CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 05 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 02/04/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 11 Princípios Tributários. Divida tributaria = verificar a natureza jurídica Validade da Norma = Vicio Formal Vigência da Norma = Principio da Irretroatividade. Eficácia = Princípio da Anterioridade H.I. F.G Lançamento Observação: Ocorre que se o lançamento observar todos os pressupostos de validade elencados acima, terá inicialmente a validade da dívida reconhecida. Porém, existem benefícios constitucionais que são anteriores que até a própria competência para criar tributo. Alguns doutrinadores defendem que os entes não receberam a autorização
da constituição para cobrar tributo de determinado contribuinte/situação, estes chamados de Imunidade. A imunidade é o maior benefício fiscal dado a um contribuinte, tornando o Ente público incompetente para cobrar/criar tributos para determinadas pessoas ou objetos. IMUNIDADE Benefício constitucional, representando a incompetência tributária do ente público. ISENÇÃO Beneficio legal, que dispensa a cobrança do tributo (150, VI, CF). Nasce entre a hipótese e o Fato gerador, pois é aplicada aos fatos geradores que irão acontecer. Podendo ter seu efeito em caráter individualizado. NÃO INCIDÊNCIA Situação concreta em que não existe hipótese de incidência que possa fazer nascer a obrigação tributária. ALIQUOTA ZERO Quando o elemento quantitativo alíquota é igual a 0, sendo que a base de cálculo multiplicada a 0, resultará 0. (Tributos extrafiscal, Art. 153, 1º CF). Possui efeito geral.
1 NÃO INCIDÊNCIA
2 IMUNIDADE Por mais que o texto mencione a palavra isenção, quando o benefício tributário está na constituição, se trata de uma imunidade, independente do nome que se utilize. 3 IMUNIDADE Benefício fiscal entabulado no texto constitucional, logo se trata de imunidade. 4 ISENÇÃO Benefício fiscal entabulado na lei, isenção. 5 NÃO INCIDÊNCIA IMUNIDADES - Imunidade Especifica: relacionada a qualquer espécie tributária, inclusive imposto. A constituição nominalmente determina o tributo que deixará de incidir no caso. Exemplo: Art. 153, 4º, II, CF Estabelece imunidade de pequenas glebas rurais a ITR. Art. 195, 7º, CF Não paga contribuição previdenciária. - Imunidade Genérica: aquela que se aplica a todos os impostos. Exemplo: Igrejas não pagam impostos, entes não pagam impostos. Art. 150, VI, CF
Imunidade H.I. F.G O.T. Lançamento O. PRINCIPAL OB. ACESSÓRIA Resposta: A aplicação da imunidade é condicionada a observância e cumprimento da obrigação acessória, pois é necessário observar se ainda preenche a condição que atribui a imunidade. Art. 111, III, CTN A dispensa do cumprimento da obrigação acessória somente é possível quando expressamente definido em lei.
SUJEITO ATIVO Art. 119 CTN SUJEITOS SUJEITO PASSIVO Art. 121 CTN CONTIBUINTE Pratica o Fato Gerador RESPONSAVEL Lei escolhe uma 3ª pessoa para pagar Importante: Quando a lei determina o terceiro responsável, este que até o momento era estranho na relação jurídica acaba se tornando integrante. Posicionamento do STF - Só é imune quando atua como praticante do fato gerador. Ou seja, só posse ser imune se foi o imune que praticou o fato gerador, não podendo o responsável avocar a imunidade. 1 Locador Imune: Igreja aluga imóvel para sua instalação, e incide IPTU. Neste caso a igreja irá arcar com o ônus
Contribuinte de Fato: não faz parte da relação jurídica mas arca com o ônus do tributo. Contribuinte de Direito: faz parte da relação jurídica. 2 Relação de Consumo Concessionaria energia elétrica 3 Responsabilidade Tributária Imóvel privado (contrato de compra e venda) Entidade de educação - Débitos de IPTU e taxas propte rem A entidade está sendo executada pelas dividas tributárias no momento em que comprou o imóvel. - A lei determinada que deverá pagar, logo, figura como responsável tributário, porém, o ente imune só pode deixar de pagar quando atua como contribuinte de direito. Resposta: Para valer-se da imunidade a entidade deve ser a contribuinte de direito (praticar o fato gerador). Como foi a própria entidade que circulou a mercadoria, faz jus a imunidade de tal imposto.
Na relação mercantil, por costume, o consumidor que assume o encargo financeiro do imposto. Logo, não é a entidade que vai assumir o encargo financeiro do imposto, assim, o fisco tentou postular a tese de que a entidade deve arcar com o imposto, tendo em vista que repassaria ao consumidor. Porém, o posicionamento do STF é de que se o sujeito imune praticou o fato gerador, deve ele valer-se da imunidade, independente da repercussão econômica.
A Imunidade de quem compra, não se estende a quem vende. Contribuinte de fato (IPI) não é imune. O locador, não pode ingressar com repetição de indébito se pagar IPTU duas vezes, pois não faz parte da relação tributária.
IMUNIDADE GENERICAS Imunidade que abrange todos os impostos. A IMUNIDADE RECIPROCA: Se refere aos entes federados. Não revelam riqueza, logo possuem direito a imunidade Ocorre que por vezes, bens públicos são utilizados para exploração de atividade econômica privada.
Exemplo: SÚMULA N. 399, STJ - Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. Art. 34, CTN. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Não é justo aplicar a imunidade para empresa que exerce atividade econômica com fins lucrativos, em razão da concorrência desleal.
B TEMPLOS RELIGIOSOS. Valor Social, as entidades atuam na promoção da paz. O patrimônio deve ser do templo religioso. Hipótese em que houver insuficiência de bens para saldar débito de pessoa imune, pode haver penhora. Respeitados 2 critérios 1 Não ter bens que possam ser ofertados como garantia 2 O valor não pode inviabilizar a sua atividade.
C IMUNIDADE SUBJETIVA: O partido político e suas fundações; Sindicato dos trabalhadores e assistência social ou educação desde que sem fins lucrativos Proteger o Valor Social.
Art. 146, CF. Cabe à lei complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; Sendo as limitações Princípios e Imunidades, conforme art. 150, CF. - Assim, as lei que veicularem obrigações ou requisitos para regular imunidade devem ser veiculados por lei complementar. D IMUNIDADE OBJETIVA livro, jornal, periódicos e o papel. Proteger o Conhecimento Os livros físicos são imunes. E os digitais também?
BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada