Teoria da Contabilidade I

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Teoria da Contabilidade I (LGE202) Licenciatura em Gestão CAPÍTULO I: o balanço Ano Lectivo 2007/2008 1

O BALANÇO O REVISITADO Como é óbvio, a empresa para desenvolver a sua actividade necessita de controlar um conjunto de bens, direitos e obrigações Esse conjunto de elementos constitui o Património da empresa 4 Ano Lectivo 2007/2008 2

O património de uma empresa é composto por Edifícios, máquinas, m numerário, rio, existências (Bens( Bens) Dívidas a receber (Direitos( Direitos) Dívidas a pagar (Obriga( Obrigações) O património inclui elementos positivos (Bens e Direitos) e negativos (Obrigações) 5 Para calcular o valor do Património, temos de comparar os elementos positivos com os negativos: Valor do Património = Activos Passivos O valor do património não é mais do que a quantia necessária para receber o activo ficando com o encargo de pagar o passivo 6 Ano Lectivo 2007/2008 3

Características dos elementos patrimoniais: Heterogeneidade Complementaridade Monetarização Sujeição Administrativa 7 Através s do inventário rio,, identificam-se os elementos patrimoniais da empresa atribuindo- lhes um determinado valor Para se determinar o valor desse património, basta subtrair o valor das obrigações (Passivo) ao valor dos bens e direitos (Activo) Na disciplina de Contabilidade Financeira, recordando a Equação Fundamental do Balanço, verificou-se que o balanço o está equilibrado O que permite identificar facilmente o valor do património: A P = Situação LíquidaL 8 Ano Lectivo 2007/2008 4

Através s do balanço, podemos identificar facilmente as seguintes situações patrimoniais Activo > Passivo Situação Patrimonial Positiva Activo < Passivo Situação Patrimonial Negativa Activo = Passivo Situação Patrimonial nula 9 O Balanço dá-nos a conhecer a posição financeira da empresa, ao relacionar os activos com os passivos e os capitais próprios. prios. 10 Ano Lectivo 2007/2008 5

BRISA, SA (Balanço adaptado) 2003 2002 2003 2002 ACTIVO AB AA AL AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Capital Próprio Imobilizações Incorpóreas 245.946 14.719 231.227 240.363 Capital 600.000 600.000 Imobilizações Corpóreas 4.079.972 1.016.657 3.063.315 3.010.830 Reservas 197.228 114.583 Investimentos Financeiros 568.764 568.764 542.731 Resultados transitados 393.645 393.645 4.894.682 1.031.376 3.863.305 3.793.923 Resultado líquido do exercício 151.675 213.063 Total do capital próprio 1.342.547 1.321.291 Circulante Existências 9 9 19 Passivo Dívidas de terceiros 132.242 15.422 116.820 172.171 Provisões 40.339 34.949 Disponibilidades 5.025 5.025 9.977 Dívidas a terceiros 2.229.335 2.318.809 137.275 15.422 121.853 182.167 Total do passivo 2.269.674 2.353.758 Acréscimos e diferimentos 483.223 483.223 549.661 Acréscimos e diferimentos 856.160 850.702 Total do activo 5.515.180 1.046.798 4.468.382 4.525.751 Total do Cap. Próp. e do Pass. 4.468.382 4.525.751 Valores em '000 euros 11 SPORTING SAD, SA (Balanço adaptado) 30.06.2004 ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Capital Próprio Imobilizações Incorpóreas 51.305 24.096 27.209 Capital 22.000 Imobilizações Corpóreas 1.728 1.428 300 Reservas Investimentos Financeiros Resultados transitados -60.029 53.033 25.524 27.509 Resultado líquido do exercício -9.222 Total do capital próprio -47.251 Circulante Existências Passivo Dívidas de terceiros 42.540 1.851 40.689 Provisões 239 Disponibilidades 3.494 Dívidas a terceiros 112.276 46.034 1.851 40.689 Total do passivo 112.515 Acréscimos e diferimentos 3.168 3.168 Acréscimos e diferimentos 6.102 Total do activo 102.235 27.375 71.366 Total do Capit. Próp. e do Passivo 71.366 Valores em '000 euros 12 Ano Lectivo 2007/2008 6

ACTIVO É formado pelos recursos controlados pela empresa. Prevê-se que estes recursos originem no futuro benefícios para a empresa Podemos dividir os activos em duas grandes categorias: Circulante e Imobilizado Enquanto que os activos imobilizados são os recursos que a empresa detém m com um carácter cter de continuidade, os activos circulantes têm a ver com o ciclo operacional da empresa 13 ACTIVO É formado pelos recursos controlados pela empresa. Prevê-se que estes recursos originem no futuro benefícios para a empresa Podemos dividir os activos em duas grandes categorias: Circulante e Imobilizado Enquanto que os activos imobilizados são os recursos que a empresa detém m com um carácter cter de continuidade, os activos circulantes têm a ver com o ciclo operacional da empresa 14 Ano Lectivo 2007/2008 7

CICLO OPERACIONAL EMPRESA COMERCIAL CICLO OPERACIONAL DINHEIRO MERCADORIAS CRÉDITO S/ CLIENTES 250.000 250.000 300.000 COMPRA VENDE RECEBE 15 BALANÇO ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos Capital Próprio Capital Reservas Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 16 Ano Lectivo 2007/2008 8

