2011 Qualidade de Software Kleuber da Silva Moreira



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Transcrição:

2011 Qualidade de Software Kleuber da Silva Moreira

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO KLEUBER DA SILVA MOREIRA Qualidade de Software: Utilização dos modelos de qualidade de software, CMMI e MPS.BR no mercado goiano Anápolis Novembro, 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO KLEUBER DA SILVA MOREIRA Qualidade de Software: Utilização dos modelos de qualidade de software, CMMI e MPS.BR no mercado goiano Monografia apresentada ao Departamento de Sistemas de Informação da Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Goiás, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Ms. Joilson dos Reis Brito Anápolis Novembro, 2011

MOREIRA, Kleuber da Silva. Qualidade de Software: Utilização dos modelos de qualidade de software, CMMI e MPS.BR no mercado goiano - 2011. 37f. Orientador: Prof. Ms. Joilson dos Reis Brito TCC (Graduação), Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, 2011. 1. Qualidade de Software. 2. CMMI. 3. MPS.BR. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MOREIRA, Kleuber da Silva. Qualidade de Software: Utilização dos modelos de qualidade de software, CMMI e MPS.BR no mercado goiano. Anápolis, 2011. 29 p. Monografia Curso de Sistemas de Informação, UnUCET, Universidade Estadual de Goiás. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Kleuber da Silva Moreira TÍTULO DO TRABALHO: Qualidade de Software. GRAU/ANO: Graduação /2011. É concedida à Universidade Estadual de Goiás permissão para reproduzir cópias deste trabalho, emprestar ou vender tais cópias para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste trabalho pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. Kleuber da Silva Moreira Rua X, Qd. F, Lt. 15, Setor Norte Ferroviário CEP 74063-220 Goiânia GO Brasil

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Representação Contínua e por Estágios... 5 Figura 2 Representação dos Níveis de Capacidade e de Maturidade... 7 Figura 3 Representação dos Níveis de Maturidade... 12 Figura 4 Representação MPS.BR... 13 Figura 5 Representação dos Níveis do MPS.BR quanto aos Atributos de Processos... 16 Figura 6 Comparação dos níveis do CMMI e MPS.BR... 22 Figura 7 Questionário Online Parte 1... 27 Figura 8 Questionário Online Parte 2... 28 Figura 9 Questionário Online Parte 3... 29 Figura 10 Questionário Online Parte 4... 30 Figura 11 Questionário Online Parte 5... 31 Figura 12 Porcentagem de empresas que responderam a pesquisa com certificação... 32 Figura 13 Avaliações MPS.BR Publicadas em Goiás... 33

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Siglas ABNT CELEPAR CenPRA CESAR CMM CMMI COPPE/UFRJ ISO/IEC MA-MPS MN-MPS MPS.BR Riosoft SEI SOFTEX SW-CMM Descrição Associação Brasileira de Normas Tecnicas Companhia de Informática do Paraná Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife Capability Maturity Model Capability Maturity Model Integration Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia/ Universidade Federal do Rio de Janeiro International Organization for Standardization/International Eletrotechnical Commission Organização Internacional de Normalização/Comissão Internacional Eletrotécnica Método de Avaliação-Melhoria de Processo de Software Modelo de Negócio-Melhoria de Processo de Software Melhoria de Processo de Software Brasileiro Riosoft Software Engineering Institute Softex - Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro Software-Capatibility Maturity Model

RESUMO O trabalho descrito neste projeto objetiva ter uma base de como estão as empresas goianas em relação aos modelos de qualidade de software mais utilizados no mundo, CMMI, e no Brasil, MPS.BR. O CMMI é um modelo conhecido e usado mundialmente, e já tem alguns longos anos de estrada, o MPS.BR é o modelo criado no Brasil, baseado no CMMI e que visa suavizar a caminhada para obtenção de uma certificação de qualidade de software. Na sociedade atual para que uma empresa produtora de software consiga alcançar grandes mercados e para que a sociedade se tenha uma boa visão da empresa se faz necessário uma certificação de qualidade de software, e no estado de Goiás não é diferente, entretanto a busca por essas certificações ainda é pequena, mas vem tendo um crescimento gradativo. Palavras-chave: CMMI, MPS.BR, Certificação.

ABSTRACT The work described in this project aims to have a basis of how companies are Goiás in relation to software quality models most widely used, CMMI, and Brazil, MPS.BR. The CMMI is a widely known and used worldwide, and has a few long years on the road, MPS.BR is the model created in Brazil, based on CMMI and aims to smooth the road to obtaining a certification of software quality. In today's society for a company producing software can reach large markets and that society has a good view of the company is required a certification of software quality, and the state of Goiás is no different, however the search for these certification is still small, but has had a gradual growth. Keywords: CMMI, MPS.BR, Certification.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1 CAPÍTULO 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 3 1.1 Qualidade de Software... 3 1.2 CMMI... 4 Metas Específicas... 5 Metas Genéricas... 6 Práticas Específicas... 6 Práticas Genéricas... 6 1.2.1 Níveis de Capacidade CMMI... 6 Nível de Capacidade 0: Incompleto... 7 Nível de Capacidade 1: Executado... 7 Nível de Capacidade 2: Gerenciado... 7 Nível de Capacidade 3: Definido... 7 Nível de Capacidade 4: Gerenciado Quantitativamente... 8 Nível de Capacidade 5: Em Otimização... 8 1.2.2 Níveis de Maturidade CMMI... 9 Nível de Maturidade 1: Inicial... 9 Nível de Maturidade 2: Gerenciado... 9 Nível de Maturidade 3: Definido... 10 Nível de Maturidade 4: Gerenciado Quantitativamente... 10 Nível de Maturidade 5: Em Otimização... 11 1.3 MSP.BR... 12 1.3.1 Atributos de Processo... 14 1.3.2 Níveis de Maturidade MPS.BR... 16 Nível de Maturidade G... 16 Nível de Maturidade F... 17 Nível de Maturidade E... 18 Nível de Maturidade D... 19 Nível de Maturidade C... 20 Nível de Maturidade B... 21 Nível de Maturidade A... 21 CAPÍTULO 2 Desenho teórico e metodológico da pesquisa... 23 2.1 Problema da pesquisa... 23

