A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA/ALAGOAS: das políticas às práticas

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Transcrição:

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA/ALAGOAS: das políticas às práticas RESUMO Karla Lécia Barros Nunes 1 ; Deivila Aparecida Santos 2 ; Edja Silva Santos 3 Eixo Temático: Políticas Públicas e Inclusão Falar de políticas e práticas na educação inclusiva nos leva a pensar nas lutas e movimentos que ocorreram e proclamavam a igualdade para todos. Essas manifestações chamaram a atenção da sociedade, constituindo as políticas públicas na perspectiva da educação inclusiva em nível nacional e também internacional. Percebe-se através de estudos realizados que a educação inclusiva se não estiver alinhada e amparada por leis e com apoio da comunidade escolar, facilmente torna-se uma educação excludente. Assim, este estudo tem como objetivo investigar as políticas e as práticas da educação inclusiva no município de Arapiraca AL. A metodologia será bibliográfica, documental e de campo, com um enfoque qualitativo e serão utilizados para a coleta de dados entrevistas semiestruturadas com a gestora responsável pela educação inclusiva do município de Arapiraca e cinco professores da rede pública. Como resultados a pesquisa aponta que algumas das dificuldades na efetivação da implementação das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiências são as faltas de investimento na formação docente, materiais adequados, más condições de trabalho, bem como, a práxis quanto à contextualização das políticas públicas referenciadas nas leis para educação inclusiva. Esses fatores contribuem para que não aconteça de fato a inclusão nos espaços escolares do município de Arapiraca Alagoas. Palavras-chave: Educação inclusiva. Escola. Política. Prática. 1 Graduanda do 6º período do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL). karlalbn@hotmail.com. 2 Graduanda do 6º período do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas. (UNEAL). deivilasantos@gmail.com. 3 Graduanda do 6º período do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas. (UNEAL). Edja_123silva@hotmail.com.

INTRODUÇÃO A inclusão é uma conquista das lutas realizadas pelos movimentos sociais, bem como as leis que regem as políticas públicas da educação inclusiva em todos os ambientes. Este estudo coloca em pauta as políticas de inclusão nos espaços educacionais das escolas da rede pública, a partir dos desafios impostos à prática do professor. Para isso, apresenta como eixo principal de discussão o seguinte questionamento: Qual o maior desafio da prática docente para trabalhar alunos com deficiência? Para fundamentar a pesquisa usamos como referencial teórico o documento oficial das pessoas com deficiência Lei Brasileira de Inclusão (2015), Plano Municipal de Educação (2015) e Freire (2015). Respondendo a questão: a pesquisa tem como objetivo investigar as políticas e as práticas da educação inclusiva no município de Arapiraca Alagoas. METODOLOGIA Em uma análise local de como está a realidade dessa política, foram feitas pesquisas de campo com caráter qualitativo, utilizando para a coleta de dados entrevistas semiestruturadas gravadas e descritas, analisando pontos e contrapontos na fala da gestora responsável pela educação inclusiva do município de Arapiraca AL, somada com a participação de cinco professores entre zona urbana e rural, selecionados aleatoriamente um de cada zona que tenha em sua sala alunos com alguma deficiência no referido município. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os desafios encontrados na prática docente diante da educação inclusiva desses profissionais que atuam nas escolas da rede pública municipal são o norte central dessa pesquisa, pois faz-se necessário conhecer como se trabalha essa política e como estão sendo percebidos através dos profissionais da educação de modo que ao compreender os entraves de perto, articulem-se meios de combatê-los para que a inclusão aconteça de fato nas escolas. Os nomes utilizados são fictícios, com isso preservamos a identidade dos participantes. TABELA 1 CARACTERÍSTICAS DA GESTORA LEANDRA FORMAÇÃO ACADÊMICA PÓS-GRADUAÇÃO FUNÇÃO Pedagogia Educação Especial Inclusiva; Psicopedagogia Clínica Inclusiva; Atendimento Educacional Especializado AEE. Professora TEMPO NO CARGO 2 anos Fonte: Entrevista realizada pelas autoras com a gestora da rede municipal (2016). TABELA 2 CARACTERÍSTICAS DOS PROFESSORES ZONA NOME FORMAÇÃO ACADÊMIC A URBA NA Carol Jerusa Pedagogia e Letras TEMPO DE SERVIÇO TEMPO DE ATUAÇÃO COM ALUNOS DEFICIENTES 16 anos 16 anos Pedagogia 16 anos 12 anos TIPOS DE DEFICIÊNCI A Intelectual e Múltipla Física e Intelectual ANO/SÉRIE DE ATUAÇÃO Fundamental II Fundamental I

