CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 05 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 19/03/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 07 Princípios Tributários.
TRIBUTO IMPOSTO TAXA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Art. 148 CF CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS - Art. 149 CF RESIDUAL NOVO IMPOSTO NOVA CONTRBUIÇÃO SOCIAL Art. 5º CTN O nome do tributo é relevante para identificar qual espécie ela pertence? Resposta: Não, é necessário identificar a natureza jurídica. CRITÉRIOS PARA IDENTIDIFICAÇÃO A Constituição estabelece o Poder de Tributar e o confere aos Entes, observado os limites e regras.
Compondo os Limites ao Poder de Tributar. PRINCÍPIOS REGRAS AO PODER DE TRIBUTAR Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; IMUNIDADES VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Estabelecido no Art. 150, I da CF, porém deve ser observado em conjunto com o art. 97 do CTN. - Deve ser interpretado observando o elo mais fraco da relação. Art. 150, I, CF - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Art. 97, CTN. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. - Criação/Extinção O tributo deve ser analisado para identificar a lei a ser usada. - Aumento/Redução - Penalidades por conta da obrigação tributaria Para identificar a lei competente é necessário verificar qual tributo que está sendo objeto da legislação e qual matéria (norma geral, art. 146, CF) está sendo objeto. A regra é que os tributos devem ser instituídos por lei ordinária, porém, alguns devem se valer da lei complementar. TRIBUTOS QUE EXIGEM LEI COMPLEMENTAR: 1 IGF, art. 153, VII da Constituição Federal 2 Empréstimo Compulsório, Art. 148 CF 3 Contribuição Social Residual, Art. 195. 4º CF 4 Imposto Residual, Art. 154, I CF.
QUANTO A MATÉRIA EXIGE LEI COMPLEMENTAR I CONFLITO DE COMPETÊNCIA II LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR III NORMA GERAL Art. 146, CF. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: Exemplo: São normas gerais: Prescrição, decadência, Obrigação tributária e com relação aos impostos Fato gerador, Base de cálculo e contribuintes. Hipótese que a CF determina a utilização de Lei Complementar em determinados tributos. Art. 156, 3º CF Estabelece matérias do ISS que devem ser por Lei complementar: - Definição de Alíquota máxima e mínima e Isenção de ISS.
Resposta: 1 Pode, pois a alteração da data de vencimento não exige lei. Súmula Vinculante 50 e Art. 160 CTN. 2 Pode, pois obrigação acessória pode. Art. 113, 2º CTN. 3 Não pode, pois a atualização de alíquota significa aumento, pois percentual não se deprecia. Já a atualização da base de cálculo é autorizada. Aumento # Correção Alíquota não pode ser atualizada, pois é percentual, e não desvaloriza. A Alíquota apenas pode ser aumentada ou diminuída. Art. 97, 2º do CTN A correção respeita os índices oficiais. Súmula 160 STJ LEGALIDADE CRIAÇÃO, EXTINÇÃO, AUMENTO E REDUÇÃO DEPENDE DE LEI TRIBUTO DE LEI ORDINARIA USA LEI ORDINARIA TRIBUTO DE LEI COMPEMENTAR USA LEI COMP. MATÉRIA DEPENDE DE LEI QUALQUER TRIBUTO, TEM QUE SER NORMA GERAL LEI COMPLEMENTAR ART. 146, CF Observação: Aumento # Correção, para identificar se a correção monetária não corresponde a um aumento, deve se verificar se foi dentro dos índices oficiais e se incidiu na base de cálculo. Aumento precisa de Lei Correção monetária Legislação Tributária. TRIBUTO COM FUNÇÃO FISCAL: Sua função é arrecadar dinheiro para financiar a função do Estado. TRIBUTO COM FUNÇÃO EXTRAFISCAL: Além da função de arrecadar, também tem função de regular o mercado financeiro. Além de arrecadar tem função reguladora. Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IOF, IPI. - Para a os impostos extrafiscais, a alteração de alíquota não precisa de lei, Conforme Art. 153 1º CF. Art. 62, 2º, CF - Tudo que é necessário ser veiculado por lei ordinária, poder ser objeto de medida provisória, desde que seja convertida em lei. Art. 62, 3º, CF Não pode disciplinar matérias/tributos que necessitem de lei complementar.
Atualmente, a maioria das regras gerais tributárias, estão no CTN, assim, basta uma lei ordinária para instituir tributo, e com isso se valer das normas gerais impostas no CTN. Observação: O IPVA não está no CTN e não tem lei especifica que versam sobre ele - ISS LC 116 - ICMS LC 87
Art. 146, CF. Cabe à lei complementar: (..) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: Art. 24, 1º, CF - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais A lei Complementar que versa sobre norma geral tributária deve ser instituída pela União. 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Se não há lei complementar federal, os Estados podem instituir a lei complementar que versa sobre a matéria de norma geral, exercendo assim sua competência plena. 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Se a União criar a lei complementar que disciplina a matéria de norma geral, a parte da legislação estadual que for contrário a lei federal ficará suspensa. PRINCIPIO DA ISONOMIA TRATAR OS IGUAIS COM IGUALDADE E OS DESIGUALDADE NA MEDIDA DA SUA DESIGUALDADE. Para a aplicação deste princípio, deve ser estabelecido um critério. Com o critério estabelecido, é possível identificar e mensurar o quantum estabelecido, para a aplicação. Vedado utilização como critério - ocupação profissional: advogado - função: gerente
- Instituição de ensino no simples nacional Critério Pessoa, instituição de ensino, correlação logica pois fomenta a educação
- Custas e emolumentos por membros do judiciário Função, vedado a distinção em razão da ocupação - Van escolar de cooperativa. Critério Pessoal, mas fere a isonomia, pois atribui tratamento desigual para semelhantes.
1 Terá que analisar a regra matriz
Fato Gerador Dia Local Contribuintes e fisco Base de cálculo e alíquota 2 Aonde que está pautado o critério de análise na regra matriz? Nas pessoas, no local. 3 Qual critério escolhido para fazer a descriminação dentro da regra matriz? Local, e qual o critério, localizado em Itaquera. Ou Pessoas, Idosos acima de 65 anos. 4 O critério está onerando ou beneficiando essa pessoa? Beneficiando 5 Existe correlação logica entre o benefício e o critério da discriminação? Idoso, a idade demonstra a capacidade contributiva. No caso de morar em Itaquera, não há correlação logica, pois não demonstra capacidade contributiva ter casa em Itaquera. - Isenção tem que estar de forma literal: art. 111, II CTN. BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada