UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

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Transcrição:

7CTDTQAMT06.P AVALIAÇÃO HIGIÊNICO SANITÁRIA DE 10 AMOSTRAS DE BISCOITOS DOCE SEM RECHEIO FABRICADO POR UMA INDÚSTRIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA PB Elba Luciane Bizerra de Araújo (2) ; Ana Maria Vieira de Castro (1),Geannie Shirley Melo do Nascimento (1), Angela Lima Menezes de Queiroz (2), Inessa Adolfo de Jesus (2), Maria Amélia de Araújo Vasconcelos (2), Teresa Maria de Almeida Cabral (3), Gilvan Jeremias do Nascimento (5) Centro de Tecnologia / Departamento de Tecnologia de Química e de Alimentos / MONITORIA RESUMO Os biscoitos obtidos após diversos processos, constituem um dos alimentos mais populares e de maior consumo, tanto a nível nacional como internacional. No entanto a alta disponibilidade de nutrientes e a multiplicidade adicionados formam biscoitos um substrato adequado para a contaminação e multiplicação microbiana, pelo menos em certos estágios da fabricação. As análises microbiológicas são fundamentais para conhecer as condições de higiene em que os alimentos são preparados, riscos à saúde do consumidor e a vida de prateleira pretendida. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar as condições higiênico sanitárias de 10 amostras de biscoito doce sem recheio fabricado por uma indústria do Município de João Pessoa PB, através da análise microbiológica, em que consistiu da Contagem de bactérias coliformes a 45ºC (NMP/g), Contagem de Estafilococos coagualse positiva (UFC/g) e Pesquisa de Salmonella sp/ 25g, obedecendo a instrução normativa Nº62,26 de agosto de 2003 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com a Resolução RDC N.º 12, 02 de Janeiro de 2001 ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária, verificou se que as 10 unidades (100%) dos lotes A e B não apresentaram contagem de bactéria Coliformes a 45ºC (NMP/g), Contagem de Estafilococos coagulase positiva (UFC/g) e Pesquisa de Salmonella sp/25g.conclui se então que as amostras analisadas estão de acordo com a legislação vigente, comprovando as condições sanitárias de Boas Praticas de fabricação satisfatórias, assegurando a saúde de seus consumidores. Palavras chaves: Biscoito, Análises, Higiene, Bactérias, Deterioração, Processamento. INTRODUÇÃO Biscoito ou bolacha é um produto obtido por amassamento e cozimento conveniente de massas preparadas com farinhas, amidos, fécula fermentadas ou não e outras substâncias alimentícias. O Produto é designado Biscoito ou bolacha seguido da substância que o caracteriza ou por nomes consagrados pelo uso. (BRASIL, 1978) Características Gerais Os biscoitos ou bolachas deverão ser fabricados a partir de matérias primas sãs e limpos, isentas de matéria terrosa, parasitos, devendo estar em perfeito estado de conservação. São rejeitados os biscoitos ou bolachas mal cozidos, queimados, de caracteres organoléticos anormais. Não é tolerado o emprego de substâncias corantes na confecção dos biscoitos ou bolachas, excetuando as tão somente nos revestimentos e recheios açucarados (glacês). Os corantes amarelos não são tolerados mesmo nos recheios e revestimentos açucarados. Características Organoléticas Aspecto: massa torrada, com ou sem recheio ou revestimento. Cor: própria. Cheiro: próprio. Sabor: próprio. As análises microbiológicas para se verificar quais e quantos microrganismos estão presentes são fundamentais para se conhecer as condições de higiene em que o alimento foi preparado, os riscos que o alimento pode oferecer à saúde do consumidor e se o alimento terá ou não a vida útil pretendida. Essa análise é indispensável também para verificar se os padrões e especificações microbiológicos para alimentos, nacionais ou internacionais, estão sendo atendidos adequadamente. (FRANCO e LANDGRAF, 1996) Em uma capacitação e supervisão insuficiente sobre higiene, as operações relacionadas com os alimentos, representam uma possível ameaça para a qualidade dos produtos alimentícios e para a segurança em seu consumo. Um alimento seguro é aquele que não oferece risco à saúde do consumidor. Os alimentos são passíveis de contaminação por diferentes agentes etiológicos, que podem levar (1) Monitor(a) Bolsista(a); (2) Monitor(a) Voluntário(a) (3) Prof(a) Orientador(a)/Coordenador(a); (5) Servidor Técnico Colaborador.

