1. Mensuração ao Valor Justo 2. Instrumentos Financeiros Compostos/Híbridos 3. Hedge Accounting

Documentos relacionados
Combinação de Negócios, Mensuração ao Valor Justo e Instrumentos Financeiros

Observações sobre a política monetaria atual*

INTRODUÇÃO A ECONOMETRIA

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Curso de Mestrado em Economia MÉTODOS ECONOMÉTRICOS (ECON703)

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Curso de Mestrado em Economia MÉTODOS ECONOMÉTRICOS (EC706)

ECONOMETRIA I. I (12 valores)

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Licenciatura em Economia E C O N O M E T R I A II

Segundo Trabalho de Econometria 2009

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Licenciatura em Economia E C O N O M E T R I A II

Risco, Instrumentos Financeiros, Derivativos e Precificação, Contabilização de Instrumentos Financeiros

FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO. Licenciatura em Economia E C O N O M E T R I A II

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Instrumentos Financeiros e Derivativos. Prof. Cláudio Alves

ECONOMETRIA I. I (11 valores)

Desafios na Implementação das IFRS - A Reta Final CONECT 2010

Gabarito Trabalho 2. Variable Coefficient Std. Error t-statistic Prob.

Hedge Accounting Eduardo Flores. out-17

CPC 46 MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO. Prof. Mauricio Pocopetz

Uma abordagem com foco nas Normas Internacionais

Uma das mais relevantes alterações no processo de mensuração contábil refere-se ao valor justo como métrica de avaliação.

Risco, Instrumentos Financeiros, Derivativos e Precificação, Contabilização de Instrumentos Financeiros

Capítulo 3. O Modelo de Regressão Linear Simples: Especificação e Estimação

TEXTO PARA DISCUSSÃO. No Medium run effects of short run inflation surprises: monetary policy credibility and inflation risk premium

Licenciaturas em Economia e em Finanças Econometria ER 26/06/2015 Duração 2 horas

Tabela 1 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço futuro. Teste ADF 0, ,61% Tabela 2 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço à vista

ESTIMAÇÃO PELO MÉTODO ORDINÁRIO DE MÍNIMOS QUADRADOS (OLS)

Hedge de fluxo de caixa

7 Análise dos Dados e Cálculos

Mercados e Instrumentos Financeiros II. Contabilidade para Instrumentos Financeiros HEDGE. Normas Nacionais e Internacionais. Lei 6404 / 76 e a CVM

ANÁLISE ECONOMÉTRICA DO CONSUMO DE CARNE BOVINA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM UTILIZADO O SOFTWARE EVIEWS 3.0.

TEMA 2.2. Aspectos Contábeis Reconhecimento de IFs. TEMA 2.2. Aspectos Contábeis Reconhecimento de IFs. Instrumentos Financeiros Estrutura Normativa

IFRS 9 Setembro 2015

UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA. Maio 2018 Aula 7

Webinar. Lançamento Good Group edição 2018

Hedge: diferentes conceitos e inferências

Hedge Accounting. Eduardo Flores

Risco, Instrumentos Financeiros, Derivativos e Precificação, Contabilização de Instrumentos Financeiros

Política de Gestão de Riscos Financeiros. 11 de Abril de 2013

Instrumentos Financeiros

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO - PBDC

CPC 46 MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO. Prof. Mauricio Pocopetz

MUITO ALÉM DA ECONOMETRIA - UMA APLICAÇÃO DOS MODELOS ECONOMÉTRICOS NA CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS

Instrumentos Financeiros

Sumário. Prefácio à 11 a edição, xvii. Prefácio à 10 a edição, xix. Prefácio à 9 a edição, xxi

TEMA 2.2. Reconhecimento e Mensuração de Instrumentos Financeiros. Classificação dos Instrumentos Financeiros TEMA 2.2