ACTIVO CIRCULANTE As Disponibilidades englobam os meios líquidos de pagamento e as aplicações de tesouraria de curto prazo. As Dívidas de terceiros incluem as dívidas d a receber pela empresa As Existências englobam os bens armazenáveis que foram adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam a ser vendidos ou incorporados no processo produtivo 17 DISPONIBILIDADES Valorimetria As disponibilidades em moeda estrangeira são convertidas para euros com base na taxa de câmbio em vigor à data da sua obtenção As que existirem à data de elaboração do Balanço, são actualizadas ao câmbio em vigor naquela data As diferenças cambiais são reconhecidas como um proveito financeiro (positivas) ou como um custo financeiro (negativas) 18 Ano Lectivo 2007/2008 9

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Nesta rubrica do activo serve para classificar os investimentos financeiros temporários rios Na prática, são aplicações de tesouraria de curto prazo. Destinam-se se à aplicação de excedentes de tesouraria São investimentos rapidamente realizáveis (transformados em dinheiro) e que são detidos por um prazo inferior a um ano (acções, obrigações,...) 19 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Valorimetria Para o cálculo c do custo de aquisição dos títulos tulos negociáveis adopta-se os mesmos critérios rios utilizados para as existências, com as necessárias adaptações: 20 Ano Lectivo 2007/2008 10

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Valorimetria Para o cálculo c do custo de aquisição dos títulos tulos negociáveis adopta-se os mesmos critérios rios utilizados para as existências, com as necessárias adaptações: Preço acrescido das despesas necessárias para a sua aquisição 21 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: A Topcom decidiu aplicar os excedentes de tesouraria em acções da Portugal Telecom 22 Ano Lectivo 2007/2008 11

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: Banco SmallOnline 15-11-20x1 AVISO DE DÉBITO Compra em Bolsa 1.000 acções Portugal Telecom 1.000 x 8,80 Euro 8.800,00 Comissão 10,50 Imposto de selo (4%) 0,42 Taxa de bolsa 1,08 8.812,00 23 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: Custo de cada acção =8.812/1.000 = =8,812 euros Banco SmallOnline 15-11-20x1 AVISO DE DÉBITO Compra em Bolsa 1.000 acções Portugal Telecom 1.000 x 8,80 Euro 8.800,00 Comissão 10,50 Imposto de selo (4%) 0,42 Taxa de bolsa 1,08 8.812,00 24 Ano Lectivo 2007/2008 12

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: Títulos Negociáveis Dep. à Ordem 8.812,00 8.812,00 25 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis À data da elaboração do balanço é necessário comparar a cotação em bolsa com o custo de aquisição Os títulos t tulos negociáveis surgem no Balanço valorizados ao menor de dois valores: Custo de aquisição Cotação em bolsa à data do balanço 26 Ano Lectivo 2007/2008 13

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis À data da elaboração do balanço é necessário comparar a cotação em bolsa com o custo de aquisição Os títulos t tulos negociáveis surgem no Balanço valorizados ao menor de dois valores: Custo de aquisição Cotação em bolsa à data do balanço O O ajustamento é feito de forma indirecta através s da conta Ajustamentos para Aplicações de Tesouraria 27 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis À data da elaboração do balanço é necessário comparar a cotação em bolsa com o custo de aquisição Os títulos t tulos negociáveis surgem no Balanço valorizados ao menor de dois valores: Custo de aquisição Cotação em bolsa à data do balanço O O Se ajustamento a cotação > écusto feito de aquisição: forma indirecta Ganho através potencial s da que conta não Provisões é reflectido para na aplicações de valorização tesouraria dos títulos 28 Ano Lectivo 2007/2008 14

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis À data da elaboração do balanço é necessário comparar a cotação em bolsa com o custo de aquisição Os títulos t tulos negociáveis surgem no Balanço valorizados ao menor de dois valores: Custo de aquisição Cotação em bolsa à data do balanço O O Se ajustamento a cotação < écusto feito de de aquisição: forma indirecta Perda através potencial s da que conta deve Provisões ser reflectida para aplicações na de valorização tesouraria dos títulos 29 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: Em 31.12.20x1, as acções da Portugal Telecom estavam cotadas a 8 euros no Euronext Lisboa Ajustamentos de aplicações de Tesouraria CPF - Ajustamentos de Aplicações Financeiras 812,00 812,00 30 Ano Lectivo 2007/2008 15

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis Exemplo: Em 31.12.20x1, as acções da Portugal Telecom estavam cotadas a 8 euros no Euronext Lisboa Ajustamentos de aplicações de Tesouraria CPF - Ajustamentos de Aplicações Financeiras 812,00 812,00 1.000 x (8,812 8) 31 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis BALANÇO ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos Capital Próprio Capital Reservas Saldo devedor da Resultados transitados conta Títulos Resultado líquido do exercício Total do capital próprio negociáveis Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 32 Ano Lectivo 2007/2008 16

DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis BALANÇO ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos Capital Próprio Capital Reservas Saldo credor da Resultados transitados conta Ajustamentos Resultado líquido do exercício Total do capital próprio de Aplicações de Tesouraria Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 33 DISPONIBILIDADES Títulos Negociáveis ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos BALANÇO AL (Activo Líquido) corresponde à diferença entre os valores da coluna AB (Activo Bruto) e AA (Amortizações e Capital Próprio Capital Reservas Ajustamentos) Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 34 Ano Lectivo 2007/2008 17