ao desenvolvimento de doenças, afetando a saúde humana, desencadeada por microrganismos patogênicos ou suas toxinas. A segurança alimentar é um desafio atual, devendo ser analisada ao longo de toda cadeia alimentar. Assim a fiscalização da qualidade dos alimentos deve ser feita não só no produto final, mas em todas as etapas da produção, desde a colheita, passando pelo transporte, armazenamento e processamento, até a distribuição final ao consumidor. (CLEMENTE, 1999) Os alimentos devem ser objetivos de exames microbiológicos, estes exames refletem as condições higiênicas que envolvem a produção, armazenamento, transporte e manuseio para elucidar a ocorrência de enfermidades transmitidas por alimentos. (SILVA, 1999) Os microrganismos estão intimamente associados com a disponibilidade, a abundância e a qualidade do alimento para o consumo humano. Alimentos são facilmente contaminados com microrganismos na natureza, durante manipulação e processamento. Após ter sido contaminado, o alimento serve como meio para o crescimento de microrganismos. Se esses microrganismos tiverem condições de crescer, podem mudar as características físicas e químicas do alimento e podem causar sua deterioração, podendo também ser responsáveis por intoxicações e infecções transmitidas por alimentos. (PELCZAR, 1997) Os fatores que afetam o desenvolvimento microbiano estão ligados à capacidade de sobrevivência ou de multiplicação dos microrganismos que estão presentes em um alimento. Entre esses fatores, podem ser destacados aqueles relacionados com as características do alimento (fatores intrínsecos) e os relacionados com o ambiente em que o alimento se encontra (fatores extrínsecos). São considerados fatores intrínsecos a atividade de água, a acidez (ph), o potencial de oxi redução, a composição química, a presença de fatores antimicrobianos naturais e as interações entre os microrganismos presentes nos alimentos. Entre os fatores extrínsecos, os mais importantes são a umidade relativa, a temperatura ambiente, a composição química da atmosfera O 2 e luz que envolve o alimento. (FRANCO e LANDGRAF, 1996) A intoxicação alimentar provocada por microrganismo é devido à ingestão de enterotoxinas produzidas e liberadas pela bactéria durante sua multiplicação no alimento e representando um risco para saúde pública. A enterotoxina estafilocócica é termoestável e está presente no alimento mesmo após o cozimento, possibilitando desta forma, a instalação de um quadro de intoxicação de origem alimentar. (FREITAS, 1990) Qualquer produto comercial alimentício deve, por legislação, ser armazenado em condições adequadas que garantam a manutenção das características originais do produto. A qualidade passou a ser considerada a chave para o sucesso em qualquer ramo de atividade como forma de manter se em níveis de competitividade. O consumidor tem se mostrado mais atento e consciente ao adquirir um produto, exigindo qualidade: na embalagem, composição e valor nutricional. (SOLIS, 1999) Os resultados das análises microbiológicas fornecem informações sobre a qualidade da matéria prima empregada, a limpeza das condições de preparo do alimento e a eficiência do método de preservação. No caso de alimentos deteriorados, é possível identificar o microrganismo responsável pela deterioração e sua fonte, como também as condições que permitiram que a deterioração ocorresse. Assim medidas corretivas podem ser instituídas para prevenir a deterioração futura. (HAJDENWURCEL, 1998) A análise microbiológica de alimentos utiliza as técnicas microscópicas especiais e os procedimentos de cultura. O procedimento a ser empregado é determinado pelo tipo de alimento que está sendo analisado e pelo propósito específico da análise. A escolha pode também depender dos tipos de microrganismos que poderão estar presentes. (HAJDENWURCEL, 1998) As características do biscoito ou bolacha sem recheio estão apresentadas na tabela 1, padrão fixado pela ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde, Resolução RDC Nº12, de 02 de Janeiro de 2001, item f. Em que:

