Aula 22 Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana

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Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana MÓDULO 3 - AULA 22 Aula 22 Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana Introdução Uma das técnicas do cálculo tem como base a idéia de aproximação de uma função por uma função linear ou por uma função afim na vizinhança de um ponto do seu domínio Foi assim para função f : R R (Cálculo I, f : R R n (Cálculo II e f : R n R (início do Cálculo III E para funções f : R n R m a hisória, como veremos, irá se repetir Definição 3 Dizemos que uma função A : R n R m é afim se existe uma função (ou transformação linear L : R n R m e um vetor y em R m tal que A(x = L(x + y para todo x R n Conforme já observamos, veremos que as funções afins constituem a base do Cálculo Diferencial das funções vetoriais Exemplo 5 A(x, y, z = (2x + y 1, x 2z + 1, x + y + z = (2x + y, x 2z, x + y + z + ( 1, 1, é uma função afim de R 3 R 3, em que y = ( 1, 1, e L é a transformação linear representada na forma matricial como segue: u v w = L(x, y, z = 2 1 1 2 1 1 1 x y z 13 CEDERJ

Calculo III Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana Obs 3 Note que poderíamos ter apresentado a função afim do exemplo anterior usando também a representação matricial u 2 1 x 1 v = A(x, y, z = 1 2 y + 1 w } 1 1 1 {{ z } } {{ } L(x,y,z y Exemplo 6 Em dimensão 1, uma função afim tem a forma f(x = ax + b, em que a parte linear é L(x = ax, sendo [a] 1 1 a matriz que representa a função linear Em Busca do Conceito de Diferenciabilidade real x Recordamos inicialmente o caso das funções reais f de uma variável Ora, sabemos que se f é diferenciável em x, então f pode ser aproximada numa vizinhança de x por uma função afim A(x = ax + b Como f = A = ax + b, obtemos: A(x = ax + b = a(x x + f A parte linear de A(x (representada anteriormente por L é, neste caso, a expressão a x A norma euclideana de um número real é o seu valor absoluto, assim a condição de diferenciabilidade torna-se E(x = x x x x = f(x A(x x x x x = x x f(x f a(x x x x (3 onde E(x é o erro que se comete quando aproximamos f(x por A(x numa vizinhança de x Como sabemos, a expressão (3 é equivalente a f(x f(x = a x x x x O número real a é usualmente denotado por f e é denominado derivada de f em x A função afim A é portanto dada por A(x = f + f (x x CEDERJ 14

Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana MÓDULO 3 - AULA 22 e o seu gráfico é a reta tangente ao gráfico de f em x (veja figura a seguir y = f(x PSfrag replacements y = f + f (x x f x Agora estudaremos a possibilidade de aproximar uma função vetorial real arbitrária f : R n R m numa vizinhança de um ponto x do seu domínio por uma função afim A(x Ora, para início de conversa, devemos ter A = f, isto é, para x = x, A(x deve fornecer o valor exato de f (acompanhe a discussão atual comparando com o exemplo das funções f : R R Como A(x = L(x+y e f = A = L + y, temos que Ora, L(x é linear, logo e, portanto, concluimos que A(x = L(x + y = L(x + f L L(x L = L(x x É natural impormos também a condição de que A(x = L(x x + f (4 ( f(x A(x = (5 x x afinal queremos que A(x seja uma aproximação para a função f numa vizinhança de x Entretanto, para que isso aconteça, precisamos que f seja contína em x = x Com efeito, observe inicialmente que como L(x é contínua, temos que logo, L(x x = L( = x x = x x ( f(x A(x = x x ( f(x f(x L(x x = x x ( f(x f(x, isto é, f(x = f x x 15 CEDERJ

