Impacto das novas abordagens terapêuticas e financiamento da diabetes



Documentos relacionados
A política do medicamento: passado, presente e futuro

Valor do sector do Diagnóstico in vitro, em Portugal. Principais conclusões APIFARMA CEMD. Outubro 2014

Acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica

SÍNTESE: FEVEREIRO 2013/2014 (COMPARAÇÃO EM PERÍODO HOMÓLOGO)

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

Acordo entre os Ministérios das Finanças e da Saúde e a Indústria Farmacêutica

Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde. Análise da Evolução do Mercado Total de Medicamentos. entre 2003 e 2010

Despacho n.º 15700/2012, de 30 de novembro 1 (DR, 2.ª série, n.º 238, de 10 de dezembro de 2012)

Princípios orientadores para a política do medicamento

PARA ONDE VAI O SEU DINHEIRO?

Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo

FARMÁCIAS PORTUGUESAS

2ª semana da Farmácia Angolana 3ª ExpoFarma Angola 07 de Outubro 2015 Paulo Lilaia

Monitorização da Prescrição de Medicamentos Indicadores Nacionais Setembro 2011

Portal da Hepatite C [hepc.infarmed.pt]

Serviço Nacional de Saúde

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

Identificação da empresa. Missão

Programa Operacional Regional do Algarve

Agrupamento de Escolas da Moita. Plano de Melhoria. P r o v i s ó r i o P p P r o. Ano letivo

CONCLUSÕES DO XI CONGRESSO MUNDIAL DE FARMACÊUTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

1. BENEFÍCIOS DOS UTENTES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS) Decreto-Lei nº11/93, DR. I série -A, Nº 12,

Programa Nacional de Diagnóstico Pré-Natal Contratualização Processo de Monitorização e Acompanhamento

Os Serviços Partilhados do SUCH

Política de investimento na Comunidade

PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE

Questões Frequentes sobre Medicamentos de dispensa exclusiva em farmácia

União Europeia Acesso a cuidados de saúde Prestação de serviços de saúde

Portugal Inovação Social

MEIO AMBULATÓRIO. MONITORIZAÇÃO DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS Dezembro 2017

Conclusões da Conferência Anual do INFARMED, I.P. 2009

Por outro lado, não há o envolvimento do INFARMED, a entidade reguladora do sector do medicamento, nesta análise especializada.

Contratualização em Cuidados Continuados

PORTUGAL INOVAÇÃO SOCIAL Apoio à Inovação e Empreendedorismo Social

Investir melhor. 22 anos de serviço público com valores e ética

CARTA DE AUDITORIA INTERNA GABINETE DE AUDITORIA INTERNA (GAI)

O P E R A C I O N A L I Z A Ç Ã O D A S U N I D A D E S D E S A Ú D E F A M I L I A R E S. Carlos Nunes. Missão para os Cuidados de Saúde Primários

ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL

Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. Orientações Programáticas

22 anos de serviço público com valores e ética

DIABETES TIPO 2 PREVALÊNCIA DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM. Paula Bogalho. S. Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

Portugal Inovação Social

Apenas para referência CEPA. Sector ou. 1. Serviços Comerciais. Subsector. A. Serviços Profissionais. h. Serviços Médicos e Dentários (CPC9312)

Alto Comissariado da Saúde

Plano Local de Saúde Amadora

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

TEMA: Uso de Insulina Humalog ou Novorapid (aspart) ou Apidra (glulisina) no tratamento do diabetes mellitus

Iniciativa de Água Potável e Saneamento

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

Medidas de Revitalização do Emprego

Programa do Medicamento Hospitalar. Projectos Estratégicos:

Comparticipação e Avaliação prévia Enquadramento Regulamentar

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

O Desenvolvimento Local no período de programação A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS. Gabinete de Informação e Planeamento Estratégico Janeiro 2015

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS. Direção de Informação e Planeamento Estratégico Janeiro-Dezembro 2015