2.2 Questões a serem respondidas pela pesquisa... 23 2.3 Hipótese... 23 2.4 Objetivo Geral... 23 2.5 Objetivos Específicos da Pesquisa... 23 2.6 Tipos da pesquisa... 24 2.6.1 Quanto aos fins... 24 2.6.2 Quanto aos meios... 24 2.7 Universo e amostra / Seleção dos sujeitos... 24 2.8 Instrumentos e procedimentos de coleta de dados... 24 2.9 Tratamento dos dados... 25 2.10 Resultados esperados... 25 CAPÍTULO 3 Estudo de Campo... 26 3.1 Questionário de avaliação... 26 3.2 Conclusões relativas ao estudo de campo... 31 Conclusão... 34 Recomendações... 34 Referências... 35 APÊNDICES... 36 Apêndice A - Cronograma de Atividades do Trabalho de Conclusão de Curso... 36 Apêndice B - Pôster apresentado no III Simpósio de Tecnologia da Informação e III Semana de Iniciação Científica do Curso de Sistemas de Informação UnUCET/UEG 2011... 37

1 INTRODUÇÃO Não é de hoje que a abordagem sobre qualidade, em qualquer área, é discutida e prestigiada pela sociedade. Pode se dizer que é do instinto natural de sobrevivência humana que gostemos das coisas boas, logo se dão os primeiros critérios de qualidade. No contexto mundial atualmente existem várias instituições que desempenham o papel de entidades certificadoras da qualidade, como por exemplo, a ISO (International Standardization Organization) fundada em meados de 1940, época em que paralelamente ao surgimento da ISO era criada aqui no Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Essas instituições atuam criando padrões para áreas industriais, empresariais e comercias, logo para softwares também. Goiás é um estado brasileiro bem promissor, tendo em sua economia uma grande influência do setor de informática, considerado um dos mais crescentes atualmente e sendo considerado um pólo exportador de tecnologia. Nos primórdios do desenvolvimento de softwares, década de 1950, não se dava o devido valor ao desenvolvimento de softwares, pois não se esperava que um dia ele tornar-seia uma tecnologia tão importante como é hoje. Vê-se logo que o problema relacionado à qualidade de software é algo que acompanha o software e desenvolvimento do mesmo desde o seu surgimento. Com essa problemática se desenvolveu a disciplina de Engenharia de Software, presentemente ainda em maturação. Através das instituições normativas e da engenharia de software hoje temos vários padrões para o planejamento e a construção de um aplicativo, como por exemplo, o CMMI (Capability Maturity Model Integration) criado pelo instituto SEI (Software Engineering Institute), que é um modelo reconhecido e utilizado mundialmente, e o modelo MPS.BR (Melhoria de Processo do Software Brasileiro), modelo nacional baseado nas normas ISO e no próprio CMMI, atualmente em fase de consolidação e internacionalização. Veremos o que são, a aplicação e a utilização desses modelos nas fábricas de software do mercado goiano, qual a sua importância, os custos da aquisição e implantação desses modelos além das dificuldades encontradas, os benefícios pós-implantação, o retorno adquirido e do tempo para o mesmo. Para ter-se uma melhor clareza sobre essa temática apresentaremos estudos de campo com algumas empresas goianas, onde se visualizará todo esse processo, desde o estudo para escolha do melhor modelo até a observação do estado da empresa após toda a aplicação do modelo.

2 Pelo que se vê, o software é uma peça fundamental do desenvolvimento da sociedade, e por ser algo ainda novo, em pleno ápice do seu desenvolvimento, e com muitas problemáticas ainda pendentes, vemos a suma importância do estudo sobre a qualidade de software onde padrões como o CMMI e o MPS.BR são de grande importância para o alcance dessa qualidade, seja em empresas mundiais, brasileiras ou goianas.

