FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração. Alessandra de Almeida Rosa



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Transcrição:

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração Alessandra de Almeida Rosa A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO FINANCEIRA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Pará de Minas 2013

1 Alessandra de Almeida Rosa A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO FINANCEIRA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Monografia apresentada à coordenação do curso de Administração da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração. Orientador: Prof. Esp. Marcus Vinícius Barbosa de Araújo. Pará de Minas 2013

2 Alessandra de Almeida Rosa A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO FINANCEIRA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Monografia apresentada à coordenação do curso de Administração da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração. Aprovada em: / / Prof. Esp. Marcus Vinícius Barbosa de Araújo (Título e nome do professor examinador)

3 Dedico este trabalho á todos que acreditaram e me ajudaram no desenvolvimento do mesmo. E aos meus Pais que foram minha base para chegar até aqui.

4 Agradeço a Deus por conseguir concluir este trabalho, ao meu orientador pelo empenho e dedicação no desenvolvimento, aos meus amigos de sala pela ajuda constante e aos meus pais pelo carinho e atenção nos momentos difíceis.

5 A persistência é o menor caminho para o êxito Charles Chaplin

6 RESUMO As constantes mudanças nos negócios faz com que as organizações busquem qualidade e eficiência nas informações gerenciais. A necessidade de obter informações atualizadas faz com que os gestores procurem meios que lhes deem suporte necessário para o planejamento, controle e execução financeira da empresa. Muitas são as micro e pequenas empresas com um mercado promissor, porém, nada disto é válido se não houver uma boa gestão financeira que venha a suprir as expectativas de seus empreendedores e que façam com que as empresas venham a se adaptar a alternativas para permanecerem no mercado.o fluxo de caixa proporciona uma análise dos seus recursos financeiros, permitindo uma visão ampla das necessidades ou lucros gerados, auxiliando na condução do negócio. Palavras-chave: Micro e pequena empresa. Gestão financeira. Fluxo de caixa. Negócio.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 09 1.1 Característica da empresa... 09 1.2 Situação problemática... 10 1.3 Objetivo geral... 10 1.4 Objetivos específicos... 10 1.5 Justificativa... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 12 2.1 Processo de tomada de decisão... 12 2.1.1 Administração financeira... 12 2.1.2 Função do Administrador financeiro... 12 2.2 Ciclo Operacional... 13 2.3 Relevância e finalidade do fluxo de caixa... 14 2.3.1 Conceitos sobre fluxo de caixa... 15 2.3.2 Fluxo de caixa diário e Fluxo de caixa mensal... 16 2.3.3 Regime de caixa e competência... 17 2.3.4 Relatório de fluxo de caixa... 18 2.3.5 Fluxo de Caixa Passado e Projetado... 18 2.4 Custo de Capital... 19 2.5 Análise do Fluxo de Caixa e Fluxo de recursos... 19 2.5.1 Demonstração dos fluxos de caixa... 20 2.5.2 Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa... 21 2.5.3 Modelo de Fluxo de caixa... 22 2.5.4 Classificação das entradas e saídas de caixa... 24 2.5.5 Fluxo de caixa estrutura e conjuntural... 25 2.6 Interpretação da demonstração... 25 2.6.1 Planos financeiros de longo prazo Estratégicos... 25 2.6.2 Planos financeiros de curto prazo Operacionais... 26 2.7 Limitações do fluxo de caixa... 26 2.7.1 Fatores que afetam o fluxo de caixa... 26 2.7.1.1 Fatores Internos... 26 2.7.1.2 Fatores externos... 27 2.8 Metodologia de apuração e analise do fluxo de caixa... 27 2.8.1 Diagrama de fluxo de caixa... 28 2.8.2 Projeção do fluxo de caixa... 29 2.8.3 Planejamento financeiro... 30 2.8.4 O processo de planejamento... 30 2.8.5 O prazo de planejamento do fluxo de caixa... 31 2.9 Método direto e indireto... 31 2.9.1 Método Direto... 31 2.9.2 Método Indireto... 32 2.10 Análise Vertical e Horizontal... 32 2.10.1 Análise Vertical... 32 2.10.2 Análise Horizontal... 33 3 METODOLOGIA... 34 3.1 Natureza... 34

8 3.2 Quanto aos procedimentos... 35 3.3 Estudo de caso... 35 4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS... 36 5 CONCLUSÃO... 46 5.1 Considerações finais... 46 5.2 Limitações da Pesquisa... 47 5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros... 47 REFERÊNCIAS... 48

9 1 INTRODUÇÃO As constantes mudanças nos negócios faz com que as organizações busquem qualidade e eficiência nas informações gerenciais. A necessidade de obter informações atualizadas faz com que os gestores procurem meios que lhes deem suporte necessário para o planejamento, controle e execução financeira da empresa. Muitas são as micro e pequenas empresas com um mercado promissor, porém, nada disto é válido se não houver uma boa gestão financeira que venha a suprir as expectativas de seus empreendedores e que façam com que as empresas venham a se adaptar a alternativas para permanecerem no mercado. O fluxo de caixa proporciona uma análise dos seus recursos financeiros, permitindo uma visão ampla das necessidades ou lucros gerados, auxiliando na condução do negócio. O fluxo de caixa nos permite controlar as entradas e saídas de recursos e fazer uma projeção futurística, ou seja, controlar o fluxo financeiro da empresa. O aspecto mais importante de uma decisão de investimento está no fluxo de caixa previsto. Em todo o processo de decisão de investimento é necessário o conhecimento dos benefícios futuros. O fluxo de caixa é de aspecto financeiro e muitas vezes não coincide com o lado contábil da empresa, e é medido de acordo com as movimentações de entradas e saídas da empresa. A sua grande utilidade, no contexto que estamos apresentando, é permitir a identificação (especialmente prévia, mas também posterior) das sobras e faltas no caixa, possibilitando ao profissional responsável pela administração financeira da empresa planejar melhor as ações futuras como também acompanhar o desempenho da organização. 1.1 Caracterização da empresa Empresa de prestação de serviços contábeis, situada na cidade de Pará de Minas, foi fundada em 1971. Conta hoje com 44 funcionários e oferece apoio necessário as empresas, para abertura, registro e contabilidade.

10 1.2 Situação problemática Como utilizar o fluxo de caixa para tomada de decisões e gerenciamento de recursos para o melhor desempenho da empresa, demonstrando as necessidades ou sobras de recursos financeiros buscando uma situação de liquidez satisfatória? 1.3 Objetivo geral O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da implantação e utilização do fluxo de caixa na organização como ferramenta de gestão financeira para que a empresa mantenha uma situação de liquidez. 1.4 Objetivos específicos a) conceituar o que é um fluxo de caixa e qual o seu objetivo; b) demonstrar a necessidade do fluxo de caixa; c) revisar seu controle de gestão financeira e propor melhorias visando alcançar liquidez no curto e longo prazo. 1.5 Justificativa Este trabalho demonstrará a importância do controle financeiro através da utilização do fluxo de caixa para melhor desenvolvimento da organização. Sabendose da deficiência de algumas empresas quanto a este controle, o trabalho objetiva mostrar respostas concretas em um determinado período sobre o fluxo financeiro da empresa. A projeção do fluxo de caixa permite a avaliação da capacidade de uma empresa gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro geradas pelo nível de atividades, remunerar os proprietários da empresa, efetuar pagamento de impostos e reembolsar fundos oriundos de terceiros. Além de permitir analisar a forma como uma empresa desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo projetado e o efetivamente realizado, permite identificar as variações ocorridas e as causas dessas variações.

11 O fluxo de caixa, muitas vezes pouco utilizado, demonstra a verdadeira situação da empresa ajudando no orçamento, planejamento e controle. O fluxo de caixa é uma ferramenta que demonstra todas as entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, onde, com as informações e análises corretas, podem-se tomar as decisões adequadas e até prevenir problemas futuros.

12 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Processo de tomada de decisão Segundo Figueiredo (2004) o objetivo principal de toda empresa é o lucro. Devem-se ter metas a serem cumpridas e um planejamento. Todo investimento de uma empresa busca por agregar valor aos recursos, assim, uma boa gestão é aquela que consegue minimizar os custos e maximizar as receitas. Surge assim a necessidade de meios concretos e objetivos que apoiem nesse processo de gestão e controle, surgindo à utilização do fluxo de caixa. 2.1.1 Administração financeira Ross, Wsterfiel e Jordan (1998) descrevem que a administração financeira é o estudo das formas de investimento que um investidor deve escolher de forma mais rentável, o ramo de atividade, as instalações e maquinários, os recursos necessários, se há necessidade de sociedade, a forma de venda e cobrança de clientes e seus fornecedores. Para Welsch (1983), a administração financeira é a área que oferece uma grande oportunidade de emprego, onde a empresa e os administradores tem variados tipos de negocio, como, bancos, escolas, empresas e fabricas. 2.1.2 Função do Administrador financeiro Conforme Gitman (2010), a administração financeira é uma responsabilidade do administrador financeiro desempenhando funções como, provisões financeiras, administração de caixa, administração de crédito, orçamento, análises de investimento e captação de recursos, sendo responsável assim, pelas finanças da empresa, sendo financeiras, não financeiras, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Para Ross, Wsterfiel e Jordan (1998), uma das mais importantes funções do administrador é criar valor a partir das atividades de orçamento de capital, financiamento e liquidez da empresa.

13 Já Welsch (1983) acredita que o administrador financeiro possui a responsabilidade de decidir a maneira de utilização de crédito sobre as quais os clientes podem comprar, quanto de estoque a empresa pode ter, quanto de dinheiro deve ter em caixa, quando se deve recorrer a terceiros e o que deve ser feito quanto aos lucros da empresa. 2.2 Ciclo Operacional Para Assaf Neto (2002) o ciclo operacional tem início com a aquisição de insumos, passando pela estocagem, fabricação e venda e termina com o recebimento do produto vendido. Com um ciclo operacional bem planejado irá se refletir de maneira positiva no comportamento e uso do capital investido. Conforme o autor, o ciclo operacional é o intervalo de tempo em que não ocorrem entradas de recursos monetários na empresa, tendo necessidade de capital para financiamento. O ciclo varia em função do setor de atividade e da atuação das organizações. Ciclo Operacional: PME - Prazo médio de estocagem PMC - Prazo médio de cobrança FIGURA 1 Ciclo operacional Fonte: ASSAF NETO, 2002, p. 82.

14 Segundo Zdnowicz (2004) um dos principais objetivos do fluxo de caixa é o orçamento das entradas e saídas dos recursos financeiros em um determinado período, buscando a necessidade de obter recursos ou aplicar as sobras de caixa da empresa, buscando lucro. Com o controle do fluxo de caixa, o administrador pode ter mais recursos sobre os fatores financeiros da empresa, proporcionando uma avaliação diária das movimentações dos recursos presentes e futuros. Zdnowicz (2004) descreve objetivos importantes do fluxo de caixa: a) facilitar a analise de necessidade de recursos de terceiros; b) programar as entrada e saídas de caixa, permitindo determinar o período em que devera ocorrer falta de recursos, para ter tempo hábil caso necessite de mais recursos; c) providenciar recursos para atender as necessidades da empresa. 2.3 Relevância e finalidade do fluxo de caixa Zdnowicz (2004) destaca as principais finalidades do fluxo de caixa como sendo, avaliar alternativas de investimento, controlar e avaliar ao longo do tempo decisões importantes, avaliar situações presentes e futuras, evitar que a empresa seja mal administrada financeiramente, causando prejuízo ou até mesmo decretando falência. O fluxo de caixa é um instrumento de controle de gestão financeira. Para Assaf Neto (1997) o fluxo de caixa é um instrumento importante de planejamento e controle financeiro, sendo importante para as tomadas de decisão da empresa. De acordo com Sanvicente (1983), a elaboração do fluxo de caixa é fundamental. Os dados do fluxo de entrada e saída são uma ferramenta indispensável na administração da empresa. Ainda para Assaf Neto (1997), os fluxos de caixa não devem ser exclusivamente uma preocupação da área financeira e descreve alguns exemplos: a) na área de produção promove mudanças nos prazos de fabricação dos produtos determinando novas alterações nas necessidades de caixa;

15 b) as decisões de compra devem ser tomadas ajustadas com o saldo de caixa disponível; c) as políticas de cobrança devem ser mais eficientes, permitindo que os recursos financeiros estejam à disposição da empresa mais rapidamente; d) na área de vendas deve ser mantido controle sobre os prazos concedidos de pagamento dos clientes, de maneira a não atrapalhar o fluxo de caixa; e) na área financeira deve ser avaliado o perfil de endividamento, de forma que a retirada de recursos ocorra junto com a geração de caixa da empresa. 2.3.1 Conceitos sobre fluxo de caixa Segundo Padoveze (2004), a construção do Fluxo de caixa deve ser feita através da análise dos dados de três demonstrações contábeis anteriores. O fluxo de caixa diário é elemento fundamental para o setor financeiro, sua necessidade de informação é imediata. Segundo Sanvicente (1983) a Projeção de caixa é indispensável para as empresas. Nas pequenas empresas individuais essa projeção é feita mentalmente auxiliada por folhas de papel. Em grandes empresas a projeção tem maior complexidade, sendo utilizados planilhas e sistemas de um computador. Para elaboração do orçamento de caixa é necessário ajustes de receitas e despesas, porque o orçamento obedece ao princípio da competência do exercício, onde as receitas e os custos são analisados por período de acordo com a data ocorrida e não com a data do pagamento ou recebimento. Conforme Silva (1988) na análise do fluxo de caixa, deve ser considerado que nas operações de uma empresa, devem ser gerados recursos para cobrir as suas necessidades de capital de giro, ocorridas devido ao volume de vendas e do ciclo financeiro da empresa, e as necessidades de pagamento de dividendos á longo prazo. Os componentes de um fluxo de caixa possibilita identificar três grupos. São eles: Operacional, Estratégico e Tesouraria. No operacional, encontra-se:

16 a) o recebimento de clientes devido às vendas, abatimentos e incobráveis; b) pagamento dos fornecedores, compras, variação de preço dos fornecedores, despesas administrativas, vendas e pagamentos de impostos; c) imposto de renda e o caixa líquido resultante das operações sociais. Na estratégica: a) o capital dos acionistas; b) os recursos com investimentos; c) participação acionária em outras empresas; d) a quantidade de recursos de terceiros para financiamento de investimentos; e) a quantidade de recursos utilizada para pagamento de dívidas; f) é possível analisar os recursos da empresa á curto prazo, para saber se está correto os seus investimentos. Na tesouraria: a) possibilita saber sobre o volume de financiamento bancário de curto prazo; b) quanto foi desembolsado para pagamentos de juros e por qual razão; c) as receitas financeiras de determinado período; d) pode-se verificar a variação do ativo circulante. Com estes recursos pode-se verificar como a liquidez da empresa foi alterada, e o que ocorreu com o lucro, se houve prejuízo, afetando a tesouraria da empresa, e proporcionando analisar a tendência da empresa. 2.3.2 Fluxo de caixa diário e Fluxo de caixa mensal Segundo Padoveze (2004), existem dois tipos de fluxo de caixa: a) fluxo de caixa diário: tem necessidade imediata de informações, diferentemente do setor contábil que espera horas ou dias para validar os lançamentos;

17 b) fluxo de caixa mensal: é tão importante quanto o diário. O fluxo diário é utilizado para efetuar pagamentos e recebimentos imediatos, enquanto o fluxo mensal possibilita uma melhor visão desses recursos com maior relevância. È fundamental o acompanhamento desses recursos juntamente com o balanço patrimonial e demonstração de resultados. 2.3.3 Regime de caixa e competência No regime de competência o registro do documento se dá na data deste documento, não importando quando haverá o pagamento ou recebimento. Esse regime é utilizado pela contabilidade, onde são contabilizados como receita ou despesa, os valores dentro do mês de competência, na data da realização do serviço, da venda, do desconto, não importando para a contabilidade quando irá ser pago ou recebido, mas sim quando foi realizado. O regime de caixa é diferente do regime de competência. É considerado o registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados, ou recebidos, como se fosse uma conta bancária. Devemos saber que a sobra de dinheiro em caixa não é sinônimo de lucro, como por exemplo, nas situações abaixo: a) venda a vista de itens comprados a prazo; b) venda de itens disponíveis em estoque e que já tenham sido pagos em períodos anteriores; c) quando o prazo para pagamento da compra é superior ao do recebimento das vendas. abaixo: E a falta de dinheiro em caixa não significa prejuízo, como nas situações a) compra de bens imobilizados; b) retirada realizada por sócios; c) atraso no recebimento de contas; d) inadimplências.

18 Para se medir os resultados de uma empresa, é recomendado que se utilize do regime de competência, onde além de se considerar as vendas efetuadas, as despesas realizadas, também considera-se a depreciação, que no regime de caixa não é considerado. 2.3.4 Relatório de fluxo de caixa Conforme Padoveze (2004), o fluxo de caixa pode ser analisado juntamente com as demonstrações financeiras publicadas pela empresa. O relatório de fluxo de caixa pode ser dividido em áreas como: a) atividades operacionais: onde estão contidos gastos e receitas das atividades de industrialização e comercialização dos produtos ou serviços; b) atividades de investimento: é composto por valores de saídas de pagamentos dos novos investimentos e valores de entrada por venda de bens ativados anteriormente; c) atividades de financiamento: contem dados do exigível a longo prazo e do patrimônio liquido, tendo o passivo como fonte de recursos. Incluem-se neste item, empréstimos e financiamentos contidos no passivo circulante. 2.3.5 Fluxo de Caixa Passado e Projetado Segundo Frezatti (1997) existem duas formas de tratar as informações relativas ao fluxo de caixa. A primeira refere-se ao fluxo de caixa passado, que apresenta o desempenho passado, e a segunda ao fluxo de caixa projetado, que procura prever as situações relacionadas ao caixa da organização. O fluxo de caixa passado é um instrumento complementar às demais demonstrações contábeis, especialmente ao balanço patrimonial e a demonstração de resultado do exercício. Procura esclarecer as atividades operacionais de investimento e de financiamento. Estabelece a análise da atividade passada com objetivo de resolver pontos críticos, fornecendo informações para a tomada de decisões, correção de resultados indesejados. Sua análise per6668mite a avaliação de como os recursos da empresa estão sendo aplicados e proporciona uma visão do

