ESTRATÉGIA DE TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO DE MUDAS DE Jatropha curcas

Documentos relacionados
Estratégia morfofisiológica de tolerância ao déficit hídrico de mudas de pinhão manso

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA CULTIVADA EM SISTEMA SEMI- HIDROPÔNICO FERTIGADA COM DIFERENTES SOLUÇÕES NUTRITIVAS. Apresentação: Pôster

CRESCIMENTO DE CLONES DE EUCALIPTO EM DIFERENTES CONDIÇÕES MICROCLIMÁTICAS E LÂMINAS DE ÁGUA NO SUBSTRATO 1 RESUMO

EFEITO DO DÉFICIT HÍDRICO NA PRODUÇÃO DE BIOMASSA SECA DE MUDAS DE EUCALIPTO SUBMETIDAS A DIFERENTES REGIMES DE IRRIGAÇÃO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

CRESCIMENTO DA FAVA CULTIVADO EM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA

Palavras-chave: Mudas de cafeeiro; poda; carboidratos; atividade da redutase do nitrato

DESEMPENHO DE CLONES DE EUCALIPTO EM RESPOSTA A DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SUBSTRATO RESUMO

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

RESPOSTA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PEPINO EM FUNÇÃO DE ADIÇÃO DE DOSAGENS DE ESTERCO DE GALINHA AO SUBSTRATO

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES NO VIGOR DE PLANTULAS DE CALÊNDULA

TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO DE GENÓTIPOS DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DE CRESCIMENTO E TEORES DE NPK. Brasil

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Efeitos do Estresse Hídrico no Comportamento Estomático em Plantas de Hyptis pectinata L. Poit.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Ectomicorrizas, biotecnologia viável para o setor florestal

CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES DE MAMONEIRA EM SISTEMA DE SAFRINHA NO SUL DE MINAS GERAIS

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

, Pombal-PB;

RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS DE SORGO, FEIJÃO-DE-CORDA E ALGODÃO SOB ESTRESSE SALINO

CRESCIMENTO DO GIRASSOL CULTIVADO SOB TÉCNICAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA IN SITU

CRESCIMENTO DO SORGO SACARINO CULTIVADO SOB TÉCNICAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E RENDIMENTO DE CALDO DO SORGO SACARINO SOB SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

Avaliação da fitotoxicidade de duas diferentes formulações de nicosulfuron na cultura do milho associada à adubação nitrogenada em cobertura

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PRODUÇÃO DA CULTURA DA FAVA SOB MÉTODOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Produção de mudas de melão cantaloupe em diferentes tipos de substratos. Seedling production of melon cantaloupe in different types of substrates

2 Patamar de Carga de Energia

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

Crescimento de soja geneticamente modificada com os genes AtDREB1A e AtDREB2A sob déficit hídrico

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

Efeito de diferentes proporções de esterco de gado, areia e Latossolo Roxo, na produção de mudas de Mimosa scabrella Benth (Bracatinga)

ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA COVA DE PLANTIO DO CAFEEIRO CONILON (Coffea canephora Pierre ex Froehner): I. EFEITOS NO CRESCIMENTO DA PLANTA

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Análise de Crescimento de Três Cultivares de Rabanete.

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE CAFÉ (Coffea arabica L.) SUBMETIDAS AO EXCESSO DE ÁGUA

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(13); FACULDADE ICESP / ISSN:

Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa

AVALIAÇÃO DE CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA E TEMPERATURA FOLIAR EM VARIEDADES DE MAMÃO SUBMETIDAS A DÉFICIT HÍDRICO

Eficiência de Delegate WG no controle de Neoleucinodes elegantalis (Guenée) na cultura do tomate

Característica química do solo e o crescimento do Eucalyptus grandis fertilizado com efluente da indústria de refino de óleo vegetal

ANÁLISE QUALITATIVA DE ALFACE CRESPA FERTIGADA COM SOLUÇÃO NUTRITIVA SALINA SUPLEMENTADA COM POTÁSSIO. Apresentação: Pôster

Comportamento do potencial da água na folha e da condutância estomática do milho em função da fração de água disponível no solo

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

WATERFLUX - MEDIDOR DE VAZÃO SEM NECESSIDADE DE TRECHOS RETOS - ALIMENTAÇÃO INTERNA (BATERIA) OU EXTERNA CA/CC

AJUSTAMENTO OSMÓTICO EM MUDAS DE JATOBÁ SUBMETIDAS À SALINIDADE EM MEIO HIDROPÔNICO 1

Crescimento, mortalidade e recrutamento pós-colheita de espécies arbóreas em uma floresta tropical (1)