3 CAPÍTULO 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1 Qualidade de Software Ao falarmos de qualidade de software nos deparamos com dois termos: qualidade e software. Para que seja feito tal feito, exige-se conhecimento sobre o que são os dois e só então há a possibilidade de conhecer o significado dos mesmos juntos. A palavra qualidade origina-se do latim qualitate e é um conceito muito amplo e que está diretamente ligado a cada indivíduo, assim como Juran diz: Qualidade é adequação ao uso [Juran e Gryna, 1988]. Essa ligação com cada indivíduo pode ser notada pelos nossos gostos, onde cada um tem o seu, e algo que não atenda ao seu gosto, é algo sem qualidade. Porém para um ser que vive em sociedade, como a raça humana, são necessários alguns padrões de qualidade, padrões esses já exigidos desde os primórdios da humanidade, onde temos como exemplo a medida utilizada pelos egípcios, o cúbito, para a construção das pirâmides. Software nada mais é do que uma sequência de comandos lógicos executados por computador ou máquina semelhante. Essa é uma definição básica, pois hoje em dia um software vai além dessa definição enquadrando manuais e especificações. É exatamente dessa necessidade social de padrões que surgem as primeiras instituições voltadas para a qualidade, por volta de 1940, como a ABNT e a ISO. Essas organizações começaram então a criar e adotar padrões para a sociedade e seus feitos no geral. Dentre os padrões criados estão àqueles relacionados à qualidade de software. Pois bem, e o que é qualidade de software? Um Software de Qualidade deve encantar o cliente e não somente funcionar direito e não ter erros. Bill Gates Definição onde se valoriza também os gostos humanos e para uma definição mais sistemática temos a seguinte: Software de Qualidade é aquele que, não apenas satisfaz as exigências, mas também é implementado a tempo e de acordo com o orçamento. Juran Para que se entenda tal qualidade se dão os princípios básicos da qualidade de software são: Satisfação do cliente, controle de projeto, redução de custos e melhoria contínua de processos. Tais princípios de qualidade são aplicados nos modelos de qualidades de

4 software como o CMMI e o MSP.BR, os quais serão vistos nos subtítulos 1.2 e 1.3 deste capítulo. 1.2 CMMI O CMMI é um modelo baseado em seu antecessor o CMM, abrangendo as muitas variações do CMM e sendo chamado também de CMM02, a evolução do CMM. Por ser a evolução de um modelo, ele contou com projeção muito maior inclusive quanto à integração com outros modelos. O SEI (Software Engineering Institute) desenvolveu um abrangente metamodelo de processo baseado em um conjunto de capacidades de engenharia de software que devem estar presentes à medida que as empresas alcançam diferentes níveis de capacidade e maturidade de processo. (PRESSMAN, 2006, p. 21). Seu antecessor o CMM foi criado no final da década de 1980, onde primeiramente umas de suas variações era o SW-CMM (Capatibility Maturity Model for Software), uma variante que tratava especificamente de avaliação de softwares. Por englobar mais de uma variação de software do CMM, o CMMI acabou tornando-se um modelo interdisciplinar. Existem quatro corpos de conhecimento (ou disciplinas) presentes no modelo CMMI: Engenharia de sistemas, Engenharia de software, Desenvolvimento e integração de produtos e processos e as Fontes de Aquisição. (KOSCIANSKI e SOARES, 2007, p.103). O CMMI é dividido em dois modos diferentes, podendo ser ele implantado como um modelo contínuo ou um modelo em estágios. No modelo contínuo um processo é descrito em duas dimensões sendo elas: Nível de Capacidade e Área de Processo. Assim cada área do projeto é avaliada separadamente e simultaneamente com base na descrição do processo [CMMI] em questão. Já o modelo em estágios subdivide as áreas de processo em níveis de maturidade. Níveis esses que são um caminho de melhoria de processos para toda a organização. A figura a seguir demonstra as estruturas das duas representações do CMMI, sendo respectivamente contínua e por estágios.

5 Figura 1 Representação Contínua e por Estágios Para entendermos os níveis das suas respectivas representações precisamos entender uma pouco sobre metas especificas, metas genéricas, práticas específicas, e práticas genéricas logo descrevemos a baixo esses elementos. Metas Específicas Metas específicas descrevem as características necessárias para a implementação adequada de uma área de processo. Elas pertencem ao grupo dos componentes requeridos, que

6 são os que descrevem o que deve ser realizado pela organização para implementar uma área de processo, e são utilizadas nas avaliações para determinar se uma área de processo está implementada. Metas Genéricas As metas genéricas tem o mesmo intuito das metas específicas e inclusive são do mesmo grupo de componentes do modelo, mas é denominada genérica a declaração de uma meta genérica se aplica a várias áreas de processo. Elas contém as características para institucionalizar os processos que programam a área de processo em questão. Práticas Específicas Uma prática específica descreve uma atividade considerada importante na ação de satisfazer uma meta específica associada. Elas fazem parte do grupo de componentes esperados do modelo, grupo que descreve o que uma organização pode implementar para satisfazer um componente requerido, sendo assim elas descrevem as atividades esperadas visando a satisfação das metas específicas de uma área de processo. Práticas Genéricas As práticas genéricas são denominadas genéricas porque assim como as metas genéricas também se aplicam a várias áreas de processo. Elas descrevem uma atividade considerada importante para a satisfação da meta genérica associada.

7 Figura 2 Representação dos Níveis de Capacidade e de Maturidade. Níveis de Capacidade Os níveis de capacidade da representação contínua são aplicados às áreas de processos individuais da melhoria de processo da organização. A partir desses níveis uma organização consegue, de forma incremental, melhorar os processos de uma determinada área de processo. No total a representação contínua é dividida em seis níveis de capacidade, sendo eles numerados de 0 a 5 e sendo esses descritos nos tópicos seguintes. Nível de Capacidade 0: Incompleto Enquadra-se nesse nível o processo de uma organização que não é executado ou é executado parcialmente; é considerado um processo incompleto. Nível de Capacidade 1: Executado Um processo de nível de capacidade 1 é definido como um processo executado. O mesmo deve satisfazer as metas específicas da área de processo, para que ele apoie e viabilize o trabalho necessário para produzir os produtos de trabalho.

8 Nível de Capacidade 2: Gerenciado Processos do nível de capacidade 2 são caracterizados como processos gerenciados. É um processo que contém as características do processo executado, mas que dispõe de uma série de fatores que o auxiliam a manter as práticas existentes e adquiridas nos níveis passados durante períodos de stress, como: infraestrutura adequada, uma política para seu planejamento e execução; saídas controladas, conseguidas através do emprego de pessoas experientes; o envolvimento de pessoas interessadas relevantes; é monitorado, controlado e revisado; e tem sua aderência em relação à descrição do processo sempre avaliada. Nível de Capacidade 3: Definido Um processo de nível de capacidade 3 é caracterizado como um processo definido. Processos do nível de capacidade 3 também se referem aos níveis anteriores porém são adaptados a partir do conjunto de processos-padrão da organização de acordo com as diretrizes para adaptação da organização, e contribui com produtos de trabalho, medidas e outras informações de melhoria de processo para os ativos de processo da organização. Em um processo definido se estabelece claramente o objetivo, as entradas, os critérios de entrada, as atividades, os papéis, as medidas, etapas de verificação, saídas e os critérios de saída. Nível de Capacidade 4: Gerenciado Quantitativamente Um processo gerenciado quantitativamente é um processo definido controlado por meio de técnicas estatísticas e outras técnicas quantitativas. Eles têm sua gestão de processo estabelecida por critérios quantitativos para qualidade e para desempenho de processo. Nível de Capacidade 5: Em Otimização Um processo em otimização é um processo gerenciado quantitativamente e melhorado com base no entendimento das causas comuns de variação inerentes ao processo. É um processo que tem como foco principal a otimização, ou seja, a melhoria contínua do desempenho de processo tanto por meio de melhorias incrementais quanto de inovação.

9 Níveis de Maturidade Já os níveis de maturidade da representação por estágios, são aplicados a um conjunto de áreas de processo. Com esses níveis é possível uma previsão dos resultados de futuros projetos, já que por ser uma divisão já estudada apresenta mais ferramentas de projeção. Há cinco níveis de maturidade, numerados de 1 a 5. Existem cinco níveis de maturidade, numerados de 1 a 5. Cada um é uma camada que representa a base para as atividades de melhoria contínua de processo: 1. Inicial. 2. Gerenciado. 3. Definido. 4. Gerenciado Quantitativamente. 5. Em Otimização. Nível de Maturidade 1: Inicial Nesse nível, geralmente os processos são ad hoc e caóticos. Uma organização nesse nível geralmente não fornece um ambiente estável para apoiar os processos. O sucesso da produção de software da mesma depende da competência e do heroísmo das pessoas e não do uso dos processos comprovados. Mesmo assim, algumas empresas desse nível conseguem fornecer produtos e serviços que funcionam. Entretanto, é normal que excedam os seus prazos e os seus orçamentos para tal feito. Empresas nesse nível de maturidade são caracterizadas pela tendência de se comprometer além da sua capacidade, por abandonar o processo em um momento de crise, e por serem incapazes de repetir os próprios sucessos. Nível de Maturidade 2: Gerenciado Nesse nível, para os projetos da organização têm-se a garantia de que os processos serão planejados e executados de acordo com uma política, de que esses projetos empregarão pessoas experientes que possuam recursos adequados para produzir saídas controladas, e que as partes interessadas relevantes serão envolvidas, além de que os mesmos processos serão

10 monitorados, controlados e revisados; fora a avaliação que se é aplicada para verificar a aderência em relação à descrição de processo. É nesse nível de maturidade, que o status dos produtos de trabalho e a entrega dos serviços estão visíveis para a gestão em pontos definidos (por exemplo, nos principais marcos e no término das principais tarefas). Os compromissos com as partes interessadas relevantes são estabelecidos e revisados conforme necessário. Os produtos de trabalho são controlados adequadamente. Os produtos de trabalho e serviços satisfazem às descrições de processo, aos padrões e procedimentos especificados. Nível de Maturidade 3: Definido Nesse nível, os processos são bem caracterizados e entendidos, e são descritos em padrões, procedimentos, ferramentas e métodos. Aqui se define o conjunto de processospadrão da organização, que é a base para o nível de maturidade 3, conjunto esse que além de estabelecido é melhorado ao longo do tempo. Estes processos-padrão são utilizados para estabelecer uniformidade no contexto da organização. A grande diferença entre os níveis de maturidade 2 e 3 é o escopo de padrões, descrições de processo e procedimentos. No nível de maturidade 2, os padrões, as descrições de processo e os procedimentos podem ser aplicados separadamente em cada instância específica do processo. Já no nível de maturidade 3, os padrões, as descrições de processo e os procedimentos para um projeto são adaptados a partir do conjunto de processos-padrão da organização para se ajustar a um projeto. Outra diferença importante é que no nível de maturidade 3, os processos são geralmente descritos de forma mais específica que no nível de maturidade 2. Um processo definido estabelece claramente o objetivo, as entradas, os critérios de entrada, as atividades, os papéis, as medidas, etapas de verificação, saídas e os critérios de saída. No nível de maturidade 3, os processos são gerenciados mais pró ativamente, com base na compreensão de como as atividades de processo relacionam-se e processo, e serviços. Nível de Maturidade 4: Gerenciado Quantitativamente Organizações nesse nível de maturidade, estabelecem objetivos quantitativos para qualidade e para desempenho de processos, utilizando os mesmos como critérios na gestão de