Sumário. Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1

CONTABILIDADE AVANÇADA. Prof. Angelo Barreto

Instrumentos Financeiros. Prof. Dr. Eduardo Flores

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

CPC 12 - AJUSTE A VALOR PRESENTE

Instrumentos financeiros e a contabilidade de hedge

Instrumentos Financeiros Derivativos

Seminário Rumos da Política Cambial 23/3/2007 Fluxos de Capitais, Derivativos Financeiros e Intervenções nos Mercados de Câmbio II Márcio Gomes Pinto

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL MÁRCIO DOS SANTOS JULIÃO

CIRCULAR Nº 3.082, DE 30 DE JANEIRO DE 2002

Safra Classic DI - Fundo de Investimento Financeiro (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2004 e

Prof. Dr. Fernando Galdi

TEMA 2.1. Aspectos Contábeis Mensuração de IF: Valor Justo e Custo Amortizado pela Taxa Interna de Retorno

IFRS 9 a nova contabilidade dos instrumentos financeiros

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 37. Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade SUMÁRIO

O IBOVESPA E O CÂMBIO NOS DEZ ANOS DE TAXA

Palestra. expert PDF. Trial. Contabilização e Avaliação de Instrumentos Financeiros. Agosto Elaborado por:

Análise de convergência de renda entre os municípios do Maranhão. Carlos Fernando Quartaroli

A Salus Infraestrutura Portuária S.A. ( Sociedade ) foi constituída em 27 de março de 2012.

Contabilidade Avançada. Prof. Esp. Geovane Camilo dos Santos Mestrando em Contabilidade e Controladoria UFU

Nome: Turma: Processo

José Carlos Bezerra Superintendente Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria

SÉRIE CADERNOS ECONÔMICOS

Instrução CVM 579. Nova regra CVM sobre elaboração e divulgação das DFs dos Fundos de Investimentos em Participações - FIPs

Comunicação com o mercado, o IFRS e a regulação. IFRS Board Class 1

ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS PELA PRIMEIRA VEZ

O reflexo das normas brasileiras de contabilidade com vigência em 2018 na profissão contábil

Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações em 31 de janeiro de 2006.

Valor Justo. Antecedentes. Terminologias. Preço do ouro... Profa. Paula Nardi. Antes: Custo Histórico como base de Valor. Agora: Valor Justo

Gestão da Dívida da CEMIG

IFRS 9. Instrumentos financeiros em empresas não financeiras Você está pronto?

2. APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS Apresentação das informações contábeis intermediárias individuais

As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações contábeis estão definidas a seguir.

Banco Santander, S.A. e empresas que compõem o Grupo Santander

Valor Justo NBC TG 46

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Gestão e Negócios Curso de Ciências Contábeis Disciplina de Contabilidade Avançada

Preços da habitação em Portugal uma análise pós crise. Seminar Seminar name

Fair Value Measurement

Gerenciamento de Risco

Claritas Hedge Fundo de Investimento Multimercado Longo Prazo (Administrado pela Hedging-Griffo Corretora de Valores S.A.) Demonstrações financeiras

Política Financeira e De Gestão de Riscos

MERCADO DE CAPITAIS CENTRO DE ESTUDOS DE CEMEC

Teleconferência Resultados 2T13. Relações com Investidores São Paulo, 09 de Agosto de 2013

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare

O Hedge Accounting tem a finalidade de equalizar o reconhecimento de ganhos e perdas no resultado tanto do derivativo como do objeto de hedge.

Gestão de Riscos de Mercado na Paranapanema S.A.

CIFRÃO. Fundação de Previdência da Casa da Moeda do Brasil. Política de Investimentos Plano de Benefício Definido Cifrão - PBDC

EAC0561 : Estudos Complementares IV Contabilidade de Instrumentos Financeiros e Derivativos Aspectos Contábeis e Fiscais 2014_02 -Joanília Cia

Prof. Esp. Salomão Soares

Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversões de Demonstrações Contábeis

Adequação Protheus Ajuste ao Valor Presente

Programa Analítico de Disciplina CIC322 Contabilidade de Instituições Financeiras

Safra Plus DI - Fundo de Aplicação em Quotas de Fundos de Investimento Financeiro (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações financeiras em

Transcrição:

Jorge Vieira Assessor Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria jorgev@cvm.gov.br

Agenda: 1. Mensuração ao Valor Justo 2. Instrumentos Financeiros Compostos/Híbridos 3. Hedge Accounting

Qual o conceito de valor justo? (PT CPC n. 46) Valor justo é o preço [preço de saída] que seria recebido para vender um ativo pago para transferir um passivo Em uma transação ordenada, entre participantes de mercado, na data da mensuração.

