Relatório Anual Consolidado

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Transcrição:

2014 Relatório Anual Consolidado Casa Moreira Salles Banco Federal de Crédito S.A. Novo Data Center

Índice 1 Contexto A-4 Contexto macroeconômico A-7 Contexto do Itaú Unibanco Holding A-10 Contexto deste relatório 5 A-97 financeiro A-136 Demonstrações Contábeis Consolidadas (IFRS) 2 A-13 Em números A-14 Destaques de 2014 A-19 história A-24 negócio A-36 Pontos fortes competitivos A-37 s ações 6 A-138 Performance sustentável A-138 Materialidade A-142 Gestão e de sustentabilidade A-143 Estratégia de sustentabilidade nos negócios A-151 Engajamento dos stakeholders A-172 Ecoeficiência A-178 Investimentos e gastos ambientais A-178 Mudanças climáticas 3 A-44 s práticas A-44 Estrutura da administração A-56 Principais diferenças entre as práticas de corporativa no Brasil e nos EUA 7 A-181 GRI Global Reporting Initiative A-196 Informações estatísticas selecionadas A-197 Taxas de câmbio A-198 Considerações para detentores de ADS A-205 Glossário 4 gestão A-60 Fatores A-66 Gerenciamento s e capital A-81 Ambiente regulatório Neste Relatório identificamos os capitais mencionados em nosso Relato Integrado por meio dos icones ilustrados abaixo: CAPITAL HUMANO CAPITAL FINANCEIRO CAPITAL CAPITAL INTELECTUAL MANUFATURADO CAPITAL NATURAL CAPITAL SOCIAL E DE RELACIONAMENTO Para saber mais sobre o nosso Relato Integrado consulte a página A-145 deste Relatório.

Anos 20: Fachada da Casa Moreira Salles Anos 30: Em 1935, o Itauseg se tornou Companhia Seguradora Brasileira Anos 40: Primeiro Conselho de Administração do Banco Central de Crédito S.A. 1Contexto

gestão Contexto Contexto macroeconômico Contexto global A crise de 2008 no mercado financeiro global afetou significativamente a economia mundial. A crise gerou: i) recessão e aumento do desemprego nas principais economias do mundo; ii) redução nos investimentos em escala global; iii) redução na disponibilidade de crédito e liquidez; e iv) uma retração geral nos volumes de transações nos mercados de capitais no mundo inteiro. A economia mundial e os mercados de crédito e de capital apresentaram uma recuperação substancial em relação a 2008, mas a condição dos mercados financeiros globais ainda está relativamente frágil. Atualmente, a economia mundial se caracteriza por perspectivas de crescimento divergentes. Enquanto a economia dos EUA deve crescer a taxas de 3,2% em 2015 e 2,9% em 2016 (de acordo com o Survey of Professional Forecasters do Federal Reserve Bank of Philadelphia), a zona do euro e o Japão provavelmente enfrentarão dificuldades para aumentar o crescimento de suas economias. Na China, a expansão econômica está desacelerando e o crescimento em outros mercados emergentes tem sido lento. O crescimento na zona do euro melhorou no segundo semestre de 2013 e continuou em ritmo moderado em 2014. Mais fundamentalmente, a consolidação fiscal tem ocorrido em países europeus e a confiança e as condições financeiras melhoraram quando comparadas às de 2013, criando condições para a manutenção desse crescimento moderado. Crescimento modesto, o elevado hiato do produto e os preços das commodities mais baixos empurraram a inflação na zona do euro para um nível negativo: - 0,2% em 2014. O Banco Central Europeu (BCE) respondeu à queda da inflação e ao crescimento moderado ao longo do ano cortando as taxas de juros em junho e setembro de 2014, anunciando operações direcionadas de refinanciamento de longo prazo, adotando medidas para aumentar a liquidez e estabelecendo um programa para a aquisição de certos tipos de ativos de emissão privada. Adicionalmente, o BCE anunciou em janeiro de 2015 que comprará mensalmente 60 bilhões em ativos, incluindo títulos governamentais, a partir de março de 2015 até, pelo menos, setembro de 2016. As medidas de políticas monetárias inéditas que vêm sendo implantadas pelos países desenvolvidos, desde 2008, criaram um período de liquidez significativamente maior para os mercados emergentes, que impulsionou os preços dos ativos. Contudo, na medida em que a economia dos Estados Unidos se recupera e as perspectivas de crescimento continuarem positivas, espera-se que o Federal Reserve inicie um ciclo de alta de juros. De acordo com a ata da reunião de dezembro do Federal Open Market Committee (FOMC), a maioria dos membros do comitê indicou que seria apropriado começar a elevar as taxas de juros em meados de 2015. Estruturar uma saída suave desse período de estímulo monetário extraordinário continua sendo um desafio para os próximos anos. Essa transição pode resultar em uma maior volatilidade dos preços de ativos nos mercados emergentes, podendo potencialmente impactar nossos resultados operacionais. A atividade econômica dos Estados Unidos se fortaleceu em 2014, apresentando crescimento real do PIB de 2,4%, uma melhoria em comparação ao crescimento de 2,2% em 2013. Após uma forte desaceleração no primeiro trimestre, quando o PIB dos EUA diminuiu 2,1% em uma base anualizada, o PIB cresceu a taxas anualizadas de 4,6%, 5,0% e 2,2% nos segundo, terceiro e quarto trimestres de 2014, respectivamente. Houve, em média, criação de 260 mil empregos por mês no ano de 2014. A taxa de desemprego nos Estados Unidos recuou para 5,6% em dezembro de 2014, o menor nível desde junho de 2008. De acordo com pesquisas, as confianças dos empresários e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados. Criação de Empregos nos Estados Unidos Setores de Bens, Serviços e Construção (sazonalmente ajustado, em milhares) 400 200 0-200 -400-600 Média mensal Média trimestral -800 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Itaú Unibanco Holding and Bureau de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos EUA Na China, o PIB cresceu 7,3% no quarto trimestre de 2014, quando comparado ao mesmo período de 2013, continuando em sua tendência de desaceleração. Os formuladores de políticas chineses mostram sinais de comprometimento com as reformas de médio prazo, para melhorar a produtividade, e de que estão aceitando uma taxa de crescimento menor, porém mais balanceada. A expectativa é que as reformas ajudem a reequilibrar a economia e sustentem o crescimento no médio prazo, embora ainda existam alguns riscos de implantação desses planos. Na América Latina, as economias têm mostrado taxas de crescimento mais baixas em 2014 do que no ano anterior. México é uma exceção. Embora as políticas domésticas e o crescimento global mais elevado devam contribuir para a recuperação de muitos países da região, esperamos que a retomada seja lenta devido aos preços mais baixos das commodities. A tabela abaixo mostra as taxas de crescimento real do PIB em sete países da América Latina para os anos findos em 31 de dezembro (exceto quando indicado) de 2014 2013, 2012, 2011 e 2010. CRESCIMENTO PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE REAL DO PIB (%) 2014 2013 2012 2011 2010 Argentina (1) (2,5) 3,3 (0,4) 5,2 8,2 Chile (2) 1,9 4,2 5,5 5,8 5,8 Colômbia (3) 4,6 4,9 4,0 6,6 4,0 México (4) 2,1 1,4 4,0 4,0 5,1 Paraguai (5) 4,4 14,2 (1,2) 4,3 13,1 Peru (6) 2,4 5,8 6,0 6,5 8,5 Uruguai (7) 3,5 5,1 3,3 5,2 7,8 (1) IGA (Índice General de Actividad), uma aproximação do PIB. Fonte: OJF (Orlando J. Ferreres & Asociados S.A.). (2) Fonte: Banco Central de Chile. (3) Fonte: Banco de la República. (4) Fonte: Instituto Nacional de Estadística y Geografía. (5) Fonte: Banco Central del Paraguay. (6) Fonte: Banco Central de Reserva del Perú. (7) Fonte: Banco Central del Uruguay. A-4

gestão Os problemas fiscais nas economias avançadas, a desaceleração nos países desenvolvidos, a inflação e outros problemas nos países em desenvolvimento, em particular na América Latina, podem ter um impacto sobre o futuro crescimento do Brasil e, portanto, nos resultados de nossas operações. Contexto brasileiro Na qualidade de banco brasileiro, cujas atividades são preponderantemente realizadas no Brasil, somos afetados de forma significativa pelas condições econômicas, políticas e sociais do país. Nos últimos anos, fomos beneficiados pela estabilidade geral da economia, com crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 4,4% a.a., de 2004 a 2011, que levou ao aumento nos empréstimos e depósitos bancários. O PIB brasileiro cresceu 1,8% em 2012, 2,7% em 2013 e 0,1% em 2014, refletindo parcialmente uma desaceleração no crescimento potencial. Crescimento do PIB (%) 7,6 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Itaú Unibanco Holding e Banco Central A inflação de preços ao consumidor manteve-se em níveis elevados em 2014. A taxa de inflação em doze meses medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 6,41% em dezembro de 2014, acima da meta de 4,5%. 8% Crédito Total (em % do PIB) Taxa de Inflação em 12 meses (IPCA) 7% 5,0 6% 3,9 5% Em abril de 2013, o Banco Central do Brasil iniciou um ciclo de aperto monetário, elevando a taxa de juros de referência, paga aos detentores de títulos emitidos pelo governo brasileiro e negociados por meio do SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), de 7,25% em março de 2013 para 11,00% em abril de 2014. Em outubro de 2014, o Banco Central retomou o ciclo de contração monetária. Em dezembro de 2014, a taxa Selic chegou a 11,75%. O recente aumento nas taxas de juros também deflagrou um aumento da TR (Taxa Referencial), de aproximadamente 0,05% ao mês em dezembro de 2013 para cerca de 0,11% ao mês, em dezembro de 2014. Como proporção do PIB, o saldo de empréstimos bancários cresceu para 58,9% em dezembro de 2014, em comparação com 56,1% em dezembro de 2013. 14% 12% 10% 8% 6% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Selic (0,2) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Itaú Unibanco Holding e IBGE CDI Fonte: Itaú Unibanco Holding e Banco Central 1,8 Selic (taxa de juros nominal) 2,7 0,1 4% 3% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Itaú Unibanco Holding e IBGE Espera-se que o ciclo de aperto monetário implantado pelo Banco Central, desde abril de 2013, mantenha a inflação sob controle, embora possa também impactar a atividade doméstica. Se a inflação persistir ou a atividade econômica se enfraquecer, a renda familiar poderá diminuir em termos reais, causando elevação das taxas de inadimplência no sistema bancário brasileiro. Durante os últimos três anos, o governo brasileiro adotou uma política fiscal expansionista, que resultou na queda do superávit primário do setor público de 3,1% do PIB em 2011 para -0,6% do PIB em 2014. A redução do superávit primário, combinada com o recente aumento nos custos de financiamento da dívida do governo brasileiro, tem contribuído para a pressão sobre a dívida pública. A necessidade de ajuste fiscal, apesar dos desafios associados à sua implementação, deve levar a uma tendência de consolidação fiscal ao longo dos próximos anos, gerando efeitos positivos sobre a confiança e o crescimento. Além disso, o Brasil passou por uma grande quantidade de alterações regulatórias, relacionadas às exigências de reservas e de capital dos bancos e a outras políticas macroprudenciais (por exemplo, controles de capital). Em setembro de 2012, o compulsório adicional sobre depósitos à vista diminuiu de 6,0% para zero e, em março de 2013, o compulsório adicional dos depósitos a prazo caiu de 12,0% para 11,0%. Em março de 2014, a regra que reduzia os juros aplicáveis ao compulsório sobre os depósitos a prazo foi revogada, conforme determinado pelo Banco Central em julho de 2013. O objetivo dessa redução foi estimular a transferência de liquidez das instituições financeiras maiores para as menores e gerou a injeção de mais de R$ 46 bilhões em instituições financeiras de pequeno porte. Em junho de 2014, os depósitos compulsórios sobre recursos à vista aumentaram de 44% para 45%. A-5

gestão Em agosto de 2014, o Banco Central introduziu algumas alterações no requerimento de capital dos bancos em mais um movimento de convergência ao modelo de Basileia III. Os fatores ponderadores de risco (FPR) de 150% e 300%, aplicáveis ao crédito para consumo com prazos superiores a 36 e 60 meses, respectivamente, foram reduzidos para 75%. Além disso, o critério para uma empresa pertencer ao segmento de varejo, que tem menor FPR, foi alterado, permitindo que mais empresas fossem classificadas nesse segmento. O Banco Central também alterou as regras para os depósitos compulsórios sobre recursos a prazo. Para o período de doze meses a partir