LIXO NA PRAIA DE ITAPUÃ (SALVADOR-BAHIA): ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FINAIS DE SEMANA E DIAS ÚTEIS

Crescimento e capacidade fotossintética da cultivar de amendoim BR 1 sob condições de salinidade

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

Crescimento de genótipos de feijão-caupi irrigados com água salina. Growth bean-cowpea genotypes irrigated with saline water

CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO E SUPERFOSFATO SIMPLES RESUMO SUMMARY

Estratégias de Sucessão Trigo - Soja para Manutenção da Viabilidade das Culturas no Sul do Brasil

Crescimento de faveleira (Cnidosculus quercifolius Pohl.) em co-produto de vermiculita sob fertilização orgânica e química

COMPONENTES PRODUTIVOS DE GENÓTIPOS DE AMENDOIM CULTIVADOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

PARÂMETROS BIOMÉTRICOS DA CANA-DE-AÇÚCAR SUBMETIDA A REGIMES DE DÉFICIT HÍDRICO NO SUBMÉDIO DO SÃO FRANCISCO

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CENOURA EM SOLO DE MINERAÇÃO DE CALCÁRIO SOB DIFERENTES INTENSIDADES LUMINOSAS E ADUBAÇÕES

TOLERÂNCIA À GERMINAÇÃO NA ESPIGA EM TRIGO E SUA INFLUÊNCIA NAS PROPRIEDADES QUALIQUANTITATIVAS DOS GRÃOS

O Sorgo Sacarino no Semi-Árido Brasileiro: Elevada Produção de Biomassa e Rendimento de Caldo

WATERFLUX - MEDIDOR DE VAZÃO SEM NECESSIDADE DE TRECHOS RETOS - ALIMENTAÇÃO INTERNA (BATERIA) OU EXTERNA CA/CC

Crescimento e nodulação de Enterolobium contortisiliquum cultivado em solos de diferentes sistemas de uso no Sudoeste do Piauí

Desenvolvimento de mudas de Pinus oocarpa Schiede em vasos na presença de adubação N-P-K e diferentes condições hídricas.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ÍNDICE DE COLHEITA E PARTIÇÃO DE ASSIMILADOS DO RABANETE SOB FERTIRRIGAÇÃO NITROGENADA. Paraíba-Brasil.

Dosagem de concreto. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

Álgebra Linear e Geometria Analítica D

Resposta da rúcula à adubação orgânica com diferentes compostos orgânicos

Contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de pinhão-manso submetido à salinidade

Manejo da adubação nitrogenada e influência no crescimento da aveia preta e na produtividade do milho em plantio direto

Desempenho agronômico de cultivares de batata na região nordeste paulista.

COMBINAÇÕES DE REGULADORES DE CRESCIMENTO SOBRE O GERENCIAMENTO DO CULTIVAR FIBERMAX 966

COMPENSAÇÃO ANGULAR E REMOÇÃO DA COMPONENTE DE SEQÜÊNCIA ZERO NA PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE TRANSFORMADORES

Produção de sementes macho-estéreis em arroz (1)

Avaliação de cultivares de cebola em cultivo de verão no município de Viçosa - MG.

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

3. CÁLCULO INTEGRAL EM IR

Aplicação de fontes orgânicas e mineral no desenvolvimento e produção do melão no sul do Estado do Piauí

DESENVOLVIMENTO DO PINHÃO MANSO EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO E IRRIGADO NO LITORAL CEARENSE

Efeito da Adição de Silicato na Mineralização do Carbono e do Nitrogênio

ADISH CULTIVATION CV. VERMELHO GIGANTE, SUBMITTED TO WATER REPLACEMENT AND FERTIRRIGATION WITH NITROGEN SOURCES

VICDRYER UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE CAFÉ EM ALTAS TEMPERATURAS

Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

INFLUÊNCIA DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO NO CULTIVO DE GIRASSOL

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA BAHIA

Faculdade de saúde Pública. Universidade de São Paulo HEP Epidemiologia I. Estimando Risco e Associação

CARBOIDRATOS E ACÚMULO DE MASSA SECA EM MUDAS DE CAFÉ (Coffea arabica L.) SUBMETIDAS AO EXCESSO DE ÁGUA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

Hewlett-Packard PORCENTAGEM. Aulas 01 a 04. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

, Pombal-PB;

Produção de biomassa em genótipos de capim-elefante e sorgo forrageiro sob restrição hídrica

MORPHOPHYSIOLOGICAL ANALYSIS OF. POPULATION Jatropha curcas

Radiossensibilidade em plântulas de arroz irrigado: potencial de crescimento e capacidade antioxidante