Calculo III Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana Ora, isto é significativo, mas nada diz a respeito de L Portanto, a fim de que o nosso conceito de aproximação possa distinguir uma função afim de outra ou medir de algum modo até que ponto A é uma boa aproximação para f, algum requisito é necesário No caso de dimensão 1 (função de R em R, exigimos que [f(x A(x] tendesse a zero mais rápido do que x tendesse a x, isto é, exigimos que f(x f(x a(x x x x x x (denotamos, neste caso, a por f - veja equação (3 da página anterior = É natural que façamos o mesmo (é claro, com algumas adaptações para funções de R n R m Assim, exigiremos que f(x f(x L(x x x x x x = Equivalentemente, podemos exigir que f seja representável na forma f(x = f + L(x x + x x E(x x, em que E(x x é uma função que tende a zero quando x x Isto posto, podemos fazer a seguinte definição Definição 4 Uma função f : U R n R m será denominada diferenciável em x se: (i x é um ponto interior de U (ii Existe uma função afim que aproxima f numa vizinhança de x, isto é, existe uma função linear L : R n R m tal que f(x f(x L(x x x x x x = A função linear L é denominada diferencial de f em x Dizemos simplesmente que a função f é diferenciável se ela for diferenciável em todo ponto de seu domínio Conforme a definição, o domínio de uma função diferenciável é um conjunto aberto Entretanto, é conveniente estender a definição de modo tal que se possa falar de uma função diferenciável f definida num subconjunto arbitrário S do espaço do domínio Diremos, neste caso, que f é diferenciável em S se existir f : U R n R m diferenciável num conjunto aberto U que contém S de modo que f = f S CEDERJ 16

Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana MÓDULO 3 - AULA 22 Como Determinar a Diferencial de uma Dada Função Da Álgebra Linear sabemos que uma transformação linear L : Rn R m pode ser representada por uma matriz m n Assim, o que precisamos fazer é determinar os coeficientes (a ij dessa matriz Veremos a seguir que estes coeficientes podem ser determinados em termos das derivadas parciais de f Ora, como L é univocamente determinada por f em cada ponto interior do domínio de f, podemos falar de a diferencial de f em x e a denotamos por d x f Assim, para encontrar a matriz [ d x f ] de f uma função diferenciável f : R n R m, consideramos a base canônica (e 1, e 2,, e n do espaço domínio R n Se x é um ponto interior do domínio de f, os vetores x j = x + te j, j = 1,, n estão todos no domínio de f para t suficientemente pequeno Temos ainda pela condição (ii da definição de diferencial que: para j = 1,, n f(x j f d x f(x j x x x t Como d x f é linear, temos que d x f(x j x = d x f(te j = td x f(e j = (6 Logo, o ite (6 é equivalente a dizer que ( f(xj f(x f(x j f(x d x f(e j = = d x f(e j, (7 t t t t para j = 1,, n Ora, d x f(e j é a j-ésima coluna da matriz de d x f a 11 a 1j a 1n a 21 a 2j a 2n 1 = a m1 a mj a mn d x f Por outro lado, o vetor x j difere de x apenas na j-ésima coordenada, e nesta coordenada a diferença é justamente o número t Portanto, o primeiro membro da equação (7 é precisamente a derivada parcial f e j a 1j a 2j a nj 17 CEDERJ

Calculo III Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana De fato, se f 1, f 2,, f m são as funções coordenadas de f, então t ( f(xj f t = = ( f 1 (x + te j f 1 f m (x,, + te j f m t t t t ( f1 (x x,, f m (x j x j = f Isto posto, temos que: a 1j = f 1 com j = 1,, n a 2j = f 2 a mj = f m Assim, temos que a matriz de d x f tem a forma f 1 x 1 f 2 x 1 f m x 1 f 1 x 2 f 2 x 2 f m x 2 f 1 x n f 2 x n f m x n Esta matriz é denominada matriz jacobiana ou derivada de f em x e é denotada por f Podemos resumir o resultado que acabamos de provar no seguinte teorema: Teorema 5 Seja f : U R n R m uma função diferenciável e x um ponto interior de f Então a diferencial d x f é univocamente determinada e a sua matriz é a matriz jacobiana de f, isto é, para todos os vetores y R n, temos d x f(y = f y (8 CEDERJ 18

Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana MÓDULO 3 - AULA 22 Apesar da transformação linear d x f e a sua matriz f serem logicamente distintas, a equação (8 mostra que elas podem ser identificadas na prática contanto que seja entendido que a matriz de d x f seja tomada em relação as bases canônicas de R n e R m Exemplo 7 Seja f : R 3 R 2 definida por f(x, y, z = ( x 2 + e y, x + y sen z Ora, as funções coordenadas de f são f 1 (x, y, z = x 2 + e y, f 2 (x, y, z = x + y sen z e a matriz jacobiana em (x, y, z é dada então por: f 1 x (x, y, z f 1 y (x, y, z f 1 (x, y, z [ ] z 2x e y f 2 x (x, y, z f 2 y (x, y, z f 2 = (x, y, z 1 sen z y cos z z Portanto, o diferencial de f em (1,, π/2 é a função linear cuja matriz é f (1,, π/2 = [ 2 1 1 1 ] Exemplo 8 A função f : R 2 R 2 definida por f(x, y = ( (x + y 2, xy 2 + x 2 y diferencial d x f em (x, y representada pela matriz jacobiana f (x, y = [ 2x + 2y 2x + 2y y 2 + 2xy x 2 + 2xy ] tem Condição Suficiente para a Diferenciabilidade Dada uma função f : U R n R m diferenciável, U um aberto do R n, vimos que d x f, x U fica univocamente determinada a partir dos cálculos das derivadas parciais f i, com i = 1,, m e j = 1,, n, se utilizarmos as bases canônicas de R n e R m, isto é, se f é diferenciável em x e j = 1,, n, existem e [ dx f ] = U, então f i, com i = 1,, m [ ] fi (x x j m n 19 CEDERJ