Hierarquia para o valor justo: [CPC n. 46, itens 72-90] Níveis Hierárquicos: V A L O R J U S T O 1º Nível: Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos, que a entidade possa acessar na data da mensuração. [IFRS 13, item 76] 2º Nível: inputs não categorizados no nível 1 que sejam observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente. [IFRS 13, item 81] 3º Nível: inputs não observáveis para o ativo ou passivo. [IFRS 13, item 86]

Níveis 3: Possível chegar ao risco de crédito? Spread S&P Moodys Fitch Prazo Nota 0,30% 0 Aaa.br 0 4 0,95 1,95% 0 A1.br 0 5 0,90 1,65% BrA+ 0 A+(bra) 4 0,76 1,85% BrA+ 0 A+(bra) 5 0,76 1,15% BrAAA 0 0 4 0,95 1,15% BrAAA 0 0 5 0,95 1,30% 0 Aa1.br 0 5 0,90 1,50% 0 Aa2.br 0 6 0,86 1,20% BrAAA Aaa.br 0 4 0,95 1,20% 0 Aa2.br A+(bra) 5 0,86 1,25% BrAA Aa2.br A(bra) 4 0,86 1,95% BrAA- 0 0 5 0,81 1,40% BrAA- 0 0 3 0,81 1,70% 0 Aa3.br 0 5 0,81 1,70% 0 Aa3.br 0 5 0,81 1,50% 0 Aa1.br 0 5 0,90 1,60% 0 Aa2.br 0 5 0,86 1,60% BrAA- 0 0 4 0,81 0,90% 0 Aa1.br 0 2 0,90 2,00% 0 0 A+(bra) 4 0,76 1,30% 0 0 A(bra) 4 0,71

Níveis 3: Modelo OLS Rating Cia: BBB+ (bra) Regressão OLS (estudo FGV adaptado) taxa de juros x rating de crédito Dependent Variable: SPREAD Spread Cia 3,67% Method: Least Squares Date: 07/12/12 Time: 09:12 Sample(adjusted): 120 Spread médio = 0,028651 R 2 = 0,490905 Included observations: 20 after adjusting endpoints Variable Coefficient Std. Error t-statistic Prob. C 0,028651 0.006994 4.096.778 0.0008 PRAZO 0,001602 0.000607 2.638.127 0.0173 NOTA -0,000246 7.74E-05-3.184.148 0.0054 R-squared 0.490905 Mean dependent var 0.014925 Adjusted R-squared 0.431011 S.D. dependent var 0.003109 S.E. of regression 0.002345 Akaike info criterion -9.135.522 Sum squared resid 9.35E-05 Schwarz criterion -8.986.162 Log likelihood 9.435.522 F-statistic 8.196.286 Durbin-Watson stat 1.754.563 Prob(F-statistic) 0.003220 0,000246 [ Rating] + 0,001602 [Pr azo]

Medição de Desempenho - DRE: CH VJ Investimento Realizado Criação ou Destruição de Riqueza

Constatação Empírica: Mensuração ao Valor Justo é Informação Contábil Relevante! É aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários ( QC6). Premissa subjacente: HME na sua forma semi forte Pr eços J. Ohlson (CAR, 1995) i LucrosAnormais, = =1 (1 + k) n i t α + β1pli + β2 + t t Estatisticamente significativo ε i

