Equity Research Como as ações reagem aos eventos 11 de Julho, 2005 Ricardo Zeno (55 21) 2438 2021 rzeno@azinvestimentos.com.br HIGHLIGHTS NESTA EDIÇÃO? Alta dos Juros? Crescimento da Economia? Alta do Dólar? Alta da Inflação? Tendências de (LP)? Processo Decisório? Controle de Risco 1
ALTA DOS JUROS Quem quer investir em ações não pode esquecer que o mercado é um espelho que reflete as condições das empresas. Companhias que estão crescendo, gerando lucros e pagando bons dividendos tendem a ter preços atraentes para seus papéis. O desafio para o investidor é conseguir comprar essas ações antes que elas atinjam o chamado preço-alvo ou target price, que no jargão do mercado significa o preço-limite de um papel, já embutida a valorização tecnicamente esperada. O mercado de ações sempre vai reagir aos indicadores macroeconômicos, mas isso não significa que o comportamento da Bolsa é ditado por esses indicadores. Muitas vezes, um evento em particular em determinado setor ou empresa pode refletir no comportamento de uma ação em particular. A Bolsa tende a reagir com queda à alta de juros. Isso ocorre porque a alta das taxas de juro pode provocar uma retração no consumo que, por sua vez, vai provocar uma queda no lucro das empresas. O preço de uma ação reflete a expectativa de lucro da empresa, assim, nesse caso, os investidores tendem a vender seus papéis e o preço da ação cai. Mantemos nossa projeção para a taxa Selic ao final de 2005 em 16,75% (contra 16,80% ante projetado no início de Janeiro) com cortes a partir de Setembro, em um total de 300 bps. Com os indicadores de inflação sendo divulgados dentro das expectativas, vem se mostrando um fato bastante positivo para o mercado dando margem a política econômica do BC para cortes na taxa. Projeção de que o IPCA deste ano junto ao BC mostrem medianas abaixo de 6% e abaixo de 5% para o ano de 2006. Meta de inflação estabelecida pelo BC de 4,5% para 2006/07. Fontes: Bovespa e Bacen IBOVESPA X JUROS QUEDA. 2
CRESCIMENTO DA ECONOMIA O mercado de ações, em geral, reage com alta ao crescimento da economia. Sempre que há uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país e um dos principais indicadores da atividade econômica, o preço das ações tendem a reagir com alta. IBOVESPA X PIB Isso ocorre porque, ao contrário do efeito das altas da taxa de juros, o crescimento econômico tende a provocar um aumento na receita e nos lucros por ações dessas empresas, o que provoca uma alta no preço dos papéis. Com um crescimento extremamente positivo do PIB brasileiro por volta de 5% em 2004, o grande desafio será manter este grande crescimento com a utilização da base instalada. Para o PIB brasileiro projetamos um crescimento um pouco menos otimista entre 3,0 e 3,5% para o ano corrente de 2005. Fontes: Bovespa e Ministério do Desenvolvimento BALANÇOS REFERENTE AO 1SE-05 A SEREM DIVULGADOS SEJAM MELHORES. Uma desaceleração do crescimento das demanda chinesa e dos preços das commodities também podem afetar os preços dos ativos brasileiros. 3
ALTA DO DÓLAR (USD) Não há uma correlação determinada entre a alta do dólar e o Ibovespa. A reação do mercado a alta da moeda americana pode variar muito ao longo do tempo. O que ocorre é um impacto significativo em alguns grupos de ações. IBOVESPA X USD As ações das exportadoras, por exemplo, reagem com alta, pois essas empresas têm uma receita em dólar e são francamente favorecidas com uma valorização da moeda americana. Já as empresas que têm dívida em dólar sofrem o efeito contrário. Como suas obrigações são em dólar, os lucros dessas empresas é pressionado para baixo por conta do aumento dos seus gatos com o pagamento de dívidas. Com o crescente numero de exportações realizadas pelas empresas brasileiras, projetamos uma taxa por volta de R$ 2,50 reais para o fim do ano. Atualmente com o real por volta de R$ 2,34 reais por dólar. Novas intervenções no open market pelo Banco Central não estão descartadas. Fontes: IPEA Data e Bovespa QUEDA. DEVIDO A NOSSO REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE, MOMENTO FAVORAVEL A CAPTAÇÕES EXTERNAS POR EMPRESAS BRASILEIRAS. CORPORATE BONDS SÃO BENEFICIADOS. 4
ALTA DA INFLAÇÃO O mercado de ações pode apresentar dois movimentos distintos como reflexos à alta gradual da inflação. Se a economia começar a apresentar altas gradativas das taxas de inflação, a tendência é de que o mercado apresente uma queda. Isso ocorre porque os investidores vão esperar que o governo responda a alta gradual da inflação promovendo uma alta nas taxas de juro. No entanto, se a economia passar por uma onda explosiva de inflação, com os índices totalmente fora de controle, a tendência é de que o preço das ações tenha uma alta. Isso porque a ação representa uma fração de uma empresa, ou seja, um ativo real, e assim tende a ser uma boa proteção contra a inflação. Na nossa visão o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) poderá encerrar 2005 acima dos 30 mil pontos, ainda com um bom espaço de valorização, cerca de 25%. Fontes: IPEA Data e Bovespa IBOVESPA X IGPM QUEDA. INDICES DE INFLAÇÃO APRESENTANDO DEFLAÇÃO EM SEUS COMPONENTES. NOS FAZEM ACREDITAR EM CORTES NA TAXA SELIC O QUE IRÁ FAVORECER UMA MIGRAÇÃO PARA RENDA VARIÁVEL POR PARTE DOS INVESTIDORES. 5