11 processos. Objetivos quantitativos baseiam-se nas necessidades dos clientes, dos usuários finais, da organização e dos responsáveis pela implementação de processos. A qualidade e o desempenho de processo são entendidos em termos estatísticos e gerenciados ao longo da vida dos processos. Para sub-processos selecionados, medidas detalhadas de desempenho de processo são coletadas e analisadas estatisticamente. As medidas da qualidade e do desempenho de processo são incorporadas no repositório de medições da organização para apoiar a tomada de decisão baseada em fatos. Identificam-se as causas especiais de variação de processo e, onde apropriado, as fontes dessas causas são corrigidas para prevenir sua recorrência. Uma diferença importante entre os níveis de maturidade 3 e 4 está ligada à previsibilidade do desempenho de processo. No nível de maturidade 4, o desempenho dos processos é controlado por meio de técnicas estatísticas e outras técnicas quantitativas, e é previsível quantitativamente. No nível de maturidade 3, os processos geralmente são previsíveis apenas qualitativamente. Nível de Maturidade 5: Em Otimização Aqui nesse nível, as organizações melhoram continuamente seus processos com base no entendimento quantitativo das causas comuns de variação inerentes ao processo. Esse nível de maturidade tem foco a melhoria contínua do desempenho de processo por meio de melhorias incrementais e inovadoras de processo e de tecnologia. Aqui os objetivos quantitativos de melhoria de processo para a organização são estabelecidos, continuamente revisados para refletir as mudanças nos objetivos estratégicos e são utilizados como critérios na gestão de melhoria de processo. Os resultados das melhorias de processo implantadas são medidos e avaliados em relação aos objetivos quantitativos de melhoria de processo. Tanto os processos definidos quanto o conjunto de processos-padrão da organização são alvo de atividades de melhoria mensuráveis.

12 Figura 3 Representação dos Níveis de Maturidade Assim, conclui-se que o CMMI é um modelo para capacitar às empresas a obtenção ou construção de sistemas, envolvendo todas as etapas do mesmo desde a documentação até o suporte pós-implantação. 1.3 MPS.BR O MPS.BR (Melhoria de Processo de Software Brasileiro) foi criado por pesquisadores brasileiros de instituições como a SOFTEX, Riosoft, COPPE/UFRJ, CESAR, CenPRA e CELEPAR com o intuito de proporcionar às empresas brasileiras uma melhoria do processo de desenvolvimento de software. O foco principal são as micros, pequenas e médias empresas de software brasileiras que possuem poucos recursos para melhoria de processos, mas que estão diante da necessidade de fazê-lo. (KOSCIANSKI e SOARES, 2007, p. 142). O MPS.BR tem como objetivo criar normas e padrões internacionais como a NBR ISO/IEC 12207, a ISO/IEC 15504 e o CMMI e para a sua construção além das instituições citadas acima contou também com o apoio do governo e de varias universidades.

13 Da ISO/IEC 12207 ele utiliza as definições de processo, os propósitos e os resultados, da ISO/IEC 15504 as definições da capacidade de processos e os requisitos de avaliação e do CMMI ele utiliza a complementação de processos. Ele é subdividido em modelos e métodos como o: MR-MPS (Modelo de referência) que é composto pela guia geral, pela guia de implementação e pela guia de aquisição; o MA-MPS (Método de Avaliação) composto pela guia de avaliação; e pelo MN- MPS (Modelo de Negócio) que é onde se encontra a documentação do projeto. Para uma melhor e mais fácil implementação nas empresas o MPS.BR é dividido em níveis de maturidade compostos por uma combinação de processos e de capacitação de processos que ajudarão as empresas a melhorar seus processos de desenvolvimento de software. Segundo os autores do modelo, os sete níveis do MPS.BR devem permitir uma implantação mais gradual do que o CMMI, facilitando a tarefa em empresas de pequeno porte. Para cada nível, definiu-se um perfil de processos e um perfil de capacitação de processos. Tais informações indicam onde a organização deve alocar esforços para melhoria, de forma a atender aos objetivos de negócio. (KOSCIANSKI e SOARES, 2007, p.145). Figura 4 Representação MPS.BR Para se descrever os diferentes níveis de capacidade dos processos existem nove atributos de processo (AP). Atributos esses que serão descritos a seguir.

14 Atributos de Processo AP 1.1 O processo é executado Este atributo mede o atingimento do propósito que o processo teve. AP 2.1 O processo é gerenciado O AP 2.1 é uma medida do quanto é gerenciada a execução do processo. AP 2.2 Os produtos de trabalho do processo são gerenciados Este atributo mede o quanto os produtos de trabalho produzidos pelo processo são gerenciados apropriadamente. AP 3.1. O processo é definido Atributo este que é uma medida do quanto um processo padrão é mantido para apoiar a implementação do processo definido. AP 3.2 O processo está implementado Este atributo é uma medida do quanto o processo padrão é efetivamente implementado como um processo definido para atingir seus resultados. AP 4.1 O processo é medido O AP 4.1 é uma medida do quanto os resultados de medição são usados para assegurar que a execução do processo atinge os seus objetivos de desempenho e apoia o alcance dos objetivos de negócio definidos.

15 AP 4.2 O processo é controlado Atributo este que é uma medida do quanto o processo é controlado estatisticamente para produzir um processo estável, capaz e previsível dentro de limites estabelecidos. AP 5.1 O processo é objeto de melhorias e inovações Este atributo olha o quanto as mudanças no processo são identificadas a partir da análise de defeitos, problemas, causas comuns de variação do desempenho e da investigação de enfoques inovadores para a definição e implementação do processo. AP 5.2 O processo é otimizado continuamente Este atributo é uma medida do quanto as mudanças na definição, gerência e desempenho do processo têm impacto efetivo para o alcance dos objetivos relevantes de melhoria do processo.