19 crescimento da organização. Aliado a outros indicadores, serve como base para a construção do fluxo de caixa projetado. O fluxo de caixa projetado antecipa situações futuras de caixa, prevendo pontos críticos que poderão ser tratados com antecipação e situações de sobra de caixa que podem requerer decisões de redirecionamento de recursos. São construídos a partir de critérios definidos, juntamente com informações disponíveis nas organizações. Entre os fluxos de caixa pode ser observado que o fluxo passado é limitado a explicar os fatos ocorridos no passado. O fluxo de caixa projetado procura estabelecer o futuro da empresa. A importância dos dois fluxos é relativa e poderá ser maior ou menor dependendo do momento e da utilização que se deseja. 2.4 Custo de Capital Quanto à avaliação de um projeto de investimento, pelo fluxo de caixa descontado, é necessário que a empresa calcule o seu custo de capital, onde se faça a seleção de uma taxa de desconto. O custo de capital é o custo que a empresa teria ao emprestar recursos, que pode ser igual ao retorno ao investir em um projeto semelhante. Um administrador que investe fundos fora da empresa pode achar que produzirá maior retorno, mas devem-se avaliar os riscos equivalentes e medir as oportunidades. O custo de capital é composto por capital próprio, ações ordinárias, ações preferenciais e debêntures. Para o planejamento financeiro da empresa, é necessário considerar toda sua estrutura de capital. 2.5 Análise do Fluxo de Caixa e Fluxo de recursos Para Sanvicente (1983) o fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise, proporcionando identificar todo o processo financeiro da empresa. Nos tempos atuais, o fluxo de caixa não envolve somente o caixa da empresa, pois podem ser feitos pagamentos via internet, com cheques e os recebimentos podem ocorrer via transferência ou deposito bancário.

20 Portanto o fluxo de caixa de uma empresa abrange um sentido muito maior, onde envolve os pagamentos e recebimentos em geral. Esse instrumento tem várias dimensões para compreensão, dois destes instrumentos, são: o fluxo de caixa passado, que é o que já foi realizado e o fluxo de caixa previsto, que é o que ocorrerá em um período futuro. O papel do administrador de caixa é comparar o fluxo de caixa previsto e o realizado, identificando as variações ocorridas. Assim poderá ter um auxilio no uso do capital da empresa e corrigir os erros ocorridos. 2.5.1 Demonstração dos fluxos de caixa Conforme Frezatti (1997) para uma análise correta das informações o fluxo de caixa da organização deve ser apresentado uma estrutura com detalhamento, para que o administrador possa analisar entender e decidir de forma correta sobre sua liquidez. Conforme Helfert (2000) a demonstração dos fluxos de caixa, fornecem resumidamente as operações financeiras, investimentos e financiamentos da empresa durante um período em questão. Fornece uma visão imediata do fluxo de caixa da empresa. Esta demonstração resume o fluxo de caixa em determinado período. Os fluxos de caixa de uma empresa podem ser divididos em: Fluxos operacionais, Fluxos de investimento, e, Fluxos de financiamento. Fluxos operacionais: são as entradas e saídas relacionadas com a produção e venda de produtos e serviços da empresa. Fluxo de investimento: são associados com a compra e venda de ativos imobilizados e participação societária. Fluxo de Financiamento: São resultantes de operações de empréstimos e capital próprio, incluindo a aquisição ou quitação de empréstimos bancários, compra ou venda de ações e pagamento de dividendos em dinheiro. Os três fluxos, juntos, durante determinado período irão fazer com que o saldo de caixa aumente, diminua ou permaneça igual.

21 2.5.2 Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa Conforme Gitman (2010), a demonstração dos fluxos de caixa de um determinado período é desenvolvida a partir da demonstração do resultado do período em questão, juntamente com os balanços patrimoniais do período. A FIG. 2 abaixo demonstra segundo Gitman (2010) o fluxo de caixa operacional de uma empresa: FIGURA 2 Fluxo de caixa operacional Fonte: GITMAM, 2010, p. 82.

22 2.5.3 Modelo de Fluxo de caixa De acordo com Gitman (2010), existe uma importância maior no planejamento e controle dos recursos disponíveis, porque determinam as saídas e entradas possíveis, ficando mais fácil a avaliação da situação financeira do orçamento seguinte. Segundo Silva (1988) o principal objetivo da projeção do fluxo de caixa é certificar a disponibilidade de saldo nas mais variadas condições econômicas e obter o máximo de lucro. O fluxo de caixa é uma ferramenta eficiente para a área financeira, podendo ser adaptada de acordo com as necessidades da empresa e permitindo uma visão dos recursos financeiros anteriores e futuros. Welsch (1983), demonstra alguns pontos principais e relevantes do fluxo de caixa: a) mostrar a situação financeira possível no resultado das operações planejadas; b) mostrar crédito ou debito disponível e avaliar se há necessidade de empréstimos; c) ajudar na organização dos recursos financeiros, como capital de giro necessário, investimentos e capital de terceiros; d) estabelecer metas concretas para a política de crédito e para o controle financeiro; Para Hoji (2004) o fluxo de caixa projetado é uma ferramenta que proporciona o controle e o feedback, deve ser atualizado para indicar as condições reais da atual situação da empresa. Para Zdnowicz (2004), o processo de planejamento do fluxo de caixa é que determina a estrutura de informações úteis, práticas e econômicas, que estimam as entradas e saídas do caixa. Para o autor o fluxo de caixa é o conjunto de entradas e saídas financeiras. Na elaboração do fluxo de caixa, devem ser discriminados todos os valores a serem recebidos e pagos pela empresa. Quanto mais específico o fluxo de caixa, melhor será o seu controle.