Calculo III Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana Diante disto, surge uma questão natural: será que se todas as derivadas parciais f i existem? podemos afirmar que f é diferenciável em x? Sabemos (por aulas anteriores que tal fato não se verifica para funções f : R n R No entanto, podemos adicionar alguma condição sobre as derivadas parciais f i de modo a garantir a diferenciabilidade de f Acreditamos que você já deva saber do que se trata (veja o próximo teorema Teorema 6 Seja f : U R n R m, U um aberto do R n Se todas as derivadas parciais f i das funções coordenadas são contínuas em U, então f é diferenciável em U Não faremos aqui a demonstração deste teorema O leitor curioso pode encontrar uma demonstração deste resultado em [Williamson etall, 1976, pp 261-263] O que realmente interessa para nós é se você sabe usar este resultado para argumentar sobre a diferenciabilidade de funções vetoriais Vejamos alguns exemplos Exemplo 9 Considere f(x, y = 1 x 2 y 2 definida no disco aberto D = { (x, y R 2 x 2 + y 2 < 1 } Note que: f x (x, y = x 1 x2 y 2 e f y (x, y = y 1 x2 y 2 são contínuas no disco aberto Logo, f é diferenciável em D Exercícios Propostos 1 Se f é função vetorial definida por ( x 2 y 2 f(x, y = 2xy Determine a derivada de f nos seguintes casos: ( ( ( ( x a 1 1/ 2 a b c d y b 1/ 2 CEDERJ 2

Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana MÓDULO 3 - AULA 22 2 Determine a derivada de cada uma das seguintes funções nos pontos indicados: ( ( ( x a f = x 2 + y 2 x 1 em = y y b g(x, y, z = xyz em (x, y, z = (1,, ( sen t c f(t = em t = π/4 cos t e t d f(t = t em t = 1 t 2 ( x + y e g(x, y = em (x, y = (1, 2 x 2 + y 2 ( u + v ( ( u u 1 f A = u v em = v v 1 ( u cos v ( ( u u 1 g T = u sen v em = v v π v h f(x, y, z = (x + y + z, xy + yz + xz, xyz em (x, y, z 3 Seja P uma função do espaço euclideano tridimensional no bidimenional definida por P (x, y, z = (x, y a Qual é a interpretação geométrica desta transformação? b Mostre que P é diferenciável em todos os pontos e determine a matriz da diferencial de P em (1, 1, 1 4 a Desenhe a curva em R 2 definida parametricamente pela função g(t = ( t 1, t 2 3t + 2, < t < + b Determine a função afim que aproxima g (1 numa vizinhança de t = (2 numa vizinhança de t = 2 c Descreva a curva definida parametricamente pela função afim 21 CEDERJ

Calculo III Derivadas Parciais - Diferencial - Matriz Jacobiana 5 a Esboce a superfície em R 3 definida explicitamente pela função z = f(x, y = 4 x 2 y 2 b Determine a função afim que aproxima f (1 numa vizinhança de (, (2 numa vizinhança de (2, c Desenhe os gráficos das funções afins em (b 6 Qual é a derivada da função afim a 1 a 2 a 3 b 1 b 2 b 3 c 1 c 2 c 3 x y z + a b c? 7 Prove que toda função linear é a sua própria diferencial 8 Prove que toda translação é diferenciável Qual é a diferencial? 9 A função R n g R definida por g(x = x = (x 1 2 + + (x n 2 é diferenciável em todo ponto de seu domínio? 1 Verifique que a função f(x, y = xy x 2 y 2 se x ±y se x = ±y tem a matriz jacobiana em (,, mas que não é diferenciável aí CEDERJ 22