Desenvolver um sistema de controle que visa reduzir o risco do efeito canivete. Desenvolver critério analítico para ativação do sistema de controle.

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Transcrição:

Introdução Um tema de grande relevância quando se trata de veículos articulados é o efeito canivete (jackknife do inglês). Este tema já é assunto de diversos estudos, artigos e dissertações que tratam de temas da dinâmica desses veículos. Esse evento/fenômeno se caracteriza por um efeito de "acotovelamento"na configuração do cavalo-carreta, com consequente possível choque entre ambas as estruturas, podendo gerar assim consequências bastante graves para os veículos que estejam em volta do equipamento. Tal efeito pode ter origem em comportamentos anômalos na direção do caminhão, como freadas bruscas, perdas de tração, curvas fechadas, entre outros. Estudos estatísticos de acidentes em carretas são feitos por diferentes organizações. Um desses estudos, feito por (STARNES, 26), aponta que entre abril de 2 e dezembro de 23, 9% dos acidentes envolvendo mais de um veículo nos Estados Unidos foram causados por consequência do efeito canivete. Outro estudo feito por (MARTINEZ, 25), mostra que 3,% de todos acidentes envolvendo carretas em 23 e 7,% dos acidentes com vítimas fatais também nos Estados Unidos foram causados pelo efeito canivete. Os objetivos desse trabalho são: Desenvolver modelo matemático não linear para a simulação dinâmica de um caminhão do tipo semirreboque. Desenvolver a linearização do modelo para auxiliar no desenvolvimento de um sistema de controle. Desenvolver um sistema de controle que visa reduzir o risco do efeito canivete. Desenvolver critério analítico para ativação do sistema de controle. Fazer análises comparativas dos sistemas desenvolvidos em situações críticas. 2 Modelagem não linear A modelagem é uma parte relevante deste trabalho, uma vez que são formuladas as equações e modelos matemáticos a serem analisados. Esta seção contém a modelagem não linear e mais completa do conjunto cavalo-mecânico e semirreboque que será utilizada para as simulações numéricas. A seção seguinte se refere ao desenvolvimento de um sistema de controle e que inclui, dentre outras partes, a modelagem linear mais simples e que permitirá a aplicação de técnicas de controle. Serão ainda

abordados outros tópicos de importante definição ao modelo, como por exemplo o interação entre o pneu e o solo. 2. Modelo não linear dos pneus A interação entre os pneus e o solo são extremamente importantes na dinâmica veicular, uma vez que as forças de contato, determinadas nesses modelos em função da cinemática e geometria do conjunto, representam a maior parte da força resultante sobre os corpos e consequentemente dominam a dinâmica dos veículos. A modelagem dessa interação pode ser simples, com funções linearizadas, como também pode ser complexa adotando-se modelos não lineares e até modelos dinâmicos. Extensa pesquisa é feita nessa área e alguns autores merecem destaque como referência ao tema: (PACEJKA, 26), (WINKLER; ERVIN, 976), (BOGARD; WINKLER, 99), (DUGOFF; FANCHER; SEGEL, 97), (GUNTUR; SANKAR, 98), (BIAN et al., 24) e (SALVAGNI; ALVES; BARBOSA, 23) são exemplos de pesquisas na área de modelagem da interação pneu-solo. No presente trabalho optou-se pelo desenvolvimento de um modelo próprio, uma vez que simulações do efeito canivete não apresentavam resultados que convergiam satisfatóriamente com os equacionamentos desenvolvidos em (DUGOFF; FANCHER; SEGEL, 97) e (BIAN et al., 24). O desenvolvimento desse novo modelo de pneu foi proposto pelo professor orientador Dr. Roberto Spinola Barbosa e é descrito na monografia. No presente trabalho serão considerados apenas as forças de contato, e não os momentos. O modelo utilizado nesse trabalho aproxima a curva de força (lateral ou longitudinal) por uma função tangente hiperbólica. O objetivo de se utilizar essa função é a maior estabilidade de integração numérica de um equacionamento que não usa funções com derivadas descontínuas (exemplo função módulo em (BIAN et al., 24)): Figura Tangente hiperbólica Fonte: (UFF, 27) 2.2 Considerações sobre o coeficiente de rigidez lateral e a força normal Como pode ser visto em estudos de dinâmica de arfagem as forças normais nos eixos, 2 e 3, respectivamente N, N 2 e N 3 variam conforme a desaceleração e a distribuição das forças de frenagem. Esse fenômeno, também referenciado como transferência de carga (do inglês Load Transfer), é comentado em (M.PINXTEREN, 2). De acordo com (M.PINXTEREN, 2), em uma frenagem em linha reta, a carga no eixo dianteiro pode chegar a,698 vezes a carga estática e a carga no eixo traseiro do cavalo mecânico pode chegar a,893 da carga estática. Dado que o coeficiente de rigidez lateral em caminhões apresenta uma relação praticamente linear com a força normal em caminhões e carretas (LUIJTEN, 2a), espera-se que o fenômeno de transferência de carga influencie consideravelmente no efeito canivete. Com isso, são utilizadas relações do tipo C α = f N, Onde f é o coeficiente de rigidez lateral normalizado(luijten, 2a). (JAZAR, 23) também menciona a dependência das rigidez longitudinal e vertical do pneu em função da força normal. A imagem a 2