de agosto de 2014, 60% dos depósitos compulsórios sobre recursos a prazo não serão remunerados (100% eram remunerados à taxa Selic). Os bancos podem utilizar esse montante não remunerado para financiamentos de veículos e, desde outubro, de capital de giro. O uso desses depósitos é permitido somente quando o montante de crédito concedido for superior à média da concessão do primeiro semestre de 2014. Esses depósitos também podem ser usados para o financiamento de motocicletas ou para a aquisição de carteiras de crédito de instituições financeiras elegíveis. Além disso, as regras de elegibilidade dessas instituições ficaram menos restritivas. O real depreciou em relação ao dólar dos Estados Unidos, atingindo R$ 2,66 por US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2014, em comparação com R$ 2,39 por US$ 1,00 em 2 de janeiro de 2014. O fortalecimento do dólar sobre as principais moedas do mundo foi o principal fator da desvalorização do real em relação ao dólar. Em 24 de março de 2015, o Banco Central anunciou que descontinuará o programa de swap cambial (iniciado em 22 de agosto de 2013). O Banco Central também informou que irá rolar integralmente os swaps cambiais com vencimentos a partir de 1º de maio, 2015. 2,70 2,50 2,30 2,10 1,90 1,70 1,50 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Itaú Unibanco Holding e Banco Central 25 Taxa de Câmbio Nominal (R$/US$) Swaps Cambiais do Banco Central (estoque, em bilhões de dólares) O atual déficit em conta-corrente (saldo líquido do comércio de produtos e serviços e transferências internacionais) alcançou 4,2% do PIB em dezembro de 2014, um aumento em relação a dezembro de 2013 (3,6%). Apesar do aumento do déficit, o Brasil mantém sua solvência externa, com reservas internacionais no valor de US$ 374 bilhões e dívida externa de US$ 348,5 bilhões (números de dezembro de 2014). O mercado de crédito continuou a desacelerar em 2014. O crescimento anual real dos empréstimos no Brasil se reduziu de 8,1%, no final de 2013, para 4,6%, em dezembro de 2014. O crescimento do total de novos empréstimos diminuiu de uma taxa média anual real de 5,1% em dezembro de 2013 para -0,9% ao final de 2014. O crescimento das operações de crédito livre continuou a diminuir. A inadimplência nos empréstimos às famílias caiu de 4,1%, do total de empréstimos efetuados até dezembro de 2013, para 3,7%, em dezembro de 2014. A inadimplência nos empréstimos a empresas não financeiras permaneceu em torno de 2,0% durante 2014. As eleições gerais brasileiras foram realizadas em outubro de 2014 para a presidência da República, os governos estaduais, o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e os poderes legislativos estaduais. O segundo turno das eleições para a presidência do Brasil ocorreu em 26 de outubro de 2014, no qual Dilma Rousseff foi reeleita como presidente do Brasil. O governo, desde então, deu início a um processo de ajuste fiscal, anunciando medidas de austeridade que visam melhorar as condições fiscais e realinhar preços monitorados. A tabela a seguir apresenta o crescimento real do PIB, a taxa de inflação, a variação cambial e as taxas de juros no Brasil referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013, 2012, 2011 e 2010: PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 2013 2012 2011 2010 Crescimento real do PIB % (1) 0,1 2,7 1,8 3,9 7,6 Taxa de inflação IGP-DI % (2) 3,8 5,5 8,1 5,0 11,3 Taxa de inflação IPCA % (3) 6,4 5,9 5,8 6,5 5,9 Variação cambial % (R$/US$) (4) 13,4 14,6 8,9 12,6 (4,3) TR % (taxa de juros de referência) (5) 1,01 0,53 0,00 1,07 0,66 CDI % (taxa de juros interbancária) (6) 11,51 9,78 6,94 10,87 10,64 SELIC % (taxa de juros overnight) (6) 11,58 9,90 7,16 10,90 10,66 CDS soberano 5 anos (7) 200,8 193,8 108,4 161,6 111,3 (1) Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou IBGE. Informação de 2014 se refere aos 12 meses findos em 30 de setembro de 2014. (2) Fonte: Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna, publicado pela Fundação Getulio Vargas. (3) Fonte: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, publicado pelo IBGE. (4) Fonte: Banco Central (taxas acumuladas no período), números positivos significam depreciação do real. A informação para 31 de março de 2015 é 20,4. (5) Fonte: Taxa referencial para o crédito imobiliário, publicada pelo Banco Central. Informação apresentada em % a.a. (6) Fonte: Banco Central (acumulada em dezembro de 2014). Informação apresentada em % a.a. (7) Fonte: Bloomberg (final do período). Swap de crédito (Credit default swap ou CDS) é uma medida do risco-país (pontos-base). A informação para 31 de março de 2015 é 281,7. 5-15 - 35-55 - 75-95 - 115 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Itaú Unibanco Holding e Banco Central A-6