Avaliando a Eficácia do Hedge: O que fazer? PT CPC 38; AG105 - Um hedge só é considerado altamente eficaz se ambas as condições seguintes forem satisfeitas: (a) No início do hedge e em períodos posteriores, espera-se que o hedge seja altamente eficaz em alcançar alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto durante o período para o qual o hedge foi designado. Essa expectativa poder ser demonstrada de várias formas, incluindo uma comparação das alterações passadas no valor justo ou nos fluxos de caixa da posição coberta que sejam atribuíveis ao risco coberto com as alterações passadas no valor justo ou nos fluxos de caixa do instrumento de hedge, ou pela demonstração de elevada correlação estatística entre o valor justo ou os fluxos de caixa da posição coberta e os do instrumento de hedge. A entidade pode escolher uma taxa de hedge diferente de um para um a fim de melhorar a eficácia do hedge, como descrito no item AG100. (b) Os resultados reais do hedge estão dento do intervalo de 80 a 125%. Por exemplo, se os resultados reais forem tais que a perda no instrumento de hedge corresponder a $ 120 e o ganho nos instrumentos de caixa corresponder a $ 100, a compensação pode ser medida por 120/100, que é 120%, ou por 100/120, que é 83%. Nesse exemplo, supondo que o hedge satisfaz a condição da alínea (a), a entidade concluiria que o hedge tem sido altamente eficaz.

Contabilidade de Hedge: Operação de hedge é contratada para o período de 01.01.X2 a 28.02.X3. Os resultados observados por data de corte, assim como os testes de eficácia previstos no CPC#38, são apresentados abaixo: Variações no Valor Justo Teste de Eficácia Instrumento Item Por Período Acumulado Período de Hedge Objeto de Hedge 1,25 0,8 1,25 0,8 31.03.X2 10.000 (8.000) (1,25) (0,80) (1,25) (0,80) 30.06.X2 5.000 (1.500) (3,33) (0,30) (1,58) (0,63) 30.09.X2 8.000 (10.000) (0,80) (1,25) (1,18) (0,85) 31.12.X2 4.500 (2.500) (1,80) (0,56) (1,25) (0,80) 28.02.X3 7.000 (4.200) (1,67) (0,60) (1,32) (0,76) Operação pode qualificar-se para fins de hedge accounting?

Coligindo-se evidências estatísticas... Correlação Paramétrica de Pearson Coluna 1 Coluna 2 Coluna 1 1 Coluna 2-0,8376612 1

Coligindo-se mais evidências estatísticas... Dependent Variable: INSTHEDGE Method: Least Squares Date: 08/29/13 Time: 23:09 Sample: 1 5 Included observations: 5 Variable Coefficient Std. Error t-statistic Prob. OBJETOHEDGE -1.329.637 0.210228-6.324.742 0.0241 VARECONOMICA 0.794106 0.191354 4.149.930 0.0535 C 4.189.112 0.474944 8.820.217 0.0126 R-squared 0.968960 Mean dependent var 6.900.000 Adjusted R-squared 0.937920 S.D. dependent var 2.247.221 S.E. of regression 0.559914 Akaike info criterion 1.961.642 Sum squared resid 0.627007 Schwarz criterion 1.727.305 Log likelihood -1.904.104 F-statistic 3.121.654 Durbin-Watson stat 2.501.114 Prob(F-statistic) 0.031040

Em caso de a aplicação das normas contábeis vigentes (Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC) colidir com a REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA, o que fazer? Regra de override Representação verdadeira e apropriada ( True and Fair view ) Primazia da Essência sobre a Forma Parecer de Orientação CVM n. 37/2011 Quando a aplicação de um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação do CPC conduzir à elaboração e apresentação de Demonstrações Contábeis que não correspondam a uma representação fidedigna da realidade econômica, o normativo específico deverá ser descumprido e os efeitos dessa decisão e a justificativa para tal decisão deverão ser divulgados em conjunto com as Demonstrações Contábeis ( 19-24, PT CPC n. 26). A não ser que dito procedimento seja terminantemente vedado do ponto de vista legal e regulatório ( 19, PT CPC n. 26)

