6.º Congresso Internacional dos Hospitais. Inovar em Saúde Mito ou realidade?
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- Angélica Araújo Franca
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1 6.º Congresso Internacional dos Hospitais. Inovar em Saúde Mito ou realidade? 23, 24 e 25 novembro 2016 O mundo e os sistemas de saúde e sociais estão em transformação, muito por força das atuais pressões da economia e dos mercados a nível mundial, com consequente impacto nas populações, hoje mais informadas e exigentes, com maior longevidade, com mais multipatologias crónicas e com mais necessidades de cuidados de saúde e sociais. Neste contexto a inovação revela-se como fator fundamental para a implementação de iniciativas e boas práticas em saúde que contribuam para sistemas de saúde com mais qualidade, maior e mais sensível capacidade de resposta perante às atuais necessidades, e com maiores ganhos em saúde para o cidadão. A necessária transformação dos sistemas de prestação de cuidados de saúde acarreta desafios e oportunidades para os cuidados de saúde hospitalares, primários e continuados. É hoje imperativo que as organizações sejam criativas no desenvolvimento de novas formas de prestação do cuidado que promovam mais eficiência e resultados custo-efetivos. A criação de uma cultura de inovação é pois determinante e um desafio maior para os hospitais e sistema de saúde, sendo capital uma transformação profunda destes e da sua capacidade para absorver a ação reformadora. A par com a imprescindível mudança do sistema de saúde, impõe-se ainda a necessidade de uma reestruturação eficiente das organizações de saúde, um reforço das suas lideranças e do desempenho por resultados em saúde dos seus profissionais. O nível de sucesso desta mudança e da implementação de iniciativas transformacionais depende do empenho e envolvimento de todos os atores do sistema, ainda que em níveis de participação e complexidade distintos. Mostra-se por isso essencial discutir a inovação clínica, organizacional, sociológica, da económica da saúde, da ética e culturas, na prestação dos cuidados de saúde e, bem assim, o ambiente de acolhimento da inovação no seio das organizações. O objetivo principal é proporcionar uma análise plural e prospetiva sobre a temática da inovação em saúde e quais os desafios futuros para os cuidados de saúde primários, secundários e continuados, considerando o sistema a um nível macro e micro quanto à sua sustentabilidade, organização da prestação dos cuidados de saúde, dos recursos humanos e dos ganhos em saúde e melhor acesso para o cidadão. Devendo esta ser centrada na evolução verificada em Portugal e na evidência comparada com outros países, aliada à evolução da conjuntura económico-financeira, à problemática do envelhecimento da população, ao aumento das doenças crónicas e de evolução prolongada e ao desenvolvimento das tecnologias da informação e biomédicas. A Direção
2 Programa Provisório Dia 23 de novembro de :00-16:00 Encontro da 10ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde 08:30-09:00 Abertura do Secretariado Receção e entrega de documentação 09:00-17:45 Pré-Congresso - Salas A e B 09:00-13:00 09:00-11:00 11:30-13:00 14:30-16:30 14:30-16:30 Workshop Sala A (4 horas) Workshop Sala B (2 horas) Workshop Sala B (1h30m) Workshop Sala A (2 horas) Schüelke Workshop Sala B (2 horas) 16:45-17:45 Workshop Sala A (1h00m) 16:45-17:45 Workshop Sala B (1h00m) Programa Provisório 08:30-09:30 09:30-10:00 Dia 24 de novembro de 2016 Abertura do Secretariado Receção e entrega de documentação Conferência keynote Speaker Analisar a inovação como fator fundamental para a implementação de iniciativas e boas práticas em saúde que contribuam para sistemas de saúde com maiores ganhos