gestão Contexto do Itaú Unibanco Holding Mensagem do Presidente do Conselho da Administração Temos apresentado resultados sólidos e fundamentos que asseguram nossa sustentabilidade. lucro líquido, em 2014, atingiu R$ 21,9 bilhões, com retorno sobre o patrimônio líquido de 24,3% (1). GRI G4-9 despesa de provisão com créditos de liquidação duvidosa caiu em 2014, apesar do crescimento de 9,9% de nossa carteira de crédito. Os produtos de crédito consignado e imobiliário, que conferem menor inadimplência e mais garantias para a nossa carteira, foram os que mais se expandiram no ano, crescendo 79,5% e 18,8%, respectivamente. índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu, em dezembro, 3,1%, sendo o menor desde a fusão entre Itaú e Unibanco. Pedro Moreira Salles Presidente do Conselho da Administração Caro acionista, Celebramos, em 2014, nove décadas desde a fundação da casa bancária Moreira Salles, primeira empresa financeira que deu origem ao Itaú Unibanco. A análise da história nos mostra o quanto estamos ligados ao desenvolvimento do Brasil e como o nosso permanente desejo de crescer com o país nos transformou numa instituição que superou o sonho dos nossos fundadores. Desde aquele correspondente bancário em Poços de Caldas, cujo departamento contava com pouco mais de 200 clientes no início da década de 1920, o constante investimento no crescimento orgânico das nossas operações e a realização de dezenas de fusões e aquisições criaram a formidável organização que somos hoje. Em 2014 nossos ativos ultrapassam R$ 1,1 trilhão. Atualmente somos o maior banco privado do Brasil e da América Latina, estamos presentes em mais de 18 países e continuamos a expandir nossas operações no exterior. A união do nosso banco no Chile com o CorpBanca, que ainda está aguardando aprovações, nos elevará da sétima para a quarta posição no ranking dos maiores bancos daquele país, criando uma plataforma para crescimento e busca de novas oportunidades de negócios no setor financeiro no Chile, na Colômbia e na América Central. GRI G4-6 Para suportar nossos negócios inauguramos, no início de março, nosso novo data center, um dos maiores e mais modernos do mundo. A estratégia que adotamos, a partir de 2011, de expansão da carteira de crédito com operações de menor risco, foco em seguros e serviços e contínua melhoria de nossos indicadores de eficiência, se revelou acertada. Aumentamos nossas receitas advindas das operações de seguros e serviços. Esses produtos têm crescente importância para nossa instituição, contribuindo para uma menor volatilidade do nosso resultado, uma vez que são menos impactados pelos ciclos econômicos do que as atividades de crédito. operação de seguros é baseada no modelo de bancassurance, priorizando os produtos que podem ser oferecidos através de nossos diversos canais bancários. Em linha com essa estratégia, alienamos, em outubro de 2014, nossa operação de grandes riscos, cujos clientes são médias e grandes empresas com apólices de valores segurados elevados. O efeito dessa operação foi refletido nos resultados do 4º trimestre de 2014. O crescimento de nossas receitas de seguros e serviços e o aumento controlado de nossas despesas fizeram com que nosso índice de eficiência melhorasse 1,9 ponto percentual em 2014. Estamos constantemente revisando nossos processos e buscando oportunidades para fazer mais com menos. Mesmo após 90 anos, temos grande orgulho de sermos uma empresa contemporânea, ágil, com uma cultura forte, um propósito engajador e um cuidado permanente