regime não cumulativo. 7 - APURAÇÃO E PAGAMENTO A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. O pagamento da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado (Lei nº 11.933/09): I - até o vigésimo dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas; II - até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas. Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência não-cumulativa, será efetuado sob os códigos de receita 6912 e 5856, respectivamente.