23 Ainda segundo Zdnowicz (2004) os principais itens que compõem o modelo de fluxo de caixa por ele apresentado são: a) ingressos: é todo dinheiro que entra em qualquer momento. É constituído das vendas a vista, cobranças em carteira, cobranças bancárias, descontos de duplicatas, vendas do ativo permanente, capital social, alugueis recebidos e receitas financeiras; b) desembolsos; são todos pagamentos realizados no processo de produção, comercialização e distribuição de produtos. É composto por fornecedores, compra a vista, salários, energia elétrica, compras de itens do ativo permanente, telefone, manutenção de maquinas e demais despesas; c) diferença do período: é o resultado entre o recebimento e o pagamento da empresa, podendo ser positiva, negativa ou nula; d) saldo inicial de caixa: é o saldo final do período anterior; e) disponibilidade acumulada: é o resultado da diferença do período apurado, mais o saldo inicial de caixa; f) nível de caixa projetado desejado: compreende a projeção para o período imediato seguinte das necessidades de caixa da empresa, em função do volume de entrada e saída futuro; g) empréstimos a captar: os recursos poderão ser capitados através de empréstimos para suprir as necessidades de caixa, ou investir as sobras de caixa; h) aplicações no mercado financeiro: as aplicações de recursos financeiros ocorrem em função do saldo disponível acumulado; i) amortização de empréstimos: são devoluções do principal tomado emprestado; j) resgates de aplicações financeiras: constituem em recebimentos do principal; k) saldo final de caixa: é o nível desejado de caixa projetado para o período seguinte.

24 2.5.4 Classificação das entradas e saídas de caixa Segundo Gitman (2010) as entradas e saídas de caixa podem ser classificadas como redução do saldo e depreciação. A redução do saldo de caixa é uma entrada de caixa, porque o caixa estava igual no ativo, é liberado e pode ser usado para outras finalidades. De outra forma o aumento de saldo de caixa é uma saída de caixa, porque um saldo maior de caixa será imobilizado. A depreciação é uma despesa não desembolsável, porque é lançada no caixa, mas não envolve desembolso de dinheiro. Essas despesas não desembolsáveis são consideradas entradas de caixa. Conforme Silva (1988), segue abaixo demonstração das entradas e saídas de caixa principais: FIGURA 3 Entradas e saídas de caixa Fonte: SILVA, 1988, p. 23.

25 2.5.5 Fluxo de caixa estrutura e conjuntural Segundo Sá (2006) existem duas formas de visualização do fluxo de caixa: estrutural e conjuntural. Estrutural: é o fluxo de caixa que está relacionado diretamente com a atividade principal da empresa. As entradas são provenientes apenas de recursos recebidos de clientes devido a pagamento pela compra de produtos ou serviços e as saídas estruturais são decorrentes de pagamentos de custos e despesas essenciais para a realização da atividade principal da empresa. Conjuntural: é o fluxo de caixa que não faz parte da atividade principal da empresa. As entradas são provenientes de recursos como vendas de ativo imobilizado, participações acionárias em outras empresas, juros de aplicações financeiras feitas com as sobras de caixa. As saídas são decorrentes de pagamentos efetuados pela compra de imobilizado, juros pagos sobre empréstimos ou financiamentos e dividendos pagos a acionistas. 2.6 Interpretação da demonstração Conforme Gitman (2010), a demonstração dos fluxos de caixa permite que o as partes interessadas da empresa analisem seu fluxo de caixa. O administrador deve ter especial atenção para as principais categorias de fluxo de caixa quanto a cada item específico das entradas e saídas de caixa, para verificar se a situação financeira da empresa está de acordo com o esperado e planejado. 2.6.1 Planos financeiros de longo prazo Estratégicos Segundo Gitman (2010), os planos financeiros de longo prazo demonstram as ações financeiras planejadas por uma empresa e o impacto dessas ações no período desejado. As empresas sujeitas a um alto grau de incerteza operacional, a ciclos de produção breves, usando um horizonte de planejamento curto.

26 2.6.2 Planos financeiros de curto prazo Operacionais Ainda segundo Gitman (2010), os planos financeiros de curto prazo, demonstram ações financeiras de curto prazo e o impacto previsto. As informações utilizadas são previsão de vendas e diversos dados operacionais e financeiros. 2.7 Limitações do fluxo de caixa Segundo Zdanowicz (2004) como toda ferramenta de controle e planejamento, o fluxo de caixa apresenta suas limitações. O caixa recebe continuamente a influencia de vários fatores internos e externos. Assim, um planejamento de longo prazo estaria sujeito a variações entre as previsões e execução do caixa. Dessa forma, pode-se deduzir que a eficiência do fluxo de caixa está ligada a várias decisões. Conforme Zdanowicz (2004), fatores como as mudanças internas na política de vendas, as decisões na área de produção, a política de compras e as políticas de pessoal exercem um forte impacto sobre a gestão do fluxo de caixa. 2.7.1 Fatores que afetam o fluxo de caixa Segundo Silva (1988) diversos fatores tanto internos quanto externos podem afetar o fluxo de caixa da empresa, onde o previsto e o realizado terão diferenças. O administrador financeiro deve estar preparado, através das indicações observadas no fluxo de caixa para tomar as medidas corretivas em tempo hábil de forma a minimizar o impacto na empresa. 2.7.1.1 Fatores Internos a) aumento no prazo de vendas concedido pela empresa como forma de aumentar seu grau de competitividade ou aumentar sua participação no mercado; b) compras em volume incompatíveis com as projeções de vendas;