face às atuais necessidades. Discutir como poderá ocorrer a transformação dos sistemas de prestação de cuidados de saúde no desenvolvimento de novas formas de prestação do cuidado que promovam mais eficiência e efetividade. Considerar a necessidade de criar uma cultura de inovação, determinante para a transformação profunda dos cuidados de saúde e da sua capacidade para absorver esta última. Olhar à necessidade de reestruturação das organizações de saúde e do desempenho dos seus profissionais, incluindo os processos de liderança, a cultura e as tecnologias adoptadas a nível local, regional, nacional e internacional. 10:00-10:30 Intervalo
3 10:30-12:00 Mesa 1. O Financiamento e a Inovação Reflectir, considerando o financiamento disponível, como se poderá reduzir os custos e aumentar o valor, bem como melhorar as experiências e resultados dos doentes, acelerar a passagem da investigação científica para terapias e curas e tornar os cuidados de saúde em algo que está acessível a todos. Analisar a sustentabilidade do financiamento do setor da saúde e dos cuidados prestados, através de alternativas para um acesso a fontes complementares, atentando às lições e experiências de outros setores. Debater a importância do fortalecimento de uma relação sustentável entre os governos e a indústria, pela promoção do mérito, através de um investimento que estimule oportunidade de ação nas áreas, entre outras, como a investigação, o diagnóstico ou a gestão da doença. Debater importância das oportunidades de cooperação inter-regional, transnacional e internacional. Sessão de Abertura do Congresso e Cerimónia de Entrega dos Prémios de Boas Práticas em Saúde 12:00-12:30 Sua Excelência o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes Presidente do INFARMED, Henrique Luz Rodrigues* Diretor Executivo da Federação Europeia dos Hospitais (HOPE), Pascal Garel Diretor Executivo da Federação Internacional dos Hospitais (IHF), Eric de Roodenbeke Presidente da APDH, Carlos Pereira Alves 12:30-14:00 Almoço Livre 14:00-15:30 Mesa 2. Sinergias em movimento. A Inovação ao nível local, regional e nacional O processo da inovação nos cuidados de saúde representa um grande desafio pela sua complexidade e multidimensionalidade e envolve fundamentalmente cinco atores chave, os quais possuem expectativas e necessidades específicas. De entre estes identificam-se os médicos e outros prestadores de cuidados (que procuram a melhoria dos resultados, do diagnóstico e do tratamento do doente), os doentes (que procuram a melhoria do acesso e do seu bem-estar e experiência no processo de cuidados), as organizações (que procuram a melhoria da eficiência dos seus processos internos, dos resultados e o aumento da produtividade e qualidade e, a contenção de custos), as empresas inovadoras (que procuram o lucro e a melhoria dos resultados) e as entidades reguladoras (que procuram reduzir os riscos e a melhoria da segurança do doente). Importa assim reflectir sobre o potencial na criação de sinergias ao nível local, regional e nacional (nomeadamente em termos do financiamento disponível) que contribuam para processos de inovação custo-efetivos e que adicionem valor e, sejam adequados às necessidades dos diferentes atores chave do sistema de saúde, contribuindo em simultâneo para uma melhoria da qualidade do cuidado prestado. 15:30-15:45 Intervalo 15:45-17:15 Mesa 3. Inovação em Saúde. Experiências internacionais, nacionais e locais Dar visibilidade a experiências inovadoras no setor da saúde em áreas, entre outras, como a prática clínica (por ex. telemedicina), as tecnologias da saúde (informação e biomédicas), o tratamento de determinadas patologias (por ex. hepatite, cancro) e do
4 conhecimento (por ex. novas terapêuticas, ensaios clínicos).