16 Figura 5 Representação dos Níveis do MPS.BR quanto aos Atributos de Processos Níveis de Maturidade do MPS.BR Nível G Parcialmente Gerenciado O nível de maturidade G é composto pelos processos Gerência de Projetos e Gerência de Requisitos.

17 Processo: Gerência de Projetos O processo de Gerência de Projetos vem para estabelecer e manter planos que definem as atividades, recursos e responsabilidades do projeto, e também para obter informações sobre o andamento do projeto que permitam a realização de correções quando houver desvios significativos no desempenho do projeto. Processo: Gerência de Requisitos Este processo tem como propósito gerenciar os requisitos do produto e dos componentes do produto do projeto e identificar inconsistências entre os requisitos, os planos do projeto e os produtos de trabalho do projeto. Nível F Gerenciado Esse nível de maturidade (F) é composto pelos processos do nível de maturidade anterior (G) mais os processos de Aquisição, Garantia da Qualidade, Gerência de Configuração, Gerência de Portfólio de Projetos e Medição. Processo: Aquisição O processo Aquisição tem como objetivo gerenciar a aquisição de produtos que satisfaçam as necessidades expressas pelo adquirente. Processo: Gerência de Configuração Esse processo tem como propósito estabelecer e manter a integridade de todos os produtos de trabalho de um processo ou projeto e disponibilizá-los a todos os envolvidos.

18 Processo: Garantia da Qualidade O propósito do processo Garantia da Qualidade é assegurar que os produtos de trabalho e a execução dos processos estejam em conformidade com os planos, procedimentos e padrões estabelecidos. Processo: Gerência de Portfólio de Projetos Este processo de Gerência de Portfólio de Projetos tem como objetivo iniciar e manter projetos que sejam necessários, suficientes e sustentáveis, de forma a atender os objetivos estratégicos da organização. Processo: Medição O propósito do processo Medição é coletar, armazenar, analisar e relatar os dados relativos aos produtos desenvolvidos e aos processos implementados na organização e em seus projetos, de forma a apoiar os objetivos organizacionais. Nível E Parcialmente Definido O nível de maturidade E é composto pelos processos dos níveis anteriores (G e F), somados dos processos de Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional, Definição do Processo Organizacional, Gerência de Recursos Humanos e Gerência de Reutilização. O processo Gerência de Projetos sofre sua primeira mudança, retratando aqui seu novo propósito: gerenciar o projeto com base no processo definido para o projeto e nos planos integrados. Processo: Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional O objetivo do processo Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional é determinar o quanto os processos padrão da organização contribuem para alcançar os objetivos de negócio da organização e para apoiar a organização a planejar, realizar e

19 implantar melhorias contínuas nos processos com base no entendimento de seus pontos fortes e fracos. Processo: Definição do Processo Organizacional O propósito do processo de Definição do Processo Organizacional é estabelecer e manter um conjunto de ativos de processo organizacional e padrões do ambiente de trabalho usáveis e aplicáveis às necessidades de negócio da organização. Processo: Gerência de Recursos Humanos Este processo de Gerência de Recursos Humanos vem para prover a organização e os projetos com os recursos humanos necessários e manter suas competências adequadas às necessidades do negócio. Processo: Gerência de Reutilização Gerência de Reutilização é o ato gerenciar o ciclo de vida dos ativos reutilizáveis. Nível D Largamente Definido O nível de maturidade D é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao E), somados dos processos Desenvolvimento de Requisitos, Integração do Produto, Projeto e Construção do Produto, Validação, e Verificação. Processo: Desenvolvimento de Requisitos Esse Processo de Desenvolvimento de Requisitos vem para definir os requisitos do cliente, do produto e dos componentes do produto.

20 Processo: Integração do Produto Processo que vem compor os componentes do produto, produzindo um produto integrado consistente com seu projeto, e demonstrar que os requisitos funcionais e não funcionais são satisfeitos para o ambiente alvo ou equivalente. Processo: Projeto e Construção do Produto Projetar, desenvolver e implementar soluções para atender aos requisitos é o propósito do processo Projeto e Construção do Produto. Processo: Validação Confirmar que um produto ou componente do produto atenderá a seu uso pretendido quando colocado no ambiente para o qual foi desenvolvido é o propósito do processo Validação. Processo: Verificação Verificação é confirmar que cada serviço e/ou produto de trabalho do processo ou do projeto atende apropriadamente os requisitos especificados. Nível C Definido O nível de maturidade C é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao D), somado dos processos Desenvolvimento para Reutilização, Gerência de Decisões e Gerência de Riscos. Processo: Desenvolvimento para Reutilização O Desenvolvimento para Reutilização vem para identificar oportunidades de reutilização sistemática de ativos na organização e, se possível, estabelecer um programa de reutilização para desenvolver ativos a partir de engenharia de domínios de aplicação.

21 Processo: Gerência de Decisões O objetivo do processo Gerência de Decisões é analisar possíveis decisões críticas usando um processo formal, com critérios estabelecidos, para avaliação das alternativas identificadas. Processo: Gerência de Riscos Identificar, analisar, tratar, monitorar e reduzir continuamente os riscos em nível organizacional e de projeto é o objetivo do processo de Gerência de Riscos. Nível B Gerenciado Quantitativamente Nível de maturidade composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao C). Neste nível o processo de Gerência de Projetos sofre sua segunda evolução, sendo acrescentados novos resultados para atender aos objetivos de gerenciamento quantitativo. Apesar desse nível não possuir processos específicos, ele tem que atender integralmente aos seus atributos de processos descritos na figura 5. Nível A Em Otimização Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao B). Assim como o nível B, este nível não possui processos específicos, mais também deve atender integralmente aos atributos de processos descritos na figura 5.

