Darcy Francisco Carvalho dos Santos Contador, economista e auditor de finanças públicas Agosto/2015

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Transcrição:

Darcy Francisco Carvalho dos Santos Contador, economista e auditor de finanças públicas Agosto/2015

Esclarecimentos iniciais O Ministério Público de Contas recomendou a não aprovação das contas de 2014, o que fez também em outras oportunidades. O Tribunal de Contas sempre recomendou a aprovação das contas dos governos anteriores, mesmo com irregularidades, mas nenhum deles tornou ingovernável o período seguinte e desrespeitou tanto a lei de responsabilidade fiscal como o que findou em 2014. E, por incrível que pareça, teve suas contas aprovadas por unanimidade e com elogios.

Algumas constatações do Ministério Público de Contas (11 das 43 irregularidades) 1) Déficit de 2014 superior a 9,5 vezes o de 2010 (7,4 vezes, corrigidos os valores) 2) Déficit de 2014 R$ 3,4 bilhões, 2,7 vezes o constante do balanço, devido a contabilidade criativa e pedaladas. 3) Saque acumulado do caixa único de R$ 11,790 bilhões em 2014, é 2,5 vezes maior que o de 2010, que atingia R$ 4,636 bilhões. 4) Saque entre 2011-2014 de R$ 5,7 bilhões dos depósitos judiciais, 73,5% do total sacado até então. 5) Dívida de curto prazo passou de R$ 3,024 bilhões em 2010 para 9,662 bilhões em 2014 (3,2 vezes). Em valores reais.

Constatações do MPC -continuação 6) Aplicações em saúde 8,91% e não os 12%, como todo o uso dos depósitos judiciais. 7) Déficit de vagas no sistema prisional: 9.165 ou 43,4% do total 8) Aplicação indevida de R$ 650 milhões do Fundeb. 9) Utilização indevida de R$ 348 milhões do IPE saúde, para outras finalidades. 10) Resultado primário negativo na ordem de R$ -542 milhões (negativo), meta R$ 1,419 bilhões. 11) Abertura de créditos adicionais (para realizar mais despesas) sem a existência de recursos.

Reajustes da segurança pública Quadros Reajuste anual Período 2015-2017 Polícia Civil Delegados (já incluídos 5%) (*) 12,9% a 19,1% 2013-2018 12,9% a 19,1% Demais 10,8% 2013 a 2018 16,3% (Mais 5% aa. 2015-2017, abril/2014) Susepe 13,6% 2013 a 2018 13,6% Oficiais da Brigada Militar (*) 8,6% a 10,7% 2013 a 2018 14,0% (Mais 5% aa. 2015-2017, abril/2014) 16,2% Praças (soldados, cabos e sargentos) 16,0% 2013 a 2014 21,8% Idem 13,6% 2015 a 2018 19,3% (Mais 5% aa. 2015-2017, abril/2014) Delegados: 14.072/2012 e 14.455/2014. Demais: 14.073, 14.074, 14.075 e 14.188/2012 e 14.438/2014 e projetos-de-lei 67/2014, 68/2014 e 69/2014 aprovados em abril/2014.

Recursos esgotados Depósitos judiciais, cujo saldo era R$ 4 bilhões no final de 2010, só restou R$ 300 milhões para 2015. Limite de endividamento, que estava em 15% da RCL em 2010, foi zerado em 2014, como o agravante de que o limite cai 10% entre 2015 e 2016. PIB em queda, 0,2% em 2014, com previsão de recessão para 2015 e 2016. O orçamento de 2015 foi elaborado com uma previsão de crescimento nominal de 16,7% da receita corrente. Hoje está em 6,7%. Estão previstos R$ 2,6 bilhões de empréstimos e transferência federais, cuja realização é praticamente nula.

Estado do RS: Margem para investimentos, investimentos e receitas de capital em % RCL 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 - -2,0-4,0-6,0-8,0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Investim. 4,8 7,1 5,7 4,7 4,7 2,7 3,7 3,5 8,8 4,8 5,0 5,1 5,9 Rec.capital 4,0 3,9 3,8 1,4 2,4 9,0 7,4 1,3 1,2 1,6 4,5 3,2 8,7 Margem inv. -3,3-0,4-6,1-3,8-4,1-2,1-1,2 2,3 3,4 1,0-2,5-3,1-7,1 Fonte: Execução orçamentária dos Estados - STN e RREOs dos Estados. Nota: Em 2007: Venda de ações do Banrisul e 2008 e 2010: Relagem da dívida extralimite.