ACTIVO CIRCULANTE As Disponibilidades englobam os meios líquidos de pagamento e as aplicações de tesouraria de curto prazo. As Dívidas de terceiros incluem as dívidas d a receber pela empresa As Existências englobam os bens armazenáveis que foram adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam a ser vendidos ou incorporados no processo produtivo 35 DÍVIDAS DE TERCEIROS Valorimetria Com o desenvolvimento das transacções comerciais a nível n internacional, é natural que as empresas apresentem créditos sobre terceiros em moeda estrangeira A questão que se coloca é que taxa câmbio utilizar no registo das transacções em moeda estrangeira? A regra: utiliza-se a taxa de câmbio da data da transacção ão,, salvo se o câmbio estiver fixado pelas partes ou garantido por uma terceira entidade 36 Ano Lectivo 2007/2008 18

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 $3.544,00 37 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 A Topcom aproveitou uma oportunidade de mercado, e efectuou uma exportação de diverso equipamento $3.544,00 38 Ano Lectivo 2007/2008 19

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 $3.544,00 A Topcom facturou em dólares 39 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 $3.544,00 No registo da factura, que taxa de câmbio utilizar? 40 Ano Lectivo 2007/2008 20

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 $3.544,00 H1: A taxa de câmbio não está fixada Neste caso utiliza-se a taxa do dia 41 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Consultado o site do Banco de Portugal obteve-se a taxa fixing EUR/USD do dia da factura 1,1356 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 3.544 / 1,1356 = 3.120,82 euros H1: A taxa de câmbio não está fixada Neste caso utiliza-se a taxa do dia $3.544,00 42 Ano Lectivo 2007/2008 21

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 $3.544,00 H2: A taxa de câmbio está fixada Neste caso utiliza-se a taxa de fixação 43 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Valores retirados da Factura nº 4526/x1 Descrição Quant. Preço Unitário Valor Telemóvel XPTO 15 $89,00 $1.335,00 A TOPCOM acordou com o Banco Y, para a data de vencimento da factura, a taxa de câmbio EUR/USD 1,1505 Telemóvel RTYU 20 $56,00 $1.120,00 Kit mãos-livres Ref. 345 5 $7,80 $39,00 Kit Bluetooth Ref. 5672 6 $175,00 $1.050,00 3.544 / 1,1505 = 3.080,40 euros H2: A taxa de câmbio está fixada Neste caso utiliza-se a taxa de fixação $3.544,00 44 Ano Lectivo 2007/2008 22

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Lançamento da factura 4526/x1 H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 H2: Com Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.080,46 3.080,46 45 DÍVIDAS DE TERCEIROS Valorimetria Quando não existe fixação de câmbio, os valores a receber em moeda estrangeira têm de ser actualizados à data do Balanço com base no câmbio dessa data As diferenças de câmbio calculadas nessa data são reconhecidas em contas de custos (desfavoráveis) veis) e proveitos (favoráveis) veis) 46 Ano Lectivo 2007/2008 23

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 47 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 Nos casos em que a taxa de câmbio não está fixada, é necessário proceder à actualização à data do Balanço 48 Ano Lectivo 2007/2008 24

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 Consultado o site do Banco de Portugal, obteve-se a taxa EUR/USD 1,1967 49 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 Consultado o site do Banco de Portugal, obteve-se a taxa EUR/USD 1,1967 Utilizando a nova taxa, os 3.544 dólares equivalem a 2.961,48 euros 50 Ano Lectivo 2007/2008 25

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 Utilizando a nova taxa, os 3.544 dólares equivalem a 2.961,48 euros 51 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 3.120,82 2961,48 < 3.120,82 Diferença de câmbio desfavorável Utilizando a nova taxa, os 3.544 dólares equivalem a 2.961,48 euros 52 Ano Lectivo 2007/2008 26

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 159,34 3.120,82 CPF - Diferenças de câmbio desfavoráveis 159,34 53 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 159,34 3.120,82 CPF - Diferenças de câmbio desfavoráveis 159,34 Saldo devedor 2.961,48 54 Ano Lectivo 2007/2008 27

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Regressando à exportação efectuada pela Topcom,, em 31.12.20x1 a dívida d ainda estava por receber H1: Sem Fixação da Taxa de Câmbio Clientes Vendas 3.120,82 159,34 3.120,82 CPF - Diferenças de câmbio desfavoráveis 159,34 Perda cambial potencial registada como custo financeiro 55 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Se a diferença a cambial fosse favorável, vel, procedia-se da mesma forma Em vez de um custo financeiro, a Topcom registava um proveito financeiro Existe uma excepção: no caso de diferenças cambiais favoráveis veis em dívidas d de MLP em que é previsível vel sua reversão,, a diferença é registada em Proveitos Diferidos 56 Ano Lectivo 2007/2008 28

DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa A empresa ao vender a crédito obtém benefícios mas também m suporta custos: Benefícios: Aumento das vendas. Os clientes que não têm possibilidade de pagar a pronto, podem adquirir a crédito. O aumento das vendas vai originar um aumento dos lucros Custos: Dívidas incobráveis. Nem todos os clientes vão pagar as dívidasd 57 DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa As dívidas d antes de serem incobráveis passam por uma fase intermédia de cobrança a duvidosa A análise dos créditos de cobrança duvidosa pode ser efectuada utilizando um dos seguintes métodos: m Percentagem das vendas efectuadas Antiguidade de saldos 58 Ano Lectivo 2007/2008 29

DÍVIDAS DE TERCEIROS Percentagem das vendas efectuadas: Com base no historial da empresa, calcula- se uma taxa média m de cobrança a duvidosa Aplica-se essa taxa genérica ao valor das vendas do ano, obtendo-se o valor dos créditos de cobrança a duvidosa Por exemplo, a Topcom vendeu 100.000 euros durante o ano 20x2. O sócio s estima, de acordo com a experiência que tem do negócio, que em média m 1,5% das vendas são de cobrança a duvidosa. Com base nessa estimativa, o valor dos créditos de cobrança duvidosa é de 1.500 euros 59 DÍVIDAS DE TERCEIROS Antiguidade dos Saldos: Ao contrário rio do método m anterior, o cálculo c é feito com base no valor em dívidad Para cada um dos clientes é elaborado um mapa de antiguidade de saldos dividido em intervalos temporais A cada intervalo é aplicada a percentagem previsível vel de incobráveis A percentagem aplicada depende do intervalo: a saldos mais antigos aplica-se uma percentagem superior 60 Ano Lectivo 2007/2008 30

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo O sócio s da Topcom pediu o mapa de antiguidade dos saldos de clientes 61 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo O sócio s da Topcom pediu o mapa de antiguidade dos saldos de clientes MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. 150 900 1.050 R. Silva, Lda. 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 62 Ano Lectivo 2007/2008 31

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo O sócio s da Topcom pediu o mapa de antiguidade dos saldos de clientes MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. 150 900 1.050 R. Silva, Lda. 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 A estes valores, aplica-se uma percentagem que varia de acordo com a antiguidade dos saldos 63 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo O sócio s da Topcom pediu o mapa de antiguidade dos saldos de clientes MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. 150 900 1.050 R. Silva, Lda. 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 Percentagem estimada de incobráveis 0,1% 1% 15% 90% Provisões necessárias 17,56 36,50 315,00 3.825,00 4.194,06 64 Ano Lectivo 2007/2008 32

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo O sócio s da Topcom pediu o mapa de antiguidade dos saldos de clientes MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. 150 900 1.050 R. Silva, Lda. 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 Percentagem estimada de incobráveis 0,1% 1% 15% 90% Provisões necessárias 17,56 36,50 315,00 3.825,00 4.194,06 Valor do ajustamento a efectuar 65 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo No registo do ajustamento, seguimos os passos referidos para os ajustamentos de existências: 1. Calcular o valor necessário do ajustamento 2. Comparar esse valor com o ajustamento registado 3. Efectuar o lançamento amento de constituição/refor ão/reforço o ou anulação/redu ão/redução 66 Ano Lectivo 2007/2008 33

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Lançamento do ajustamento de dívidas a receber Ajustamentos de dívidas de clientes Ajustamentos do exercício 67 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Lançamento do ajustamento de dívidas a receber Ajustamentos de dívidas de clientes Ajustamentos do exercício Conta de diminuição do activo. Como nas existências, aplica-se a alternativa do reconhecimento indirecto 68 Ano Lectivo 2007/2008 34

DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Lançamento do ajustamento de dívidas a receber Ajustamentos de dívidas de clientes Ajustamentos do exercício Conta de custos operacionais 69 DÍVIDAS DE TERCEIROS Exemplo Lançamento do ajustamento de dívidas a receber Ajustamentos de dívidas de clientes Ajustamentos do exercício 4.194,06 4.194,06 70 Ano Lectivo 2007/2008 35

DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa Para além m do registo do ajustamento, as dívidas d a receber, consideradas de cobrança a duvidosa, devem ser relevadas como tal MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. 150 900 1.050 R. Silva, Lda. 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 Percentagem estimada de incobráveis 0,1% 1% 15% 90% Provisões necessárias 17,56 36,50 315,00 3.825,00 4.194,06 71 DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa Para além m do registo do ajustamento, as dívidas d a receber, consideradas de cobrança a duvidosa, devem ser relevadas como tal MAPA DE ANTIGUIDADE DE SALDOS Dias após o vencimento Cliente 1-30 dias 31-60 dias 61-90 dias >90 dias Total F. Fonseca, SA 9.000 3.500 12.500 Valor a G. Américo, SA 3.500 3.500 J. Lemos, Lda. transferir 150 900 1.050 R. Silva, Lda. para a 1.200 600 1.800 T. Sousa, Lda. 8.560 150 8.710 conta 17.560 3.650 2.100 4.250 27.560 Percentagem estimada Clientes de de incobráveis 0,1% 1% 15% 90% cobrança duvidosa Provisões necessárias 17,56 36,50 315,00 3.825,00 4.194,06 72 Ano Lectivo 2007/2008 36

DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa Para além m do registo do ajustamento, as dívidas a receber, consideradas de cobrança a duvidosa, devem ser relevadas como tal Clientes Clientes de cobrança duvidosa 27.560,00 27.560,00 73 DÍVIDAS DE TERCEIROS Créditos de cobrança a duvidosa Em Portugal, as empresas normalmente seguem as regras fiscais (Art. 35º do CIRC) Art. 35º do CIRC Mora % a provisionar 6 a 12 meses 25% 12 a 18 meses 50% 18 a 24 meses 75% > 24 meses 100% 74 Ano Lectivo 2007/2008 37

DÍVIDAS DE TERCEIROS ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos BALANÇO Saldo devedor das contas de terceiros Capital Próprio Capital Reservas Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 75 DÍVIDAS DE TERCEIROS BALANÇO ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos Saldo credor da conta Ajustamentos Capital Próprio Capital Reservas Resultados de Dívidas transitados de Resultado líquido do exercício Clientes Total do capital próprio Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 76 Ano Lectivo 2007/2008 38

