ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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- Renato Fernandes
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1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
2 FAPAN FACULDADE DE AGRONEGÓCIO DE PARAÍSO DO NORTE 1. ORÇAMENTO PÚBLICO 2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 3. LRF
3 1. ORÇAMENTO PÚBLICO:
4 2.1 CONCEITO: 16. Defina orçamento público: É o ato pelo qual o Poder Executivo PREVÊ a arrecadação de receitas e FIXA a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza, através de Lei, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina pública. (Deusvaldo Carvalho)
5 O orçamento público estima a receita e fixa as despesas para um exercício. O orçamento público é um plano de governo para guiar as ações do Poder Público a curto e médio prazo.
6 2.2 Principais normas legais para a construção do orçamento público: a. CF/1988: Capítulo II, Finanças Públicas, Arts. 165 à 169); b. Lei 4.320/1964, que estabelece as normas específicas sobre elaboração e organização orçamentária; e c. Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101 de 2000).
7 Orçamento Público é um Instrumento de planejamento adotado pela Administração Pública União, Estados, DF e Municípios -, realizado nas três esferas de poder Executivo, Legislativo e Judiciário -, o qual prevê ou estima todas as receitas a serem arrecadadas e fixa as despesas.
8 O orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível, que traduz, em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e programas de trabalho do governo.
9 4. CICLO ORÇAMENTÁRIO: É a seqüência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário, assim consubstanciadas: 1. Elaboração; 2. Estudo e aprovação; 3. Execução; e 4. Avaliação.
10 CICLO ORÇAMENTÁRIO: O processo de elaboração do orçamento público no Brasil obedece a um ciclo integrado ao planejamento de ações, que, de acordo com a CF de 1988, compreende: a. o Plano Plurianual PPA; b. a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO; e c. a Lei Orçamentária Anual - LOA.
11 Elaboração do projeto de Lei orçamentária anual - LOA Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária Controle e avaliação da execução orçamentária e financeira Execução orçamentária e financeira
12 5. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: Art. 165 da CF/1988: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.
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14 PPA PLANO PLURIANUAL
15 1º ANO: o Chefe do Executivo governa com a proposta de seu antecessor e elabora e encaminha o seu PPA para os próximos 04 anos 3º ANO de Mandato: idem ao 2º ANO 2º ANO: o Chefe do Executivo trabalha com o seu PPA aprovado pelo Poder Legislativo, 1º ano de prática de seu planejamento 4º ANO de Mandato: idem ao 2º ANO
16 PPA PLANO PLURIANUAL (art. 165, CF/88): DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PARA AS DESPESAS DE CAPITAL E OUTRAS DELAS DECORRENTES; E PARA AS RELATIVAS AOS PROGRAMAS DE DURAÇÃO CONTINUADA.
17 LDO LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
18 b. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) : prioridades e metas da administração pública federal; diretrizes para a elaboração da lei orçamentária; alterações na legislação tributária; política de aplicação dos recursos das agências oficiais de fomento;e despesas com pessoal e encargos sociais. CF/1988, arts º e 169
19 LDO LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS VIGÊNCIA: Período de 12 meses, mas não coincide com o ano civil. Começa a vigorar no 2º período legislativo de cada ano e vai até o término do 1º período legislativo do ano seguinte.
20 LOA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL A Lei Orçamentária Anual LOA é elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsão de receitas (arrecadação) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte. A LOA precisa estar em sintonia com o Plano Plurianual PPA e com a LDO
21 Orçamento fiscal Orçamento da seguridade social Orçamento de investimento das empresas (CF: art. 165, 5º; CE: art. 162, 5º)
22 ORÇAMENTO FISCAL: aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta; inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO: às empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto
23 ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL: todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta; aos fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público
24 ENVIO AO PODER LEGISLATIVO PPA 31 DE AGOSTO LDO 15 DE ABRIL LOA 31 DE AGOSTO ENVIO AO PODER EXECUTIVO 22 DE DEZEMBRO 17 DE JULHO 22 DE DEZEMBRO
25 Caso o projeto de LOA não seja encaminhado para sanção até 22 de dezembro, a programação relativa a pessoal e encargos sociais, serviços da dívida e demais despesas de custeio poderá ser executada, em cada mês, até o limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação.
26 .PPA - lei que prevê a arrecadação e os gastos em programas e ações para um período de quatro anos. LDO - estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro, orienta a elaboração do orçamento e faz alterações na legislação tributária. LOA - estima receitas e fixa despesas para um ano, de acordo com as prioridades contidas no PPA e LDO, detalhando quanto será gasto em cada ação e programa.
27 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
28 Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) Lei Complementar nº 101: Publicada no dia 04 de maio de 2000, Regulamenta o artigo 163 da Constituição Federal.
29 FAPAN FACULDADE DE AGRONEGÓCIO DE PARAÍSO DO NORTE a. É o principal instrumento regulador das contas públicas no Brasil; b. Estabelece metas, limites e condições para gestão das Receitas e das Despesas; c. Obriga os governantes a assumirem compromissos com a arrecadação e gastos públicos.
30 FAPAN FACULDADE DE AGRONEGÓCIO DE PARAÍSO DO NORTE A LRF trouxe para os municípios uma importante contribuição para o ajuste fiscal, reforçando o seu potencial tributário, fazendo com que os governantes desenvolvessem uma política tributária responsável e, cobrando, efetivamente, todos os tributos que são de sua competência
31 FAPAN FACULDADE DE AGRONEGÓCIO DE PARAÍSO DO NORTE Uma administração transparente e democrática deve mostrar o que fazer e de onde vai tirar os seus recursos, para que possa contar com a confiança da população, que pagará os seus tributos de uma maneira mais consciente e motivada.