Como as ações reagem aos eventos PROCESSO DECISÓRIO Altamente técnico e estruturado, o processo decisório na administração de carteiras inclui dois grupos com distintas visões de mercado: operadores e pesquisadores internos. A avaliação dos cenários externo e interno no âmbito político e econômico, além da Análise Fundamentalista e de Crédito de empresas são a base do processo decisório. Análises Para a tomada de decisão de alocação de investimentos, os operadores valem-se de análises que têm como objetivo formar opinião sobre as variáveis que influenciam os preços dos ativos financeiros. São elas: análise macroeconômica e política; fundamentalista; e análise de crédito. Análise macroeconômica e política A primeira e mais importante é a análise macroeconômica, cuja finalidade é inferir sobre o comportamento futuro de variáveis macroeconômica básicas, como o PIB, câmbio, a inflação, entre outros. A análise política propõe-se a antever repercussões nas variáveis macroeconômicas e, conseqüentemente, nos preços dos ativos. Juntas, as análises macroeconômica e política visam a antecipação dos movimentos de mercado. Análise fundamentalista Explica o comportamento dos preços das ações de uma empresa, a partir da projeçâo dos resultados futuros das mesmas. Também chamada de valuation, a análise fundamentalista é utilizada pelos operadores para determinar se uma ação está sub-avaliada ou superavaliada em relação ao seu preço atual de mercado e para se estimar o preço justo do valor de uma empresa. Análise de crédito Trata-se de uma minuciosa análise dos fundamentos de crédito das diversas empresas brasileiras emissoras de instrumentos de renda fixa nos mercados doméstico e internacional. Ao realizá-la, o operador busca avaliar a capacidade de uma empresa de pagar sua dívida. 6
CONTROLE DE RISCO Os investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento merecem destaque. A AZ Investimentos está sempre incorporando modernas tecnologias financeiras para respaldar suas operações de controle de risco, de gestão e de atendimento aos clientes. O objetivo principal desses investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento é potencializar os ganhos para os clientes, além de agregar valor aos produtos e serviços oferecidos. Risco de mercado Procurando sempre identificar e os riscos de mercado na sua gestão de recursos, adotando a esta prática, a AZ Investimentos identifica e calcula o risco de mercado por meio de suas metodologias. Para definir se títulos e empresas atendem a essas exigências, são considerados: Risco de crédito Está determinado, pela política de risco de crédito, que a AZ Investimentos deve buscar títulos e empresas com a melhor qualidade e o menor risco possível para as carteiras. - Análise de crédito tradicional, análise fundamentalista Risco de liquidez Visa monitorar o risco de liquidez nas carteiras administradas e fundos. ``A decisão de onde investir é precedida de um minucioso processo de levantamento, análise e planejamento. A estratégia a ser aplicada é objeto de monitoramento e avaliação constantes.`` AZ Investimentos publicou este relatório com propósito meramente informativo. Todas as informações contidas neste relatório são baseadas em informações disponíveis ao público e foram obtidas de fontes consideradas confiáveis, porém AZ Investimentos não garante sua precisão e abrangência. Opiniões apresentadas no mesmo são apenas nossas opiniões atuais, e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. A AZ Investimentos não tem nenhuma obrigação de atualizar ou manter atualizadas as informações e opiniões expressas no mesmo. Este relatório não é e não deverá ser interpretado como, uma oferta ou solicitação para comprar ou vender quaisquer ativos ou instrumentos financeiros relacionados. Investimentos discutidos ou recomendados neste relatório podem não ser adequados a investidores dependendo de seus objetivos específicos de investimento e situação financeira. AZ INVESTIMENTOS (Barra da Tijuca) Av. das Américas nº 7.707, Bloco 1 / sala 214 Rio de Janeiro, RJ - Brasil Tel.: (55 21) 2438 2021 Fax.: (55 21) 2438 8241 AZ INVESTIMENTOS (Centro) Rua do Ouvidor nº 63, sala 812 Rio de Janeiro, RJ - Brasil Tel.: (55 21) 2224 2725 Fax.: (55 21) 2224 2725 ramal 31 www.azinvestimentos.com.br frontdesk@azinvestimentos.com.br 7