DÍVIDAS DE TERCEIROS ACTIVO AB AA AL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Imobilizado Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Circulante Existências Dívidas de terceiros Disponibilidades Acréscimos e diferimentos BALANÇO AL (Activo Líquido) corresponde à diferença entre os valores da coluna AB (Activo Bruto) e AA (Amortizações e Ajustamentos) Capital Próprio Capital Reservas Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Passivo Provisões Dívidas a terceiros Acréscimos e diferimentos Total do passivo Total do activo Total do Capital Próp. e do Passivo 77 ACTIVO CIRCULANTE As Disponibilidades englobam os meios líquidos de pagamento e as aplicações de tesouraria de curto prazo. As Dívidas de terceiros incluem as dívidas d a receber pela empresa As Existências englobam os bens armazenáveis que foram adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam a ser vendidos ou incorporados no processo produtivo 78 Ano Lectivo 2007/2008 39

EXISTÊNCIAS A natureza da empresa é determinante do tipo de existências que a empresa possui As existências dividem-se em: Matérias rias-primas,, que se destinam a serem incorporadas nos produtos Matérias rias-subsidiárias,, que são indispensáveis à produção, mas não são incorporadas nos produtos Produtos acabados e intermédios dios,, que são os principais bens provenientes da actividade produtiva da empresa 79 EXEMPLO: Vamos considerar o caso da revista mensal EXAME Para o quiosque que vende a revista, a Exame é uma mercadoria Para a Lisgráfica (empresa que imprime a Exame ): a revista é o produto acabado as revistas com defeitos de fabrico (falta de páginas, p páginas p trocadas, páginas p mal impressas) constituem o refugo o papel utilizado na impressão é uma das matérias rias-primas os restos de papel fazem parte dos desperdícios Para a Portucel,, a empresa que produz o papel utilizado na impressão, o papel é o produto acabado 80 Ano Lectivo 2007/2008 40

EXISTÊNCIAS As existências dividem-se em: (cont( cont.) Produtos em curso,, que são os que se encontram no processo produtivo e por isso ainda não estão em condições de serem vendidos Subprodutos,, que englobam os produtos de valor reduzido produzidos juntamente com os produtos principais Desperdícios, resíduos e refugos,, que resultam da preparação das matérias rias-primas e/ou do processo produtivo Mercadorias,, que foram adquiridas pela empresa com intenção de serem vendidas 81 EXISTÊNCIAS Através s do tipo de existências que a empresa possui, consegue-se identificar se a empresa é industrial ou comercial: Empresa Industrial vs Empresa Comercial Matérias-primas Mercadorias Matérias subsidiárias Produtos acabados Produtos em curso Subprodutos, desperdícios e refugos 82 Ano Lectivo 2007/2008 41

EXISTÊNCIAS Sistemas de inventário Como jáj é do conhecimento, no registo da movimentação das existências podem ser utilizados dois sistemas distintos: Sistema de inventário permanente Sistema de inventário intermitente 83 EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA 84 Ano Lectivo 2007/2008 42

EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA Em sistema de inventário permanente, é registado sempre 85 EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA Em sistema de inventário intermitente, registado após inventariação físicaf 86 Ano Lectivo 2007/2008 43

EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA Que valor atribuir a este fluxo? 87 EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA Que valor atribuir aos fluxos? 88 Ano Lectivo 2007/2008 44

EXISTÊNCIAS Que valor atribuir ao stock FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA Que valor atribuir a este fluxo? 89 EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA No caso das existências adquiridas (mercadorias e matérias rias-primas), este fluxo inclui: Preço o de compra + Direitos alfandegários + Outros impostos (com excepção daqueles que a empresa recupera) + Transportes e outros custos suportados Descontos de natureza comercial = Custo de compra 90 Ano Lectivo 2007/2008 45

Existências adquiridas Exemplo A Topcom adquiriu 100 telemóveis à Nokia Portugal nas seguintes condições Preço o unitário: 300 euros Desconto de revenda: 3% Transporte de n/ conta efectuado pela Seur: 200 euros Desconto de pronto pagamento 1% Incide IVA à taxa de 21% Que valor atribuir à entrada das 100 unidades no stock da Topcom? 91 Existências adquiridas ao exterior Exemplo Valores retirados da Factura-Recibo nº 256384/x1 Qt Preço Unitário Valor Telemóveis 7xxxi 100 300 30.000,00 Desconto de 3% -900,00 Custos de Transporte 200,00 29.300,00 Desconto de p.p. -293,00 29.007,00 IVA liquidado à taxa de 21% 6.091,47 Total recebido 35.098,47 92 Ano Lectivo 2007/2008 46

Existências adquiridas ao exterior Exemplo Valores retirados da Factura-Recibo nº 256384/x1 Qt Preço Unitário Valor Telemóveis 7xxxi 100 300 30.000,00 Desconto de 3% -900,00 Custos de Transporte 200,00 29.300,00 Desconto de p.p. -293,00 29.007,00 IVA liquidado à taxa de 21% 6.091,47 Total recebido 35.098,47 Este é o valor do fluxo económico de entrada 93 Existências adquiridas ao exterior Exemplo Valores retirados da Factura-Recibo nº 256384/x1 Qt Preço Unitário Valor Telemóveis 7xxxi 100 300 30.000,00 Desconto de 3% -900,00 Custos de Transporte 200,00 29.300,00 Desconto de p.p. -293,00 29.007,00 IVA liquidado à taxa de 21% 6.091,47 Total recebido 35.098,47 Valor do fluxo económico 29.300,00 Quant. adquiridas 100 Custo unitário 293,00 Este é o valor do fluxo económico de entrada 94 Ano Lectivo 2007/2008 47