Lista de Exercícios Vetores Mecânica da Partícula

PERDAS DE NITROGÊNIO VIA EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO (N 2 O) E VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA (NH 3 ) NO FEIJOEIRO IRRIGADO

Modificação da umidade relativa do ar pelo uso e manejo da estufa plástica 1

Transcrição:

ESTRATÉGIA DE TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO DE MUDAS DE Jtroph urs Prisill Gomes de Freits Sntos 1 ; Luis Frniso de Oliveir Borges 1 ; Clir Kássio Lmerty Cruvinel 1 ; Hilton Dion Torres Junior ; Lriss Pheo Borges ; Fáio Sntos Mtos 3 RESUMO Pretendeu-se identifir s estrtégis morfofisiológis de tolerâni o défiit hídrio de plnts de pinhão mnso. O trlho foi onduzido no mpo experimentl d Universidde Estdul de Goiás, unidde de Ipmeri, Goiás. Utilizou-se o delinemento inteirmente sulizdo om qutro trtmentos, seis repetições e prel de um plnt útil. Sementes de pinhão mnso form semeds em vsos de qutro litros ontendo um mistur de solo, rei e estero n proporção de 3:1:1, respetivmente. Após nálise d omposição d mistur, relizou-se dução e orreção do ph. As plnts form ultivds pleno sol e irrigds dirimente. Aos 6 dis pós germinção, s plnts form sumetids regimes hídrios difereniis: plnts dirimente irrigds de form que umidde do solo permneç próxim pidde de mpo e plnts sumetids à desidrtção om irrigção suspens durnte, 1 e 1 dis. As plnts desidrtds form reirrigds durnte ino dis e em seguid relizds s nálises destrutivs. O metolismo CAM em plnts so restrição hídri ument possiilidde de sorevivêni e torn o pinhão mnso tolernte o défiit hídrio. As muds de Jtroph urs presentm omo estrtégi de tolerâni se o retrdo d desidrtção. Termos pr indexção: Pinhão mnso, se, tolerâni STRATEGY OF TOLERANCE TO WATER DEFICIT OF Jtrophurs SEEDLINGS ABSTRACT The ojetive ws to identify the morphophysiologilstrtegies of tolerne to wter defiit of Jtrophurs plnts. The work ws onduted in the experimentl field of the Universidde Estdul de Goiás (UEG), Unit of Ipmeri, Goiás. We used ompletely rndomized design with four tretments nd six replitions. Seeds of Jtrophurs were sown in pots ontining four liters of mixture of soil, snd nd mnure in the rtio of 3:1:1 respetively. After nlyzing the omposition of the mixture, ws held fertiliztion nd ph orretion. The plnts were grown in full sun nd wtered dily. At 6 dys fter germintion, the plnts were sujeted to differentil wter regimes: dily irrigted plnts so tht soil moisture remins lose to field pity nd plnts sujeted to dehydrtion with irrigtion withheld for, 1 nd 1 dys. The plnts dehydrted were rehydrted for five dys nd then performed the destrutive nlysis. The imposition of CAM metolism in plnts under wter (1) Grdundos em Engenhri Agronômi, Universidde Estdul de Goiás (UEG), Rodovi: GO 33, km 1, Anel Viário s/n, Ipmeri-GO, CEP: 778-, e-mil: prisill.prifreits@gmil.om () Mestrndos em Produção Vegetl (UEG). (3) Professor orientdor, Doente de nível superior. Universidde Estdul de Goiás (UEG). 1