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social

ESCOLA SECUNDÁRIA DA RAMADA. Conselho Geral

CARTA DE PRAGA. Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS. Direção de Informação e Planeamento Estratégico Janeiro - Setembro 2016

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS. Direção de Informação e Planeamento Estratégico Janeiro - Dezembro 2016

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Medicamentos do Aparelho Cardiovascular: Uma análise dos padrões de utilização e despesa em Portugal Continental entre 2000 e 2011

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Governança AMIGA. Para baixar o modelo de como fazer PDTI:

PÓS-GRADUAÇÃO EM CUIDADOS FARMACÊUTICOS

Projecto de Lei n.º 408/ X

6.º Congresso Internacional dos Hospitais. Inovar em Saúde Mito ou realidade?

Artigo 1.º. Âmbito e objeto

ÍNDICE ENQUADRAMENTO CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO... 4

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

ESF Estratégia de Saúde da Família GESTÃO DE PESSOAS. 40 Relatório de Gestão Copyright. Proibida cópia ou reprodução sem autorização do IABAS.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO CUIDADOS PALIATIVOS - REGIÃO DE SAÚDE DO NORTE -

República de Angola DNME/MINSA/ ANGOLA

CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de António de Sousa

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS. Direção de Informação e Planeamento Estratégico Janeiro-Agosto 2015

Módulo de Formação 4. para os mercados intermédios e avançados em CDE

MAOTE Instrumentos Financeiros para a Eficiência Energética e Reabilitação Urbana

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

Monitorização mensal do consumo de medicamentos no ambulatório do SNS

RESPOSTARÁPIDA 36/2014 GALVUS MET, PIOTAZ, CANDESARTAN, LEVOID, ROSTATIN

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

14 de novembro. Em 2012, o tema proposto é "Diabetes: Proteja Nosso Futuro" Ações do Ministério da Saúde

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

UNIDADE MÓVEL DE APOIO DOMICILIÁRIO UMAD

DIRECÇÃO DE ECONOMIA DO MEDICAMENTO E PRODUTOS DE SAÚDE

ENCONTROS DE SAUDE CORPORATIVA ESC III

aumento da população mundial aumento da produtividade, sustentabilidade dos recursos e segurança alimentar Necessidades:

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Sustentabilidade da Saúde: uma perspetiva de gestão

Transcrição:

Impacto das novas abordagens terapêuticas e financiamento da diabetes Helder Mota Filipe Vice-Presidente, INFARMED, I.P. Professor Associado, FFUL 25 Junho 2015

2

Prevalência da Diabetes em Portugal 2013 - prevalência estimada em cerca de 13,0% da população portuguesa (população com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos) mais de 1 milhão de indivíduos. Observatório Nacional da Diabetes. Diabetes: Factos e Números 2014 Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes

Custo da Diabetes em Portugal 2013 - o custo aparente desta doença representa 962 milhões de euros (para todos os indivíduos com diabetes diagnosticada entre os 20-79 anos). Observatório Nacional da Diabetes. Diabetes: Factos e Números 2014 Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes. Valores considerando o custo medio das pessoas com Diabetes, de acordo com os valores apresentados pela IDF.

Consumo de Antidiabéticos entre 2000 e 2013 Fonte de dados: Medicamentos prescritos e dispensados a utentes do Serviço Nacional de Saúde (conferência de facturas das farmácias/acss). Indicador de Utilização - Dados expressos em Doses Diárias Definidas (DDD) por 1000 habitantes Dia (ATC 2013). Indicador de Despesa Encargos do SNS

Evolução da utilização no SNS Entre 2000 e 2013, aumento da utilização de medicamentos para o controlo da Diabetes Mellitus (39 DHD em 2000 vs 79 DHD em 2013).

Evolução da utilização no SNS, excluindo insulinas A partir de 2009 verifica-se um aumento dos Inibidores das DPP 4, isoladas, mas principalmente em associação com as Biguanidas. A Metformina que, segundo a Norma de Orientação Clínica da DGS, é o fármaco de primeira linha na DM tipo 2 apresentou desde 2007 uma estabilização no consumo.