Figura 6 Comparação dos níveis do CMMI e MPS.BR 22

23 CAPÍTULO 2 Desenho teórico e metodológico da pesquisa 2.1 Problema da pesquisa mercado goiano? Qual a aplicabilidade dos modelos de qualidade de software CMMI e MPS.BR no 2.2 Questões a serem respondidas pela pesquisa Quantas empresas no estado de Goiás utilizam modelos de qualidade de software? Quais empresas goianas utilizam os modelos de qualidade de software e quais modelos às mesmas usam? Quais fatores levaram à escolha daquele modelo para essa determinada organização? Quais as dificuldades encontradas na implantação desses modelos? Quais as vantagens e retornos obtidos pela implantação desses modelos? 2.3 Hipótese software. Poucas empresas de software goianas utilizam esses modelos de qualidade de 2.4 Objetivo Geral Averiguar o uso dos modelos de qualidade software nas empresas goianas. 2.5 Objetivos Específicos da Pesquisa Levantar quais e quantas empresas goianas utilizam os modelos de qualidade de software CMMI e MPS.BR, além de proporcionar uma visualização de qual é mais utilizado. Avaliar os pontos fortes que levaram a escolha daquele determinado modelo de qualidade. Como se dá a implantação desses modelos nas organizações.

24 Analisar as vantagens e os retornos obtidos após a implantação dos modelos nas empresas. 2.6 Tipos da pesquisa 2.6.1 Quanto aos fins Quanto aos fins, a pesquisa tem o intuito de fazer um levantamento no estado de quantas empresas de software goianas utilizam os modelos de qualidade de software e quais são as mesmas, mostrando quais as dificuldades encontradas para a implantação dos mesmos assim como as vantagens, os gastos e os retornos proporcionados por esses. Com isso a pesquisa visa auxiliar estudantes e profissionais de informática, na hora em que esses forem escolher um modelo de qualidade de software para se qualificar ou para implantar em uma empresa, além de proporcionar uma visão geral de suas utilizações no estado. 2.6.2 Quanto aos meios Quanto aos meios, o projeto a ser proposto seguirá três tipos de pesquisa: bibliográfica, participante e pesquisa de campo. Segundo LAKATOS/MARCONI (2009) a pesquisa bibliográfica se dá pela consulta de documentos e livros com suas devidas referências; a pesquisa por participante é feita através de pessoas visitadas ou entrevistadas ou que se pretende visitar para obtenção de alguns dados essenciais; e a pesquisa de campo se dá pelos objetivos da pesquisa, vistos em sentido estatístico: pessoas, famílias, classes sociais, indústrias, comércios, salários, transportes e etc. Nesse projeto serão utilizados meios bibliográficos, meios de participantes e de pesquisa de campo. 2.7 Universo e amostra / Seleção dos sujeitos O universo e amostra da pesquisa serão as empresas goianas de software, sendo a seleção dos sujeitos feita através da seleção daquelas que por ventura possuem um dos modelos de qualidade de software citados pela pesquisa. 2.8 Instrumentos e procedimentos de coleta de dados

25 Como citado anteriormente, os dados serão adquiridos a partir de pesquisa bibliográfica em livros ou e-books, artigos e dissertações compatíveis ao assunto do projeto. A pesquisa usará também como instrumentos e procedimentos de coleta de dados documentos disponibilizados pelas instituições tecnológicas de Goiás e um questionário a ser elaborado e aplicado nos sujeitos selecionados para pesquisa, a fim de levantar informações cruciais. 2.9 Tratamento dos dados O tratamento dos dados será em parte, fruto de interpretações de publicações de outros autores. Dados esses que serão analisados e servirão de base à confecção do projeto. Já os dados obtidos por meio dos questionários e entrevistas serão tratados qualitativamente, através de uma análise das respostas preenchidas para cada questão. Após a análise, as percepções adquiridas serão dissertadas resumidamente. 2.10 Resultados esperados Os resultados esperados são citados no tópico Quanto aos fins da pesquisa.

26 Capítulo 3 Estudo de Campo O estudo de campo utilizado para a pesquisa é constituído por duas partes, sendo a primeira parte um questionário, montado para abordar e capturar a aplicabilidade dos modelos de qualidade de software; e a segunda parte dos dados foi obtida por meio de estudo dos dados disponibilizados por sites como o da Softex. 3.1 Questionário de avaliação Através de um estudo sobre o que a pesquisa buscaria, foi montado o seguinte questionário, utilizando dos formulários do Google Docs, onde o mesmo foi enviado para algumas empresas que se dispuseram a respondê-lo. Nas próximas páginas segue as imagens do formulário on-line.