seguir é retirada de (LUIJTEN, 2a) e mostra a relação do coeficiente de rigidez lateral com a força normal: Figura 2 Relação do coeficiente de rigidez lateral com a força normal 2.3 Modelagem não linear da dinâmica do veículo O modelo para a dinâmica da carreta pode ser extremamente completo e contemplar a dinâmica dos corpos em três dimensões. Tendo em vista que tal modelo seria computacionalmente pesado e que não traria tantos mais benefícios que um modelo mais simplificado, foi optado por dois modelos, como utilizado em alguns trabalhos vistos na bibliografia, em duas dimensões (vista superior e vista lateral) e pela utilização de 9 graus de liberdade, sendo que três desses graus de liberdade estão na realidade restritos por equações constitutivas do acoplamento entre pino rei e quinta roda. Nessa configuração, as forças normais nos pneus são determinadas pela dinâmica vertical do conjunto. Esta dinâmica vertical é simulada em conjunto com a dinâmica de guinada e contém 7 dos 9 graus de liberdade propostos, sendo um deles restrito devido ao acoplamento entre pino rei e quinta roda. Caso fosse adotado maior rigor matemático, as dinâmicas não poderiam ser desacopladas da maneira que é realizada neste texto (dinâmica em dois planos), mas por questões de simplificação e em razão da menor significância dos efeitos giroscópicos em relação aos demais termos, são assim definidas. 2.3. Dinâmica de guinada A imagem a seguir ilustra o diagrama de corpo livre(dcl) do cavalo-mecânico e do semirreboque no plano horizontal. As equações da dinâmica dos corpos é deduzida usando-se Método NewtonEuler(TMB - Teorema do Movimento do Baricentro e TMA - Teorema do Momento Angular) ao longo da monografia (SANCHEZ, 27). Figura 3 Diagrama de corpo livre: Cavalo mecânico e Semirreboque 3