com nossa reputação. Possuímos, há onze anos, a marca mais valiosa do Brasil e nossas ações estão incluídas nas carteiras dos principais índices de sustentabilidade do mundo. E o que queremos hoje? Continuar crescendo, como resultado de uma visão muito clara: satisfazer nossos clientes e obter performance sustentável em nossos negócios. Em linha com essa visão, implantamos, em fevereiro deste ano, uma nova estrutura organizacional para nossa administração. As mudanças têm por objetivo garantir uma preparação suave e segura para o processo sucessório de nosso CEO, Roberto Setubal, que atingirá a idade limite para ocupar seu cargo atual em 2017, e endereçar desafios mais imediatos relacionados à conjuntura econômica atual. Dessa forma, nosso comitê executivo passa a ser composto por, além do Presidente Executivo, três Diretores Gerais e dois Vice-Presidentes: Diretor-Geral de Varejo, Diretor-Geral de Atacado, Diretor-Geral de Tecnologia e Operações, Vice-Presidente das áreas Finanças e Riscos e Vice-Presidente das áreas Jurídico e Pessoas. Uma estrutura mais enxuta e ágil, que dará foco aos temas prioritários do banco: eficiência, simplificação e satisfação do cliente. Cordialmente. (1) Atribuível aos acionistas controladores. A-7

gestão Mensagem do Diretor-Presidente GRI G4-1 Roberto Setubal Presidente Executivo e CEO Prezado(a) leitor(a), Encerramos o ano de 2014 com um lucro líquido de R$ 21,9 bilhões, um aumento de 32,3% em comparação a 2013, e rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio (1) de 24,3%, um dos melhores resultados desde a fusão entre Itaú e Unibanco, reflexo da melhora contínua na qualidade operacional do banco. base de capital evoluiu, o índice de Basileia alcançou 16,9% em dezembro de 2014, 0,3 p.p. superior a dezembro de 2013. Esses resultados apresentados são consequência de uma redução no apetite, foco na expansão dos serviços ao cliente, e com controle rígido das despesas. Iniciados em 2011, permitiram uma redução na nossa despesa de provisão com créditos de liquidação duvidosa, aumento das receitas de seguridade & serviços, e crescimento das despesas alinhado à inflação, com consequente melhora no índice de eficiência. A carteira de crédito total registrou aumento de 9,9% em relação a 31 de dezembro de 2013, atingindo R$ 452,4 bilhões. Apresentamos crescimento em carteiras de menor risco, como o crédito consignado e imobiliário. Como consequência, a inadimplência atingiu 3,1%, o menor nível desde a fusão entre Itaú e Unibanco. É importante observar que em 2014 a carteira de crédito isoladamente atingiu retorno equivalente ao custo de capital do banco, fato somente possível pela revisão do apetite em 2011. Em 2014 o lucro líquido (2) das operações de crédito foi de R$ 9,3 bilhões. A receita de serviços e resultado de seguros, parte central de nossa estratégia, cresceu 13,2%. A aquisição da REDE em 2012, a integração da operação da Credicard e a venda da operação de seguros de grandes riscos são iniciativas estratégicas com foco no crescimento das nossas receitas não financeiras e atividades de seguros massificados, tipicamente relacionados ao varejo bancário. A forte rentabilidade dos serviços financeiros e seguros estão associados à forte presença do banco de varejo no mercado e nossa habilidade de vender serviços e seguros aos clientes do banco. Em 2014 o lucro líquido (1) das atividades de seguros & serviços foi de R$ 11,4 bilhões. Durante 2014 nossas despesas cresceram apenas 6,6%, e alcançamos um melhor índice de eficiência ajustado ao risco, 64,3% no acumulado do ano, o melhor de nossa história. s investimentos e esforços estão voltados para o desenvolvimento de plataformas e serviços que se utilizem do melhor da tecnologia, objetivando simplificar e facilitar a vida de nossos clientes, com foco em mobilidade e conveniência. novo Data Center, no interior de São Paulo, que exigiu investimentos de mais de R$ 3 bilhões, teve as obras concluídas conforme o planejado e as configurações da infraestrutura de ambientes realizadas com sucesso. Demos início ao processo de migração dos nossos sistemas e serviços, com término previsto para o