Existências adquiridas ao exterior Exemplo Valores retirados da Factura-Recibo nº 256384/x1 Qt Preço Unitário Valor Telemóveis 7xxxi 100 300 30.000,00 Desconto de 3% -900,00 Custos de Transporte 200,00 29.300,00 Desconto de p.p. -293,00 29.007,00 IVA liquidado à taxa de 21% 6.091,47 Total recebido 35.098,47 O desconto de p.p. não influencia o fluxo económico de entrada. É um proveito financeiro 95 Existências adquiridas ao exterior Exemplo Valores retirados da Factura-Recibo nº 256384/x1 Qt Preço Unitário Valor Telemóveis 7xxxi 100 300 30.000,00 Desconto de 3% -900,00 Custos de Transporte 200,00 29.300,00 Desconto de p.p. -293,00 29.007,00 IVA liquidado à taxa de 21% 6.091,47 Total recebido 35.098,47 Que tratamento a dar ao Imposto sobre o valor acrescentado (IVA( IVA)? 96 Ano Lectivo 2007/2008 48

EXISTÊNCIAS FLUXO ECONÓMICO DE ENTRADA FLUXO ECONÓMICO DE SAÍDA STOCK FLUXO FINANCEIRO DE SAÍDA FLUXO FINANCEIRO DE ENTRADA No caso das empresas industriais,, a valorização dos fluxo económicos e dos stocks é mais complexa 97 EXISTÊNCIAS EMPRESA COMERCIAL Fornecedor Armazém Mercadorias Cliente 98 Ano Lectivo 2007/2008 49

EXISTÊNCIAS EMPRESA COMERCIAL Fornecedor Armazém Mercadorias Cliente No caso da empresa comercial, é relativamente fácil f calcular o fluxo económico de saída e o valor de stocks: como o que sai e o que fica em armazém m não sofre qualquer transformação 99 EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente No caso da empresa industrial, existe uma diferença a substancial entre o que a empresa vende (Produtos acabados) e o que compra (Matérias rias-primas) 100 Ano Lectivo 2007/2008 50

EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente No caso da empresa industrial, existe uma diferença a substancial entre o que a empresa vende (Produtos acabados) e o que compra (Matérias rias-primas) 101 EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente No cálculo c destes fluxos e deste stock aplicam-se as regras referidas para as mercadorias 102 Ano Lectivo 2007/2008 51

EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente No cálculo c destes fluxos e deste stock aplicam-se as regras referidas para as mercadorias 103 EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente Mas após s terem sofrido uma transformação no processo produtivo, que valor atribuir aos fluxos e aos stocks? 104 Ano Lectivo 2007/2008 52

EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente É necessário calcular o custo de produção O custo de produção inclui: + Custo das matérias consumidas + Custos de conversão Mão-de de-obra directa Encargos gerais de fabrico (fixos e variáveis) veis) = Custo de produção 105 EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente É necessário calcular o custo de produção O custo de produção inclui: + Custo das matérias consumidas + Custos de conversão Mão-de de-obra directa Encargos gerais de fabrico (fixos e variáveis) veis) = Custo de produção 106 Ano Lectivo 2007/2008 53

EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente É necessário calcular o custo de produção O custo de produção inclui: + Custo das matérias rias-primas consumidas + Custos de conversão Mão-de de-obra directa Encargos gerais de fabrico (fixos e variáveis) veis) = Custo de produção 107 EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente O custo de conversão inclui apenas custos industriais O que obriga a, para calcular o custo dos produtos, dividir os custos da empresa pelas diversas funções: Industrial ou de Produção Comercial Administrativa 108 Financeira Ano Lectivo 2007/2008 54

EXISTÊNCIAS EMPRESA INDUSTRIAL Fornecedor Armazém Mat. Primas Processo Produtivo Armazém Produtos Acabados Cliente O custo de conversão inclui apenas custos industriais O que obriga, para calcular o custo dos produtos, a dividir os custos da empresa pelas diversas funções: Industrial ou de Produção Comercial Administrativa Financeira 109 EXISTÊNCIAS Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 110 Ano Lectivo 2007/2008 55

EXISTÊNCIAS Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Consumo de Máterias-Primas (euros) 6.000 Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 111 EXISTÊNCIAS Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Consumo de Máterias-Primas (euros) 6.000 Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Cálculo do custo unitário de P Matérias-primas (1) 6.000 Custos de conversão (2) 2.200 Custo suportado (3) = (1) + (2) 8.200 Nº unidades produzidas (4) 1.000 Custo unitário de P produzido no período (5) = (3)/(4) 8,2 112 Ano Lectivo 2007/2008 56

EXISTÊNCIAS Nos cálculos c anteriores, não foi tido em conta a separação entre custos fixos e variáveis veis Os custos, em resposta a variações da quantidade produzida,, podem ser: Fixos Variáveis A técnica de custeio adoptada pela empresa é que determina qual o tratamento a dar aos custos fixos no cálculo c do custo de produção 113 EXISTÊNCIAS As técnicas t de custeio normalmente utilizadas são: Custeio Total ( (Absorption Costing) Inclui-se a totalidade dos custos fixos e variáveis veis Custeio Variável ( (Direct Costing) Apenas se incluem os custos variáveis veis Custeio Racional Inclui-se a totalidade dos custos variáveis veis e a parte dos custos fixos relacionados com a utilização da capacidade normal de produção 114 Ano Lectivo 2007/2008 57