Figura 7 Questionário Online Parte 1 27

Figura 8 Questionário Online Parte 2 28

Figura 9 Questionário Online Parte 3 29

Figura 10 Questionário Online Parte 4 30

31 Figura 11 Questionário Online Parte 5 3.2 Conclusões relativas ao estudo de campo Verificou-se com o questionário que não há empecilho quanto ao tamanho ou quantidade de funcionários das empresas para a aquisição da certificação, pois foi observado que as vezes empresas pequenas que já foram criadas buscando uma certificação obtiveram mais êxito em obter a mesma do que empresas grandes que já trabalhavam fora dos padrões da certificação. Dentro do campo de pesquisa 50% das empresas possuem certificação, sendo 25% CMMI e 25% MPS.BR, como é visto no gráfico da página seguinte:

32 Figura 12 Porcentagem de empresas que responderam a pesquisa com certificação Grande parte das empresas não obtém uma certificação por achar que o retorno obtido pela certificação ainda é baixo pelo custo da mesma, e uma pequena parcela das empresas demostrou que uma certificação não faz parte das prioridades da empresa nesse momento. Sobre as empresas que tem uma certificação os principais motivos pelo quais elas buscaram a mesma foram: a busca da empresa pela qualidade dos seus softwares, a competitividade da empresa e as exigências do mercado. A grande maioria dessas empresas certificadas ainda estão em níveis baixos das suas certificações, mais todos disseram que buscarão níveis mais altos, ou até mesmo a obtenção de certificação em outro modelo de qualidade de software. A certificação trouxe para as empresas um maior controle dos processos de desenvolvimento de software, uma maior visibilidade externa, uma padronização dos processos de desenvolvimento de software e uma mão de obra mais qualificada. Mas a obtenção da certificação tem alguns contras também, pois durante o tempo de obtenção das mesmas, foi observado uma diminuição da produtividade, e um alto tempo para a conclusão dessa obtenção, tempo esse que é em media de 3 anos. Essa certificação exige também um alto desembolso da empresa, tanto na obtenção, quanto na manutenção da mesma, o que acaba criando certo desinteresse na obtenção delas por algumas empresas. A tabela a seguir mostra que em Goiás utilização do MPS.BR ainda é muito pequena, sendo obtida por dados da SOFTEX.

33 Figura 13 Avaliações MPS.BR Publicadas em Goiás Fazendo um comparativo do estado de Goiás com outros estados do Brasil, vemos que ainda temos muito a desenvolver, porque além de serem poucas empresas certificadas, as que têm ainda estão em níveis baixos das suas respectivas certificações, entretanto constatamos também que as empresas goianas estão se empenhando na busca dessas certificações. Fazendo os prós e os contras, todas as empresas que tem certificação, fariam todo o processo novamente, pois as mesmas estão muito satisfeitas com os resultados obtidos, e a maioria das empresas que ainda não tem dizem que assim que se estruturarem buscarão uma certificação MPS.BR ou CMMI.

34 Conclusão A qualidade de software é buscada por toda e qualquer empresa da área, não só no estado de Goiás, mais em todo o mundo, onde temos uma gama de motivos que geram essa ânsia por essas certificações, como exigências do mercado, competitividade, marketing, qualidade de softwares e até mesmo novos mercados. Entretanto essa certificação não é algo fácil de ser alcançada. A busca por uma certificação, seja ela CMMI ou MPS.BR, é um caminho árduo e longo a ser percorrido, devido aos altos custos da implementação, a total reforma na estrutura das empresas que se é necessária para tal feito, a melhor qualificação dos funcionários da empresa pleiteadora, a diminuição da produtividade da empresa no período de implantação dessa certificação além do alto tempo gasto para tal feito. No entanto, nem tudo são rochas, também temos flores nascidas da obtenção dessas certificações, como o aumento do número de clientes das empresas e da visibilidade externa da empresa, um maior controle dos processos e uma padronização dos processos de desenvolvimento de software, uma valorização dos seus softwares no mercado, e um aumento no nível de conhecimento (qualificação) dos funcionários da empresa. O estado de Goiás está crescendo muito na área de informática, com várias software house no mercado, entretanto ainda é pequeno o número de empresas goianas com uma certificação, mas as que já possuem essa certificação, não se arrependem de a terem buscado e se necessário fariam todo o processo de aquisição da mesma novamente. Recomendações Recomenda-se para estudos futuros, fazer uma pesquisa de campo mais longa, tanto quanto a nicho de empresas pesquisadas quanto ao tempo gasto para a pesquisa, que ao ser muito curto acaba prejudicando a mesma.

35 REFERÊNCIAS KOSCIANSKI, André; SOARES, Michael dos Santos. Qualidade de Software: Aprenda as metodologias e técnicas mais modernas para o desenvolvimento de software. São Paulo, 2007. PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software. São Paulo, 2006. JURAN, Joseph M.; GRYNA, Frank M. Juran s Quality Control Handbook Fouth Edition. New York, 1988. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. GATES, Bill. Princípios da Qualidade Total Aplicados a Softwares - Processo e Produto. <http://pages.udesc.br/~r4al/qt.htm>. Acesso em: 01/04/2011. CMMI Product Team. CMMI for Development, Version 1.2. <http://www.sei.cmu.edu/cmmi/tools/translations/cmmi-dev-portuguese.cfm>. Acesso em: 27/05/2011. [SOFTEX, 2009] ASSOCIAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA EXCELÊNCIA DO SOFTWARE BRASILEIRO SOFTEX. MPS.BR Guia Geral:2009 (Maio de 2009, atualizado em setembro de 2009) <http://www.softex.br/mpsbr/_guias/guias/mps.br_guia_geral_2009.pdf>. Acesso em: 31/05/2011. < http://www.softex.br/_home/default.asp>. Acesso em: 01/11/2011.

36 APÊNDICES Apêndice A Cronograma de Atividades do Trabalho de Conclusão de Curso Cronograma de atividades proposto no projeto do Trabalho de Conclusão de Curso

37 Apêndice B PÔSTER APRESENTADO NO III SIMPÓSIO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E III SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO UNUCET-UEG/2011 Pôster Qualidade de Software