RURAL Jane Letras 12anos 9 anos Auditiva e Visual Felipe Matemática 15 anos 14 anos Auditiva, Intelectual e Paralisia Cerebral Fonte: Entrevista realizada pelas autoras com os professores da rede municipal (2016). Educação Infantil Fundamental II Os eixos selecionados que fazem parte desta temática são: Formações continuadas; Os desafios dos professores frente à inclusão escolar e as políticas públicas.o primeiro eixo referese às formações docentes na perspectiva da educação inclusiva. Nas formações continuadas as questões sobre educação inclusiva são abordadas? São abordados de uma forma muito vaga, materiais que podem ser encontrados em livros, mas se você não souber fazer, não conseguirá da forma como são passados nas formações (CAROL, 2016). Apenas uma vez que a responsável de educação inclusiva do município falou qual seria o papel do cuidador na escola, depois disso não houve mais nenhuma abordagem (JANE, 2016). De acordo com os depoimentos, embora sejam abordadas as questões sobre educação inclusiva nas formações continuadas, estas não atendem às especificidades existentes da realidade local. Sobre esses depoimentos em relação às formações, trazemos os contrapontos da responsável da educação inclusiva do município: Para educação especial tem formação. São ofertados os três horários e enviados cronogramas para escolas, acontecem quinzenalmente às quartasfeiras. Os trabalhos começam com as políticas públicas, depois deficiência intelectual no contexto escolar, libras, braile, toda deficiência que o município atende (LEANDRA, 2016). Neste sentido, trago a citação de um especialista brasileiro sobre educação, ao qual diz que ensinar exige pesquisa. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses quefazeres se encontram um no corpo do outro (FREIRE, 2015, p. 30). O segundo eixo trata dos desafios da prática docente, este representa um indicativo a ser trilhado pelas políticas públicas da educação inclusiva do município. Qual o maior desafio da prática docente para trabalhar alunos com deficiência? Sala superlotada é a maior dificuldade do professor [...] essa problemática na sala não permite que o professor se dedique a um determinado aluno ou a um determinado problema que possa acontecer na sala de aula (JERUSA, 2016). Dependendo do tipo de deficiência, por exemplo, a paralisia o desafio é achar material que se adeque ao nível intelectual do aluno (FELIPE, 2016). Quando questionada em relação aos desafios enfrentados pelo sistema de ensino, nas questões de políticas públicas na perspectiva da educação inclusiva, a entrevistada do setor de inclusão do município diz: Depois de todos os estudos e o trabalho que vem sendo desenvolvido, percebe-se que a dificuldade é juntar a teoria com a prática, colocar em prática

realmente o conhecimento adquirido nas formações, contextualizar aquilo que se aprende [...] estamos em processo de desenvolvimento no que se refere à educação e a educação especial vem crescendo como os seus desafios também. (LEANDRA, 2016). No último eixo optamos por fazer uma reflexão entre as políticas públicas do município versus inclusão escolar. Em relação às políticas de inclusão do município, o que tem a dizer? Falhas. Infelizmente não são todas as escolas que têm essas salas de recursos para fazer o atendimento especializado na mesma, gostaria de conhecer mais profundamente como se trabalha numa sala de AEE, pois nada se compara a experiência (JERUSA, 2016). Conhecer bem as políticas públicas do município eu não conheço, mas eu posso dizer que no geral elas visão a inclusão, quer que o aluno com deficiência esteja na sala de aula, porém devem investir mais nas formações e em materiais tanto humano como didático pedagógico, porque se não houver esses dois investimentos não há inclusão. A Educação Inclusiva foi uma política pública de ótima qualidade, pensada para o Brasil inteiro, mas que falta chegar ao professor esse investimento, que será o agente que vai trabalhar para mudar a realidade daquela criança com deficiência (JANE, 2016). Conforme está exposto no PME, a Secretaria Municipal de Educação mostra preocupação em cumprir as normas constitucionais inclusivas relacionadas aos alunos com deficiência, que estão inseridos no sistema regular de ensino, inovando e realizando programas específicos de qualificação dos professores, para a melhoria da educação, oferecendo atendimento educacional especializado nas escolas e instituições filantrópicas como Pestalozzi e CAEE (Centro de Atendimento Educacional Especializado) com uma equipe multidisciplinar, fazendo articulação entre os setores da Educação, Saúde, Transporte e Assistência Social (ARAPIRACA, 2015). Segundo a entrevistada do município Leandra (2016) Acreditamos que as políticas públicas do país têm melhorado bastante o município de Arapiraca, pois estamos acompanhando a legislação que entrelaça com os documentos do município. Em relação aos documentos o município está legalizado a nível nacional, porém quando partimos para prática nem sempre se configura com a realidade. De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146 de 06 de julho de 2015, no seu artigo 28, inciso III o Projeto pedagógico dos sistemas de ensino deve institucionalizar o atendimento educacional especializado, bem como os demais serviços e adaptações, para atender às singularidades dos estudantes com deficiência. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os depoimentos coletados, percebe-se que os maiores desafios das políticas públicas de inclusão perpassam pela falta de investimento humano e material do profissional da educação, pelas más condições de trabalho, bem como, praticar o que estar teorizado tanto em relação ao conhecimento adquirido nas formações, quanto à contextualização das políticas públicas para educação inclusiva. REFERÊNCIAS ARAPIRACA, Plano Municipal de Educação. 2015.

BRASIL, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em 12 de jul. 2016, 14:03:50. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 50 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.