Taxas de crescimento real da RCL e demais agregados de despesa, 2007-10 e 2011-14 8,0% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 2007-10 2011-14 RCL 6,4% 2,4% Pessoal 3,9% 6,1% ODC 4,6% 6,7% Dívida 0,3% 4,4% Investim. 4,7% 5,1%

Déficits projetados em fevereiro e abril de 2014 R$ bilhões 0,0-1,0-2,0-3,0-4,0-5,0-6,0-7,0-8,0 2015 2016 2017 2018 2019 fev/14-3,9-4,0-4,1-4,2-4,0 abr/14-4,9-5,7-6,4-6,8-7,2

Passivo trabalhista pelo não pagamento do piso nacional do magistério Período: maio/ 2011 - dezembro/2014 Em R$ 1.000,00 correntes. Folha c/piso Folha com Diferença Juros C.monetária Total Ano nacional básico do RS 6% aa. IGP-M passivo 2011 3.483.000 2.430.000 1.053.000 220.996 276.669 1.550.665 2012 6.149.942 3.803.206 2.346.736 360.354 433.632 3.140.722 2013 6.641.598 4.381.331 2.260.268 198.010 224.685 2.682.962 2014 7.194.179 4.980.411 2.213.768 61.304 63.697 2.338.769 Total 23.468.719 15.594.947 7.873.772 840.664 998.683 9.713.118 Fonte: Elaboração própria Observações: 1. Piso nacional é reajustado pelo Fundeb. 2. Tanto os juros quanto a correção foram calculados mensalmente até dezembro/2014. 3. Desconsiderado o crescimento vegetativo da folha. 4. Considerado IGP-M de 6% aa. para 2014 e o piso para 2014 em R$ 1.697,37. 5. Em janeiro de 2015 o piso nacional subiu 13%.

Lei de responsabilidade fiscal (1) Do Controle da Despesa Total com Pessoal Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda: I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no 1 o do art. 169 da Constituição;

Lei de responsabilidade fiscal (2) Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17. Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I - estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

Lei de responsabilidade fiscal (3) Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 1 o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. 2 o Para efeito do atendimento do 1 o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no 1 o do art. 4 o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

Art. 169 da CF continuação 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Despesas com pessoal: art. 169 da CF. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo ( grifei) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

Limites da despesa com pessoal em % da RCL, segundo a LRF PODER RCL - % EXECUTIVO 49% JUDICIÁRIO 6% MINISTÉRIO PÚBLICO 2% ASSEMBLEIA LEGISLATIVA + T.CONTAS 3% TOTAL 60% Fonte: LC 101/2000, art.20, inciso II.

Exclusões da despesa com pessoal para efeito da LRF, pelo TCE Imposto de Renda dos servidores Pensões Transf.ao IPE para assistência médica dos servidores Creche, bolsas de estudo e transportes Refeições e etapas para alimentação Obs.: O Art. 18 da LRF inclui tudo isso.

Despesa efetiva com pessoal e a considerada para efeito da LRF, em 2014 Despesa efetiva 65,0% Para efeito da LRF 53,6% Não considerado LRF 11,4% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% Despesas com pessoal/rcl, segundo o TCE-RS, 2014 Obs.: O TCE em 2014 descontou também da despesa bruta de pessoal o IRF e contribuição previdenciária (esta pela LRF), deixando só o encargo efetivo. Com os valores brutos a diferença é 20,5 pontos (PP-TCE, 2013).

Impossibilidade teórica do equilíbrio pelo não cumprimento da LRF PESSOAL CONSIDERADO (MAX.) 60,0% GASTOS POSSÍVEIS: OUTRAS DESPESAS CORRENTES 25,0% SERVIÇO DÍVIDA 10,0% INVESTIMENTOS 5,0% TOTAL 100,0% DESP. PESSOAL EXCLUÍDA P/TCE 11,4% Obs. O percentual excluído é equivalente à despesa com a dívida.

Conclusão Faço minha a parte final da conclusão do Ministério Público de Contas, assim:...se ao longo de décadas, o Tribunal de Contas, os órgãos de controle tivessem julgado ainda com maio rigor as Contas do Governo do Estado, talvez o Estado não estivesse nessa situação financeira...

Uma frase para reflexão, que pode ser aplicada a diversas situações As gerações futuras irão nos perguntar: Mas onde é que vocês estavam que não viram o que estava acontecendo? O que estavam esperando para acordar? (Al Gore, ex-vice presidente dos Estados Unidos, no filme Uma verdade inconveniente, Sobre os efeitos de longo prazo do aquecimento da Terra.