32 A LRF se apóia em quatro eixos: Planejamento; Transparência; Controle; Responsabilização.
33 Planejamento: É feito por intermédio de mecanismos como o Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelecem metas para garantir uma eficaz administração dos gastos públicos
34 Transparência: É a ampla e diversificada divulgação dos relatórios nos meios de comunicação, inclusive internet, para que todos tenham oportunidade de acompanhar como é aplicado o dinheiro público.
35 Controle: É aprimorado pela maior transparência e pela qualidade das informações, exigindo uma ação fiscalizadora mais efetiva e contínua dos Tribunais de Contas.
36 Responsabilização: São sanções que os responsáveis sofrem pelo mau uso dos recursos públicos. Essas sanções estão previstas na legislação que trata dos crimes de responsabilidade fiscal.
37 OBJETIVO Com a LRF todos os governantes passam a se responsabilizar pelo orçamento e pelas metas que possibilitem prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
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40 ENTES ENVOLVIDOS Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas e o Ministério Público, nos níveis federal, estadual e municipal
41 Uma importante contribuição da LRF é que ela reforça o planejamento e a execução do Plano de Governo, pois só permite novos projetos após o cumprimento daqueles em andamento.
42 A Lei determina ainda que sejam contempladas as despesas de conservação do Patrimônio Publico que fica, assim, garantida. O dinheiro que os municípios gastam é público e assunto de todos. Se não tem controle, quem paga é o povo.
43 PRINCIPAIS REGRAS: A lei fixa limites para despesas com pessoal e dívida pública e determina que sejam criadas metas para controlar receitas e despesas. Há mecanismos adicionais de controle para anos de eleição.
44 LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL
45 OS LIMITES PARA GASTO COM PESSOAL: São fixados por poder em cada esfera de governo, sempre em percentual da receita corrente líquida (soma de todas as receitas, excluídas as contribuições para previdência).
46 UNIÃO: Pode gastar 50% da receita corrente líquida com pessoal. 37,9% para o Executivo 6% para o Judiciário 3% para custeio de despesas do DF e dos ex-territórios 2,5% para o Legislativo (incluindo TCU) 0,6% para o Ministério Público.
47 ESTADOS E MUNICÍPIOS: Podem gastar 60%. Nos Estados, a divisão é: 49% para o Executivo 6% para o Judiciário 3% para o Legislativo (incluindo TCE e Tribunal de Contas dos Municípios, se houver) 2% para o Ministério Público Estadual.
48 ESTADOS E MUNICÍPIOS: Podem gastar 60%. Nos municípios, a divisão é mais simples: 54% para o Executivo 6% para o Legislativo (incluindo o Tribunal de Contas Municipal, se houver.
49 O LIMITE PRUDENCIAL é uma espécie de sinal de advertência para quando o ente, órgão ou Poder estiver muito próximo do limite global. Evita que os entes atinjam os limites de despesa de pessoal. Os Poderes ou Órgãos, antes mesmo de atingirem o limite prudencial, já deverão ter sido ALERTADOS pelos Tribunais de Contas ao atingirem 90% DO LIMITE DE DESPESA DE PESSOAL.
50 A esfera de governo NÃO CUMPRIR O LIMITE e chegar a 95% do limite já não poderá aumentar salários, contratar horas extras, admitir funcionários (exceto em caso de aposentadoria ou morte) nem criar cargos, acarretando sanções pessoais e institucionais.
51 Para que os limites sejam respeitados PODE HAVER DEMISSÕES seguindo a ordem Constitucional: 1. Corte de 20% do gasto com cargos de confiança; 2. Exoneração de servidores não-estáveis; 3. Exoneração de servidores estáveis (com menor tempo de serviço, maior remuneração e menor idade). Pode haver também redução da jornada.
52 O ente que estiver acima desse limite prudencial não poderá promover uma série de ações, como:. Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração, a qualquer título, salvo as derivadas de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual (ressalvada a revisão anual - Artigo 37, X, CF)
53 . Criação de cargo, emprego ou função;. Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;. Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
54 . Contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do parágrafo 6º do artigo 57 da Constituição e as situações previstas na LDO.
55 Os limites não impedem a revisão anual dos salários. Mas só poderá haver aumento real se o Estado cumprir as limitações, se demonstrar nova receita permanente ou reduzir despesa e se tiver previsto o benefício na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
56 Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Apresenta os recursos públicos destinados à educação provenientes da receita resultante de impostos e de receitas vinculadas ao ensino.
57 REC. DE IMPOSTOS X 25% MANUT. E DESENV. DO ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL X 60%
58 As penalidades alcançam todos os responsáveis, dos três poderes da União, estados e municípios. E todo cidadão será parte legítima para denunciar. São duas as sanções previstas: Sanções Institucionais: recaem sobre o ente público Sanções Pessoais: recaem sobre o agente que cometer crime ou infração administrativa.
59 Os responsáveis pela fiscalização são os Tribunais de Contas, mas a lei cria relatórios bimestrais e quadrimestrais obrigatórios que deverão ser de acesso público (de preferência, via Internet) e mostrarão a situação das finanças de cada esfera de governo.
60 Fonte:. 00/fsp001231f.htm. Lei de Responsabilidade Fiscal. Lei nº 101 de 04 de maio de 2000.
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