2.3.2 Dinâmica da roda Seguindo o desenvolvimento de (RAJESH, 26), a dinâmica da roda pode ser simplificada pelo seguinte TMA: Iwij ω wijk = Twijk Ref f,ij F xijk, Onde i=( - Cavalo, 2-Semirreboque); j=( Dianteiro, 2-Traseiro);k=(L - esquerdo, R-Direito). Iw é o momento de inércia da respectiva roda, ωw é a velocidade angular e Tw é o torque aplicado à roda e é a combinação do torque de freio e torque motor. 2.3.3 Dinâmica vertical e de arfagem As imagens a seguir ilustram o diagrama de corpo livre(dcl) do cavalo-mecânico, do semirreboque e dos três eixos no plano vertical: Figura 4 Graus de liberdade referente à dinâmica vertical e de arfagem. 2.3.4 Vetor de estados Esse modelo adotado conduz, após a aplicação dos Teoremas do Momento Angular (TMA) e do Teorema do Movimento do Baricentro (TMB) aos corpos e dinâmicas relacionadas, ao seguinte conjunto de equações diferenciais, já escritas na forma de vetor de estados: X = Y = ϕ = X 2 = Y 2 = ϕ 2 = ω = wl ω = wr ω w2l = ω w2r = ω w22l = ω w22r = Z = Z 2 = Z 22 = Z 2 = ψ 2 = Z = ψ = m [ Fy sin(θ + ϕ ) Fy2 sin(ϕ ) FAx + Fx cos(θ + ϕ ) +Fy2 cos(ϕ )] m [Fy cos(θ + ϕ ) + Fy2 cos(ϕ ) FAy + Fx sin(θ + ϕ ) +Fx2 sin(ϕ )] Jz [Fy l cos(θ) + Fx l sin(θ) Fy2 l2 + FAy la cos(ϕ ) FAx la sin(ϕ ) + M + M2 ] m2 [FAx + Fx22 cos(ϕ2 ) Fy22 sin(ϕ2 )] m2 [FAy + Fx22 sin(ϕ2 ) + Fy22 cos(ϕ2 )] Jz2 [FAy l2a cos(ϕ2 ) FAx l2a sin(ϕ2 ) Fy22 l22 + M22 ] Iw [TwL Ref f, FxL ] Iw [TwR Ref f, FxR ] Iw2 [Tw2L Ref f,2 Fx2L ] Iw2 [Tw2R Ref f,2 Fx2R ] Iw22 [Tw22L Ref f,22 Fx22L ] Iw22 [Tw22R Ref f,22 Fx22R ] m (N N m g) m2 (N2 N2 m2 g) m22 (N22 N22 m22 g) m2 (N22 + Q m2 g) Jy2 (N22 L22 QL2a Fx22 (z2 + hg2 ) P (hg2 hqr )) m (N + N2 Q m g) Jy (N2 L2 N L QLa Fx (z + hg ) Fx2 (z + hg ) P (hqr hg )) () A dedução das forças de acoplamento FAx, FAy, P e Q levam em consideração condições de compatibilidade cinemática e são deduzidas em uma seção no apêndice da monografia em desenvolvimento 4

(SANCHEZ, 27). Os parâmetros geométricos para as simulações deste trabalho de conclusão de curso foram retirados em sua maioria de (LUIJTEN, 2b). 3 Controle O sistema de controle que visa a melhora do desempenho do veículo quanto à dinâmica lateral é extensivamente trabalhado em diversas fontes. Merecem destaques trabalhos como:(maas, 29) e (CHEN; SHIEH, 2). Outros trabalhos que também podem ser usados como fontes para trabalhos de dinâmica e controle lateral de veículos articulados são: (LIEBERT, 29),(GUTIÉRREZ; CANALE, 999). Percebe-se uma tendencia no desenvolvimento de alguns tipos de sistemas de controle para melhora do desempenho da dinâmica lateral e de guinada de veículos articulados: Controle por esterçamento ativo, Controle ativo ou passivo no sistema pino rei e quinta roda e Controle por torque ativo ou Programa eletrônico de estabilidade. Para o controle por esterçamento ativo (em inglês Active steering system), a estabilização provem da correção ativa do esterçamento sob o movimento imposto pelo motorista. Atuadores adicionados à barra de direção mudam o esterçamento das rodas a fim de se otimizar a dinâmica do sistema (KUMAR, 22), (NGUYEN, 24) e (TRUCKS, 23). Para controle ativo ou passivo no sistema pino rei e quinta roda (em inglês articulation angle control), são instalados atuadores (ativos e/ou passivos) no acoplamento entre o cavalo mecânico e o semirreboque. Diversas patentes podem ser encontradas relacionadas a esse sistema: (ROBERT; DOUGLAS et al., 97), (E, 97) e (HUNGERINK; HEEB; INGRAHAM, 999). Para controle por torque ativo ou Programa eletrônico de estabilidade (em inglês active yaw torque ou Electronic Stability Program), o torque transmitido às rodas é controlado para que a dinâmica de guinada seja mais estável. Podem ser utilizados sistemas de freio diferenciais, diferenciais controlados, ou outras técnicas de controle. Sistemas eletrônicos de estabilidade (em ingles: ESC - Electronic Stability Control) apresentam funcionamento semelhante e já são embarcados em diversos veículos comerciais. Alguns trabalhos que abordam esse sistema de controle são (ESMAILZADEH; GOODARZI; VOSSOUGHI, 23),(CHEN; TOMIZUKA, 995),(ELHEMLY; FAYED; ELMAIHY, 23) e (MA; PENG, 999). Figura 5 Exemplo de sistemas de controle para veículos. Fonte: BMW, MERCEDES e FORD Pelo fato do sistema de controle de torque ativo ser mais facilmente implementado em um sistema cavalo-semirreboque, pois exigiria menos mudanças mecânicas em sistemas já existentes, é o sistema de controle a ser trabalhado nas próximas seções. Em termos de atuador, seria aproveitado o próprio sistema de freio do veículo, só que a dosagem seria distribuida nas rodas do veículos de forma controlada. 5