Hedge Accounting de transações projetadas altamente prováveis em moeda estrangeira: Diferimento de Perdas Cambiais ou Hedge? Companhia "Y" ativos 200 passivos - ME 80 PL capital 120 Total 200 Total 200

Por hipótese, ocorrem os seguinte eventos: (1) transações projetadas ativas em moeda estrangeira (vendas em mercados internacionais) no montante de $5 (por ano) para os próximos 10 anos; (2) transações projetadas passivas em moeda estrangeira (compras em mercados internacionais) no montante de $3 (por ano) para os próximos 10 anos. Observa-se uma variação na taxa de câmbio de 20%. A companhia elege tão somente proteger as suas exportações. 100% dos fluxos de caixa previstos para os próximos 10 anos, o que se traduz em $50. E utiliza 80% de seus passivos em moeda estrangeira como um instrumento de hedge. $80 x 80% x Tabela 1: Modelo de Hedge Accounting vigente 20% Companhia "Y" Instrumento de hedge 12,80 ativos 200,00 passivos - ME 96,00 risco fluxo de caixa futuro 10,00 PL Parte ineficaz do hedge 2,80 capital 120,00 ORA - hedge - 10,00 DRE: Lucros. Ac. - 6,00 Despesa Financeira - 3,20 Total 200,00 Total 200,00 Parte ineficaz do hedge - 2,80 LL - 6,00 $50 x 20% $80 x 20% x 20%

Fossem consideradas as importações projetadas, que constituem-se em hedge natural dos fluxos de caixa futuros, a contabilidade de hedge, dentro de uma visão macro, refletiria a seguinte realidade: Tabela 2: Modelo de Macro Hedging Companhia "Y" Instrumento de hedge 12,80 ativos 200,00 passivos - ME 96,00 risco fluxo de caixa futuro 4,00 PL Parte ineficaz do hedge 8,80 capital 120,00 ORA - hedge - 4,00 DRE: Lucros. Ac. - 12,00 Despesa Financeira - 3,20 Total 200,00 Total 200,00 Parte ineficaz do hedge - 8,80 LL - 12,00 ($50 - $30) x 20%

IFs Compostos/Híbridos: Que bicho é esse?

IFs Compostos/Híbridos: Definições nas IFRSs: Instrumento Híbrido (IAS 39, 10-13, AG27-AG33B): Um instrumento híbrido é todo aquele instrumento financeiro que contém um derivativo embutido ( embbeded derivative ) abrigado em um instrumento principal ( host contract ) Instrumento Composto (IAS 32, 28-32, AG30-AG35): Um instrumento composto é um instrumento financeiro não derivativo que contém elementos de passivo ( liability ) e de patrimônio líquido ( equity ).

Tratamento contábil para fins de reconhecimento: Split Accounting via mensuração ao valor justo de cada parte do IF, a depender de algumas condições.

A companhia "A" subscreveu e integralizou $80 em debêntures de emissão da companhia "B", as quais são conversíveis em 20 ações de emissão de "B", por ocasião de seu vencimento, em 5 anos, pelo preço de exercício fixo de $4,00. As debêntures pagam um cupom anual de $6 ao seu titular. Admitindo que a opção embutida se enquadre no conceito de PL... Parte Passiva - Juros 22,74 Parte Passiva - Principal 49,67 Parte PL (regra do "fixed-for-fixed") 7,58 5 t t t= 1 (1 + K) Coupon Risco de crédito "B"(a.a.) 4% Tx desconto Taxa de juros livre de risco (a.a.) 6% 10% Custos de Emissão $10 80 (1 + K 5 )

As opiniões externadas nesta apresentação são de minha inteira responsabilidade, não refletindo, necessariamente, o entendimento da Comissão de ValoresMobiliários CVM. Jorge Vieira Assessor Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria jorgev@cvm.gov.br

Melhores Práticas Precificação de Instrumentos Financeiros Reunião ANEFAC/RJ 03 de Março de 2014 Responsável: Rodrigo Martins Amato rodrigo.amato@mark2market.com.br ANEFAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS EXECUTIVOS DE FINANÇAS, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

Agenda 1. Referências Internacionais 2. Melhores Práticas e DT04-CBAN 3. Consulta aos dados de mercado

Referências Internacionais IVSC: Ausência de fórmulas matemáticas: documento orientativo Documento de Equities servirá de base para próximas publicações (Juros, Moedas, Commotities, Crédito e Híbridos) Define tipos de derivativos e deixa aberto ao avaliador o uso do melhor modelo de precificação http://www.ivsc.org/sites/default/files/ivsc%20valuation%20of%20equity%20derivatives%20ed2%20%20as%20issued_0.pdf IFRS 9: Mais adequado para consulta em avaliações de crédito (impairment) Definição geral de contabilização de hedge (accounting) Fonte: http://www.ifrs.org/current-projects/iasb-projects/financial-instruments-a-replacement-of-ias-39-financial-instruments- Recognitio/Documents/IFRS-9-Project-Summary-July-2014.pdf

Agenda 1. Referências Internacionais 2. Melhores Práticas e DT04-CBAN 3. Consulta aos dados de mercado

Melhores Práticas *sem liquidez Hierarquia de Valor Justo Nível 1 Nível 2 Nível 3 Dívidas Debêntures, CRI, CRA, CDCA Capital de Giro, PPE, 4131, Finimp, Debêntures*, FINAME, BNDES Investimentos Títulos Públicos CDB, Compromissada, LCA, LF Compromissada* Derivativos - Bolsa Futuros, Opções Swap Derivativos - Balcão NDF/Forward, Swap, Opção (vanilla) Opções Exóticas, Stock Options Derivativos Embutidos COE, Deb. Conversíveis, Prêmio de Liq. Antecipada

Melhores Práticas e DT04-CBAN Hierarquia de Valor Justo Nível 1 Nível 2 Nível 3 Buscar fonte de informações de mercado confiáveis Usar fontes primárias Procurar instrumentos similares ou no mínimo compatíveis Evitar associações forçadas com distorção de prazo Buscar modelos de simples reprodução no mercado Usar fontes primárias para input do modelo Procurar referências de uso do modelo no mercado financeiro (bancos, assets e bolsas) Regra: If you don t buy it, don t sell it! Buscar auxílio especializado Expor as referências de mercado e metodologias na avaliação Procurar referências acadêmicas e de mercado para o uso dos modelos de apreçamento Avaliar o trabalho do avaliador: backtest e referências externas (definir grau de aderência)

Agenda 1. Referências Internacionais 2. Melhores Práticas e DT04-CBAN 3. Consulta aos dados de mercado

Consulta aos dados de mercado Juros Moedas Commodities Locais: BMF: http://www.bmfbovespa.com.br/ shared/iframeboletim.aspx?altura =3800&idioma=ptbr&url=www2.bmf.com.br/pages /portal/bmfbovespa/boletim1/tx Ref1.asp CETIP: http://www.cetip.com.br/ Internacionais: LIBOR: http://www.globalrates.com/interestrates/libor/libor.aspx À Vista - BACEN: http://www4.bcb.gov.br/pec/convers ao/conversao.asp Futuro BMF: http://www.bmfbovespa.com.br/shar ed/iframeboletim.aspx?altura=3800&i dioma=ptbr&url=www2.bmf.com.br/pages/por tal/bmfbovespa/boletim1/txref1.asp Locais: À Vista - CEPEA: http://www.cepea.esalq.usp.br/ Futuro BMF: http://www.bmfbovespa.com.br/sh ared/iframeboletim.aspx?altura=38 00&idioma=ptbr&url=www2.bmf.com.br/pages/p ortal/bmfbovespa/boletim1/txref1. asp Internacionais: https://www.quandl.com/

Obrigado! Rodrigo Martins Amato CBAN Diretor SP (11) 3522-4022 rodrigo.amato@mark2market.com.br