27 c) ciclos de produção extremamente longos e incompatíveis com o prazo médio concedido pelos fornecedores; d) política salarial totalmente incompatível com o nível de receitas e demais despesas operacionais; e) aumento do nível de inadimplência. 2.7.1.2 Fatores externos a) redução nas vendas causadas por retração do mercado; b) aumento da concorrência em decorrência da entrada de novos concorrentes no mercado; c) aumento geral do nível de inadimplência causada por fatores como, por exemplo, o aumento das taxas de juros. 2.8 Metodologia de apuração e analise do fluxo de caixa Para Assaf Neto (2002),a demonstração das origens e aplicações de caixa nos permite analisar a movimentação e recursos financeiros da empresa em determinado período,onde resultam seu saldo final de caixa. As origens dos ativos são identificadas pelo aumento do passivo e patrimônio líquido. O que deve ser observado é se não há operações que possam levar a variações no caixa. Operações que envolvem a entrada e saída de dinheiro, como compra de bens permanentes, pagamento de dividendos, entre outros. A montagem do fluxo de caixa é feita pela comparação de demonstrações contábeis do inicio e do fim de determinado período. Segue modelo adotado padrão de apuração do fluxo de caixa:

28 QUADRO 1 Apuração de fluxo de caixa Origens de Recursos $ Lucro ou prejuízo no período (+/-) Despesas/Receitas que não envolvem recursos Fluxo de caixa proveniente das operações: (+) Aumentos no passivo e Patrimônio liquido (+) Reduções no ativo Total dos Aumentos de caixa: Aplicações de Recursos Aumento no ativo (+) Reduções no passivo e Patrimônio Liquido Total das Reduções de caixa: xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx Variações líquidas nas disponibilidades (A-B) Fonte: ASSAF NETO, 2002, p. 44. 2.8.1 Diagrama de fluxo de caixa Conforme Hirschfeld (1984) o fluxo de caixa pode ser representado por diagrama, adotando as seguintes conversões: a) o eixo horizontal significa o tempo inicial até o final no prazo estipulado; b) nos pontos onde representam instantes ao longo do eixo são traçados; c) os seguimentos positivos, do eixo horizontal para cima, representando dividendos, receitas ou economias realizadas; d) os seguimentos negativos, do eixo horizontal para baixo, onde estão às aplicações, custos de aplicações ou parcelas ainda não recebidas. Esse Fluxo de caixa pode ser representado na TAB. 1 a seguir:

29 TABELA 1 Fluxo de caixa Instantes Entradas Saídas 0 5.000 1 2.000 2 4.000 3 1.000 4 9.000 Fonte: HIRSCHFELD, 1984, p. 19. FIGURA 4 Fluxo de caixa Fonte: HIRSCHFELD, 1984, p. 20. 2.8.2 Projeção do fluxo de caixa Para Sanvicente e Santos (1983) a demonstração do fluxo de caixa projetado é caracterizado por projetar entradas de recursos recebidos das vendas à vista,

30 recebimento de entradas na venda a prazo, recebimento de parcelas de vendas, vendas a prazo, recebimento de rendimentos em investimentos, juros de clientes e descontos recebidos. Essa projeção também apresenta saída de recursos devido à compra de matéria prima, pagamento de fornecedores, pagamento de Mão de obra, pagamentos de tributos, pagamento de salários, e demais despesas. Segundo Sanvicente e Santos (1983) para projeção do fluxo de caixa, é necessário às estimativas das entradas de caixa e as estimativas das saídas de caixa. As estimativas das entradas de caixa são feitas pelo tesoureiro, tendo como base o orçamento de vendas. As saídas de caixa são contidas por pagamentos das compras de matériasprimas. 2.8.3 Planejamento financeiro Conforme Figueiredo e Caggiano (2004) os objetivos principais da empresa devem ser colocados de forma financeira, onde poderão ser analisados detalhadamente. A empresa deve ter objetivos de curto prazo e de longo prazo. Com planejamento de longo prazo os contadores podem fornecer para o gestor informações que sirvam de base para o planejamento, auxiliem a avaliação das alternativas financeiras e ajudas na avaliação dos planos a longo prazo. 2.8.4 O processo de planejamento Conforme Figueiredo (2004) o processo de planejamento do fluxo de caixa da empresa consiste em implantar uma estrutura de informações útil, prática e econômica. A empresa deve dispor de um mecanismo seguro para projetar as futuras entradas e desembolsos de caixa da empresa. O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de planejamento e controle financeiro, o qual pode ser elaborado de diferentes maneiras, conforme as necessidades da empresa, permitindo que sejam visualizados todos os recursos da empresa.

31 2.8.5 O prazo de planejamento do fluxo de caixa Conforme Figueiredo e Caggiano (2004) o período que abrange o planejamento do fluxo de caixa vai depender do ramo de atividade da empresa e do seu porte. Em termos gerais, em pequenas empresas a tendência é para estimativas com prazos curtos, diário, semanal e mensal. Nas empresas com grandes volumes de venda, é preferível a projeção para períodos longos, trimestral, semestral e anual. A finalidade do planejamento vai influenciar no período abrangido. Como toda a empresa tem mais de um tipo de necessidade financeira, é preciso ter estimativas de acordo com as suas finalidades. 2.9 Método direto e indireto 2.9.1 Método Direto Segundo Frezatti (1997) no método direto estão as entradas brutas de dinheiro das atividades operacionais, como os recebimentos pelas vendas pagamentos a fornecedores e empregados. Vantagens: a) cria condições favoráveis para que os recebimentos e pagamentos sigam critérios técnicos e não fiscais; b) permite que o administrador introduza sua cultura no caixa da empresa rapidamente; c) faz com que as informações de caixa estejam disponíveis diariamente. Desvantagens: a) tem um custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos; b) a carência de experiência dos profissionais em classificar os recebimentos e pagamentos.

32 2.9.2 Método Indireto É o método em que se faz a conciliação entre lucro líquido e o caixa gerado nas operações da empresa. Vantagens: a) tem baixo custo, é necessário utilizar somente o balanço inicial e final do período, a demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade; b) concilia o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido mostrando a composição da diferença. Desvantagens: a) o tempo que é necessário para gerar as informações pelo regime de competência, só depois poderá convertê-las para o regime de caixa. Sendo feito uma vez por ano, pode gerar surpresas desagradáveis e tardiamente; b) se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, o método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções. 2.10 Análise Vertical e Horizontal 2.10.1 Análise Vertical Segundo Sá (2006) essa análise representa importante ferramenta de interpretação da estrutura de fluxo de caixa. Através desta análise é possível identificar itens no fluxo de caixa onde a participação é representativa. Deve-se observar também a tendência dessa participação ao longo do período. A base a ser considerada para analise vertical do fluxo de caixa é o caixa líquido das atividades operacionais, que representa o montante que a empresa gerou de caixa internamente.