INTRODUÇÃO Jtroph urs (Euphoriee) é um espéie oleginos, onheid populrmente omo pinhão mnso. É originári d Améri Centrl, onsiderd plnt rústi e dptd s diverss ondições edfolimátis (Dis et l., 7; Freits et l., 11; Mtos et l.,1). Trt-se de um espéie de grnde potenil eonômio, soretudo por sus sementes onstituírem mtéri-prim pr produção de óleo pr iodiesel. Est rterísti tem ontriuído pr o umento d explorção omeril dess ultur. Os prinipis produtos utilizds pr produção de ioomustiveis no Brsil são soj, seo ovino e lgodão, om ontriuições de 83,8%, 1,% e,3%, respetivmente, sendo os outros mteriis grxos responsáveis por pens,8% d produção (ANP, 1). Existe neessidde, portnto, de diversifir produção de mtéri-prim pr produção de iodiesel por meio d introdução de espéies promissors, omo o pinhão mnso. Com possiilidde do uso do óleo de Jtroph urs pr produção de iodiesel, rem-se mpls perspetivs pr o umento ds áres de plntio om est ultur em regiões árids e semi-árids, ontudo, os plntios omeriis de pinhão mnso no Brsil ind estão oorrendo de form tímid em função do ixo onheimento ientífio. A tolerâni à se é um resultnte de váris rterístis (ntômis, morfológis, fisiológis, moleulres) que se expressm diferente e onomitntemente, dependendo d severidde e d tx de imposição do défiit hídrio, d idde e ds ondições nutriionis d plnt, do tipo e d profundidde do solo, d rg pendente de frutos, d demnd evportiv d tmosfer e d fe de exposição do terreno, et (Smtti e Cylor, 7). Portnto, doção de um úni estrtégi de dptção à se é, ertmente, indequd pr qulquer tipo de miente (Smtti e Cylor, 7). A esolh de espéies tolerntes o défiit hídrio ssegur rend os produtores ruris de mientes semi-áridos. Dentre s oleginoss promissors pr esss regiões dest-se espéie Jtroph urs L. As pesquiss om défiit hídrio em pinhão mnso têm-se onentrdo em plnts om idde superior seis meses, porém, o período de ondução de muds gir em torno de 6 dis. Tendo em vist neessidde de usr informções dess nturez pr produção de muds pr o plntio no mpo, em omo o melhor entendimento dos triutos pr tolerr se, possiilitndo su explorção omeril em ondições de ix disponiilidde hídri, o presente estudo ojetivou identifir s estrtégis morfofisiológis de tolerâni o défiit hídrio de plnts de pinhão mnso pr fomentr progrms de melhormento genétio. MATERIAL E MÉTODOS O trlho foi onduzido no mpo experimentl d Universidde Estdul de Goiás, unidde de Ipmeri (Lt. 17 3 19 S, Long. 8 9 3 W, Alt. 773 m), Ipmeri, Goiás. Est região possui lim tropil om inverno seo e verão úmido (Aw), de ordo om lssifição de Köppen. Utilizou-se o delinemento inteirmente sulizdo om qutro trtmentos, seis repetições e prel om um plnt útil. Sementes de pinhão mnso form semeds em vsos de qutro

litros ontendo um mistur de solo, rei e estero n proporção de 3:1:1, respetivmente. Após nálise d omposição d mistur, relizou-se dução e orreção do ph de ordo om reomendções ténis pr ultur (Dis et l. 7). As plnts form ultivds pleno sol e irrigds dirimente, sendo umidde do solo mntid próximo máxim pidde de retenção hídri. Aos 6 dis pós germinção, s mesms form sumetids regimes hídrios difereniis: plnts dirimente irrigds de form que umidde do solo permneç próxim pidde de mpo e plnts sumetids à desidrtção om irrigção suspens durnte ; 1 e 1 dis. As plnts desidrtds form reirrigds durnte ino dis e em seguid relizd s seguintes nálises: Teor reltivo de águ, lorofil e rotenóides totis, áre folir totl, rzões de msss folir, ulinr e rdiulr, iomss totl, ltur d plnt, diâmetro do ule, trnspirção d plnt e efiiêni de uso d águ. As nálises oorrerm sempre no período d mnhã entre 7: e 1: hors.os ddos otidos form sumetidos à nálise de vriâni e, nos sos em que o teste F foi signifitivo, relizou-se o teste de Newmn Keuls pr omprção múltipl ds médis dos trtmentos (mos om p<,). Ests nálises esttístis form onduzids utilizndo o softwre SISVAR.3 (Ferreir, 11). RESULTADOS E DISCUSSÃO As plnts de pinhão mnso omportrm-se de form diferente om relção o tempo de restrição hídri. As plnts trtds presentrm signifitivs lterções no resimento vegettivo. Independentemente do tempo de restrição hídri, s plnts omportrm-se de form semelhnte qunto o teor reltivo de águ (Figur 1). O ule suulento funionndo omo tmpão hídrio ssoido o menismo de nteipção o défiit hídrio, típio de plnts isoídris, ontriuiu pr mnutenção do elevdo onteúdo de águ n folh. A suulêni do ule lid o metolismo C 3 -CAM existente nest espéie onfere elevd tolerâni o défiit hídrio, por mnter s folhs hidrtds em ondição de ix disponiilidde de águ no solo (Luttge, 8). O pinhão mnso possui metolismo fotossintétio intermediário C 3 -CAM (Luttge, 8). A reduzid tx trnspirtóri e elevd efiiêni de uso d águ, típis de plnts CAM, provvelmente estejm ssoids à mnifestção do metolismo áido ds Crssuláes em ondição de défiit hídrio. Os resultdos orroorm os enontrdos por Adr et l. (9) e Diz-López et l. (1) que registrrm umento d efiiêni de uso d águ de plnts de pinhão mnso om redução d disponiilidde hídri. Possivelmente, o ule suulento retrdou desidrtção e o metolismo CAM, umentou possiilidde de sorevivêni em ondição de flt de águ, onforme Luttge (8) 3