Evolução do peso dos encargos no total dos encargos do SNS 2000 a 2006 - peso destes medicamentos rondava os 5%. a partir de 2007, e com a introdução dos inibidores das DPP-4 o investimento aumentou e atualmente corresponde a 18% do total dos encargos do SNS.

Consumo de Antidiabéticos em 2015 (jan-mar)

Mercado SNS (Janeiro Março 2015) Antidiabéticos orais constituem o subgrupo terapêutico com mais encargos para o SNS Classificação Farmacoterapêutica Encargos SNS % Encargos Variação Homóloga (%) Antidiabéticos orais 41.410.459 14,0% 6,2% Modificadores do eixo renina angiotensina 26.382.399 8,9% -22,0% Antipsicóticos 17.122.929 5,8% 8,3% Anticoagulantes 16.100.762 5,4% 30,6% Antiepilépticos e anticonvulsivantes 16.017.023 5,4% 2,1% Insulinas 15.685.731 5,3% 4,3% Antidislipidémicos 15.318.781 5,2% 0,2% Agonistas adrenérgicos beta 10.868.732 3,7% 11,3% Antidepressores 8.362.645 2,8% -1,0% Outros (3.4.6) 7.688.095 2,6% -2,3% Restantes CFT's 121.460.418 41,0% -2,2% Total 296.417.974 100% -0,3%

Mercado SNS (Janeiro Março 2015) 3 Antidiabéticos orais e 1 insulina no Top 10 das DCIs com mais encargos no SNS DCI Encargos SNS % Encargos Variação Homóloga (%) Metformina + Vildagliptina 13.614.190 4,6% -1,9% Metformina + Sitagliptina 10.950.218 3,7% 2,3% Pregabalina 7.355.833 2,5% 1,8% Fluticasona + Salmeterol 7.012.179 2,4% 2,2% Rosuvastatina 5.659.270 1,9% -3,6% Insulina glargina 5.082.321 1,7% 9,5% Dabigatrano etexilato 4.824.544 1,6% 17,3% Quetiapina 4.799.023 1,6% 1,1% Sitagliptina 4.582.151 1,5% -7,6% Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 4.261.878 1,4% 3,7% Restantes DCI's 228.276.367 77,0% -0,8% Total 296.417.974 100% -0,3%

Mercado SNS (Janeiro Março 2015) Novas classes terapêuticas aprovadas em 2014 Liraglutido comparticipada em Fevereiro 2014 Exenatido comparticipado em Novembro 2014 Dapagliflozina comparticipado em Dezembro 2014 DCI Encargos SNS Quota em Valor Número de embalagens Quota em volume Liraglutido (agonista GLP-1) 1 699 153 4,1% 16 913 0,8% Exenatido (agonista GLP-1) 205 936 0,5% 2 203 0,1% Dapaglifozina (inibidor SGLT2) 536 581 1,3% 13 035 0,6%

Evolução dos encargos do SNS, excluindo insulinas Os inibidores das DPP-4, isolados ou em associação com as biguanidas, representam cerca de 80% dos encargos do SNS com estes medicamentos (excluindo insulinas).

Diferenças nos padrões de prescrição no contexto europeu Portugal, entre todos os países analisados, é dos que apresenta a menor proporção de insulinas e o que apresenta a maior proporção de Inibidores da DPP-4. Se Portugal adotasse o padrão de consumo médio destes países e assumindo os custos médios dos medicamentos em Portugal a poupança potencial seria de 34 M.

Em 2017 a Diabetes será a segunda patologia com mais necessidade de financiamento...

Propostas para a sustentabilidade do sistema - Promoção do uso racional - SiNATS - Reavaliação das Tecnologias - Cuidados Farmacêuticos

Propostas para a sustentabilidade do sistema - Promoção do uso racional

Promoção do uso racional Orientações Terapêuticas NOC Antidiabéticos Orais na Diabetes Mellitus tipo 2 No tratamento farmacológico oral da hiperglicemia da diabetes mellitus tipo 2 (DM2), a metformina (Met) é o fármaco de primeira linha A adição de um segundo fármaco só deve ser feita após otimização de medidas não farmacológicas Nas pessoas com DM2 que manifestem intolerância à Met ou contraindicação para o seu uso deve prescrever-se uma sulfonilureia (SU), gliclazida ou glimepirida ou glipizida, como primeira opção.