segundo semestre de 2016. Com isso, nossa capacidade de processamento para alocação de dados será multiplicada em 25 vezes. Na América Latina, obtivemos algumas das aprovações regulatórias necessárias para a fusão entre o Banco Itaú Chile e o CorpBanca, e esperamos concluir a fusão societária ainda em 2015. Em 2015, permaneceremos com a mesma estratégia que foi iniciada em 2011, que vem nos trazendo bons resultados, por conta de ser menos cíclica dada a participação das receitas de seguridade & serviços. Estamos posicionados para enfrentar um ambiente desafiador em 2015. Convido-o para a leitura do nosso Relatório Anual Consolidado, que pelo segundo ano integra o 20-F e o prospecto de dívida, e nessa edição apresenta linguagem mais objetiva, que gerou redução do relatório mantendo profundidade de seu conteúdo. Agradecemos a todos os acionistas e clientes pela confiança que nos é depositada. Boa leitura! (1) Atribuível aos acionistas controladores. (2) Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores. A-8

gestão Estratégia de negócios O nosso Conselho de Administração é responsável pela definição das diretrizes de nossa estratégia e das nossas subsidiárias. As decisões estratégicas tomadas pelo Conselho de Administração são apoiadas pelo Comitê de Estratégia, que fornece dados e informações sobre as nossas áreas de negócios. As atividades e as responsabilidades do Comitê de Estratégia vão desde a avaliação das oportunidades de investimentos e diretrizes orçamentárias até o aconselhamento e o apoio ao Diretor-Presidente para monitorar a nossa estratégia consolidada. O Comitê de Estratégia é apoiado pelo Subcomitê de Cenários Econômicos, que fornece dados macroeconômicos para subsidiar as discussões sobre estratégias, investimentos e orçamentos. Consulte a seção Governança, item Estrutura da Administração, Comitês do Conselho de Administração, Comitê de Estratégia para maiores informações. Expansão das nossas operações no Brasil e no exterior objetivo é expandir as operações no Brasil e no exterior. Em janeiro de 2014, firmamos um acordo com o CorpBanca e seus acionistas controladores para a fusão do Banco Itaú Chile e CorpBanca, que estará sob nosso controle. Algumas das aprovações por órgãos regulatórios necessárias para a conclusão dessa operação já foram obtidas. Em agosto de 2014, reafirmando nosso compromisso com o mercado chileno e nossa visão de sermos o maior banco privado no mercado da América Latina, ampliamos o acordo de associação celebrado em 2011 com a Munita, Cruzat & Claro S.A. Corredores de Bolsa, uma corretora de valores, e a MCC Securities Inc. (MCC), obtendo participação total na MCC. Em 2013, realizamos uma série de transações com o objetivo de expandir nossas operações no Brasil. Em dezembro de 2013, concluímos a aquisição da totalidade das ações do Banco Citicard S.A. e da Citifinancial Promotora de Negócios S.A., por aproximadamente R$ 2,8 bilhões em dinheiro, incluindo a marca Credicard. Na América Latina, adquirimos o Citibank Uruguai em 28 de junho de 2013, incluindo as operações de cartões de crédito e de banco de varejo. Adicionalmente, para consolidar e expandir nossas operações na Europa, em 2013, concluímos a transferência da administração central e da sede da nossa unidade de Banco de Atacado na Europa por meio de uma fusão internacional do Banco Itaú BBA International, banco com sede em Portugal com o Itaú BBA International plc (antigo Itaú BBA International Limited). Consulte a seção Perfil, item s Negócios, s Negócios Internacionais, Itaú BBA International para maiores detalhes sobre os negócios da Itaú BBA International. Em 2012, tivemos sucesso na obtenção da parcela restante de 49,9% de participação da REDE, dos acionistas minoritários, pelo valor de R$ 11,8 bilhões, por meio de oferta pública. Em 9 de julho de 2012, celebramos um acordo de associação com o Banco BMG S.A., para a oferta, distribuição e comercialização de empréstimos consignados. Também recebemos autorização dos órgãos reguladores da Colômbia para estruturar nossas operações de banco de investimentos e de atacado por meio do Itaú BBA S.A. Colômbia. Foco nas receitas