EXISTÊNCIAS As técnicas t de custeio normalmente utilizadas são: Custeio Total ( (Absorption Costing) Inclui-se a totalidade dos custos fixos e variáveis veis Custeio Variável ( (Direct Costing) Apenas se incluem os custos variáveis veis Custeio Racional Técnica utilizada no exemplo anterior Inclui-se a totalidade dos custos variáveis veis e a parte dos custos fixos relacionados com a utilização da capacidade normal de produção 115 EXISTÊNCIAS Voltando ao exemplo anterior: Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Capacidade de produção normal (unidades) 1.200 Custos Industriais Variáveis Matéria-Prima 6.000 Mão-de-Obra directa 250 FSE 150 116 Ano Lectivo 2007/2008 58

EXISTÊNCIAS Voltando ao exemplo anterior: Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Capacidade de produção normal (unidades) 1.200 Custos Industriais Variáveis Matéria-Prima 6.000 Mão-de-Obra directa 250 FSE 150 Cálculo do custo unitário de P (Custeio Directo) Custos Variáveis Matéria-Prima 6.000 Custos de Conversão variáveis Mão-de-obra directa 250 Encargos gerais de fabrico variáveis 150 Custos Variáveis 6.400 Nº unidades produzidas 1.000 Custo unitário de P produzido no período 6,4 117 EXISTÊNCIAS Voltando ao exemplo anterior: Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Capacidade de produção normal (unidades) 1.200 Custos Industriais Variáveis Matéria-Prima 6.000 Mão-de-Obra directa 250 FSE 150 Cálculo do custo unitário de P (Custeio Directo) Custos Variáveis Matéria-Prima 6.000 Custos de Conversão variáveis Mão-de-obra directa 250 Encargos gerais de fabrico variáveis 150 Custos Variáveis 6.400 Nº unidades produzidas 1.000 Custo unitário de P produzido no período 6,4 Se a empresa adoptar o Custeio Directo, os custos fixos não são utilizados para valorizar os produtos acabados, vão directamente a resultados 118 Ano Lectivo 2007/2008 59

EXISTÊNCIAS Voltando ao exemplo anterior: Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Capacidade de produção normal (unidades) 1.200 Custos Industriais Variáveis Matéria-Prima 6.000 Mão-de-Obra directa 250 FSE 150 Cálculo do custo unitário de P (Custeio Racional) Custos Variáveis Matéria-Prima 6.000 Custos de conversão variáveis Mão-de-obra directa 250 Encargos gerais de fabrico variáveis 150 Custos de conversão fixos [83,(3)%] 1.500 Custos a imputar à produção 7.900 Nº unidades produzidas 1.000 Custo unitário de P produzido no período 7,9 GUC = Un. Prod. Cap. Norm. GUC = 83,333% 119 EXISTÊNCIAS Voltando ao exemplo anterior: Repartição funcional dos custos da empresa Indústria & Indústria Natureza Função Industrial Comercial Administrativa Financeira Total Fornecimento e Serviços Externos 300 500 100 10 910 Custos com o Pessoal 400 1.000 200 100 1.700 Amortizações do Exercício 1.500 500 300 10 2.310 Total 2.200 2.000 600 120 4.920 Outros dados Nº de unidades do produto P produzidas no período 1.000 Capacidade de produção normal (unidades) 1.200 Custos Industriais Variáveis Matéria-Prima 6.000 Mão-de-Obra directa 250 FSE 150 Cálculo do custo unitário de P (Custeio Racional) Custos Variáveis Matéria-Prima 6.000 Custos de conversão variáveis Mão-de-obra directa 250 Encargos gerais de fabrico variáveis 150 Custos de conversão fixos [83,(3)%] 1.500 Custos a imputar à produção 7.900 Nº unidades produzidas 1.000 Custo unitário de P produzido no período 7,9 Se a empresa adoptar o Custeio Racional, os custos fixos que não são imputados à produção, vão directamente a resultados 120 Ano Lectivo 2007/2008 60

EXISTÊNCIAS Acabamos de ver que as existências são valorizadas ao custo de aquisição (mercadorias e matérias rias-primas) ou de produção (produtos acabados) Parece ser relativamente simples determinar o valor dos stocks e dos fluxos de saída, quando os custos são estáveis. Mas, actualmente, esta não é a situação habitual O que fazer quando os custos variam? Se o custo está a subir/descer que valor atribuir ao stock e aos fluxos de saída? 121 EXISTÊNCIAS Não é suficiente saber que custos incluir na valorização das existências É necessário definir um método m para custear as saídas (fluxo económico de saída) Os métodos m de custeio que normalmente se utilizam são: Custo específico Custo médio m ponderado LIFO (last( in, first out) FIFO (first( in, first out) 122 Ano Lectivo 2007/2008 61

EXISTÊNCIAS Custo específico fico: : Existem negócios que utilizam determinados existências que devem ser identificados individualmente por não serem misturáveis (automóveis, jóias, j imobiliário). Nestes casos, o custo das existências é custo perfeitamente identificável com determinada unidade. Custo médio m ponderado: : as existências são vistas como um todo. O custo de cada unidade é determinada a partir da média m ponderada do custo das unidades existentes Custo médio= Custo das unidades existentes + Custo total das novas entradas Quantidades existentes + Novas quantidades entradas 123 EXISTÊNCIAS FIFO: : as unidades consumidas ou vendidas são valorizadas ao custo mais antigo. As unidades que ficam em armazém m estão valorizadas ao custo mais recente LIFO: : as unidades consumidas ou vendidas são valorizadas ao custo mais recente. As unidades que ficam em armazém m estão valorizadas ao custo mais antigo 124 Ano Lectivo 2007/2008 62