Promoção do uso racional Orientações Terapêuticas NOC - Insulinoterapia na Diabetes Mellitus tipo 2 A insulina é considerada uma opção no tratamento da diabetes tipo 2, quando a terapêutica não farmacológica associada aos antidiabéticos orais não for suficiente para uma adequada compensação metabólica. A terapêutica com insulina é iniciada com uma administração de insulina basal, de preferência ao deitar. A terapêutica com insulina basal é associada preferencialmente à terapêutica com antidiabéticos orais.

Promoção do uso racional Orientações Terapêuticas MÓDULO para o tratamento da Diabetes Mellitus Formulário Nacional de Medicamentos (FNM) http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/sobre_o_infarmed/estrutura_e_organizacao/cte/comissao_nacional_d e_farmacia_terapeutica/fnm/fnm_diabmell_cnft_word_altera%e7%f5es_maio15.pdf

Propostas para a sustentabilidade do sistema - Promoção do uso racional - SiNATS - Reavaliação das Tecnologias

SiNATS Tecnologia: Medicamentos + Dispositivos médicos Avaliação antes do mercado (avaliação ex-ante): a) Efetividade Relativa (Valor Acrescentado) b) Custo-Efetividade (Valor Económico) c) Outras dimensões Decisões: a) Preço b) Financiamento/comparticipação c) Controlo e limitação de encargos d) Partilha de risco e) Monitorização adicional da utilização -Reavaliação das tecnologias no mercado (avaliação ex-post) -Participação no modelo europeu 23

SiNATS : Sustentabilidade do Sistema de Saúde Oportunidades de melhoria: Melhor alocação dos recursos Avaliação dos resultados em saúde Maior transparência do processo de avaliação de tecnologias AUTORIZAÇÃO AVALIAÇÃO EX-ANTE DECISÃO/ CONTRATO AVALIAÇÃO EX-POST Inclusão/retirada de listas de utilização MEDICAMENTOS -Qualidade -Segurança -Eficácia Avaliação Técnica (regulamentar) Preço máximo Reavaliação de tecnologias Submissão Avaliação Terapêutica (efectividade relativa) Avaliação Económica (custo-efectividade) Negociação Partilha de risco Limites de encargos Acordo Priorização de tecnologias SI-HTA Monitorização da efectividade real DISPOSITIVOS MÉDICOS -Qualidade -Segurança -Desempenho Preços Atribuição e Revisão Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde (CATS) - Debate interpares (PLENÁRIO) - Audiências de requerentes - Todos os avaliadores Monitorização adicional da utilização Ponderações em concursos publicos Condições de utilização Relatórios Recomendações gerais de utilização Intruções a entidades sobre utilização

Propostas para a sustentabilidade do sistema - Promoção do uso racional - SiNATS - Reavaliação das Tecnologias - Cuidados Farmacêuticos

A Importância da Intervenção Farmacêutica Prestadores de serviços e saúde especializados Centros de prevenção e terapêutica Contribuem ativamente para a promoção da saúde Promovem a utilização racional de medicamentos. A sua proximidade com os utentes é muito importante para a prossecução da missão das farmácias enquanto parceiros no Serviço Nacional de Saúde.

Acordo entre o MS e as Farmácias Foi assinado um acordo a 9 de julho de 2014 entre o MS e ambas as Associações de Farmácias em Portugal (ANF e AFP). As farmácias são encorajadas e contribuir para o aumento da quota de medicamentos genéricos. Está previsto um incentivo às farmácias pelo seu contributo para a redução da despesa do SNS e dos utentes Esta ação será combinada com a prestação de vários serviços de saúde farmacêuticos aos utentes.