não decorrentes de juros Estamos constantemente buscando implantar e focar a venda de novos produtos e serviços que acreditamos agregar valor a nossos clientes e que, ao mesmo tempo, possibilitem o crescimento de nossa receita de prestação de serviços. Esse aumento se deve principalmente ao crescimento da quantidade de pacotes e serviços vendidos. Novas contratações de pacotes de serviços de conta-corrente e ajuste de serviços fornecidos aos nossos clientes de renda mais alta, Uniclass, pela nossa unidade de negócios Itaú Empresas também contribuíram para esse crescimento. Além disso, continuamos a nos concentrar no aumento das receitas de serviços securitários, operando com base no modelo de bancassurance, focado na comercialização de seguros massificados de pessoas e patrimoniais, amplamente comercializados pelo varejo bancário. Como parte dessa estratégia, em outubro de 2014 anunciamos a alienação da operação de seguros de grandes riscos para o grupo ACE e a rescisão antecipada dos acordos operacionais entre a Via Varejo S.A. e nossa controlada Itaú Seguros S.A. relativos à oferta de seguro de garantia estendida nas lojas do Ponto Frio e das Casas Bahia. Consulte a seção Perfil, item Destaques de 2014 para maiores detalhes sobre a Operação de Seguros de Grandes Riscos e a Via Varejo S.A. Melhoria contínua da eficiência Em 2010, estabelecemos um Programa de Eficiência com o objetivo de identificar, implantar e monitorar custos e receitas, além de promover uma forte cultura de eficiência operacional. Em 2012, 2013 e 2014, nosso foco foi a redução de custos desnecessários, promovendo a simplificação e a centralização de processos e descrições de cargos, promovendo ganhos de sinergia e combinando a administração de algumas unidades de negócios. objetivo também está voltado à simplificação de nossa estrutura para apoiar o crescimento. compromisso é o de melhorar processos, simplificar operações, sermos mais eficazes em tudo o que fazemos, com o claro propósito de atingir a satisfação do cliente. Como exemplo de como nos propomos a atender essas expectativas, no início de 2013 anunciamos alterações em nossa estrutura executiva, que possibilitou a organização de nossas operações de forma mais simples e eficaz. As mudanças ajudaram a melhorar nosso índice de eficiência e nosso índice de eficiência ajustado ao risco, em 2014. Crescimento da nossa carteira de crédito com manutenção da qualidade dos ativos O crescimento de nossa carteira de crédito e a manutenção da qualidade dos ativos são questões centrais para a nossa estratégia. Buscamos continuamente aprimorar nossos modelos de gestão, nossas previsões econômicas e os modelos de cenários. Pretendemos aumentar o volume médio de nossas operações de crédito para manter e até ampliar nossa participação no mercado, dependendo do tipo de produto, segmento e cliente, inclusive por meio do desenvolvimento de novos produtos para grupos específicos. Nos últimos três anos nosso foco voltou-se para a melhoria da qualidade de nossos ativos, por meio de maior seletividade na concessão do crédito, alterando nosso mix da carteira de crédito, com prioridade para a venda de produtos mais baixo, como crédito imobiliário e empréstimo consignado reduzindo a originação de carteiras mais elevado, como o de financiamento de veículos. Desenvolvimento de fortes relações com os clientes com base em sua segmentação Continuaremos a trabalhar na estratégia de segmentação e identificação das necessidades dos clientes e na melhoria do relacionamento com nossa base de clientes, bem como aumentar a nossa penetração no mercado. Acreditamos que as nossas ferramentas e estratégias de segmentação de clientes proporcionam uma importante vantagem competitiva conquistada ao longo de mais de 25 anos. O nosso objetivo é satisfazer as necessidades financeiras dos clientes, por meio de uma ampla carteira de produtos, que inclui a venda cruzada de produtos bancários e securitários e a venda por meio de uma variedade de canais. Estamos focados em prestar os melhores serviços do mercado, para manter e aumentar a satisfação do cliente e aumentar a lucratividade da carteira. A-9