Teor reltivo de águ (%) 1 1 8 6 dis 1 dis 1 dis Restrição hídri Testemunh Défiit hídrio Reirrigção Testemunh Défiit hídrio Reirrigção dis 1 dis 1 dis Restrição hídri Figur 1. Teor reltivo de águ e efiiêni de uso d águ de muds de pinhão mnso sumetids o défiit hídrio de ; 1 e 1 dis sem irrigção. 1 1 8 6 Efiiêni de uso d águ (kg m -3 ) A lt efiiêni de uso d águ, reduzid trnspirção, retrdo d desidrtção e justmento d áre folir (Figur ) em ondição de défiit hídrio lidos o rápido juste dests vriáveis ns plnts reirrigds possivelmente sej resultdo do metolismo intermediário C 3 -CAM d espéie. O metolismo CAM em plnts so restrição hídri ument possiilidde de sorevivêni e torn o pinhão mnso tolernte o défiit hídrio. Número de folhs 18 16 1 1 1 8 6 Testemunh défiit hídrio Reirrigção Testemunh Défiit hídrio Reirrigção 1 8 6 Áre folir (m ) dis 1 dis 1 dis dis 1 dis 1 dis Diâmetro do ule (mm) 3 1 1 Restrição hídri dis 1 dis 1 dis Testemunh Défiit hídrio Reirrigção Testemunh Défiit hídrio Reirrigção Restrição hídri dis 1 dis 1 dis 1 1 Trnspirção folir (m 3 h -1 ) Restrição hídri Restrição hídri Figur. Número de folhs, áre folir, diâmetro do ule e trnspirção folir de muds de pinhão mnso sumetids o défiit hídrio de ; 1 e 1 dis sem irrigção.

CONCLUSÕES O ule suulento ds plnts de pinhão mnso funionou omo tmpão hídrio, mntendo plnt hidrtd e retrdndo desidrtção. REFERÊNCIAS ABDRABBO, A.A.K.; NAHED M.M.A. Response of Jtroph urs L. to wter defiits: Yield, wter use effiieny nd oilseed hrteristis. Biomss nd Bioenergy, v.33, n.3, p.133 13, 9. ANP - Agêni Nionl do Petróleo, Gás Nturl e Bioomustíveis. Disponível em: <http://www.np.gov.r/id=7>. Aesso em: mi. 1. DIAS, L.A.S.; LEME, L.P.; LAVIOLA, B.G.; PALLINI, A.; PEREIRA, O.L.; CARVALHO, M.; MANFIO, C.E.; SANTOS, A.S.; SOUSA, L.C.A.; OLIVEIRA, T.S.; DIAS, D.C.F.S. Cultivo de pinhão-mnso (Jtroph urs L.) pr produção de óleo omustível. 1 ed. Viços, L.A.S. Dis, 7. p. DÍAZ-LÓPEZ, L.; GIMENO, V.; ISIMÓN, I.; MARTÍNEZ, V.; RODRÍGUEZ-ORTEGA, W.M.; GARCÍA-SÁNCHEZ, F. Jtroph urs seedlings show wter onservtion strtegy under drought onditions sed on deresing lef growth nd stomtl ondutne. Agriulturl Wter Mngement, v.1, n.9, p.8 6, 1. FERREIRA, D.F. Sisvr: omputer sttistil nlysis system. Ciêni e Agrotenologi, v.3, n.6, p.139-1, 11. FREITAS, R.G.; MISSIO, R.F.; MATOS, F.S; RESENDE, M.D.V.; DIAS, L.A.S. Geneti evlution of Jtroph urs: n importnt oilseed for iodiesel prodution. Genetis nd Moleulr Reserh, v.1, n.3, p.19-198, 11. LUTTGE, U. Stem Cm in roresent suulents. Trees - Struture nd Funtion, v., n. 18, p.139-18, 8. MATOS, F.S.; OLIVERIA, L.R.; FREITAS, R.G.; EVARISTO, A.B.; MISSIO, R.F.; CANO, M.A.O. Physiologil hrteriztion of lef senesene of Jtroph urs L. popultions. Biomss nd Bioenergy, v., número do periódio, p.7-6, 1. SAMBATTI, J., CAYLOR, K.K. When is reeding for drought tolerne optiml if drought is rndom?. New Phytologist, v.17, n.1, p.7-8, 7.