Serviços Farmacêuticos e Programas de Saúde Pública Os serviços a desenvolver têm de ser enquadrados no âmbito dos programas de Saúde Pública e nas prioridades do Ministério da Saúde Foi criada uma Comissão de Acompanhamento do funcionamento e desempenho dos serviços inerentes aos programas de Saúde Pública a desenvolver pelas Farmácias As áreas identificadas estão sujeitas a um período experimental de 12 meses sem encargos para o Estado. Entidade independente irá estudar e avaliar os serviços a desenvolver nas Farmácias no âmbito dos programas de Saúde Pública Indicadores, métricas e objetivos para a avaliação da efetividade Proposta de regime remuneratório do serviço

Serviços Farmacêuticos e Programas de Saúde Pública Áreas a abranger : a)programa de Troca de Seringas Implementado em janeiro de 2015 b) Cuidados Farmacêuticos na Diabetes - em discussão com a DGS c) Administração de terapêutica de substituição opiácea em discussão com o SICAD d) [Outros programas previstos ]

Desafios nacionais nos cuidados às pessoas com Diabetes Diagnosticar precocemente as pessoas com diabetes - definir o grau de risco de diabetes em 50% dos utentes do SNS, através de questionário de risco e Reduzir a morbilidade e mortalidade por diabetes são alguns dos objetivos descritos no Programa Nacional para a Diabetes (PND). Assegurar o estabelecimento participado de metas concretas na área da diabetes, dentro das estratégias do PND, nas instituições de saúde da sua área geográfica e a coordenação necessária entre os diferentes níveis de cuidados para a realizar contribuindo para o cumprimento das metas regionais é uma das competências das Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD). Suster o crescimento da prevalência de diabetes evitar que em 5 anos 50.000 pessoas desenvolvam a doença é um dos desafios mais importantes para Portugal de acordo com o relatório Um Futuro para a Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian. DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE. Programa Nacional para a Diabetes. 2012. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diário da República, 2.ª série N.º 40. Despacho n.º 3052/2013, de 26 de fevereiro. CRISP, N. L. et al. Um Futuro para a Saúde. Fundação Calouste Gulbenkian. 2014.

Serviços Farmacêuticos na Diabetes Proposta de intervenção Projeto piloto em discussão com a DGS: Prevenção e identificação precoce de indivíduos em risco de diabetes: Identificar e referenciar à consulta médica os indivíduos com risco alto e muito alto de diabetes. Educação terapêutica na primeira dispensa de antidiabéticos Contribuir para o uso correto, efetivo e seguro de antidiabéticos prescritos pela primeira vez, promovendo a adesão à terapêutica. CheckMed diabetes Identificar e resolver situações que comprometam o uso correto, efetivo e seguro dos medicamentos e promover a adesão e melhoria do conhecimento que os doentes têm dos medicamentos que tomam.

Pontos chave Articulação com o Programa Nacional para a Diabetes na definição dos serviços farmacêuticos a serem prestados assim como no delineamento do respetivo plano de ação; Assegurar a implementação e integração com os prestadores do Serviço Nacional de Saúde (médicos, enfermeiros) para assegurar a continuidade e efetividade dos cuidados prestados; Avaliar a possibilidade de enquadrar os cuidados farmacêuticos na missão das Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes; Identificação e aproveitamento de ferramentas/instrumentos disponíveis nas farmácias para melhorar o controlo da doença (ex. alertas através de SMS para promover a adesão à terapêutica).

Conclusão A prevalência crescente da diabetes assim como a introdução de novos medicamentos requerem uma atualização constante sobre as opções terapêuticas mais adequadas e com melhor perfil de custo-efetividade. É essencial a implementação de uma estratégia para uma utilização mais racional dos medicamentos para o controlo da DM: Formação dos profissionais de saúde; Algoritmos de apoio à decisão Monitorização de consumos.

Obrigado Consulte também: www.infarmed.pt http://m.infarmed.pt https://twitter.com/infarmed_ip http://www.linkedin.com/company/infarmed 22 anos de serviço público com valores e ética