3. Linearização do modelo Nesta seção é exposto o modelo linear utilizado para o desenvolvimento das técnicas de controle. A dedução do modelo linear encontra-se no apêndice da monografia (SANCHEZ, 27) e foi baseado no trabalho desenvolvido por (LUIJTEN, 2a). Os seguintes graus de liberdade são considerados nesse modelo: Velocidades lateral e de guinada do cavalo mecânico e ângulo relativo e velocidade angular relativa entre cavalo-mecânico e semirreboque. Como entrada e saída temos respectivamente: Ângulo de esterçamento dos pneus "θ"e Torque referente ao freio diferencial "Mz ". As variáveis foram escolhidas convenientemente para facilitar o processo de sensoriamento e para se adequarem a proposta de estudo e controle determinados. O sistema foi descrito na forma de espaço de estados, pois essa notação é comumente usada para a aplicação das técnicas de controle. Tem-se então: m + m2 m2 La m2 L2a C + C3 Cs C3 La C3 l2 v ϕ φ φ v C3 u ϕ C3 La u C3 l2 u φ φ m2 (La + L2a ) m2 L2a I + m2 L22 (La + L2a ) m2 L22 L2a I2 + m2 L2a (La + L2a ) I2 + m2 L22a Cs C3 (La + l2 ) + (m + m2 )u2 Cq2 + C3 La (La + l2 ) m2 La l2 C3 l2 (La + l2 ) m2 L2a u2 C3 l2 C3 La l2 C3 l22 u = u C L C + δ + (2) M z A única variável a ser sensoriada é o ângulo entre o cavalo e o semirreboque. Essa escolha foi feita após alguns testes preliminares acerca da observabilidade do sistema. Percebeu-se que a partir da medida dessa única variável de estado o sistema era completamente observável. Isso se mostrou bastante positivo do ponto de vista do sensoriamento do sistema, já que apenas um sensor é necessário, e sensores de coordenada angular são extremamente numerosos, encontrados para as mais diversas aplicações, tamanhos, geometrias e precisões. Além disso o posicionamento do sensor não é de grande dificuldade, bastando instalá-lo no conjunto pino-rei quinta roda. 3.2 Verificação da estabilidade A análise de estabilidade pode ser feita por algumas metodologias para o modelo descrito na sessão anterior. Para os parâmetros descritos estabelecidos na monografia (SANCHEZ, 27) e para velocidade constante de u = 7km/h, temos um sistema estável, ao passo que para velocidade constrante de u = 9km/h, temos um sistema instável. Tal constatação pode ser observada pela existencia de raízes com partes reais positivas na função de transferência que define o sistema linear e pela existencia desses polos positivos no diagrama de zeros e polos plotados a seguir. Para efeito comparativo, foram plotados o diagrama de polos para diferentes velocidades: Figura 6 Diagrama de zeros e polos do sistema, variando a velocidade longitudinal de 4 a km/h 6

3.3 Metodologias de controle Nesta seção serão desenvolvidos diferentes tipos de controladores para que depois possam ser comparados. Serão desenvolvidas algumas técnicas disponíveis para a sintonia de controladores do tipo Proporcional-Integrativo-Derivativo (PID), como alocação de polos (Pole placement), lugar das raízes(root Locus) e também os resultados provenientes de uma ferramenta de sintonia automática de PID (MatLab "PID Tuner") inclusa no software utilizado. Uma metodologia para a sintonia dos ganhos PID se dá pela utilização do diagrama do lugar das raízes. Utiliza-se nesse caso o recurso "Control System Designer"do MatLab, ferramenta que automatiza o processo de tunagem e facilita a vizualização dos resultados simultaneamente ao processo de sintonia. Matematicamente o programa plota as respostas dinâmicas e os polos do sistema para os possíveis ganhos proposcionais e pode-se, então, a partir das respostas escolher o ganho que melhor se adequou aos critérios de projeto (minimização do tempo de assentamento e do overshoot). Para o método de alocação de polos a determinação dos ganhos do controlador é realizada utilizadose o comando "place"do Matlab. Nessa metodologia, estipula-se os polos objetivos para a planta, e matematicamente o software usa o método da "Alocaçao dos polos"para retornar um controlador em que a planta com malha fechada apresenta os ganhos especificados. Como o sistema é controlavel, teoricamente qualquer polo pode ser estipulado(michigan, 27), no entanto a grande limitação é a banda do atuador (neste caso é a força de frenagem). Como a planta real apresenta uma limitação na força de frenagem que o pneu consegue desenvolver - saturação do contato - o a alocação de polos muito negativos acaba sendo inviabilizada. O método "PID Tuner"de sintonia é uma ferramenta automática do software MatLab. Nesse software, a sintonia é feita graficamente alterando-se duas barras de ajuste de "tempo de resposta"e "comportamento transiente". 3.4 Respostas dinâmicas Nesta seção são expostos as respostas dinâmicas ao degrau e ao impulso do sistema linear em análise além dos diagrama de polos e zeros e do diagrama de bode. Figura 7 Resposta ao impulso e ao degrau do sistema original vs controlado (Alocação de polos, lugar das raizes e PID Tuner) Pode-se observar pelos gráficos acima, que a metodologia que obteve melhor desempenho foi a alocação dos polos, mas as demais técnicas (root locus e PID Tuner) também apresentaram resultados satisfatórios, uma vez que conseguiram estabilizar um sistema que originalmente era instável. 4 Sistema não linear com controle e resultados A seção anterior mostrou que as três metodologias de sintonização dos ganhos de controle foram satisfatórias e conseguiram estabilizar o sistema (inicialmente instável para a velocidade de cruzeiro selecionada). Nesta seção aplica-se o sistema de controle para o modelo não linear e busca-se comparar a resposta dinâmica do sistema com e sem controle. Por simplicidade da aplicação, optou-se pelo 7

método de sintonia de Lugar das raízes (root locus), uma vez que é utilizado apenas um ganho proporcional. Vale destacar que na implementação do sistema de controle buscou-se um sistema robusto e confiável. Percebeu-se, entretanto, que a aplicação do controle em manobras simples e pouco exigentes na verdade atrapalhava a controlabilidade do veículo, deixando-o mais lento para atingir a estabilização. A fim de se evitar a interferência do sistema de controle em manobras menos agressívas, e consequentemente menos sujeitas ao efeito canivete, implementou-se um sistema de "liga e desliga"do controle baseado no trabalho de (BOUTELDJA; CEREZO, 2). Na fonte pesquisada, o autor desenvolve um estimador da suscetibilidade do sistema ao efeito canivete com base no ângulo entre o cavalo-mecânico e sua derivada. A "suscetibilidade"do sistema ao efeito canivete é estimada pelo TLBA ("Time left before accident"), onde por uma extrapolação linear verifica-se o tempo que o sistema levaria a um ângulo crítico. A extrapolação é calculada a partir do ângulo de acoplamento e sua derivada. Adota-se como TLBA crítico um tempo de 8 segundos para um ângulo de 85 o. Figura 8 Risk criterion prediction (TLBA) (BOUTELDJA; CEREZO, 2) O modelo não linear foi submetido a testes em diferentes manobras. A imagem a seguir ilustra por exemplo a eficiencia do sistema de controle em evitar o efeito canivete em uma manobra de mudança de faixa brusca (esterçamento senoidal) com frenagem próxima de 5 m/s 2. Essa manobra seria equivalente a tentativa de desvio de um obstáculo na pista. Figura 9 Esterçamento senoidal com frenagem. Sist. sem controle (esq.) e com controle (dir.) A imagem a seguir ilustra a simulação de um caso com esterçamento brusco e com uma frenagem atrasada do motorista. A situação ilustra o caso do motorista entrar com o caminhão em uma curva em alta velociade, aplicar uma angulo de esterçamento fechado e realizar a frenagem durante a curva. Pode-se perceber que o caminhão sem o sistema de controle apresenta o efeito canivete, enquanto que o sistema controlado consegue se manter relativamente estável (mesmo com o ângulo entre os corpos chegando a cerca de 4 o ) 8