EXISTÊNCIAS FIFO: : as unidades consumidas ou vendidas são valorizadas ao custo mais antigo. As unidades que ficam em armazém m estão valorizadas ao custo mais recente LIFO: : as unidades consumidas ou vendidas são valorizadas ao custo mais recente. As unidades que ficam em armazém m estão valorizadas ao custo mais antigo Estes dois métodos de custeio das saídas não obrigam a movimentar fisicamente as existências de acordo com as mesmas regras 125 EXISTÊNCIAS Por vezes, o preço o de mercado das existências é inferior ao custo A perda de valor pode resultar de obsolescência, deterioração física, f quebra de preços no mercado Neste caso, abandona-se o custo histórico (de produção, de compra) e utiliza-se o valor realizável/custo de reposição na sua valorização 126 Ano Lectivo 2007/2008 63

EXISTÊNCIAS Os ajustamentos a efectuar aos valores das existências é a aplicação prática do princípio pio da prudência Existem duas alternativas para o registo do ajustamento: Efectuar o registo directo na conta de existências, ajustamento directamente o custo Efectuar o registo numa conta de ajustamentos 127 EXISTÊNCIAS Os ajustamentos a efectuar aos valores das existências é aplicação prática do princípio pio da prudência Existem duas alternativas para o registo do ajustamento: Efectuar o registo directo na conta de existências, ajustamento directamente o custo Efectuar o registo numa conta de ajustamentos Solução adoptada em Portugal 128 Ano Lectivo 2007/2008 64

EXISTÊNCIAS O ajuste indirecto (ajustamento( ajustamento) ) permite não perder a informação relativa ao custo histórico Quando deixarem de existir os motivos que originaram o registo do ajustamento, é necessário proceder à sua anulação ou redução Se pelo contrário rio a situação se agravar é necessário reforçar o ajustamento 129 EXISTÊNCIAS ESQUEMA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS DE EXISTÊNCIAS Ajustamentos de Existências Ajustamentos do Exercício Reversões de ajustamentos 130 Ano Lectivo 2007/2008 65

EXISTÊNCIAS ESQUEMA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS DE EXISTÊNCIAS Ajustamentos de Existências Ajustamentos do Exercício 1.500 1.500 Reversões de ajustamentos Conta de diminuição do activo 131 EXISTÊNCIAS ESQUEMA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS DE EXISTÊNCIAS Ajustamentos de Existências Ajustamentos do Exercício 1.500 1.500 Contas de custos e proveitos Reversões de ajustamentos 132 Ano Lectivo 2007/2008 66

EXISTÊNCIAS ESQUEMA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS DE EXISTÊNCIAS Ajustamentos de Existências Ajustamentos do Exercício Registo do Ajustamento Reversões de ajustamentos 133 EXISTÊNCIAS ESQUEMA DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS DE EXISTÊNCIAS Ajustamentos de Existências Ajustamentos do Exercício Anulação/Redução do Ajustamento Reversões de ajustamentos 134 Ano Lectivo 2007/2008 67

EXISTÊNCIAS Exemplo No âmbito do trabalho de encerramento das contas a 31.12.20x1, o sócio s da Topcom pediu ao contabilista da empresa o mapa de existências sem movimento nos últimos 2 meses 135 EXISTÊNCIAS Exemplo No âmbito do trabalho de encerramento das contas a 31.12.20x1, o sócio s da Topcom pediu ao contabilista da empresa o mapa de existências sem movimento nos últimos 2 meses TOPCOM - 31.12.20x1 Mapa de Existências s/ Movimento Descrição Quant. Custo Unitário Valor Estimativa Preço de Venda Valor do Ajustamento Telemóvel Nokia 76xxx 20 190,00 3.800,00 150 800 Telemóvel SonyEricsson T7xxx 15 100,00 1.500,00 90 150 Telemóvel Alcatel OTxxx 10 100,00 1.000,00 75 250 Telemóvel Siemens Uxx 15 520,00 7.800,00 500 300 14.100,00 815 815 1.500 136 Ano Lectivo 2007/2008 68

EXISTÊNCIAS Exemplo No âmbito do trabalho de encerramento das contas a 31.12.20x1, o sócio s da Topcom pediu ao contabilista da empresa o mapa de existências sem movimento nos últimos 2 meses TOPCOM - 31.12.20x1 Mapa de Existências s/ Movimento Estimativa Preço de Venda Valor do Ajustamento O contabilista Descrição Quant. Custo Unitário Valor solicitou ao sócio Telemóvel Nokia que 76xxx completasse 20 o 190,00 3.800,00 150 800 Telemóvel SonyEricsson mapa de T7xxx forma 15 100,00 1.500,00 90 150 Telemóvel Alcatel permitir OTxxx o registo 10 do 100,00 1.000,00 75 250 ajustamento das Telemóvel Siemens Uxx 15 520,00 7.800,00 500 300 existências 14.100,00 815 1.500 137 EXISTÊNCIAS Exemplo No âmbito do trabalho de encerramento das contas a 31.12.20x1, o sócio s da Topcom pediu ao contabilista da empresa o mapa de existências sem movimento nos últimos 2 meses TOPCOM - 31.12.20x1 Mapa de Existências s/ Movimento Descrição Quant. Custo Unitário Valor Estimativa Preço de Venda Valor do Ajustamento Telemóvel Nokia 76xxx 20 190,00 3.800,00 150 800 Telemóvel SonyEricsson T7xxx 15 100,00 1.500,00 90 150 Telemóvel Alcatel OTxxx 10 100,00 1.000,00 75 250 Telemóvel Siemens Uxx 15 520,00 7.800,00 500 300 14.100,00 815 1.500 138 Ano Lectivo 2007/2008 69