33 2.10.2 Análise Horizontal Ainda segundo Sá (2006) a análise horizontal fornece a medida de crescimento dos itens do fluxo de caixa. Permite que se tenha conhecimento da evolução de cada item do fluxo de caixa dentro de um histórico. Deve-se atentar às variações elevadas, porém que seu valor total não seja representativo, ou o contrário. Assim se da à importância desta analise juntamente com a análise vertical, onde se terá uma real compreensão da situação da empresa.

34 3 METODOLOGIA Segundo Marconi e Lakatos (2001) metodologia é a preocupação instrumental que trata as formas de se fazer ciência e que cuida das ferramentas, dos caminhos e dos procedimentos. Conforme Gil (1991) a pesquisa é necessária quando não se tem informações suficientes para responder ao problema, ou quando a informação disponível se encontra em um estado onde não possa ser adequada a resolução do problema. Para elaboração da teoria deste trabalho será feito pesquisa bibliográfica, e pesquisa documental, onde será utilizada uma empresa em questão para analise dos dados. O trabalho será elaborado através de pesquisa quantitativa, buscando analisar o fluxo de caixa de uma empresa e apresentar sua importância, De acordo com Malhotra (2001) a pesquisa quantitativa busca quantificar os dados e aplica-los de forma estatística. Os dados da pesquisa estarão expressos em números como recebimento de clientes, contas a pagar, salários e pagamento de fornecedores. 3.1 Natureza pesquisa: De acordo com Vergara (2010) há dois critérios básicos para os tipos de a) quanto aos fins; b) quanto aos meios. Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos meios de investigação, pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, ex post facto, participante, pesquisa-ação e estudo de caso. Gil (2010) classifica as pesquisas em duas grandes categorias:

35 a) pesquisa básica - tem por finalidade através de estudos realizados, preencher uma lacuna no conhecimento; b) pesquisa aplicada - tem sua abrangência em estudos elaborados com a finalidade da resolução de problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem. Conforme classificação feita por Gil (2010) a natureza deste trabalho é a Pesquisa aplicada, que são pesquisas voltadas à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação específica. Para Vergara (2010), pesquisa aplicada é motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não, tendo finalidade prática. 3.2 Quanto aos procedimentos Os meios de pesquisa utilizados são: bibliográfico e documental. Para Vergara (2010), pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e rede eletrônicas. E documental, pelo fato da investigação ser feita em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas, como registros, balancetes, regulamentos, ofícios, memorandos, entre outros. 3.3 Estudo de caso De acordo com Severino (2007) estudo de caso é uma pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo. Conforme o autor, a coleta dos dados e sua análise se dão da mesma forma que nas pesquisas de campo, em geral, devendo ser coletados e registrados com o necessário rigor e trabalhados mediante análise rigorosa, e apresentados em relatórios qualificados. Para Triviños apud (LAKATOS; MARCONI, 2007), o estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente.

36 4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS Os dados citados em contas a pagar e contas a receber foram coletados na empresa estudada a partir de arquivos da empresa e dados armazenados. Os dados coletados das contas a receber são do período de 01/08/2013 à 31/12/2013, totalizando 04 meses. Nas contas a pagar, foi feita uma projeção através de uma média simples do pagamento das contas no período de 01/08/2012 a 01/08/2013, ou seja, dos últimos 12 meses. TABELA 2 - Contas a pagar CONTAS A PAGAR VALOR DIA DE PAGAMENTO FOLHA SALARIAL R$ 45.923,08 5 PRÓLABORE R$ 671,33 5 SIMPLES NACIONAL R$ 3.230,42 20 INSS R$ 4.265,91 6 FGTS R$ 4.101,58 6 TELEFONE CELULAR R$ 500,00 25 TELEFONE FIXO R$ 2.500,00 25 COMBUSTÍVEL R$ 1.080,00 30 DESPESAS FINANCEIRAS DESPESAS BANCÁRIAS MATERIAL ESCRITÓRIO R$ 300,00 1 e 30 R$ 300,00 1 e 30 R$ 1.300,00 7 INTERNET R$ 249,00 10 TRANSPORTE FUNCIONÁRIOS MENSALIDADE ALTERDATA MENSALIDADE PARAMAX R$ 1.200,00 5 R$ 480,00 1 R$ 678,00 4 CARTÓRIO R$ 75,00 1, 15 e 30 SINDICAL R$ 129,58 6

37 CONTAS A PAGAR VALOR DIA DE PAGAMENTO MATERIAL DE LIMPEZA MANUTENÇAO COMPUTADOR R$ 350,00 10 R$ 1.250,00 5 FÉRIAS R$ 4.975,00 5 PADARIA R$ 180,00 20 AGUA R$ 248,33 22 ENERGIA ELÉTRICA R$ 1.153,22 25 13º SALÁRIO R$ 3.826,92 5 Fonte: Dados baseados em uma média simples das contas de meses anteriores.

38 TABELA 3 - Contas a receber - AGOSTO 01/08/2013 02/08/2013 03/08/2013 04/08/2013 05/08/2013 06/08/2013 07/08/2013 08/08/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 09/08/2013 10/08/2013 11/08/2013 12/08/2013 13/08/2013 14/08/2013 15/08/2013 16/08/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 17/08/2013 18/08/2013 19/08/2013 20/08/2013 21/08/2013 22/08/2013 23/08/2013 24/08/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 130.000,00 25/08/2013 26/08/2013 27/08/2013 28/08/2013 29/08/2013 30/08/2013 31/08/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Fonte: Dados coletados em relatórios da empresa. TABELA 4 - Contas a receber - SETEMBRO 01/09/2013 02/09/2013 03/09/2013 04/09/2013 05/09/2013 06/09/2013 07/09/2013 08/09/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 09/09/2013 10/09/2013 11/09/2013 12/09/2013 13/09/2013 14/09/2013 15/09/2013 16/09/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 17/09/2013 18/09/2013 19/09/2013 20/09/2013 21/09/2013 22/09/2013 23/09/2013 24/09/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 132.712,00 25/09/2013 26/09/2013 27/09/2013 28/09/2013 29/09/2013 30/09/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Fonte: Dados coletados em relatórios da empresa.