Tolerância para Tolerância para amostras representativa amostra indicativa Determinações n C M M Contagem de Bactérias 10 5 2 5 10 Coliformes a 45ºC/g Contagem de Estafilococos 5 x 10 2 5 2 10 2 5 x 10 2 coagulase positiva/g Pesquisa de Salmonella sp/25g Ausência 5 0 Ausência Tabela 1 Critério microbiológico para biscoito doce sem recheio. n: representa o número de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um mesmo lote e analisadas individualmente. c: representa o número máximo aceitável de unidades de amostras com contagens entre os limites de m e M (plano de três classes). Nos casos em que o padrão microbiológico seja expresso por ausência, c é igual a zero, aplica se o plano de duas classes. m: representa o limite inferior M: representa o limite superior O objetivo desse trabalho foi verificar as condições higiênico sanitária nas 10 amostras de biscoito doce sem recheio realizando as seguintes determinações microbiológicas: Contagem de Bactérias Coliformes à 45ºC/g; Contagem de Estafilococos coagulase positiva/ g; e Pesquisa de Salmonella sp/25g. METODOLOGIA A metodologia para amostragem, coleta, acondicionamento, transporte e análise adequada a cada tipo de alimento, obedeceu ao disposto pela ANVISA Agencia Nacional de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde, pela RDC Nº12 de 02 de janeiro de 2001. Os métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para o controle de produtos de origem animal e água obedecem a Instrução normativa N.º 62,26 de agosto de 2003 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). RESULTADOS E DISCURSSÃO A seguir, apresenta se a Tabela 2 com os resultados analíticos obtidos a partir das análises microbiológicas realizadas nas 10 amostras de biscoito doce sem recheio dos lotes A e B.. Determinações Contagem de Contagem de Pesquisa de Amostras Bactérias Coliformes Estafilococos Salmonela em 45ºC (NMP/g) (Coagulase 25g Positiva/g) B 1 0,0 0,0 Ausência B 2 0,0 0,0 Ausência B 3 0,0 0,0 Ausência B 4 0,0 0,0 Ausência B 5 0,0 0,0 Ausência B 6 0,0 0,0 Ausência B 7 0,0 0,0 Ausência B 8 0,0 0,0 Ausência B 9 0,0 0,0 Ausência B 10 0,0 0,0 Ausência Tabela 2 Resultados das análises microbiológicas para 10 amostras de biscoito doce sem recheio sabor chocolate.

Lote A B 1, B 2, B 3, B 4, B 5 Lote B B 6, B 7, B 8, B 9, B 10 De acordo com os critérios estabelecidos pela legislação vigente, conforme mostrado na Tabela 1, a contagem de coliformes a 45ºC o plano é de três classes com n = 5 e c = 2, ou seja, para cada lote onde 5 (cinco) amostras são submetidas a análise, ainda se tolera até duas amostras entre o limite inferior e limite superior. Estabelecem se limites designados por: m, que o e limite inferior, M que é o limite superior. Quando o resultado obtido for inferior a m, a unidade é considerada aceitável, se der resultado maior M, a unidade é considerada inaceitável. Resultados intermediários, entre m e M atribuem ao produto uma qualidade chamada marginal. Neste caso, se 3 (três) amostras ou mais estiverem entre m e M, o lote deve ser rejeitado. A pesquisa de bactérias da classe Coliformes é indicativa das condições higiênicas de processamento e de armazenamento dos produtos. Na Tabela 2, temos que os lotes A e B nenhuma unidade apresentou contagem positiva para coliformes a 45º C. C o n t a g e m d e B a c t é r i a s C o l i f o r m e s à 4 5 º C /g 1 0 0 % 8 0 % 6 0 % C o n ta g e