Figura Esterçamento degrau com frenagem. Sist. sem controle (esq.) e com controle (dir.) Referências BIAN, M. et al. A dynamic model for tire/road friction estimation under combined longitudinal/lateral slip situation. [S.l.], 24. Citado na página 2. BOGARD, S.; WINKLER, C. B. Lateral Performance Measurements of Wide-Base Truck Tires. [S.l.]: University of Michigan, 99. Citado na página 2. BOUTELDJA, M.; CEREZO, V. Jackknifing warning for articulated vehicles based on a detection and prediction system. In: 3rd international conference on road safety and simulation. [S.l.: s.n.], 2. p. 4 6. Citado na página 8. CHEN, C.; TOMIZUKA, M. Dynamic modeling of articulated vehicles for automated highway systems. In: IEEE. American Control Conference, Proceedings of the 995. [S.l.], 995. v., p. 653 657. Citado na página 5. CHEN, L.; SHIEH, Y. Jackknife prevention for articulated vehicles using model reference adaptive control. Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, Part D: Journal of Automobile Engineering, Sage Publications, v. 225, n., p. 28 42, 2. Citado na página 5. DUGOFF, H.; FANCHER, P.; SEGEL, L. An analysis of tire traction properties and their influence on vehicle dynamic performance. [S.l.], 97. Citado na página 2. E, K. G. W. G. P. Fifth wheel coupler with rotary damping. [S.l.]: Google Patents, 97. US Patent 3,52,557. Citado na página 5. ELHEMLY, M. A. E.; FAYED, M. A. E.; ELMAIHY, A. A. E. Tractor semitrailer jackknifing elimination using semitrailer differential braking technique. International Journal of Heavy Vehicle Systems, Inderscience Publishers Ltd, v. 2, n., p. 9 34, 23. Citado na página 5. ESMAILZADEH, E.; GOODARZI, A.; VOSSOUGHI, G. Optimal yaw moment control law for improved vehicle handling. Mechatronics, Elsevier, v. 3, n. 7, p. 659 675, 23. Citado na página 5. GUNTUR, R.; SANKAR, S. A friction circle concept for dugoff s tyre friction model. International Journal of Vehicle Design, Inderscience Publishers, v., n. 4, p. 373 377, 98. Citado na página 2. GUTIÉRREZ, J. C. H.; CANALE, A. C. Estudo Comparativo da Estabilidade Direcional de Duas Combinações Veiculares Tipo Cavalo Semi-Reboque. [S.l.]: Congresso Nacional de Engenharia Mecânica - CONEM, 999. Citado na página 5. HUNGERINK, G. W.; HEEB, J. P.; INGRAHAM, R. D. Fifth wheel hitch coupling control system. [S.l.]: Google Patents, 999. US Patent 5,86,82. Citado na página 5. JAZAR, R. N. Vehicle dynamics: theory and application. [S.l.]: Springer Science & Business Media, 23. Citado na página 2. KUMAR, D. N. K. A. An Overview of Active Front Steering System. [S.l.]: International Journal of Scientific and Engineering Research, 22. Citado na página 5. LIEBERT, D. Modelagem Dinâmica Longitudinal de Veículos Articulados. [S.l.]: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP, 29. Citado na página 5. LUIJTEN, M. Lateral dynamic behaviour of articulated commercial vehicles. Master s thesis - Eindhoven University of Technology - Department Mechanical Engineering, 2. Citado 3 vezes nas páginas 2, 3 e 6. 9

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