39 TABELA 5 - Contas a receber - OUTUBRO 01/10/2013 02/10/2013 03/10/2013 04/10/2013 05/10/2013 06/10/2013 07/10/2013 08/10/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 09/10/2013 10/10/2013 11/10/2013 12/10/2013 13/10/2013 14/10/2013 15/10/2013 16/10/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 17/10/2013 18/10/2013 19/10/2013 20/10/2013 21/10/2013 22/10/2013 23/10/2013 24/10/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 134.068,00 25/10/2013 26/10/2013 27/10/2013 28/10/2013 29/10/2013 30/10/2013 31/10/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Fonte: Dados coletados em relatórios da empresa. TABELA 6 - Contas a receber - NOVEMBRO 01/11/2013 02/11/2013 03/11/2013 04/11/2013 05/11/2013 06/11/2013 07/11/2013 08/11/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 09/11/2013 10/11/2013 11/11/2013 12/11/2013 13/11/2013 14/11/2013 15/11/2013 16/11/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 17/11/2013 18/11/2013 19/11/2013 20/11/2013 21/11/2013 22/11/2013 23/11/2013 24/11/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 135.424,00 25/11/2013 26/11/2013 27/11/2013 28/11/2013 29/11/2013 30/11/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Fonte: Dados coletados em relatórios da empresa.

40 TABELA 7 - Contas a receber - DEZEMBRO 01/12/2013 02/12/2013 03/12/2013 04/12/2013 05/12/2013 06/12/2013 07/12/2013 08/12/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 09/12/2013 10/12/2013 11/12/2013 12/12/2013 13/12/2013 14/12/2013 15/12/2013 16/12/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 17/12/2013 18/12/2013 19/12/2013 20/12/2013 21/12/2013 22/12/2013 23/12/2013 24/12/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto 136.780,00 25/12/2013 26/12/2013 27/12/2013 28/12/2013 29/12/2013 30/12/2013 31/12/2013 Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Previsto Fonte: Dados coletados em relatórios da empresa.

41 A empresa estudada não possui fluxo de caixa, o que impossibilita seus gestores no planejamento financeiro e tomadas de decisões, e no próprio desenvolvimento da empresa. A falta deste controle financeiro ocorre devido à empresa não possuir um controle eficaz das entradas e saídas de caixa e das necessidades que ocorram devido às datas de pagamentos e recebimentos serem diferenciadas. Através da implantação do fluxo de caixa, a empresa passará a contar com uma importante ferramenta que possibilitará um maior controle das entradas e saídas de caixa antevendo sobras ou necessidades de recursos financeiros. A empresa trabalha com prestação de serviços no ramo contábil, e concentra seus recebimentos em uma determinada data do mês, geralmente entre o dia 20 a 28 de cada mês. A empresa não possui fornecedores de mercadorias, e suas contas a pagar, são realizados geralmente com prazo de 30 dias. Este trabalho propôs alguns modelos de fluxo de caixa, que podem ser projetados diariamente, semanalmente, mensalmente e anualmente. Abaixo se encontram os modelos propostos:

42 TABELA 8 - Modelo Proposto de Fluxo de Caixa Diário Fonte: Baseadas em Modelos de Fluxos de Caixa ministrados em sala de aula.

43 TABELA 9 - Modelo Proposto de Fluxo de Caixa Semanal Fonte: Baseadas em Modelos de Fluxos de Caixa ministrados em sala de aula.

44 TABELA 10 - Modelo Proposto de Fluxo de Caixa Mensal Fonte: Baseadas em Modelos de Fluxos de Caixa ministrados em sala de aula.

45 TABELA 11 - Modelo Proposto de Fluxo de Caixa Anual Fonte: Baseadas em Modelos de Fluxos de Caixa ministrados em sala de aula.

46 5 CONCLUSÃO 5.1 Considerações Finais Foi possível perceber com o fluxo de caixa que a empresa estudada concentra seus recebimentos em um único dia do mês, e realiza seus pagamentos em diferentes datas, o que faz com que a empresa entre os dias 06 e 19 de cada mês, conforme demonstrado no fluxo, necessite se financiar com recursos de curto prazo, como cheque especial, para cumprimento de suas obrigações ate a data de seus respectivos recebimentos. A empresa pode projetar seu fluxo de caixa de acordo com os modelos apresentados acima. Este permite um controle diário, semanal, mensal e anual. Através da projeção do fluxo de caixa a empresa tem um controle sobre os melhores dias para serem realizados os pagamentos, e assim não compromete sua situação financeira. Com o fluxo de caixa também é possível verificar a necessidade de capital de giro da empresa, e ainda, visualizar eventuais sobras ou necessidades de recursos financeiros. Com a implantação do fluxo de caixa, podemos observar varias vantagens, tais como: Maior facilidade na elaboração de projetos e melhorias para a empresa, melhor segurança nas tomadas de decisões, antever necessidades de recursos futuros, podendo corrigi-los antes mesmo que aconteçam, e uma avaliação mais ampla dos resultados financeiros da empresa. O objetivo principal do trabalho desenvolvido era demonstrar a importância da implantação e utilização do fluxo de caixa na organização, fazendo com que a empresa tenha uma situação de liquidez satisfatória. O presente trabalho mostrou aspectos relevantes para o planejamento e utilização do fluxo de caixa na empresa estudada. Sugerimos implantação do fluxo de caixa, propondo melhorar sua gestão financeira e alcançar liquidez no curto prazo. Concluímos com este trabalho, que o fluxo de caixa é uma ferramenta de total importância, que possibilita ao gestor financeiro a tomada de decisão adequada, seja em uma pequena, média ou grande empresa.