m a b a ixo d e m 4 0 % C o n ta g e m e n tre m e M 2 0 % 0 % 1 3 5 7 9 C o n ta g e m a c im a d e M A m o s t r a s Gráfico 1 Contagem de Bactérias Coliformes a 45ºC/g nas 10 amostras analisadas dos lotes A e B Para a contagem de Estafilococos coagulase positiva, temos que é um plano de 3(três) classes, com n = 5 e c = 2. A presença desta bactéria comprova que pode ter ocorrido manipulação com medidas higiênicas insatisfatória durante a fabricação. Comparando se os critérios padrões com resultados das analises feitas para a contagem de Estafilococos coagulase positiva, vê se que os lotes A e B não apresentaram contagem para Estafilococos coagulase positiva. C o n ta g e m d e S. A u r e u s (E s ta fil o c o c o s C o a g u la s e P o s it iv a)(u F C /g ) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A m o s tr as C ontagem abaixo de m C ontagem entre m e M C ontagem acim a de M Gráfico 2 Contagem de Estafilococos Coagulase Positiva (UFC/g) nas 10 amostras analisadas dos lotes A e B E finalmente, para detectar a presença de Salmonella nos lotes A e B é bem mais simples, já que o plano é de 2 (duas) classes. Daí o critério microbiológico é ausência em 25g

do produto, sendo que se houver apenas uma unidade positiva entre as cinco analisadas, todo o lote é rejeitado. Como é um plano de 2 (duas) classes, o n = 5 e c= 0. A seguir, temos o gráfico para a pesquisa de Salmonella sp em 25g para os 2 lotes, onde contatou que não foram detectadas a presença de Salmonella sp. Pesquisa de Salmonella sp 0% Ausência Presença 100% Gráfico 3 Pesquisa de Salmonella sp, nas 10 amostras analisadas dos lotes A e B CONCLUSÃO O controle microbiológico de um alimento processado ou natural é de fundamental importância para que o produto não apresente risco a saúde do consumidor. A presença de microrganismos em níveis elevados no alimento já processado, indica a ocorrência de falhas durante o seu processo de fabricação como tratamento térmico ineficiente, armazenamento inadequado, uso de matéria prima com carga microbiana elevada entre outros. De acordo com os padrões legais vigentes contidos na Resolução RDC N.º 12, de 02 de Janeiro de 2001 ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde Grupo 10, item f para Biscoito doce sem recheio, as 10 unidades analisadas representativas dos lote A e B, estão de acordo com os padrões sanitários fixados pela legislação em vigor, portanto próprias para o consumo humano.concluímos que as amostras de Biscoito doce sem recheio, não oferecem riscos a saúde do consumidor, indicando que as matérias primas, processo de fabricação e armazenamento do produto foi realizado em condições sanitárias satisfatórias. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 12, de 02 de Janeiro de 2001. Aprova regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 02 de janeiro 2001. BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC nº263, de 22 de Setembro de 2005. CLEMENTE. E S. Controle Higiênico sanitário em supermercados. 5º Congresso Nacional de Higienistas de Alimentos 1999. Foz do Iguaçu, 17 a 21 de abril. FRANCO, B D G M., LANDGRAF, M. Microbiologia de Alimentos. São Paulo. Atheneu, 1996. FREITAS, M A Q., MAGALHÃES, H. Enterotoxigenicidade de Sthaphylococus aureus isolados de vacas com mastite. R Microbiol., São Paulo. Volume 21. 1990. HAJDENWURCEL, J R, Atlas de Microbiologia de Alimentos, Volume 1, São Paulo, Fonte Comunicação, 1998. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nº62, de 26 de Agosto de 2003. SOLIS. C.S. Gestão e certificação da qualidade de sistemas alimentares integrados. Revista Higiene Alimentar 1999. VITTI, P. Instituto de tecnologia de Alimentos. Tecnologia de Biscoitos, Manual Técnico n.º. 1, Campinas, 1988.