5 Programa Provisório 09:00-09:30 9:30-10:15 Dia 25 de novembro de 2016 Abertura do Secretariado Receção e entrega de documentação Conferência keynote Speaker The Role of Patient in Healthcare Organizations Eric de Roodenbeke, Federação Internacional dos Hospitais, Diretor Executivo Analisar, à luz da inovação em saúde, sobre o papel das organizações de saúde por forma a garantir um sistema que promova o envolvimento e o empoderamento do doente na gestão da sua saúde. 10:15-10:30 Intervalo 10:30-12:00 12:00-13:00 Mesa 4. Capacidade de Inovação. Barreiras e Oportunidades Embora nos últimos se tenha assistido a um aumento dos processos de inovação, ainda pouco se sabe sobre os fatores determinantes para o sucesso da implementação da inovação nas organizações de saúde. A introdução da inovação nos cuidados de saúde é amplamente reconhecida como um processo complexo. Este pode ser afetado por vários fatores, positiva ou negativamente e, por vezes constata-se que as mudanças não acontecem porque os profissionais de saúde não aceitam a inovação ou as fontes de financiamento disponíveis são insuficientes para a implementar. Importa assim analisar os fatores que facilitam ou impossibilitam a capacidade de inovação nas organizações de saúde em Portugal, atentando às caraterísticas do contexto sociopolítico (por ex., vontade do doente em colabora com a inovação, conformidade da inovação nas normas e leis vigentes), organizacionais (por ex. processo de decisão top-down ou bottom-up, dimensão da organização), do seu utilizador, de quem adota e do profissional de saúde (por ex. problemas éticos do profissional de saúde para com a inovação) e das características da própria inovação (por ex. relevância da inovação para o doente, isto é se adiciona valor em saúde). Mesa 5. Inovação e Qualidade. Experiências no terreno (apresentações livres) Olhar à necessidade de novas abordagens para a melhoria dos processos de inovação, alargando o foco além da inovação do produto, para ambientes que encorajem a melhoria dos processos e em que os erros ou insucessos representem uma importante componente da experimentação e aprendizagem. Importa assim partilhar as experiências inovadoras implementadas no terreno que demonstrem as mais-valias da sua adoção em termos da adição de valor e custoefetividade. 13:00-14:30 Almoço Livre 14:30-16:00 Mesa 6. Health Cluster e a Saúde Um dos grandes desafios para um Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os seus Parceiros da Indústria reside na procura de inovações que genuinamente acrescentem valor mas não o custo no caso do SNS com vista à melhoria da sua produtividade e qualidade e a indústria com vista á sua competitividade internacional.
6 16:00-16:15 Intervalo Importa assim refletir sobre o contributo de entidades ou grupos de entidades para a melhoria do sistema de saúde e da prestação de cuidados de saúde, em termos da sua capacidade e desempenho no desenvolvimento de processos de inovação e tecnologia, nomeadamente através da cooperação entre empresas privadas, entidades públicas, organizações e universidades e o sector social. 16:15-17:45 17:45-18:15 Mesa 7. Inovar em Saúde Mito ou realidade? Nos cuidados de saúde o termo inovação é tradicionalmente associado ao desenvolvimento de novas terapias, medicamentos ou dispositivos médicos. Porém parece claro que a inovação deve ser explorada num âmbito mais alargado, que incida em áreas de oportunidade como a análise de dados, comportamento do consumidor (idealmente um gestor da sua própria saúde), incentivos aos prestadores e melhoria dos processos de prestação de cuidados de saúde. Considerando os atuais constrangimentos económico-financeiros, a inovação desempenha um papel vital na contribuição da melhoria da qualidade do cuidado prestado ao doente, libertando poupanças através da produtividade e permitindo que os Serviços de Nacionais de Saúde sejam os maiores investidores na criação de valor em saúde. Exemplo disso são os enormes avanços nos últimos 60 anos, como a fertilização in vitro, o desenvolvimento do método tomografia computadorizada e ressonância magnética, o desfibrilhador portátil, entre muitos outros. Importa assim vislumbrar o passado, o presente e o futuro da Inovação em saúde em Portugal, a par das tendências internacionais, analisando os atuais constrangimentos e oportunidades e a necessidade de promover uma cultura de inovação a nível nacional, fator indispensável para a implementação de iniciativas e boas práticas em saúde, que promovam a coordenação dos cuidados e uma partilha da informação e, em simultâneo, contribuam para a redução de custos e maiores ganhos em saúde. Sessão de Encerramento Presidente do INFARMED, Henrique Luz Rodrigues* Presidente Direção da APDH, Carlos Pereira Alves * em confirmação
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